Poemas de despedida de morte para dedicar a quem partiu
A EXPECTATIVA:
Começa-se, em criança, a esperar a juventude com impaciência quase alucinada; depois, quando adolescente, espera-se a independência, a fortuna ou porventura apenas um emprego e uma esposa. Os filhos esperam a morte dos pais, os enfermos a cura, os soldados a passagem à disponibilidade, os professores as férias, os universitários a formatura, as raparigas um marido, os velhos o fim. Quem entrar numa prisão verificará que todos os reclusos contam os dias que os separam da liberdade; numa escola, numa fábrica ou num escritório, só encontrará criaturas que esperam, contando as horas, o momento da saída e da fuga. E em toda a parte - nos parques públicos, nos cafés, nas salas - há o homem que espera uma mulher ou a mulher que espera um homem. Exames, concursos, noivados, loterias, seminários, operações da Bolsa - são formas e causas de expectativa.
(...) Todos, com diferentes paixões, esperam - sobretudo, as fortunas repentinas, as mudanças imprevistas, o insólito e, com frequência, o impossível.
Depois de tudo, quem sabe um dia tenha um sentido, mas até lá estarei perdido
Eu pensei que tudo seria possível, que o tempo estava a favor, e você sempre estaria comigo
Eu tinha certeza, e isso me fazia me levantar todos os dias
E independente da barreira, apenas com minha vontade eu venceria
Talvez seja tarde, mas eu sei que não posso desistir, tudo anda mudando e eu não posso parar por ai
Parece cansativo, mas por você vale a pena seguir, só foi uma pena que depois de algum tempo descobri que você não estaria aqui
Eu disse, talvez seja tarde. Mas eu não posso desistir.
Sonhei acordado, chorei por todo lado, e no fim percebi, você me ajudou chegar aqui, e depois de tudo, você foi a primeira a desistir
Minhas lagrimas escorre ao pensar que era eu a ter um fim assim, mas entre páginas eu espero que o final demore a vim
Eu te amo, e por você eu vou prosseguir, por você eu trilhei até aqui, mesmo que depois de tudo, nem um adeus você mim deu antes de sorridente fechar seus livros chorando a sorri
E depois de tudo, mesmo sozinho, seguirei em frente, por ti
AS PORTAS DA VIDA
Uma luz nos olhos traz o choro quando nascemos para esta vida. É a porta que se abre e dá início a um novo ciclo. E, aos poucos, como que engatinhando, vamos aprendendo a gostar de viver como se a vida nunca tivesse fim. Vivemos a fábula de Peter Pan ou acreditamos que a porta apenas irá se abrir muitos anos à frente. Porém, algumas vezes, somos pegos de surpresa, quando a porta se abre e fecha sem proporcionar a despedida para quem entrou... e se foi. Ficam os abraços que não foram dados, as palavras no silêncio da lágrima e a dor pela ausência. Porém, viveremos com a esperança de que, um dia, quando a porta se abrir para nós, o reencontro seja de alegria, paz, amor, amizade e saudade. Enquanto isso, que os momentos felizes sejam os principais motivos de recordação.
Quanto tempo?
A única saída que você vê é se destruindo, se matando com o doce sabor amargo da nicotina, e com o néctar venenoso e saboroso do álcool.
"Tudo bem, faça o que quiser... Ele só está deprimido". Nós confundimos a palavra deprimido com depressivo. Eu penso e me pergunto... Quanto tempo até você deixar tudo isso te consumir e se matar?
Slá, só mais um café.
hoo baby, seja minha luz, meu mundo negro é sombrio ao anoitecer.
preto no branco.
branco no preto.
as rosas com o tempo secam.
toda a carisma se vai.
diante da ironia de viver, todos os dias olho para o horizonte.
a luz lentamente desaparece, nos resta a lua, iluminada por lembranças.
pouco tempo nos resta, não ira amanhecer novamente.
há sentimentos que surgem com a lua mas desaparecem com o sol.
3D
Difícil vai ser lidar com a falta.
Difícil vai ser não ter mais semestres para morrer.
Difícil seria nunca ter conhecido as pessoas que eu conheci por aqui.
Tudo que você possuir em sua forma material vem da natureza desse gigante planeta, algo que modificaram e suas origens apagaram.
Aos pobres mortais restam penas desiguais, simples animais imaginam sempre ser mais.
Livres por condição, aprisionam-se por opção, congelam sua mortalidade correndo atrás apenas de falsas verdades.
Cada segundo passado esquecem no mesmo minuto, idealizam um amanhã humilhando seu próprio futuro.
Um dia que se passa sempre quer outro dia, e isso está errado, o certo é que é sim MENOS um dia de vida: Cada minuto é um minuto perdido, cada momento é raro e precisa ser perfeitamente aproveitado.
Conscientes da sua própria mortalidade talvez a desgraça reinasse menos. Um dia fecharão os olhos e nunca mais irão abrir, nem aqui nem outra dimensão, apenas ossos sem função, apesar de terem o cérebro de fato o mais complexo é também o mais sem reflexo.
