Poemas de despedida de morte para dedicar a quem partiu
O norte, a morte, a falta de sorte...
Eu tô vivo, tá sabendo?
Vivo sem norte, vivo sem sorte, eu vivo...
Eu vivo, Paulinho.
Aí a gente encontra um cabra na rua e pergunta: ‘Tudo bem?’
E ele diz pá gente: ‘Tudo bem!’
Não é um barato, Paulinho?
É um barato...
A morte não é para amadores. A morte não pede para você guardar os óculos antes de bater em sua cara. A morte não se intimida se é idoso ou uma criança. A morte é implacável e não espera que você prepare um discurso de adeus - os outros terão que se virar com as palavras ditas e as lembranças esparsas. A morte dói duas vezes: para quem parte sem saber e para quem fica sem compreender o sumiço. A morte desidrata a alma. A morte não lhe poupa das piores notícias, diz de uma vez, grosseira. A morte vai tirando quem você mais gosta de repente e deve se virar com o luto. A morte é a solidão da memória. A morte não respeita Dia dos Pais ou das Mães e leva o seu pai e sua mãe no meio da comemoração.
A morte não poupa sequer o aniversário de alguém. Não aguarda que soprem as velas, que vire o pêndulo da meia-noite, que se abram os presentes. Ela não ama ninguém para dar desconto, sobrevida, perdoar atrasos.
A morte tem inveja da vida. Parece que ela nos obriga a ser feliz sem pensar muito no futuro, sem se demorar para responder os afetos, sem adiar os sonhos. A morte grita em nossos ouvidos: faça agora antes que seja tarde.
Fabrício Carpinejar 🍃
A depressão mata mais do que a morte;
porque quando a morte chega,
em muitos dos casos,
ela já tem matado antes.
Glorioso tipo 2pac
Engenhoso tipo Da Vinci
Estrategista tipo Sun Tzu
Veja a morte tipo Prince
Déjà vus como Chico Science
Rigidez calejando a pele
A cabeça mais ou menos ice
Que esse mundo me congele
Tô enxergando a escuridão, mas nós somos luzes
Carregamos cruzes, somos luzes negras
Engolimos todos, superamos tudo
Tamo nesse jogo, focado nas regras
Fadado ao menino destino
Que nem os Deuses escaparam
A progressão social repousa essencialmente sobre a morte. Os vivos são sempre e cada vez mais governados pelos mortos.
(Incidente em Antares)
Esperando
O trem chegar
À beira da ferrovia
Ansiosamente
Nos trilhos
Esperando
A morte chegar
Voltei ao meu livro imaginando qualquer outra coisa
Não pude imaginar que aquele velho realmente havia morrido bem ali
Simplesmente infartou, ao atravessar os trilhos, caiu sobre eles
Assustador, bizarro
o barulho
da queda
um corpo
subitamente
sem vida..
Muitos foram os curiosos que cercaram o recém falecido, estudando a situação
Logo retiraram-no dos trilhos, o deitaram no chão
Tentaram ouvir o coração e a respiração
O pulso
Não pulsava
Ao chegar o trem
Ouvi alguém gritar
-Foi infarto!
Sobrecarregou o coração
Pereceu de tanta emoção
Ao atravessar a linha
Esperaria a chegada do trem
Pois neste dia havia
Prometido reencontrar alguém
Que lhe fazia sentir tão bem
Quem diria
O mundo passa diante da janela, tudo parece ficar para trás
Entorpeço-me observando sem parar
Trago à tona o livro novamente
Pra tentar continuar
Escrever meu ver
Meu imaginar
Minimizar
A vida
Breve
Em
Si
Torna-se então desconsertante a ansiedade saltante de que logo chegará o fim da linha,
a hora de saltar e seguir adiante em passos precisos acompanhados de preciosos pensamentos passados à pegadas no papel amassado impregnado de palavras borradas escritas tão apressadamente que não serão lidas e sim esquecidas num lamento impresso às pressas num grito de solidão.
Sei que a intensidade da arte pode levar ao infarte
Um velho romântico e eterno apaixonado
Fez de tamanha devoção seu sentimento
Que não pôde conter as lágrimas ao cair
Desfalecidos, os olhos do desvivido
Desejava ter trazido
As flores que imaginara
Que a pressa
Impediu-o
de comprá-las
Foi tamanha beleza sua partida
Tão terrível e marcante
Pincelada precisa
Profunda
Na tela
Tenaz
Só te esquecerei
Quando o véu da morte cobrir meus olhos,
E de minha sepultura nascerá um cravo branco
Escrito em letras de sangue ...
