Poemas de William Shakespeare Musica
A castidade com que abria as coxas
A castidade com que abria as coxas
e reluzia a sua flora brava.
Na mansuetude das ovelhas mochas,
e tão estreita, como se alargava.
Ah, coito, coito, morte de tão vida,
sepultura na grama, sem dizeres.
Em minha ardente substância esvaída,
eu não era ninguém e era mil seres
em mim ressuscitados. Era Adão,
primeiro gesto nu ante a primeira
negritude de corpo feminino.
Roupa e tempo jaziam pelo chão.
E nem restava mais o mundo, à beira
dessa moita orvalhada, nem destino.
ACORDAR VIVER
Como acordar sem sofrimento?
Recomeçar sem horror?
O sono transportou-me
àquele reino onde não existe vida
e eu quedo inerte sem paixão.
Como repetir, dia seguinte após dia seguinte,
a fábula inconclusa,
suportar a semelhança das coisas ásperas
de amanhã com as coisas ásperas de hoje?
Como proteger-me das feridas
que rasga em mim o acontecimento,
qualquer acontecimento
que lembra a Terra e sua púrpura
demente?
E mais aquela ferida que me inflijo
a cada hora, algoz
do inocente que não sou?
Ninguém responde, a vida é pétrea.
Em teu crespo jardim, anêmonas castanhas
Em teu crespo jardim, anêmonas castanhas
detêm a mão ansiosa: Devagar.
Cada pétala ou sépala seja lentamente
acariciada, céu; e a vista pouse,
beijo abstrato, antes do beijo ritual,
na flora pubescente, amor; e tudo é sagrado.
Nem tudo o que é contado é importante; nem tudo o que é importante pode ser contado.
Minha doce insônia
Minha doce inimiga
Minha amarga companheira
Minha odiada amiga
Como sempre uma fiel escudeira
Quisera eu amarrar-te
Trancar-te num porão
Amordaçar-te por lá
Para você jamais voltar
Você está me envelhecendo
Tirando-me meu sossego
Por meio de ti ouço
Ouço um estrondoso desassossego
Já tentei acalmar-te
Dando-te um cala-boca
Mas para você não tem jeito
Você volta e tira minhas forças
A chuva voltou
A chuva voltou
Vento e chuva
A vida e o frescor
O arborescer e a mata reflorescer
Estação de chuva e sol
De dia calor e ventilador
E de noite muito lençol
A esperança de plantar
E em alguns meses da roça sentir o sabor
Poder dos seus doces frutos comprar
Desfrutar depois do trabalho e seu ardor
Mesmo com dores jamais demonstrar tristeza
Essa é a doce amarga vida
De quem depende da impetuosa natureza
Onde só chove
Se do homem for bem servida
E respeitada sua eterna verde beleza
SIMPLES EVOLUÇÃO
Viva amanhã de manhã o que você deixou de fazer hoje. Porque senão, os dias passam e você nem percebe que o hoje foi ontem. E se amanhã você não viver, estará repetindo o que fez há dias, há anos, há séculos e, por via das dúvidas, desde quando nasceu.
"...Coração, não te esqueça o de quem és. Que neste peito firme jamais entre
a alma de Nero; ríspido, mas nunca desnaturado; espadas, só na língua, sem que delas me valha: que se
irmanem na hipocrisia a língua e o coração. Se a palavra sair demais pesada, minha alma, não lhe dês
forma adequada."
Lucas: “William Shakespeare escreveu: ‘Amor não é amor que se altera quando encontra alteração. Ou uma marca rígida, que aparece numa tempestade e nunca se abala. Amor não se transforma de hora em hora mas surge mesmo à beira da morte
Depois de um tempo
Depois de um tempo você aprende
a sutil diferença entre
segurar uma mão e acorrentar uma alma
e você aprende
que amar não significa apoiar-se
e companhia não quer sempre dizer segurança
e você começa a aprender
que beijos não são contratos
e presentes não são promessas
e você começa a aceitar suas derrotas
com sua cabeça erguida e seus olhos adiante
com a graça de mulher, não a tristeza de uma ciança
e você aprende
a construir todas as estradas hoje
porque o terreno de amanhã é
demasiado incerto para planos
e futuros têm o hábito de cair
no meio do voo
Depois de um tempo você aprende
que até mesmo a luz do sol queima
se você a tiver demais
então você planta seu próprio jardim
e enfeita sua própria alma
ao invés de esperar que alguém lhe traga flores
E você aprende que você realmente pode resistir
você realmente é forte
você realmente tem valor
e você aprende
e você aprende
com cada adeus, você aprende.
