Poemas do Século XIX
Machadivamos
Depois de ler
"O apólogo" de Machado de Assis
Fico eu a perguntar:
Sou agulha ou sou a linha?
Uma dúvida a questionar.
E mesmo sem ser
convidada
para o baile participar
fico aqui,
na minha casa,
vibrando por quem estar
Feliz
dançando
e cantando
no vestido a bailar!
AH! QUE ME DERA.
Ah! Quem me dera
Eu tivesse um pouco
De Joaquim Maria
Machado de Assis!
Eu sou apenas um Machadin
Que tenta ser acunhado com a poesia.
Machado É de Assis.
E eu SOU de Jesus.
"Primo" Assis tinha cabelo cacheado,
E eu tenho o cabelo black.
Não sou um Mário Quintana, um Machado de Assis ou uma Martha Medeiros, não tenho a mesma magia que esses e outros escritores tem, mas sim saímos todos do escuro onde estávamos escondidos, não é de cima para baixo é de baixo para cima, começo do nada sonhando chegar em algum lugar, não tento ser quem não sou, sou simplesmente eu.
Sou uma sonhadora que sonha ser uma escritora.
Sou uma pessoa que simplesmente sonha ter suas obras tocando as pessoas.
Simplesmente surgi de uma dor que senti e me descobri.
Sou simplesmente eu!
"Os adjetivos passam,e os substantivos ficam." Machado de Assis
As características do adjetivo são alteráveis,o substantivo não!
O substantivo é a quem é atribuído o adjetivo. Por mais que as características se alterem,que os adjetivos sejam diversos,o nome não muda. O ser é o próprio,é o mesmo.
A vida é só uma e o tempo,as vezes acolhedor,as vezes ranzinza,corre.
Nesse correr ainda temos algumas,poucas aliás,pessoas que permanecem em nossas vidas.
Os adjetivos podem ser alterados,as qualificações de cada uma delas podem ser sim modificadas e as essas pessoas,eu peço a Deus que sejam mudanças sempre para melhor.
A esses substantivos quero que os adjetivos sejam companheiros,ouvintes,conselheiros, cúmplices,e assim sucessivamente,até se tornarem irmãos,daqueles mais chegados.
Como substantivo é nome,e o nome é imutável,permito-me,por licença poética,classificar os adjetivos acima,e muitos outros,para o substantivo "amigos" !
MACHADO DE ASSIS
.
Joaquim Maria Machado de Assis
Mulato carente em cuja cerviz
Pesava o opróbrio do preconceito
Filho de pais pobres
Mas dono de talentos nobres
E de originais conceitos.
.
Criado pela madrasta
Suplantou a dor da desgraça
Da perda da mãe querida
Frequentou a escola pública
Mas sua sabedoria única
Adquiriu na escola da vida.
.
Aprendeu francês e latim
Exerceu atividades sem fim
No universo da cultura
Mas o seu maior legado
Para sempre ficou gravado
Nas páginas da literatura.
.
Foi jornalista, contista
Cronista, romancista
Poeta e teatrólogo
E na fundação da ABL
Foi distinto cerne
E mentor do seu prólogo.
.
Chamava-se Carolina
A musa que inspirava as rimas
Dos seus versos de amor
Ela foi a sua obra mais perfeita
Mas que cometeu a desfeita
De morrer antes de seu autor.
.
A saudade abreviou os seus dias
E os textos que ele escrevia
Não o acompanharam ao cemitério
Ficaram espalhados como a fumaça
Que subia das fogueirinhas da casa
18 da Rua Cosme Velho.
Se o tempo falasse
ele iria repetir,
o pensamento que Machado de Assis
escreveu: "Matamos o tempo,
o tempo nos enterra."
***
🤩
Você é uma das estrofes mais linda de um poema de Machado de Assis.
O soneto mais que perfeito de Shakespearer .
A moça mais cheia de charme ,que a garota de Ipanema.
Me digas linda moça, como eu um mero escritor não se apaixonaria por ti ?
Se és uma das mais belas obras ,da mais pura perfeição divina .
Em versos esculpidos com cinzel de ironia,
Machado de Assis, teu estilo guia minha poesia.
O palco político, um teatro de sombras e luz,
Onde a verdade se encontra nos bastidores, longe do refletor azul.
Transformação industrial, o gigante acordado,
No rosto do progresso, o passado desfigurado.
