Poemas de despedida de morte para dedicar a quem partiu
Eles querem dividir as pessoas em atiradores e alvos.
Eles querem que toda morte violenta seja tratada como caso isolado.
Eles querem escravos e os chamam de heróis e sacerdotes.
Eles querem números e letras para sustentarem suas teses acadêmicas.
Eles se dizem "cidadãos de bem".
Eles se dizem defensores dos "direitos humanos".
Eles nunca escutam.
Eles falam demais.
Nós morremos.
A morte
Eu sei que você vem buscar um amigo, um familiar, um estranho, mas você chegou com tudo abusando do seu direito.
Toda hora você aparece e leva um amado meu, seu atrevimento está passando da conta.
Porque não dá uma trégua e, se tiver que levar mais alguém, que seja EU.
Cristo Ressuscitou, venceu a morte,
Seu Corpo se envolve em luz divina,
Eis o Sol,
Eis o Deus forte
Que nos salva
E que nos ilumina.
Neste dia, passando da morte para a vida,
Cristo se tornou "o Senhor dos vivos
e dos mortos" (Rm 14,9).
Ninguém mais domina sobre Ele.
Ele é o Senhor... (cf. Fl 2,9-11).
Por isso que o primeiro
dia da semana agora é d'Ele,
do Senhor, é Domingo.
Mais que isso,
podemos até dizer
que Domingo é Ele mesmo.
Pois, como vencedor das
trevas do pecado e da morte,
Ele agora é o Dia que não tem fim,
o Primeiro Dia, o Senhor dos dias...
O primeiro dia da semana
agora é do Senhor,
é Domingo,
porque, neste dia,
Cristo vem
como o Senhor dos dias,
o Primeiro,
a Luz que nunca mais se apaga,
o Sol que não conhece ocaso.
Augúrio
Caminha a morte bela,
sombria e cambaleante,
a beber-me em doses lentas.
Está bêbada a minha morte,
bêbada de mim,
rindo-se de mim.
Não haverei de morrer de morte súdita,
nem súbita.
O baile continua, o gaiteiro continua, a dança continua,
Ela continua.
Ai de mim, coveiro amigo!
Ai de mim!
Poema - Frágil ser ...
Somos a morte
em cada flor
Somos orvalho
vermelho em cor
Somos espinho
pontas de vida
Estar sozinhos
nos significa
Não caminhamos
somos levados
Somos descalços
de ventania
Somos o tempo
nunca o relógio
Ponteiro zero
berço e velório
Somos silêncio
que se consagra
Somos o instinto
extinto em mágoas
Somos trovão
seremos chuva
Cartas, poemas
e fotos nuas
Somos o amor
feito às pressas
Rastros de guerra
tocos de vela
Caixões no quarto
das aquarelas
Somos, em suma,
soma palavras
Acumulados,
águas caladas ...
Instagram,
@lemo.sdesousa
hoje a morte veio e sentou
ao meu lado da cama e
disse "vim te visitar, porque
ultimamente você só tem
pensado em mim"
Mais do que incoerentes são pouco confiáveis todos aqueles que se dizem sensibilizados com as mortes, bem como com os cenários desvastadores de uma guerra, porém apoiam líderes políticos que estimulam o armamento, indiscriminado, no mundo.
Lembrando que a primeira finalidade de uma arma é matar e não cabe, convincentemente, no mesmo coração, a piedade pelos que sofrem e o aplauso pelos que exterminam vidas.
A hipocrisia fica explícita quando, sendo contra o aborto, prevalece a afinidade de pensamentos com os genocidas nacionais e internacionais.
A morte provoca nos vivos um misto de emoções; pavor, ira, tristeza, mas também esperança.
A morte ateia fogo até nos mais frios corações e estes têm a chance de viver uma mudança.
A morte de outrem ativa em nós um alerta,
um desejo de trilhar um caminho sensato,
valorizando cada um que nos cerca, e buscando comunhão com o Dono da Vida.
