Poemas de Carnaval que eternizam os versos da folia
E um dia, afinal,
Tinham direito a uma alegria fugaz
Uma ofegante epidemia
Que se chamava Carnaval
Taí o Carnaval...
Caia na folia, caia na gandaia...
Faça um retiro espiritual...
Fique em casa...
São diversas as opções,
e desejo que cada qual curta como ficar mais feliz...
E vamos viver, que a vida é bela...
DESEJOS DE CARNAVAL
Marcial Salaverry
Ósculos e amplexos, desejando a todos
um Carnaval conforme o desejo de cada um...
Quem gosta de farra,
siga o trio elétrico,
mas não vá na marra,
só porque está frenético...
Quem prefere um Retiro,
sua razão não tiro...
Quem quer descansar apenas,
faça-o, porque assim não há penas...
Para quem for viajar,
desejo um alegre partir,
e um delicioso chegar...
São esses os desejos de Carnaval,
deste seu amigo, o poeta Marcial...
Se for dirigir, não beba,
se for beber, não dirija,
e para melhor se divertir,
não beba nada, para melhor curtir...
E com cuidado, porque é melhor
ficar em sua santa casa,
do que correr o risco de ir para a Santa Casa...
Juízo e bom senso, a ninguém fará mal,
e curta bem este Carnaval...
Balancete do Carnaval de 2023: sorte no azar, azar na sorte
Constatei, com comicidade travestida de pesar, que a rola daquele mendigo que se masturbava no ponto de ônibus (lembra?) parecia ergonomicamente mais tesuda que as dos moços vindos de famílias financeiramente mais bem estruturadas de Vitória que eu consegui arrebanhar.
Ainda que eu seja dada à arroubos de violência estética, minha sorte é ter introjetada a verdade de que meu melhor amante reside mesmo é na gaveta de calcinhas.
Pensando alto, talvez um dia desses acorde cedo para ver meus faxineiros em ação.
22/2/23. No quarto, mas com o nariz fora da gaveta de calcinhas.
Já estamos no ano 2023, mas para nós, o ano sempre começa realmente depois do Carnaval,
e dessa maneira, sempre será bom desejar a todos um bom restinho de ano...
Desejos de Feliz Ano Novo, não tem prazo de validade... Portanto, aqui vão os
SIMPLES DESEJOS PARA O ANO NOVO
Marcial Salaverry
Desejo-lhe somente,
um Feliz Restinho de Ano, simplesmente,
e que neste ano até seu final,
nada lhe corra mal...
Desejo-lhe felicidade,
com toda liberdade...
Sorria, cante...
E assim, a todos encante...
Com real desejo, ame,
e seu amor proclame...
Viva esse amor,
em todo seu esplendor...
Sonhe doces sonhos,
felizes e risonhos...
Use sempre seu sorriso,
esquecendo um pouco o siso...
Não vale a pena ter só juizo,
pois a vida por vezes nos dá prejuizo...
Seja um pouco maluca,
mesmo que lhe funda a cuca...
Saia na chuva,
isso cai como uma luva...
Aproveite o sol,
do nascer, até o arrebol...
De uma forma decidida,
vamos viver a vida...
Portanto, Feliz Restinho de Ano,
tudo de bom, sem nenhum engano...
Marcial Salaverry
Café com palavras
Um carnaval decente.
Clamar por uma gente.
Através de uma condição.
Hoje, assim, nessa ocasião.
Um pouco de louvor.
Um pouco de cura da dor.
Oh quanta dilaceração.
O estado, a família, o povo, a nação.
Na fuga mais profunda do pensamento.
Eu viajo.
Deliro.
Com palavras.
Dedilhar, escrevendo e tal.
Entendo o mergulho.
Na sanidade real.
A essência que o mundo rejeita.
Meu particular se deleita.
É claro.
Que na verdade existe devaneios.
Também acreditar.
É um mecanismo para os meios.
Que não duvide e não faça julgar.
Desconhece o interior de cada anseio.
Capaz realmente de se render aos céus.
Simplesmente pleitear.
A inclinação do olhar.
Do altíssimo poderoso.
Santo, Santo.
Meu Jesus, a verdade de um corajoso.
Eu sinto o quanto os ossos gemeram.
Mais que um furo, um corte e uma coroa.
A alma sufocada.
O pecado do mundo.
A terra, o coração dos céus tremeu.
E eu.
Hoje.
Nesse café com palavras, agradeço.
Por aceitar, sepultar os pecados meus.
Giovane Silva Santos
Olinda sem carnaval
Nunca vi nada assim
Ladeira não tem o povo
É triste isso pra mim
Não tem frevo nem a massa
Rezo a Deus que logo passa
Chora, chora, arlequim
BONECO GIGANTE
O homem da meia noite
É boneco de Olinda
Desfila no carnaval
Faz folia que não finda
Dança frevo no compasso
Na ladeira cai no passo
Torna a festa bem mais linda
O mundo é perplexo
Ordem mundial.
