Poemas Desconhecidos
PARA VOCÊ QUE NUNCA VI, MORTO DE DESCONHECIDO
Ouço os gritos da família em meus ouvidos...
... ... ...
Acenderam-se as luzes, pois se fez noite.
Mas o corpo que repousa, morto, na calçada
Não vê luz, não a sente e nem a toca.
A noite cristalizou-se no eterno
E as cores, longe de seu cérebro,
Esqueceram-se de voltar!
Arrepios...
Algo vaga pelo ar.
Eu bem sinto!
Mas onde está o ser que há minutos nos sorria?
Corpo é corpo...
Mas a alma, meu Deus – se ele existe –
Por onde anda?
Arrepios...
Algo vaga pelo ar.
Eu sinto!
Sinto?
A alma bateu à minha porta.
Atendi.
Penetrou-me um sopro
E passos invisíveis perderam-se no horizonte!
1975 (retornando da faculdade)
O homem avestruz
O homem que fortemente criticou o que lhe era desconhecido
Sentia-se o maior dos protegidos
E sem nenhum escrúpulo, julgou o ser amado,
E acabou se acabrunhando no silêncio.
Num momento sequer esperado
Viu-se totalmente desamparado
Teve medo da recusa e de ficar ilhado.
Sua autoconsciência saiu da inércia, da paralisia,
Tudo agora se podia.
O desconhecido que por ora criticado
Torna-se o recanto mais privilegiado, a zona de conforto, a sua nova ilha.
Como o novo encontrado é o diferente
Tenta a amnésia afetiva para adiar decisões,
Coloca-se em territórios movediços
Criando armadilhas para sua própria dignidade.
O que o move agora é o inconsciente
Com esperança no que lhe é variado,
O que lhe trava a nostalgia.
Para não incorrer no perigo de fazer a história irreconciliável
E por medo da verdade que na ponta de seu nariz se encontra
Cobre a cabeça como a avestruz, sentindo-se protegido.
Criando um inimigo eloquente demais, que para um poeta,
Não existe comentário.
O seu amado, agora o seu inimigo imaginário,
Avança meticulosamente
E quando da sua passagem da opulência e da felicidade à pobreza e desgraça
Será o único que estará a seguir os seus passos
Para te elevar do seu estado de aflição, do seu infortúnio e desventura,
Da calamidade em que se encafuou.
Além dos Medos
Coragem para sonhar, ousar e ser,
Procurar o desconhecido, sem medo de errar.
Abandonar incertezas, voar alto,
Ligar, falar, expressar o coração.
Dizer estou com saudades sem vergonha,
Reconhecer o que te faz feliz e completo.
Deixar medos para trás, como folhas secas,
E encontrar liberdade em cada escolha.
Permita-se sentir, todos os carinhos sinceros; permita-se ao abraço do desconhecido, que lhe estende os braços, com desejo e afeto; permita-se viver, a evolução positiva de uma novidade, mesmo na hipocrisia do julgamento.
Amor! Em verdade, a seu respeito (...).
Judas era amigo
Judas era íntimo
Judas estava sempre por perto
Judas nunca será um desconhecido, sempre será um alguém tão próximo.
Medo
O medo é um guardião do desconhecido. Ele segura sua mão no limiar daquilo que você ainda não viveu, como se quisesse te proteger. Mas às vezes, ele protege tanto que te impede de sentir o gosto da vida.
"O caminho para chegar até Deus pra mim era incerto, confuso e desconhecido. Eu não sabia como chegar à Deus. Até que Cristo percorreu todo este caminho e trouxe Deus até mim."
—By Coelhinha
Como diz um ilustre desconhecido
Amigo é algo tão difícil de se achar
Quando se acha fica difícil de acreditar
Você que tem um amigo guarde a sete chaves
Não desconfie de seus conselhos pois os mesmos são Dados com o coração a fim de te ajudar a superar seus problemas.
Cultive-o
Seu maior admirador sempre será um desconhecido
Seu maior hater sempre será alguém do seu ciclo, ou até mesmo teu sangue.