O rodar das engrenagens, o tempo acelera,
E a face da humanidade, em aço e vapor, se esmera.
Progresso! Oh, grito ecoado em cada esquina,
Mas que no ritmo frenético, a alma sublima.
O homem, preso à roda da inovação, se perde,
No olho do furacão, a humanidade se esconde.
A falta de planejamento, a desordem em marcha,
Na construção do futuro, o alicerce desmoroncha.
E o que resta são ruínas de sonhos, na poeira do tempo,
O preço da pressa, o lamento do esquecimento.
Guerras! Oh, a derradeira dança do destino,
Onde o homem, em seu orgulho, se torna assassino.
Na sombra do progresso, a chama da discórdia arde,
E no palco da existência, a tragédia se faz carne.
Assim, entre a política, a transformação e a guerra,
A humanidade caminha, na corda bamba da terra.
Buscando no progresso, a esperança de um novo dia,
No poema da vida, somos versos de ironia.
Que me perdoem os imortais...
Eça do Queiros
de deixar o Machado do Assis
nas mãos do Manuel da Bandeira
deixou o Jorge meio puto
ele que é Amado
queria o machado....
para trabalhar
como irá lenhar
para honrar seu amor.
procura o Guimarães e compra uma Rosa
pra ver se continua sendo amado
com flores, cordéis.
justamente no dia dos namorados...
Este não
Ao lembrarmos de Machado de Assis, ele tem uma frase bem assim: " se está morto, podemos elogiar a vontade". Porque qualquer um e qualquer um de nós, enquanto vivo ele estiver, pode decepcionar. Somente o cadáver é incapaz do que não deve e do que deve. Porquê não é mais livre. E é interessante que a palavra vício, significa ausência, falta. E a palavra virtude e por mais estranha que pareça, tem haver com o universo masculino, a palavra virtude possui um radical que é "vir" de viril e que assim se entendia que uma pessoa virtuosa, não era uma pessoa virtuosa, e sim um homem, no sentido de masculino. O homem que teria a virtude da coragem, generosidade e da justiça. E as mulheres seriam colocadas nessa tradição histórica, num papel secundário. Evidentemente, que a noção de virtude e vício, ela veio ganhando um patamar mais elevado. Todo ser que se diz ser virtuoso e, quando você o pergunta qual a virtude deste ser, ele responde eu sou perfeccionista.
Falar de Jose de Alencar da prazer
Ele nasceu em Megisana Ceará Em primeiro de maio de 1829
e faleceu no rio de Janeiro em 12 de dezembro de 1.877 É
patrono da cadeira 23 Por escolha de Machado de Assis
Acróstico
Iracema o mito
I radia a bravura de raça e Jose de Alencar Eternizou
Raiz da matas onde era guardiã
As palmeiras eram sua irmã seu balsamo
Caçador guerreiro símbolo de mulher
Elemento da mata onde é guardiã
Manteve a força de mulher ate o fim da vida
Amou Martim e não foi feliz, ele guerreiro e estrangeiro
O homem dividido entre o amor e sua patria
Mistura de raças se deu com este amor e nascimento de (Moacir)
Inesperadamente o seu amor volta a terra natal
Teus olhos negros secam de tanto chorar
O menino nasce em meio da dor de Iracema ....
IMENSO CÉU SEU
Com ou sem turbulência
O azul daqui de cima
É o imã que prende minha alma
E seus olhares
Brados, pungência...
Algodão celestial
Sobre a imensidão salgada – nu paladar
Doce, no olhar
Traz o que é bom
Ceifa o que é mau
O bem suplanta o sal.
Aroma comestível
Frágil semblante natural
Naturalmente, água e sal
Que do céu ganha um presente
Um azul quase que onipotente
Que traz um sentido - ou vários - real e
Ambivalente
Dualidade do horizonte
Ou horizontes
Retidão do universo sem fim
O azul, o Branco
O mar que morre em mim.
Luciano Calazans. Céu Brasileiro, 02/09/2017
Ah! Que saudades de um certo soneto
O qual ontem deixou-me posto em lágrimas
O soneto que com suas últimas rimas
Fez-me querer ter sido mais inquieto
“Por timidez, oque sofrer não pude”
Gasto de toda minha coragem agora
Se não quero que meu amor vá-se embora
Devo fazê-lo ficar, amiúde.
Não desperdiçarei minha juventude
Não sentirei remorso em minha velhice
Mártir do sofrimento e solitude
Mesmo que não o beije por tolice
Mesmo que eu não sofra se tu me iludes
Não vou sofrer pelo que nunca disse.
