Poemas de Carnaval

Final de carnaval
Explosão de cores no entardecer.
Amanhã voltam as máscaras.
Amanhã, só as cinzas da alegria do carnaval...


Quando a dor atenuar, e o mito da peste nós a ele imunizar, quero Festejar.
Quero carnavalescar!
Dias e meses ovacionar.
Entoarei aos quatro céus cantos e Hinos aos Deuses.
E neles constará palavras de Fé e Gratidão!
Porque é isto que viemos emitir aos que retornaram ao Cosmos, ao Criador obrigado.
...e, é isto que ensejamos ao Divino, que as circunstâncias nos deram, e fizeram à todos como seres Humanos!

Inserida por dalainilton

⁠CARNAVAL FORA DE ÉPOCA

Acho que foi nesse período
Percebi-me e não gostei do que vi
Não era o que esperavam de mim
Assustei-me, chorei e comecei a morrer
Calado, com medo e com dor
Dor na alma, nos olhos, no corpo
Solitário, perdido, sem respostas
Diferente, tornei-me indiferente a mim
Meus desejos eram contrários e contraditórios
Como meu corpo e mente
Meus beijos impossíveis
Meus abraços duvidosos
Meus olhares maliciosos, vindo de olhos
Que deveriam ser arrancados
Tentava respirar num mar cada vez mais profundo
E turvo e turbulento
Um turbilhão
E morri no maior dos meus medos
Que hoje eu entendo
O mar
Sempre achei que tal temor vinha de outra vida
Mas hoje consigo enxergar que morri nessa
Aos sete anos de idade
E para continuar
Tive que renascer respirando outra essência
Que não era minha
A minha era proibida e ainda malvista
E condenada
Pelos que te matam
Sorrindo
Aceitando
Fingindo
E rindo
Da tua dor disfarçada
Muitas vezes numa alegria forçada
Numa roupa fantasiada
Num gesto sinuoso, ridículo, engraçado, exagerado
E provocante de defesa
Não me mataram
Me mal-trataram
Mas não me mataram
Fizeram com que eu me matasse
Tirando deles a culpa
Disfarçada em palavras amigavelmente mentirosas
Por mais que alguns pensaram estar sendo verdadeiros
Foram sempre traídos pelos olhares questionadores,
Reprovadores
E na sua grande maioria disfarçados para não magoar
Porém cortantes e risíveis
E generosamente cortantes
Assumo
Ninguém me matou
Eu não me matei
Fiz pior
Deixei-me matar
E renasci
Com medo
Receio
Raiva
Pena
Vontade
Sonhos
Desconfiança
Insegurança
Força
E máscara.

Inserida por MarceloEvangelista

⁠O mundo é perplexo
Ordem mundial.
Reflexo e tal.
No carnaval.
Aiai minha mente.
Carente e inocente.
Do saber do mundo, do entender da gente.
Castigado e mastigado.
Do mundo, submundo astral.
Do profundo sobrenatural.
Civilizações e mitologias gregas.
Padrões arcaicos, colunas de justiça.
O mundo medonho, tecnológico e científico.
A manobra econômica.
Uma risada cômica.
É tudo magnífico.
Eu observo meu umbigo.
Mas sei que existe uma luneta surreal.
Um olhar além do sobrenatural.
Que frustra as artimanhas inimigas.
Um teor antigo, um olhar inimigo.
Do que falo e pouco se entende.
Do fluxo feroz.
Todo canto e lugar.
Aquele manifestar algoz.
Entender os céus.
Nem Moisés entendeu a aliança, dedos, anéis.
Não entrou na terra prometida.
Meu Deus, todo mundo falha.
A sabedoria do homem, é uma navalha.
Corta a ti e a mim.
Enfim.
O orgulho da peste.
A manobra de leste a oeste.
Do oriente ao ocidente.
No sudoeste da Bahia.
De onde parte essa poesia.
De um mundo fugaz e fantasia.
Da minha cobiça e meu anseio.
O mundo é produto do meio.
A maldade não prospera.
Minha esperança espera.
Nesse e muitos conteúdos que não quer resumi.
Inferno e céu, reze, ore e defina cada um o seu fim.
Giovane Silva Santos

Inserida por giovanesilvasantos1

⁠Feliz é o amor que nasce no carnaval
E quer se mostrar pela cidade
Nos outbus, nos painéis
Atravessando o tráfego cambaleando

Febril é o amor que ferve nos quarteirões
E quer explodir fantasiado
Vai pelas ruas e avenidas
Rindo e colorindo a vida