O tempo tem que ser encarado como um investimento positivo e um dia enriquecerá-se de bons sentimentos, enxerguem seu fim e cuidem-se enfim...
Corpos ligados com algo conectado, mistério individual que ativa geral.
Perdeu o vital acabou o sinal: Futuro de ossos, destino do que viveu, enterrados sem nenhuma função para sempre hoje é só memórias e no fim desapareceram.
Simples atos determinam espaço, inéditos vividos também serão desaparecidos.
Agem pior engolindo e cuspindo só desgraça, destruindo a própria raça.
PENSAMENTOS KAMIKAZE
Frio vento da manhã
Assanha de leve meus cabelos
Coloca sobre o leite derramado
Lágrimas que não vão limpar o meu tapete.
Temos ódio e o coração foi derrotado
Colocamos no peito o destino traçado
Levamos na cabeça a memória da derrota
Basta, com um olhar baixa o clima
Veja mesmo a morte tem descendentes.
Líquido da memória de um adolescente
Com certeza não é semente que esperem gerar frutos
Nem há de ficar marcado com o ferro do inferno
Dando vazão a um poço sem caldas.
Lotação completa, segue o carro em movimento
Difícil é se manter seguro a ele
Oposto de se obter benefícios
Não quero mais seguir este caminho.
Jamais pedi a você que por amor
Colocasse uma bala em minha cabeça
Mas volto e lhe peço agora.
Sujo o pára-brisa deste carro em movimento
Não quero mais olhar para ver se ainda existe caminho
Quero voltar ao fim
Seguir uma reta longa que tenha um fim curto.
Curto a contagem regressiva do momento
Estou entre largar a vida e segurar minha derrota
Lembro do vento e seus olhos orientais
Sinto o quanto gosto de sua companhia
E volto a aceitar seguir com o carro em movimento.
E a vida é isso: um dia atrás do outro, até que o outro não vem mais!
__Momento "Tô filosofando" da Mell Glitter
Quantas crianças brincando de matar,
Sem compreender porque tem que lutar,
Sua esperança tem gatilho e cospe fogo.
Toda noite faz sua oração, pra matar e não morrer!
Seres humanos
Não tem como saber qual é o limite de cada um, o limite entre a vida preciosa e frágil e a morte obscura e súbita. É impossível saber quanto tempo de vida nós temos, só o que podemos saber é que tudo se perde... Tudo perde a beleza, perde o sentido, perde a vontade e sinceramente, perde o prazer. Absolutamente nada importa, nós só estamos aqui, vivos, esperando a morte chegar.
Nós não somos seres superior, não somos mais importantes ou significantes que a terra que nos cobre quando morremos.
Slá, só mais um café.
IDA DESISTIDA
Em um domingo, quase fomos.
Choveu.
Ida desistida
em vários outros domingos.
Não fomos.
Fomos desistindo, desistindo...
Agora não há mais
Domingos"
Registro de um momento de tristeza...
Esse texto "brotou" dia 06 de abril. Estava me lembrando de um dia que estavámos eu e minha ame indo para a Igreja do bomfim e ela desistiu, com medo da chuva.
Quinze dias depois, ela faleceu.
E assim mergulhou minha cabeça no fundo da escuridão
uma fera efêmera.
a sensação ardente em meu coração me deixava na linha tênue entre o purgatório e as trevas onde foi que minha alma se afogou.
Um corpo putrefato, era isso que era. Observando o Sol etéreo sangrento. Manteve-a presa, para todo sempre, queimando suas retinas ao olhar para seu próprio alicerce. Era o fim do começo, era embuste.
Dor
Caos
Escuridão...
Seria esse o prefácio do fim?
Loucura
Devaneio
Pesadelos...
Existiria um purgatório antes de lançar-me ao vácuo?
Preocupações
Amores
Dessabores...
Monstros me perseguem enquanto durmo e quando acordo, torço para que apareçam e me sinta viva.
Sinto mãos me tocarem a noite... Mãos inexistentes. Sei que precisarei me decidir uma hora, mas falta-me algo.
Não me atormentam enquanto estou acordada e isso me mata aos poucos. Por que esse silêncio ronda-me como nunca?
Teriam eles cumprido seu propósito e agora só esperam minha decisão?
Mãos quentes apertam-me o peito e estrangulam-me aos poucos me deixando agonizar esperando ansiosamente algo que não sei o que é
Segue-me a todo o momento
Sinto feridas se abrirem e nem sei como elas vieram, apenas sinto brotarem de mim e se derramarem pelo meu ser... Feridas visíveis e invisíveis
O silêncio cresce
Os amores desaparecem
As feridas aumentam
Tudo parece escorrer entre meus dedos.
Luzes de um farol alto que ofuscam a visão.
São como gotas de orvalho expostas ao sol.
