Poemas do Desapego
Almas minhas
Não sei quantas almas tenho,
só sei que todas elas têm um coração diferente
que muda continuamente conforme a ocasião.
Uma alma tem um coração vulnerável
outra tem um coração intocável.
Uma alma tem um coração detestável
outra tem um coração admirável.
Uma alma tem um coração que afugenta
outra tem um coração que atrai.
Uma alma tem um coração que retrai
outra tem de coração que não trai.
Alma de coração que propõe
Alma de coração que desiste.
Alma de coração que magoa
Alma de coração que perdoa.
Alma de coração que se desapega
Alma de coração que se afeiçoa.
Estimo cada alma que em mim habita
Reverencio as almas que me fazer ser
quem penso que sou.
ALTO-MAR
Durante meu cruzeiro, relutei diversas vezes contra mim mesmo. Peguei teu coração, carreguei ele nas mãos, mas sempre que chegava perto do mar, desistia compulsivamente. Mês passado diferiu. Após tanto resistir, enfim, joguei teu coração no meio do oceano. Por sorte, ele é tão denso que só restou afundar, afundar e afundar... E meu sorriso novamente voltou a me encontrar, encontrar e encontrar...
Uma vez jogado e debruçado no meio daquele oceano, felizmente nunca mais te veria, felizmente não mais te resgataria, felizmente não me perderia outra vez. Alguns acharam-me cruel, mas basta! Se quiseres, que me sentenciem a cadeia. Por pouco fui jogado no hospício sem ser louco e das reais histórias vívidas me diziam, "ALUCINAÇÃO!".
O CARRO VERMELHO
As pessoas não entendiam o porquê do meu choro incessável. Certamente, essa incompreensão se dera, pois, havia eu acabado de vivenciar o mais puro livramento de vida, ainda assim, isso não anulava nem um pouco a dor que me foi causada no acidente. Naquela maca de hospital pude perceber que pior do que não receber o amor da forma que compartilha, é ser enganado pelo próprio "amor". O carro da ilusão uma hora há de atingir um limite de velocidade tão alto que será impossível não bater em algum obstáculo, e foi isso que me ocorreu; lá estava eu, atravessando a rua, quando você veio descontrolado e me atropelou. Confesso que as cicatrizes ainda doem. Quando te vejo me olhar, enquanto estou sem fala e paralisado pelo gesso que envolve todo meu corpo, a única coisa que meus olhos refletem por você é aversão e desprezo. Mas, deixe-me encerrar esse relato da forma que queres. A culpa não é sua! Eu que lhe presenteei com o carro, que carinhosamente por ser vermelho, você chamou de coração.
Só pensando: Joguei fora tudo que não me servia mais.
Joguei fora tudo que nunca me serviu mas que, não sei bem porque, deixei aqui por tanto tempo.
Não estou falando das roupas que não me caem bem por causa daqueles quilinhos a mais ou a menos e nem dos sapatos que não estão mais na moda. Essas coisas são úteis pra outras pessoas. Doei essas coisas.
Doei! E nao me doeu.
Assim joguei fora o que me fez acumular tanto.
Larguei mão desse consumismo que me consumia.
Aproveitei e abri mão das mágoas, dos rancores.
Joguei no lixo todo preconceito, avareza, desprezo, ganância, soberba e todo o resto que poderia me distanciar das pessoas.
Ou que me aproximavam delas por motivos fúteis.
Peguei todo esse orgulho e pus fogo.
Meu exercício agora é contra a amargura.
Difícil tarefa nesses tempos.
Ainda tenho muito que aprender, que bom!
Bom dia pra quem é de amor.
Bom dia pra quem não é de amor, ainda!
Quando eu consigo me despir de tudo o que acredito saber, aprendo um caminho que me leva a um novo universo.
Já não é mais preciso pedir silêncio as vozes dentro da minha mente pois todas elas se calam com o interesse de ouvir o que tenho a dizer para fazer minha alma brilhar.
Nada mais me abala
Sou capaz de flutuar
E nada irá tão facilmente me tirar o chão.
Pois escolhi vivenciar a paz ao invés de tentar abrigar a razão.
Sobre presentes
Sobre ciclos
Sobre preconceitos
Sobre sonhos
Falta manual
Falta ficha técnica
Falta tempo
Olha agora
Sente
Desapega
E vive
O presente!