Á você que me deseja a morte,lhe desejo vida longa.
Á você que me deseja a doença,desejo lhe muita saúde!
E citando Chico Xavier:A quem fiz mal,peço perdão!
A quem ajudei,queria ter feito mais.
Á quem me ajudou,agradeço de coração!
UM HOMEM OLHANDO A SUA PRÓPRIA MORTE
Longe, o mundo se desfaz
Em cores, não há mais
A confusão repousa
O Universo era demais
.
Toda espécie de vida
Generalizou-se na morte
Toda diferença de outrora
A si mesma subtrai
.
Resta apena o nulo
Sem cor, talvez escuro
Resta apenas a dor
De não se ter mais dores
E a tênue liberdade
De não haver mais muro
.
Então é assim?
Diz a impiedosa pergunta
Que não mais se satisfaz
Então é assim...
Pulsa prá sempre a resposta
Que repousa no jamais
[publicado em Terceira Margem, vol.25, nº45, 2001]
.
Quando fui ferida, me deixaram a beira da morte e quase morri.
Se eu não lutasse por minha vida e tivesse ficado esperando socorro, hoje eu não estaria mais aqui.
Então respeite meu jeito de ser, se hoje afronto, luto com garra e determinação, sem nada temer é o jeito que eu aprendi a me defender
Porque um dia eu tive que me curar sozinha e jurei que nunca mais baixaria a guarda e permitiria ser atingida.
Passarinha por Saik
Eu sempre soube que eu não tinha sorte
Nunca tive medo da vida ou da morte
Eu podia jurar que eu era forte
Não importava quão profundo era o corte
Quem diria que voce iria mexer tanto comigo?
Que eu não iria suportar a idéia de sermos só amigos?
Toda essa crise de ansiedade que me deixa tão mordido
Eu que nunca me arrependo, me sinto tão arrependido
Eu aqui finjo que tenho medo de te perder
Mas isso é completamente impossível acontecer
Eu já te perdi, e aceitar isso vai doer
Mas voce me deixa sem escolhas, doce ilusão só minha
Vou sempre sentir saudade de quando eu te chamava de gatinha
Voce pode até ser de outro, mas vai ser sempre minha passarinha
Não há cobrador mais implacável que a morte.
Não se engane achando que, em algum momento, escapou dela por um triz.
Ela não se atrasa, não comete erros e não muda de ideia…
A morte só cobra uma vez!
ERVA DA FOME -
Sou Erva da Fome
que nasce da terra
da solidão que nos come
à morte que enterra!
Sou Erva da Fome
não sou Erva ruim
na esperança que dorme
tão perto de mim!
Sou Erva da Fome
que nasce e persiste
na dor que consome
faz de mim um ser triste!
Sou Erva da Fome
correndo vales e montes
e afogo o meu Nome
no silêncio das Fontes!
Escrevo poesia como alguém que pede a morte
Que espreita se esconde na sombra tornando meus dias de dor imortais
Sete vezes me definho esfolio minha alma a quem por ti destruo
Minha pele como escama cai no vazio sobre o som do relógio
Lanço minha carne e arranco meu membros aprisionado neste ser rejeitado
A dor escorre a seiva que melindra pelas fendas da minha alma
Entre as veias o magma em fel que ressurge com a eterna fênix
E no siclo vicioso morro todos os dias
Meus pensamentos labutam e sobre faces distintas cada um morde por dentro os sentidos na gastura desta luta sem fim
Saudade do seu amor é como uma baba viscosa dentro da cabeça que não se escapa
Um silencio ensurdecedor preso no vaco lanço me no vazio e sobre melodias sou apunhalado
Minhas chagas são abertas pelas lagrimas acido inesgotável.
Quanto mais eu penso, mas longe vou... a cada pensamento é mais um passo a beira da morte. As vezes penso tanto que me perco dentro de mim.
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