Dor substitui amor
Você nem ao menos disse adeus
Apenas deixou uma carta,
Sangue e um frasco de remédios
Eu sei que a vida não fazia sentido
Que a vida não importava
Mas eu estava aqui ao seu lado
Isso não importava?
Agora só tenho lágrimas
Lágrimas neste dia de preto
Soluços e choros e me mantenho quieto
Sempre foi assim
Você trocava nosso amor
Por coisas como lâminas
Drogas e dor, muita dor
A dor que você não sente mais
Mas sou eu que sinto agora
Desde o dia em que você ficou assim
Só dor substitui o amor
Agora estou sozinho
Sem você ao meu lado
Alguém que me completava
Alguém que eu amava
Agora só tenho lembranças
De cada lindo sorriso seu
Que tropeçava ao sair do seu rosto
Quando eu fazia algo bobo
De seus olhos negros
Tão negros quanto o céu
Mas que, ao fundo, existia um brilho...
Irradiante como a lua
Nada disso existe mais
Seus lábios que tinham um sorriso
Agora são gélidos
Como o seu corpo em meus braços
A impotência cresce dentro de mim, acordo com um peso na mente que eu não tinha antes, um desconforto unilateral.
Vejo o mundo de dois ângulos, duas realidades de uma só verdade, eu não pedi isso, simplesmente surgiu e tive que aceitar.
A vertigem causada pelo choque não me derrubou ainda, talvez seja apenas um teste, mas, um teste para que?
Escrevo em frases pois estou fragmentado em pequenos pedaços de duvida e medo, não sei ao certo o que esta havendo, apenas tive que aceitar que é assim, sem muito o que questionar.
Tento focar em algo, mas meu foco afetado pela impotência e medo crescente apenas me da uma imagem estrábica do que vejo.
Talvez devesse deixar que abram minha mente, mas ninguém quer correr esse risco, não se sabe ao certo os resultados.
Enquanto isso devo torcer ao destino ou a um ser onipotente para que a inercia se estabeleça em mim, mas realmente não creio nisso.
O que posso fazer para me ajudar? Realmente não sei.
Iridescência
O que é a vida se não um enigma
Um jogo de esgrima sem vencedor
O que é a vida se a gente não finda
De uma vez por todas o que começou
O que representa esta grande impotência
Da loucura desvairada
Que teu pai te proporcionou
E em qual esquina esteve marcada
Esta promessa que tu nunca concretizou
Nesta eloquência desvairada
Encontrei meu salvador
Entreguei a ti, tudo que de mim sobrou,
Não que fosse muito, sei, sou quase nada
Mas se nada sou, eis-me aqui entregue
Torcendo pra não ser tomada,
Ainda assim, cá estou, abandonada,
Desejando-te da alma à epiderme.
Porque sim, tenho mil amigos
Uma estante repleta de livros e Cd’s
Sim, tenho mil e um escritos,
Mas só um poema é sobre você
E este tem-me sido um companheiro incansável,
Na batalha das decepções que o presente da vida veio a ser
Desde então colmei-me de difíceis escolhas e percebi
Nada mais será bom o bastante sem a dádiva de te ter.
Nada sou perto de tua iridescência admirável.
Conheço uma única pessoa
Capaz de emanar todas as cores mesmo sem permitir
Tens sido excepcional ao ponto de me refletir.
Pois sei, é preciso arriscar pra se libertar,
Prometo estar aqui enquanto decidires ficar.
P.S: Fica!
Thaylla Ferreira Cavalcante
Chorei
Chorei, confesso, chorei em várias ocasiões,
Chorei de tristezas e de alegrias,
Chorei por bobeiras e por fantasias,
Chorei por falsas convicções.
Mas homem não chora!
Chora sim, e como chora.
Chora por um filho, chora de dor,
Até chora por amor.
Chorei de saudades,
Chorei por mentiras,
Chorei por verdades,
Chorei por birras.
Chorei pela vida e pela morte,
Chorei pelo azar e pela sorte,
Chorei por mim e por ti,
E como sofri.
Deitei chorando,
E chorei até dormir,
Mas pela manhã,
A alegria eu pude sentir,
Chorei amando,
E amando, fiquei esperando.
E a esperança não é vã,
É um sentimento perene.
Estou te esperando...
Autor: Agnaldo Borges
31/05/2017 – 18:56
A HORA
Morrer, Senhor, de súbito, eu quero!
Morrer, como quem vai em sua glória
Despedir-se do mundo em ato mero
De repente! Na bagagem só memória
Morrer sem saber, estou sendo sincero
Rogo, por assim ser, a minha tal hora
Morrer simples, sem qualquer exagero
Onde o olhar de Deus a minha vitória
Morrer, sem precisar ser feito severo
Das estórias que fique boa história
Fulminando sem lágrimas e lero lero
Assim espero, digno desta rogatória
Morrer fruto do merecimento vero
De ser ligeiro, cerrando a trajetória
© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
2017, junho
Cerrado goiano
Paráfrase Augusto Frederico Schmidt
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