Poemas do Século XIX

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Eita Ceará

Acordei sentindo saudade de casa, Mas é estranho sentir saudade de casa quando se estar em casa. Então tomei consciência que sinto saudade da brisa do mar, do sotaque cantado, do céu estrelado, dos ventos fortes, da noite gostosa e dos versos de José de Alencar. Eita meu Ceará!
Que levo no peito e o bom humor na alma.

Inserida por Leivanio

⁠"Eu não sou um homem erudito.
Não me debrucei sobre Machado, Zé de Alencar, Drummond ou Conceição Evaristo.
Eu só sinto.
Sinto tanto, sinto coisas que, se não externadas de alguma forma, matariam-me em um suspiro.
São só suplícios.
As vezes são súplicas por um amor que, sei que está morto, mas ao meu eu, é um Deus vivo.
Ressurreto, como o próprio Cristo.
Eu só sinto.
Sinto muito por ela não ver-me como eu a vejo, sinto por ela não compartilhar do meu delírio.
Ao leitor sou devaneios, loucuras, fantasias, mas todo aquele que me conhece sabe; sou sucinto.
Sou sozinho.
E não somos todos nós? Uns mais que outros, quando a carne, sempre acompanhada, não encontra em outra alma, um abrigo.
Quisera eu, que as lembranças passassem, como as águas serenas, do Velho Chico.
Lembro-me dos versos do grande Vercillo.
Quando em nosso abraço se fez um Ciclo.
E eu só sinto.
Sinto por não ser o que ela queria, não ser o sonho dela, não ser dela pela eternidade e não sair desse labirinto.
Talvez um dia, quando eu for só um espírito.
Quando eu for um poliglota da carne, e saber ler as curvas da beldade que é aquele corpo, como um papiro.
Ou talvez, quando eu for um sábio, letrado, talvez de posses, um homem rico.
Quiçá, talvez, quando eu for um homem erudito..."

Inserida por wikney

Os homens alcançam sucesso quando eles percebem que seus fracassos são uma preparação para suas vitórias.

Considero feliz aquele que, quando se fala de êxito, busca a resposta em seu trabalho.

“Cada pessoa que eu encontro é superior a mim em algum aspecto sobre o qual eu aprendo algo.”

Embora viajemos por todo o mundo em busca da beleza, devemos levá-la conosco para poder encontrá-la.

Não perdoamos facilmente um doador, a mão que nos alimenta corre o perigo de ser mordida

Termine cada dia e esteja contente com ele. Alguns enganos e tolices se infiltraram indubitavelmente; esqueça-os tão logo você consiga.

Ralph Waldo Emerson
Carta para a filha Ellen, em 8 de abril de 1854.

A chave de todo ser humano é seu pensamento. Resistente e desafiante aos olhares, tem oculto um estandarte que obedece, que é a ideia ante a qual todos seus fatos são interpretados. O ser humano pode somente ser reformado mostrando-lhe uma ideia nova que supere a antiga e traga comandos próprios.

Inserida por Rolfczornig

Do not go where the path may lead, go instead where there is no path and leave a trail.

Inserida por LAD85

O segredo do mundo é que tudo perdura, nada morre. As coisas só somem de vista por um tempo, para depois retornarem.

Ralph Waldo Emerson
Nominalist and Realist (1844).

em que céu azul celeste?
em que mar azul escuro?

em que ilha do pacifico
estara você?

em que chão contaminado
talvez esteja ate molhado!

em que mar de agua doce
estara voce?

em que meio em que cidade
encontra-ra a felicidade?

em qual tempo em qual muro?
sera que tens medo do escuro?

em que fruta sem semente?
sera que esta em minha mente?

editado por amandaamor..

⁠O Canto do Guerreiro

I

Aqui na floresta
Dos ventos batida,
Façanhas de bravos
Não geram escravos,
Que estimem a vida
Sem guerra e lidar.
– Ouvi-me, Guerreiros,
– Ouvi meu cantar.

II

Valente na guerra,
Quem há, como eu sou?
Quem vibra o tacape
Com mais valentia?
Quem golpes daria
Fatais, como eu dou?
– Guerreiros, ouvi-me;
– Quem há, como eu sou?

III

Quem guia nos ares
A frecha emplumada,
Ferindo uma presa,
Com tanta certeza,
Na altura arrojada
onde eu a mandar?
– Guerreiros, ouvi-me,
– Ouvi meu cantar.

