Poemas Desconhecidos
Só se entrega ao desconhecido, quem nunca amou, Pois quem já o fez, Tem o "conhecimento" de que pode errar novamente.
Ele era um desconhecido, mas não para os que lhe cercavam, e sim para si mesmo. Uma infelicidade tremenda, não conhecer o ser que habita em si. E por mais que perambulasse pelas ruas desertas procurando a resposta, jamais a encontraria. Poucos viviam com essa tristeza. Por ora, ele não era sortudo. E quando perguntou a si mesmo; quem eu sou? Percebeu o quão sem sentido era, e perdeu-se em seus pensamentos confusos. Percebera também que era meio infeliz. Sei que você, caro leitor – pelo menos, os que sabem interpretar – sabem que não existe meio amado, ou meio traído. Na verdade, não existe. Ou é, ou não é. Um tolo ingênuo sem o conhecimento de si, digno de pena.
Durante as noites quando adormeço fico vagando pelo desconhecido e brincando de viver o impossível no mundo dos sonhos.
Meu pensamento vai além do horizonte desconhecido, secretamente viajo em rios de águas turvas, afogando-me nas ondas de meu pensamento sem fim.
Se não sabes por onde andas, continues a caminhar, talvez, o crepúsculo do desconhecido transformar-se-á em um percurso repleto de luz e esperanças.
Quão incoerente é a psicologia humana, desenvolvemos ojeriza pelo desconhecido, mas exaltamo-nos diante das relações enquanto novas; quando velhas, as deixamos.
Deixo os escombros, as ruínas de um passado, sigo rumo ao desconhecido, em busca da verdadeira razão, um motivo para continuar a viver, e viver em intensidade.
De mãos dadas com um desconhecido íntimo
Percebi que a solidão é a saudade de quem caminha ao meu lado.
O desconhecido, o risco, a aventura, sempre serão atraentes à quem tem um presente sem sentido. Nesse caminho colherás lembranças que te sufocaram e sementes que nunca brotaram.
Sonhos em um mundo desconhecido que se limitavam a meros sonhos encontram uma nova diretriz, a qual os fazem ofuscar naquele lugar onde já não existe mais espaço, onde esta linha de delimitação começa a se propagar buscando sua efusão em algo que antes totalmente desconhecido.
A fé e o amor se complementam, se integram, se confundem. Fé é lançar-se em um mergulho desconhecido, mas não há como efetuar esse mergulho sem entregar-se, e não há como entregar-se verdadeiramente sem amor.
“Na procura de desconhecido joguei o que tinha em mãos fora, não alicercei minha vida e vivi com se não tivesse amanhã, deixei o pouco que tinha para experimentar o nada e arrisquei minha vida com se tivesse mais sete. Um dia isso me fará falta em meio a muitas histórias que irei contar faltará uma sólida, que tenha sido de verdade, que tenha somado e que possa de fato ser contada como uma boa experiência”
As vezes tentamos mostrar o desconhecido, o mais brilhante, o mais rápido, o mais bonito, o mais firme, o mais delicado, o mais romântico, o maior. Enquanto o que deveríamos ter mostrado era o mais verdadeiro sentimento.
Quando deixamos o medo de lado e permitimos cair no desconhecido e arriscar com o que não sabe, é brutal o quanto se evolui.
É facil fingir o que não se sente, quando o que se sente, verdadeiramente, por todos é desconhecido.
Desvende o desconhecido com olhos do amor, e conheceras a ti, como sou conhecido.
Kairo Nunes 28/09/2009.