Entrelaços duplamente eternos
Sob a lua prateada, tão serena e tão casta,
No princípio se eleva a imagem que contrasta.
Por entre estrelas de um azul profundo e frio,
Deus traçava o infinito, seu divino desafio.
O mármore do tempo, tão polido e sem falha,
Ressoava na cidade, na vida que trabalha.
Em ouro e prata, brilham as máquinas de ferro,
Álvaro vê Bilac, no reflexo do espelho.
"Amarás!", dizem versos em rimas bem medidas,
Mas o grito da alma, nas ruas e avenidas,
Se perde na turba, na frenética canção
Da máquina e estrofe, pulsação e coração.
Porque Deus, em seu esplendor e perfeição,
Ofertou ao mundo um Filho, a salvação.
Mas na esquina de Lisboa, em um olhar de contraste,
Campos busca o seu ritmo, antes que sua alma se desgaste.
"Eis que estou!", exclama o poeta, em pulsação,
Na busca pelo eterno, pela exata expressão.
A beleza parnasiana, na técnica e na arte,
Se funde com o grito, rasga a alma, parte a parte.
Na metrópole do ser, onde o sonho e o real colidem,
Bilac e Campos dançam, e suas vozes decidem:
O eterno e o efêmero, juntos, se entrelaçam,
Em versos e máquinas, que o tempo não deslaçam.
Vamos tentar contar as estrelas que Bilac ouvia,
com este soneto, procuro prestar uma homenagem
ao nosso Príncipe dos Poetas.
Osculos e amplexos,
Marcial
OUVIR ESTRELAS
Olavo Bilac
"Ora direis ouvir estrelas! Certo
Perdeste o senso!! E eu vos direi, no entanto,
Que, para ouvi-las, muita vez desperto
E abro as janelas, pálido de espanto...
E conversamos toda a noite, enquanto
A via láctea, como um pálio aberto,
Cintila. E, ao vir do sol, saudoso e em pranto,
Inda as procuro pelo céu deserto.
Direis agora! "Tresloucado amigo!
Que conversas com elas? Que sentido
Tem o que dizem, quando estão contigo?"
E eu vos direi: "Amai para entendê-las:
Pois só quem ama pode ter ouvido
Capaz de ouvir e de entender estrelas".
*************
ESTRELAS AO LUAR
Marcial Salaverry
Em noites enluaradas,
até o brilho das estrelas é maior,
inspirando almas apaixonadas,
para viver o amor melhor...
Não amar, seria o pior,
e com as carícias desejadas,
uma lição que sabemos de cór,
é bom amar em noites estreladas...
Além de amar, vamos estrelas contar,
parafraseando Bilac que as ouvia,
melhor para a paixão controlar...
Contá-las, para melhor o amor viver...
Ao lado da pessoa que amamos,
Contá-las para melhor as saber...
Marcial Salaverry
16.dez, dia de Bilac!
Olavo Brás Martins dos Guimarães Bilac, ~16 de dezembro de 1865 - 28 de dezembro de 1918~.
hoje, é dia de ouvir estrelas. e foi vigiando as estrelas, depois seguindo-as, que os três Reis Magos foram ao encontro do menino Deus.
o Natal está próximo!
faça um exercício e, nos próximos nove dias, eleja e acompanhe uma 'estrela'. se você tem fé, se você acredita, Ele virá! e, a estrela que você elegeu, será o seu sinal.
DICÍPULO
Não anelo o alvorecer do cerrado, belo
Quero a inspiração do horizonte divino
Talhando verso, ferino, donzelo e singelo
Que outro, não eu! O faz tão cristalino
Invejo o magarefe, na lida de seu cutelo
Com ele, harmoniza a carne em traço fino
Benino, na retidão e um esmero paralelo
Que reputa, tal o ouvido ao som do violino
Mais que bardo, um eminente extraordinário
Enfeita, desenha, ressona num campanário
A poesia, em alto relevo, em divinal destaque
Por isso, escolto, imito-o, com meu pincel
Meus rabiscos, sobre o branco dum papel
Cingindo honraria, ao maior - Olavo Bilac!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
17/12/2019 - Cerrado goiano
Olavobilaquiando
A mocidade é uma sublime impaciência. Diante dela, a vida se dilata e parece-lhe que não tem para vivê-la mais do que um instante.