"Depois do silêncio, aquilo que mais aproximadamente exprime o inexprimível é a música." (Aldous Huxley)
"O vaso dá uma forma ao vazio e a música ao silêncio." (Georges Braque)
"Digo que minha música vem da natureza, agora mais do que nunca. Amo as árvores, as pedras, os passarinhos. Acho medonho que a gente esteja contribuindo para destruir essas coisas." (Tom Jobim)
"A música é o barulho que pensa." (Victor Hugo)
"Quis escrever músicas que fizessem as pessoas sentirem-se bem. Música que ajuda e cura, porque eu acredito que a música é a voz de Deus." (Brian Wilson)
"Eu nasci com a música dentro de mim. Ela me era tão necessária quanto a comida ou a água." (Ray Charles)
Por que você não vem
E deita aqui do meu lado?
Acende a luz da noite
Vamos ficar acordados
Voar no mar de estrelas
E desvendar o infinito
Se embriagar de amor
Dizer o que nunca foi dito
Dias que não voltam mais
Tempo que ficou pra trás
Fotos e recordações
Primaveras e verões
Juras de amor sem fim
Sem você tá tão ruim
Ô, ô, ô, ô, ô
Amanheceu
E no meu sonho teu sorriso me chamando
E eu vou voando, eu vou voando
Amanheceu
E no meu sonho teu sorriso me chamando
E eu vou voando, eu vou voando
Por que você não vem pra mim voando?
Dias que não voltam mais
Tempo que ficou pra trás
Fotos e recordações
Primaveras e verões
Juras de amor sem fim
Sem você tá tão ruim
Ô, ô, ô, ô, ô
Amanheceu
E no meu sonho teu sorriso me chamando
E eu vou voando, eu vou voando
Amanheceu
E no meu sonho teu sorriso me chamando
E eu vou voando, eu vou voando
Amanheceu
E no meu sonho teu sorriso me chamando
E eu vou voando, eu vou voando
Amanheceu
E no meu sonho teu sorriso me chamando
E eu vou voando, eu vou voando
O amor não busca agradar a si mesmo,
nem destina qualquer cuidado a si próprio,
mas se dá facilmente ao outro e
constrói um Paraíso no desespero do Inferno.
Tigre, tigre que flamejas
Nas florestas da noite.
Que mão que olho imortal
Se atreveu a plasmar tua terrível simetria?
Soneto do amor sem fim
Em busca do verdadeiro amor sempre andei
E em cada novo dia uma prece
Não se procura o amor! Acontece
E um dia sem querer te encontrei.
Por um instante houve um silêncio total
Não girou a Terra em sua órbita
Quando olhei não acreditei, te vi a porta
Com um olhar doce e um rosto angelical.
Agora será sempre assim, esse amor sem fim
Adoravelmente nostálgico e sincero
Que sempre me dá mais do que espero
Desse ardente amor reservado para mim.
E com o passar dos longos anos
Seguirei vivendo a cada dia
Em cada palavra, gesto ou mania
Essa maravilhosa tarefa de amar.
Sempre que você está em conflito com alguém,
há um elemento que pode significar a diferença
entre arruinar o relacionamento e aprofundá-lo
esse elemento é a atitude
O Tigre
Tigre! Tigre! Brilho, brasa
Que a furna noturna abrasa,
Que olho ou mão armaria
Tua feroz simetria?
Em que céu se foi forjar
O fogo do teu olhar?
Em que asas veio a chama?
Que mão colheu esta flama?
Que força fez retorcer
Em nervos todo o teu ser?
E o som do teu coração
De aço, que cor, que ação?
Teu cérebro, quem o malha?
Que martelo? Que fornalha
O moldou? Que mão, que garra
Seu terror mortal amarra?
Quando as lanças das estrelas
Cortaram os céus, ao vê-las,
Quem as fez sorriu talvez?
Quem fez a ovelha te fez?
Tigre! Tigre! Brilho, brasa
Que a furna noturna abrasa,
Que olho ou mão armaria
Tua feroz simetria?
"Que doce som de prata faz a língua dos amantes à noite, tal qual musica langorosa que ouvido atendo escuta"