Inserida por pensador

⁠Carnaval chegando e faxina rolando aqui
E o último ano foi (fui) assim: usando tudo quanto é tipo de "vassoura", olhando e limpando todos os cantinhos
As vezes rápido,
As vezes devagarzinho,
Aliás percebendo cantinhos,
Cantinhos que eu nunca tinha observado
Descobrindo sujeiras
(que eu nem sabia que poderiam existir).
E fora a poeira que nem passou pela minha consciência
e foi levada eu nem percebi.
Todas as "vassouras" representam a minha decisão
e dedicação para me superar,
me curar de mim

Essa semana senti uma limpeza real e profunda
percebi então que faltava algo
(assim como o efeito sanfona vem para repor o tal "vazio" quando fazemos uma dieta maluca e perdemos peso, sabe?)
Aquele baú branco (de ontem) foi esvaziado nessa limpeza,
nesse ano todo
E estava bem sujo
Havia páginas ressignificadas
outras 357 sendo vividas
a vida não para
vamos criando no caos
e eu senti paz
e gratidão.
Eu coloquei tanta coisa boa dentro dessa caixa,
que senti as coisas no seu devido lugar.
Estou adorando o movimento constante
no estacionamento de vassouras

Inserida por priaugustta

RIO, ENCANTO DO MEU CARNAVAL
É carnaval...
Sapucaí sonho meu
Quantas ruas, becos e vielas
Transpassam em mim
São as esquinas da vida
Que escondem meus fragmentos.
Madureira, Penha, Realengo
São trilhas de profundas caminhadas
Tijuca, Leme e Vila Isabel
Marchinhas de todos os carnavais
São nas largas avenidas
Que amolecem o meu pisar
Minha fantasia lembra
A princesinha do mar que desfila
Junto a Garota encanto de Ipanema
Ah, sol da Prainha borda meu carnaval
Me desenrola o espírito no samba
E o meu Império Serrano
Construído no alto da Serrinha
Tudo canta meu Rio de Janeiro
És tu que mora nos cantos de mim
É carnaval...

DIAS DE CARNAVAIS - João Nunes Ventura

Belos dias de carnavais
Quanto delírio nos traz
Suas saudosas canções,
Pelas ruas dos amores
Passa o bloco das flores
Alegrando os corações.

Inserida por joaonunesventura

⁠É carnaval
Esqueci do mundo pelos beijos teus
Me perguntaram o que aconteceu
Não soube explicar e nem consegui falar

Inserida por pensador

⁠Recordo-me de uma vez
Que passei o carnaval
Em uma casa de praia com uns amigos.
Todas as noites eu me aproximava de uma
Escada desregular que levava até o mar
O céu se misturava com o mar e as estrelas
Uma amiga me disse uma vez
Que as estrelas que vemos não passam
De fragmentos de luz que já sucumbiram
Aos caos absoluto.
Me pergunto se, de forma inconsciente, ela
Não estava falando de nós pessoas
Fragmentos de luz, uma vivida chama que
Já se extinguiu com o passar dos anos
Mas os ecos de nossa morte ainda não atingiram a extremidade do universo
No fim acabei voltando pro meu quarto
Sozinho em minha própria galáxia
Mas naquela noite não sonhei
Porque já havia sonhado
Só que acordado.

Inserida por Drovisk

Sempre Fica!

Um carnaval passa, mas as lembranças ficam;
Uma beijo passa, mas as sensações ficam;
Aquele corpo a corpo passa, mas as emoções ficam;
Os dias passam, mas os sentimentos ficam;
Um adeus passa, mas a saudade fica;
O tempo passa, mas o amor fica.

Inserida por Ricardossouza

FEITO HOJE

E o perolado
Brilhantes
Seu Rio sem medo
Fez carnaval do outro lado

No palco, luz
Muda aqui a cor
Mas e a personagem?
Não há

É presente
Desse lado
Pro seu lado
Do seu lado pro meu
Não há tempo no espaço
Só laço
Do Rio sem braços
Que de cor, fica a mudar

E a alegria de saber
Que está de novo
O mesmo Rio
Com o mesmo perolado
Deu frio
Sem ar
Calor a chegar

Agora bobo
Esperançoso
Os rios se encontram
E em profundos perolados
Resiste de um lado
Corredeiras ainda não há

Descansa na beleza
O medo da correnteza
Rio retido
Contido
De encontro com a Mar

Suave
Edredom macio
Deito sem medo
Rio com cor
Só q sem margem está

Avança aos poucos
Corredeiras pequenas
Cheio de vida
Em lago vai chegar

Mas antes de calmo
Lançou-se a grandes corredeiras
Em meio a selva
Rio está

Contornando montanha
Mergulha no lago
Do lado
Rios ainda a misturar

E os perolados
Com luzes
Iluminados
Se aprofundam
Pra do melhor jeito ficar

Acende os holofotes
Eu não vou apagar
To aqui,
Vem aqui
Te abraço
Te abrigo
De risos
E piadas
Cara abobada
Jeito de transbordar

Rio
Num castelo me colocou
Mas eu príncipe não sou
Cavaleiro
Te protejo
Mesmo se não desejar

Me dá a mão
Não solto
Não quero soltar
Dança comigo
Canta só um pouquinho
Rios
Choros
Abraços
Fogo
De novo e de novo...