IV

Quem tantos imigos
Em guerras preou?
Quem canta seus feitos
Com mais energia?
Quem golpes daria
Fatais, como eu dou?
– Guerreiros, ouvi-me:
– Quem há, como eu sou?

V

Na caça ou na lide,
Quem há que me afronte?!
A onça raivosa
Meus passos conhece,
O imigo estremece,
E a ave medrosa
Se esconde no céu.
– Quem há mais valente,
– Mais destro que eu?

VI

Se as matas estrujo
Co’os sons do Boré,
Mil arcos se encurvam,
Mil setas lá voam,
Mil gritos reboam,
Mil homens de pé
Eis surgem, respondem
Aos sons do Boré!
– Quem é mais valente,
– Mais forte quem é?

VII

Lá vão pelas matas;
Não fazem ruído:
O vento gemendo
E as matas tremendo
E o triste carpido
Duma ave a cantar,
São eles – guerreiros,
Que faço avançar.

VIII

E o Piaga se ruge
No seu Maracá,
A morte lá paira
Nos ares frechados,
Os campos juncados
De mortos são já:
Mil homens viveram,
Mil homens são lá.

IX

E então se de novo
Eu toco o Boré;
Qual fonte que salta
De rocha empinada,
Que vai marulhosa,
Fremente e queixosa,
Que a raiva apagada
De todo não é,
Tal eles se escoam
Aos sons do Boré.
– Guerreiros, dizei-me,
– Tão forte quem é?

Gonçalves Dias
Primeiros cantos (1846).

⁠Não permita Deus que eu morra,
Sem que eu volte para lá;
Sem que desfrute os primores
Que não encontro por cá;

Inserida por droplets

"Canção Bifacial"

Minha terra tem beleza,
Alegria, ousadia e samba,
Mas é peça na mão de corruptos,
Que escondem a propina na manga!

Nosso país tem uma cultura rica,
Nossa fauna mais diversidade,
Mas nossos líderes têm índole duvidosa
E mentes cheias de perversidade.

Observando a situação atual,
Mais eu penso no quanto precisamos mudar,
Mas em uma sociedade tão desigual,
Voz para o povo? Infelizmente, não há.

Minha terra tem um povo amistoso,
Caloroso e cheio de amor pra dar,
Mas se você for diferente dos padrões sociais,
Eles, cruelmente, irão te julgar,
Excluir, ferir, massacrar.

Não permita Deus que eu morra;
Sem antes ver toda essa injustiça,
Corrupção e pobreza de espírito acabar.
Sem que veja nosso valor
Para todos a se exaltar,
Sem afirmar que vi, de fato,
Ordem e Progresso a reinar.

Inserida por TioMonster

⁠Poema: Canto do sabiá


Por que és tão cruel destino?
Por que desta forma me tiraste deste mundo?
Lembrado e esquecido,
Lembrado pelas minhas contribuições
E esquecido em um navio


Nas águas frias me pego a pensar
Nas terras de palmeiras
E no canto do sabiá

Agonizando vou indo ao fundo do mar
Imaginando minha terra de palmeiras
Onde canta o sabiá


Meu pedido atendeste
Me permitiu voltar antes que eu morra
Para ouvir o canto do sabiá

Inserida por SalvianoAguiar

Estava flertando com a Bahia, e comigo sempre a poesia num livro de Emily Dickinson e no vai e vem do mar que assistia.

⁠É mais fácil acreditar em alienígenas do que em si mesmo. Parafraseando Robert Frost, todo visionário não acreditava nos sonhos, eles acreditaram neles, porque a fé, assim como o café, nunca foi um calmante passivo. Agarre seus sonhos com toda a sua força.

Inserida por evermondo

Que vale um ramo de alecrim cheiroso, que lhe atira nos braços ao passar, vai espantar o bando bulicoso das borboletas que lá vão pousar.

Castro Alves
ALVES, C., Os Escravos. São Paulo: Martins, 1972

Nota: Trecho do poema "Cruz na Estrada"

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Fatalidade atroz que a mente esmaga!
Extingue nesta hora o brigue imundo
O trilho que Colombo abriu nas vagas,
Como um íris no pélago profundo!
Mas é infâmia demais! … Da etérea plaga
Levantai-vos, heróis do Novo Mundo!
Andrada! arranca esse pendão dos ares!
Colombo! fecha a porta dos teus mares!

Castro Alves
ALVES, C., Tragédia no Mar

Nota: Trecho do poema "Navio Negreiro"

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Inserida por Marialins