Porque tudo o que vier é bem vindo, deixe que venha
Se for bom, deixe que fique,
e se for ruim, deixe que vá
E lembre-se do presente
De estar presente
Se te machucar... Deixar ir!
O amor não machuca. O amor cura! O amor acolhe e protege.
Se não é recíproco... Deixe ir embora!
Desapegue-se de tudo que machuca! Desapegue-se dos sofrimentos, ressentimentos e das memórias tristes.
Perdoem quem um dia te feriu!
Se perdoe pelo que não se permitiu!
Quando você consegue se ressignificar tudo que um dia só te fez sofrer... Você se tornará um ser regenerado e forte.
Tenho uma memória péssima!
Quem me conhece sabe bem disso, esqueço datas, números, nomes, termos, expressões e mágoas com muita facilidade, esqueço tudo mesmo, se não me policiar é fogo, vou passar aperto, mas nunca esqueço o que me foi dito por quem tem relevância em minha vida.
Ultimamente tenho pensado muito em como preocupo com coisas que acho que nunca irei esquecer, como somos tolos vez ou outra, tudo passa e passa mais rápido do que imaginamos.
Talvez seja culpa do meu mapa natal, com tanto posicionamento em Gêmeos é de se esperar que eu viva nessa roda gigante de sentimentos, hora feliz demais, hora triste demais, hora sensível demais, hora uma pedra de gelo.
Não me quer por perto?
Ignore-me, simples assim.
Sofro uma ou duas semanas, mas só se gostar demais de você, e depois game over.
Outra coisa sobre quem tem esse mapa, outra coisa sobre mim, adoro jogar, mas jogos me cansam rápido demais.
Às vezes, consertar é apagar;
Ter sucesso é fracassar para depois ganhar,
mas ganhar nem sempre é vencer,
pois, ao olhar para trás, talvez percebas
que o bem que buscavas foi o que decidiste largar.
Ser relutante é não chorar
ao ver os caminhos que poderias trilhar,
sem precisar abandonar.
Desapega, se ame, seja você mesmo a base do seu prédio, as outras pessoas são só os tijolos... Porque é mais fácil levantar outra parede do que construir um prédio de novo.
Desapegue de rótulos, gente bonita não é gente branca, é aquela que tem caráter, te faz feliz, te traz a paz, te deixa suave. Não se iluda, viva em verdade.
Tenho procurado me desapegar de algumas coisas que não me trazem mais prazer! Não ao corpo, mas a alma! O que satisfaz o corpo, não sacia a alma
Para recomeçar, também é preciso desapegar-se de tudo, mudar os rumos ou mudar o jeito de caminhar.Desapegar de tudo aquilo que já foi bom, mas que já não está nos trazendo tanta felicidade como antes,deixar livre quem quer partir. Não podemos esperar resultados satisfatórios quando a situação já chegou ao insuportável. Ou ainda, nos prender pelo receio da carência, pelo pavor de nos sentirmos só, pelo sentimento de incapacidade, pela dependência na relação com o outro, pelo comodismo apesar do incômodo ou por conformismo ao se achar que tudo, já é tarde demais.Desapegar-se é uma maneira de deixar livre nossa consciência para as novas escolhas.Afinal,temos que nos desapegar das coisas boas para que coisas melhores possam vir. Desapegar-se, é renovar nossas esperanças para que se possamos construir algo melhor e para que possamos filtrar novas emoções.Portanto desapegue-se a vida precisa ser renovada sempre..
É o desapego ao conhecido que nos leva a explorar o desconhecido, sem temer sua natureza incognoscível
A indiferença é a semente do desapego, mas se não for ceifada no momento certo florescerá o ódio disfarçado de flor do esquecimento.
“Às vezes o que mais precisamos para aliviar a alma é de uma boa dose. Encha o seu copo de desapego e amnésia e beba tudo. Certamente. fará um bem enorme em seus momentos de angústia.”
“Metade de mim é amor, e a outra metade é desapego. Metade de mim é saudade, e a outra metade é suficiência. É que metade de mim é encanto, e a outra metade é desprezo. E entre tantas metades, que eu já nem sei, escolhi ser completo por inteiro. É que metade de mim é sentimento, e a outra metade também.”
Tá doendo? Desapega!
Te garanto que vai melhorar, a dor vai passar, o sol vai novamente raiar e o céu azul novamente voltará!