Poemas Despedida Morte

Cerca de 14803 poemas Despedida Morte

DO CONVITE À DESPEDIDA

Uma tarde.
Um convite.
Um aceite.
Ansiedade.

Uma noite.
Um encontro.
Um olhar.
Felicidade.

Um momento.
Um desejo.
Um amor.
Necessidade.

Um beijo.
Um abraço.
Um carinho.
Restou saudade.

DESPEDIDA DO POETA
Fim de carreira
no barbante do cordel
penduro a minha chuteira.

COMO SE FOSSE DESPEDIDA


Aquele beijo, pensei que fosse o último nosso.
Teve um gosto diferente imaginei...
Havia uma gota de saudade
E distância misturada
com a lágrimas do seus olhos...
Aquele nosso até mais, vou morrer de saudades.
Foi como um adeus...
Pois não vi mais você
Tudo ficou difícil tudo ficou distante..
Sei lá.
A sua imagem vem na memória
me passa um flash dos bons momentos oportunos que tivermos
Não perdi a esperança muito menos a coragem
Vamos nos ver novamente
nossa alma sente isso nossos corações
sentem isso...
Tenha apenas paciência meu amor...

⁠AMOR DA DESPEDIDA

- A felicidade é passageira
A dor é eterna
O amor existe por meio da dor
Assim como a dor existe pelo o amor, se completam.
Pois são os sentimentos que carregamos até os confins de nosso ser, de nossa vida
Um último suspiro,
Um último olhar,
Uma última lágrima que cai de nossos rosto....pelo bochecha e para o chão...
Os olhares nos dizem muita coisa até mesmo a dura verdade
Que tentamos esconder de nós mesmos
Um última despedida
Um último "Eu te amo".
Um último movimento, de minhas mãos...o lápis cai no chão o grafite se quebra assim como meu coração um dia já se quebrou....
Por fim o fim chega
Chega até a mim
Para por-me um fim

⁠Na tempestade do amor, uns se vão sem despedida,
Outros permanecem, laços que a alma clica.
Entre esses ventos, te encontrei, minha partida.

Teu sorriso, farol na escuridão da vida,
Teus olhos, portais de amor e guarida.
Juntos, enfrentamos a tormenta, em nossa partida.

Aprendendo a conhecer os males da natureza, despreza-se a morte; aprendendo a conhecer os males da sociedade, despreza-se a vida.

A morte não é um mal: porque liberta o homem de todos os males, e ao mesmo tempo que os bens tira-lhe os desejos. A velhice é o pior dos males: porque priva o homem de todos os prazeres, deixando-lhe deles todos os apetites; e traz consigo todas as dores. Não obstante, os homens temem a morte e desejam a velhice.

Portanto, hipocritamente os velhos invocam a morte, / e criticam a velhice e a longa duração da vida: / quando a morte se aproxima, ninguém quer / morrer, a velhice não pesa mais.

Vem morte, tão escondida, / que eu não te sinta chegar, / para que o prazer de morrer / não me dê novamente a vida.

Não é verdade que a morte é / o pior de todos os males; / é um alívio para os mortais / que estão cansados de sofrer.

Aquilo a que chamo fadiga é a velhice, de que a morte constitui o único repouso.

A pálida morte bate com pé igual nos casebres dos pobres / e nos palácios dos ricos.

A morte não pode ser pensada, pois é ausência de pensamento. Temos de viver como se fôssemos eternos.

A morte surgia-lhe como uma consagração de que só os mais puros são dignos: muitos homens desfazem-se, poucos morrem.

Quem tem a sorte de nascer personagem vivo, pode rir até da morte. Não morre mais... Quem era Sancho Panza ? Quem era Dom Abbondio ? E, no entanto, vivem eternamente, pois - vivos embriões - tiveram a sorte de encontrar uma matriz fecunda, uma fantasia que soube criá-los e nutri-los, fazê-los viver para a eternidade!

Moço continuarei até a morte porque, além dos bens que obtenho com a minha imaginação, nada mais ambiciono.

Morte, que mistérios encerras?... Ninguém o sabe... Todos o podem saber... Basta ir ao teu encontro, corajosa, resolutamente, que nenhum mistério existirá já!

Os homens vivem juntos, porém cada um morre sozinho e a morte é a suprema solidão.

[Quando foi perguntado se tinha medo da morte]
Da morte, nunca tive medo. O que não quero é ficar aleijado. Disso sim, tenho um medo que me pelo...

A moda é uma variante oblíqua de se lutar contra a morte. Ora na velhice tal luta é mais problemática. E é por isso que no velho a moda é mais ridícula.

Vergílio Ferreira
FERREIRA, V., Pensar, 1992