Ainda TE AMO !
Assim é a vida, nascimento, crescimento, amadurecimento, envelhecimento e, por fim, a morte.
Tentei entender, quis ser feliz, não procurei o sofrer, lutei pensei que era vencedor, caí no caminho, senti o desprezo da ilusão, do desejo, aprendi a chorar.
Não consegui entender nem mesmo experimentei o gosto da vitória e o dissabor da derrota, de quem não é compreendido. A mente é uma complicada selva onde os pensamentos bons são os amáveis, dóceis e possíveis de ser dominados, e os maus pensamentos são feras indomáveis, devoradores, alguns desses são conhecidos, diria inveja e ressentimentos. Não conseguimos ouvir seus rugidos e latidos.
A paixão pode ser como uma serpente que trai o coração da gente, como ilusão passageira que mata sonhos. Mas não deixe que roube seus ideais. Aprendi que as estrelas não se amedrontam com a escuridão da noite, quando nem mostram o seu brilho. Também a lua não se aborrece com o uivar dos lobos, e o sol não se envergonha de vir depois da tempestade.
Por isso jamais quero me conceder, só quero aprender a vencer, surpreender e crer, nunca desista e sempre insista. VOCÊ É ALGUÉM CHAMADO PARA VENCER!
Antes tarde
Que nunca...
Que o nunca
Seja pra morte,
Que o antes seja pra sorte.
Antes tarde
Que nunca...
Que o antes seja agora
Que o nunca seja o ontem.
Antes tarde
Que nunca...
Que o nunca pra se ser infeliz
Que o antes pra se estar bem.
Antes tarde
Que nunca...
Que o nunca seja pra tretas
Que o antes pra coisas certas.
Antes tarde
Que nunca...
Antes tarde as falas sinceras
Que nunca as amizades falsas.
Mundo em extinção,
Vidas sem salvação,
Morte em seres fora do caixão,
Tristeza sem quietude,
Felicidade virou virtude,
Mentir por prazer,
Matar é lazer,
A verdade é buscada,
Mas só no ódio é encontrada,
A vingança não é mais banal,
Por que nesse mundo só existe o mal,
Sem leis e sem justiça,
Não se encontra a paz nem na missa,
Mundo em extinção,
Onde os seres podres vivem,
E os bons se vão,
Onde guerra é o único meio,
e a liberdade ilusão.
Sinceramente...
numa era onde até os lobos uivam friamente
ao precentir que a morte está a sua frente
acho que não preciso ter sentimento suficiente
pra ver o lado sensível e comovente
de um musuculo independente
que sobrivive por si só diariamente...
Recaída
Eu estava sendo forte,
Considerava-me mais forte que a morte
Mas hoje, sei que não sou...
Minha maior fraqueza é
O meu coração que insiste em me desobedecer.
Pensei que estava começando a te esquecer
Mas agora vejo que era apenas
O que eu queria
E não o que eu sentia.
Meu cérebro de repente parou de me obedecer.
E, tudo voltou, ou.
Na verdade não voltou, porque nunca FOI.
Mas na verdade... O que me deixa
Confusa é...
A certeza de que eu sempre vou te amar.
É na velhice que se entende a juventude
Na morte que percebe-se não haver preço para felicidade
Na solidão que se da valor a um abraço verdadeiro
Na fraqueza descobre-se a essência da verdadeira amizade
A morte não tem preconceito
Rica, pobre, branco, negro...
Todos ela vem, todos ela pertence
Semelhante a uma faixa
Sua visão se ofusca
Mata de olhos cobertos
Nada sente, nada busca
É moral e Imoral
Além do bem ou mal
Que cure a última doença
Seja o médico do espírito mais leve
Pois o meu está pesado
Ficarei mais um pouco
Se me permitir, é claro.
As palavras de ódio têm efeitos mortais, mas a mente… ela transforma essas palavras na própria morte.
Agora imagina o efeito que a disseminação do amor não faria?
[Se as pessoas se importassem com os efeitos delas.]