Sabe por quê? Porque o desconhecido não conhece suas fraquezas, já o conhecido mesmo sabendo dos seus pontos fracos, acompanhou o seu processo e viu onde você conseguiu chegar. E isso incomoda muito os acomodados.
O desconhecido que assusta, poucos conseguem encarar seus próprios medos e seguir desbravando o novo. Um turbilhão de emoções que cega a visão, é necessário por vezes se afastar , só assim encontrará o equilíbrio para seguir rumo ao que seu coração anseia.
Pensamento de Islene Souza
Existem mundos e submundos onde o desconhecido é assustador, onde o medo assombra as almas daqueles que não conhecem é o desfiladeiro congelado, as paredes antes construídas por murmuras e gritos de anseios, agora destruídas pelo frio que abate os cárceres da mais profunda solidão e anseio, sim, há uma geleira.
Como pode? Ora belo, colorido e cheio de luz, ao morrer da origem a milhares de fissuras e neles fazer um lar?
A ele pertence à inclinação irregular em contornos de fendas, é, pode ser que exista um mundo, um mundo que exista uma clareira molhada de sol, as estrelas de versos, em um suspiro infinito de luz estranha e encantada.
Por ora o seu habitar favorito ainda é a geleira, um bosque fechado, em uma floresta onde campo não se desenha a sombra, os ventos suaves não agridem a relva, a chuva é acariciada pelos raios e o som do trovão soa como uma melodia, tão ressoante quanto o toque do sino. E os dias são Felizes, e o selvagem deixou de existir.
Enfrentar um concorrente desconhecido é como navegar em águas sem mapa: o perigo está naquilo que não vemos.
Moabe Teles
@moabetelesoficial
Encarar um mercado desconhecido é como pisar em solo novo: o risco cresce na incerteza do terreno.
Moabe Teles
@moabetelesoficial
Por trás dos véus da existência a silhueta do espírito amigo.
O perfume do desconhecido
impregnado na gélida sala de conveniências.
O arrepio da energia sombria
e desbotada
cavalgando nas paredes cansadas
e nas redes de proteção suspensas no ar.
O fogo brota da luz
de mãos dadas com os pingos da chuva.
No canto da mesa,
repousam serenamente
Aparecida e Iemanjá .
Valnia Véras
Quando moro em mim
A minha morada é intensa, densa, construída na labuta diária do desconhecido.
Nos cômodos do meu ser, encontro algumas janelas e cortinas,
finas e transparentes,
que escondem o mistério do amanhã.
As portas da minha morada são largas,
com inúmeras fretas que me deixam espreitar o horizonte lá fora.
Quando moro em mim, enamoro-me alegremente,
trilhando pela complexidade do viver.
O medo, muitas vezes, surge como um reflexo natural diante do desconhecido, das incertezas que a vida nos apresenta. Ele nos faz questionar nossas capacidades, duvidar de nossos sonhos e hesitar diante das oportunidades que se revelam. No entanto, é importante entender que o medo só exerce poder sobre nós enquanto não aceitamos o desafio que ele impõe.
Quando nos permitimos encarar o que nos amedronta, o medo começa a perder sua força. Ao aceitar o desafio, transformamos o medo em uma energia que nos impulsiona para frente, em vez de nos paralisar. A aceitação do desafio é o primeiro passo para a superação, para o crescimento pessoal e para a realização dos nossos maiores desejos.
A coragem não é a ausência de medo, mas sim a decisão de seguir em frente, apesar dele. Assim, cada vez que aceitamos um desafio, estamos afirmando para nós mesmos que somos maiores do que qualquer obstáculo que possa surgir. E, com isso, descobrimos que o medo é apenas um cenário transitório, que se dissipa quando damos o primeiro passo na direção certa.
Imaginação
Em terreno fértil onde o saber não alcança, no vácuo do desconhecido, se agita; entre sonhos e devaneios, palpita.
Sem fronteiras nem limites, voa, criando mundos onde a realidade se escoa.
No palco do impossível, protagonista, em um espetáculo etéreo, onde a mente se alista. Assim, na falta de saber, floresce, entre mistérios e enigmas, se engrandece.