Te abraço sem medo
Respiro sem ar
Mas rios calmos
Estão longe do mar

Agora lago
Pacífico
Rico
Vivido
Sabe que Rio vai virar
De novo
Talvez cachoeira
Ou até uma bica d’água
Mas o Rio conhece as corredeiras
As pedras
Curvas que podem o destroçar
Só que sabe ser cascata
Ter suas cores em arco íris
Ver do alto as árvores
As aves
A beleza do perolado da íris
Ser lago
E um dia ser mar

Mar de tudo que há de bom pra ser
Pra você
Mas por enquanto
Vamos deixar
Rio andar.

Inserida por jviolista

A preocupação do político é quando
a sociedade dê menos importância
ao futebol, novela, carnaval...
E se interesse por política.

Inserida por luiz_pedroso_junior

Já tive tantos Domingos de carnaval em lugares, onde na verdade não sabia o que estava fazendo, mentira sabia sim!
Eu estava "curtindo a vida", ou seja, dormia pouco, ria muito, com ou sem vontade, beijava razoavelmente muito e achava que estava fazendo o certo. Se era certo ou errado até hoje não sei, tudo foi experiência. Na época seguia o dilema não era de ninguém e ninguém era meu também.
Mas, diga-se de passagem eu queria mesmo era dar de cara com um príncipe encantado...

Inserida por PaulaManfredo

Terra do Carnaval, cidade de Maquiavel
Pessoas vulneráveis escravas do papel
Alerta no Nextel, pensamento a milhão
Não há vírus que corrompa a mente de um vilão

Inserida por pensador

REFLEXÕES PERVERTIDAS DE UM CARNAVAL.

A igreja católica tem cometido alguns erros ao longo de 2.000 anos. Um deles foi proibir o casamento aos padres como forma de garantir o celibato.
Como pode isso se, o casamento, é um dos modos que afasta uma pessoa do sexo?

Inserida por domzeferreira

E agora é carnaval
e agora é só folia,
no meio dos seus problemas, você encontra alegria.

Tudo agora é festa,
festa que contagia,
que empurra os seus pesadelos para baixo de uma alegoria.

E agora você se prepara pra se divertir, pra aproveitar.
E agora você só repara no que vai vestir, no que vai postar.

E no meio da multidão, com tanta música e tanta diversão, você vai parar e você vai lembrar que talvez a solidão te espere em casa quando voltar.

E no meio de tantas fantasias, você vai brincar de ter felicidade e relembrar, durante quatro dias, como é uma vida sem ansiedade.

Como é uma vida sem tanta pressão, como é uma vida sem tanta cobrança, como é viver sem ter preocupação, como é voltar a ter esperança.

E na quarta-feira, ao final da tarde, mesmo cansado, você vai lembrar dos últimos dias e sentir saudades desses momentos que não vão mais voltar. .
Pois volta a vida do jeito que é, volta o alarme de toda manhã, volta a rotina, volta o café, voltam as curtidas no seu instagram. .

O que não volta é a sua essência, que há algum tempo já ficou pra trás.
E o que volta é a sua procura por um pouco de justiça, por um pouco de paz.

E essa fuga da realidade é uma forma de seguir em frente, pois viver preso dentro da liberdade é a maior fantasia que criaram pra gente.

E volta tudo como tem que ser, como se sofrer fosse tão normal, e o alento é a gente saber que no próximo ano tem mais carnaval.

Inserida por Crasso

É Carnaval -

Então,
é Carnaval:
ruas cheias de pessoas
coloridas,
fantasiadas de felicidade.

Em que a realidade
e a quarta-feira
são sempre de
cinzas.

Inserida por SilvioFagno

Carnaval:

Ah o Carnaval o tempo bom de esquecer a realidade, e se divertir sem se preocupar com a poluição causada pelos bloquinhos, a folia das pessoas ao jogarem suas bebidas no chão das ruas e estragar o meio ambiente alem de patrimônios tanto sagrados como publico e depois se perguntar, o por que de ninguém fazer nada para mudar isso, sendo que os causadores são eles mesmos sem ao menos perceberem.
Carnaval como você é momentâneo e só vale para o momento, porque depois disso somos obrigados a voltar para nossa triste e fria realidade não é mesmo?

Inserida por ciceromatheusdossant

Foi numa noite de carnaval
Eu me perdi na rua
Eu quero saber seu nome
Coisa que estranha
Que me dá

Inserida por pensador