Reflexo e tal.
No carnaval.
Aiai minha mente.
Carente e inocente.
Do saber do mundo, do entender da gente.
Castigado e mastigado.
Do mundo, submundo astral.
Do profundo sobrenatural.
Civilizações e mitologias gregas.
Padrões arcaicos, colunas de justiça.
O mundo medonho, tecnológico e científico.
A manobra econômica.
Uma risada cômica.
É tudo magnífico.
Eu observo meu umbigo.
Mas sei que existe uma luneta surreal.
Um olhar além do sobrenatural.
Que frustra as artimanhas inimigas.
Um teor antigo, um olhar inimigo.
Do que falo e pouco se entende.
Do fluxo feroz.
Todo canto e lugar.
Aquele manifestar algoz.
Entender os céus.
Nem Moisés entendeu a aliança, dedos, anéis.
Não entrou na terra prometida.
Meu Deus, todo mundo falha.
A sabedoria do homem, é uma navalha.
Corta a ti e a mim.
Enfim.
O orgulho da peste.
A manobra de leste a oeste.
Do oriente ao ocidente.
No sudoeste da Bahia.
De onde parte essa poesia.
De um mundo fugaz e fantasia.
Da minha cobiça e meu anseio.
O mundo é produto do meio.
A maldade não prospera.
Minha esperança espera.
Nesse e muitos conteúdos que não quer resumi.
Inferno e céu, reze, ore e defina cada um o seu fim.
Giovane Silva Santos
É carnaval
Esqueci do mundo pelos beijos teus
Me perguntaram o que aconteceu
Não soube explicar e nem consegui falar
Recordo-me de uma vez
Que passei o carnaval
Em uma casa de praia com uns amigos.
Todas as noites eu me aproximava de uma
Escada desregular que levava até o mar
O céu se misturava com o mar e as estrelas
Uma amiga me disse uma vez
Que as estrelas que vemos não passam
De fragmentos de luz que já sucumbiram
Aos caos absoluto.
Me pergunto se, de forma inconsciente, ela
Não estava falando de nós pessoas
Fragmentos de luz, uma vivida chama que
Já se extinguiu com o passar dos anos
Mas os ecos de nossa morte ainda não atingiram a extremidade do universo
No fim acabei voltando pro meu quarto
Sozinho em minha própria galáxia
Mas naquela noite não sonhei
Porque já havia sonhado
Só que acordado.
CARNAVAL
.
Alegria de folião
Se acaba na quarta-feira
Com muita desilusão
Tédio, ressaca e liseira
Não falo da classe nobre
Me refiro à classe pobre
Vivendo sem eira nem beira
Registro de Carnaval
É que toda vez que te vejo, as palavras me somem e esqueço por completo todas as letras do alfabeto, coloco no rosto a melhor cara de bunda não ensaiada no meu rosto que fica ofuscado pelo seu sorriso.
Estava você ali, tão perto de mim, tão pequena e tão alegre, se expandindo naquele espaço que era tão seu e pouco meu.
Até tentei mexer os ombros para não parecer uma completa estranha, ao passo que você com seu carisma reluzia de tanta felicidade,
E eu fiquei mais feliz em te ver daquele jeito e tão de perto de mim (eu quase poderia tocá-la).
SALVADOR - BAHIA - BRASIL
A terra do turista, do poeta do carnaval, a terra dos amores em céu aberto
dos amantes da boemia,
a terra dos faraós, do elevador
do senhor do Bonfim,
Aqui foi parido o Brasil Pela Baia de todos os Santos em Águas de março, cortada por morro em beira mar,
Terra do índio, do branco, do preto de todas as religiões e canções, quem aqui nasceu é soteropolitano, baiano da Gema, brasileiro do nativo.
Algumas pessoas
Mostram a face no carnaval
usam máscaras no natal e
Se fantasiam de boazinhas
O ano inteiro
Bel Aquino
Na sua trajetória de máscaras
Se perdeu no atalho do carnaval
E mostrou a verdadeira face
Bel Aquino
Cê deixou meu coração pulando de alegria
Como se fosse Carnaval, só que sem fantasia
E a fantasia da minha mente cê realizou
Se eu tivesse três desejos, pediria três vezes você, amor
Escola Olodum - Um Toque de Cidadania
É um importante projeto que a Associação Carnavalesca Bloco Afro Olodum mantém em Salvador - Bahia, a Escola Olodum é um espaço real de participação e expressão da comunidade afrodescendente, constituindo-se numa referência nacional e internacional pela inovação no trabalho com arte, educação e pluralidade cultural.
A Escola Olodum revela grandezas além do toque do tambor, com atividades que têm como objetivo valorizar o potencial de crianças, adolescentes e jovens, por meio de linguagens que possibilitam a inclusão social e digital, trabalhando paralelamente a questão da cidadania étnico-cultural.
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