Poemas de William Shakespeare

Cerca de 373 poemas de William Shakespeare

-Romeu..Ah Romeu...Por que és tu Romeu? Renega teu pai e recusa teu nome,mas se não for possível,jura que me ama e não serei mais um Capuleto.Só o teu nome é meu inimigo.Tu és o que és e não um Montague.O que é um Montague? Nem mão,nem pé,nem braço,nem face,nenhuma parte pertencente a um homem..Oh tenha outro nome..o que é um nome? A flor que se chama rosa se lhe dermos outro nome deixa de ter perfume? Por favor Romeu,seja meu Romeu e guarda para ti o teu nome que o título vale mais...Ah Romeu renuncia o teu nome e em vez dele que não faz parte de ti fica comigo[...]

Os botões fragrantes ás vezes dão abrigo a lagartas; o amor devorador, de igual maneira, demora nos espíritos sublimes.

"A premência do tempo ajeita muitas coisas a seus desígnios, decidindo, por vezes, no momento mais grave, o que um processo interminável não pudera fazê-lo."

"(...) Depois de um tempo você aprende que o sol queima se ficar exposto por muito tempo. (...)"

Tão fora de tempo chega aquele que vai depressa demais como aquele que se atrasa.

Que jamais cresça em meu peito um coração que confie num juramento ou numa afeição.

"Não será merecedor dos favos de mel aqueles que evitarem as colméias, porque as abelhas têm ferrões".

Os grandes sofrimentos maiores ainda se tornam à vista do que poderia aliviá-los.

Misture um pouco de loucura com a sua prudência: é bom ser bobo no momento certo.

O que é que nos aguarda, o que é que quer dizer tanto suor transformando a noite em companheira de trabalho do dia ? Quem pode me informar?

Ser ou não ser... Eis a questão. Que é mais nobre para a alma: suportar os dardos e arremessos do fado sempre adverso, ou armar-se contra um mar de desventuras e dar-lhes fim tentando resistir-lhes? Morrer... dormir... mais nada... Imaginar que um sono põe remate aos sofrimentos do coração e aos golpes infinitos que constituem a natural herança da carne, é solução para almejar-se. Morrer..., dormir... dormir... Talvez sonhar... É aí que bate o ponto. O não sabermos que sonhos poderá trazer o sono da morte, quando ao fim desenrolarmos toda a meada mortal, nos põe suspensos. É essa idéia que torna verdadeira calamidade a vida assim tão longa! Pois quem suportaria o escárnio e os golpes do mundo, as injustiças dos mais fortes, os maus-tratos dos tolos, a agonia do amor não retribuído, as leis morosas, a implicância dos chefes e o desprezo da inépcia contra o mérito paciente, se estivesse em suas mãos obter sossego com um punhal? Que fardos levaria nesta vida cansada, a suar, gemendo, se não por temer algo após a morte - terra desconhecida de cujo âmbito jamais ninguém voltou - que nos inibe a vontade, fazendo que aceitemos os males conhecidos, sem buscarmos refúgio noutros males ignorados? De todos faz covardes a consciência. Desta arte o natural frescor de nossa resolução definha sob a máscara do pensamento, e empresas momentosas se desviam da meta diante dessas reflexões, e até o nome de ação perdem.

"Ah! querida esposa, por que ainda és tão formosa? Pensar devo que a morte insubstancial se apaixonasse de ti e que esse monstro magro e horrível para amante nas trevas te conserve? Com medo disso, ficarei contigo, sem nunca mais deixar os aposentos da tenebrosa noite; aqui desejo permanecer, com os vermes, teus serventes. Aqui, sim, aqui mesmo fixar quero meu eterno repouso, e desta carne lassa do mundo sacudir o jugo das estrelas funestas. Olhos, vede mais uma vez; é a última. Um abraço permiti-vos também, ó braços! Lábios, que sois a porta do hálito, com um beijo legítimo selai este contrato sempiterno com a morte exorbitante. Vem, condutor amargo! Vem, meu guia de gosto repugnante! Ó tu, piloto desesperado! lança de um só golpe contra a rocha escarpada teu barquinho tão cansado da viagem trabalhosa. Eis para meu amor. Ó boticário veraz e honesto! tua droga é rápida. Deste modo, com um beijo, deixo a vida.”

O mundo é um palco. E todos os homens e mulheres são apenas atores. Representamos muitos papéis na nossa vida ...

SONETO 3

Mira no espelho e descreve o rosto que vês;
Agora é o tempo em que a face deve mudar,
Cujos reparos não tenhas logo renovado,
Terás enganado o mundo, à revelia de tua mãe.
Onde está a bela, cujo ventre não semeado
Desdenha o cultivo de teus cuidados?
Ou de quem será a tumba de um ser tão cioso
De seu amor-próprio para negar a posteridade?
És o espelho de tua mãe, e tua semelhança
Recorda os adoráveis dias de sua primavera;
Então, pela tua idade, poderás ver,
Apesar das rugas, o teu tempo áureo;
Mas se vives para não seres lembrado,
Jamais te cases, e tua imagem fenecerá contigo.

I pray thee, gentle mortal, sing again.
Mine ear is much enamored of thy note.
So is mine eye enthrallèd to thy shape.
And thy fair virtue’s force perforce doth move me
On the first view to say, to swear, I love thee.

O wonder!
How many goodly creatures are there here!
How beauteous mankind is! O brave new world,
That has such people in it.

Inserida por nakristina

Espelho não me Prova que Envelheço

O espelho não me prova que envelheço
Enquanto andares par com a mocidade;
Mas se de rugas vir teu rosto impresso,
Já sei que a Morte a minha vida invade.

Pois toda essa beleza que te veste
Vem de meu coração, que é teu espelho;
O meu vive em teu peito, e o teu me deste:
Por isso como posso ser mais velho?

Portanto, amor, tenhas de ti cuidado
Que eu, não por mim, antes por ti, terei;
Levar teu coração, tão desvelado
Qual ama guarda o doce infante, eu hei.

E nem penses em volta, morto o meu,
Pois para sempre é que me deste o teu.

(Tradução Ivo Barroso)

Inserida por Babi26

Em mim tu vês a época do estio
Na qual as folhas pendem, amarelas,
De ramos que se agitam contra o frio,
Coros onde cantaram aves belas.
Tu me vês no ocaso de um tal dia
Depois que o Sol no poente se enterra,
Quando depois que a noite o esvazia,
O outro eu da morte sela a terra.
Em mim tu vês só o brilho da pira
Que nas cinzas de sua juventude
Como em leito de morte agora expira
Comido pelo que lhe deu saúde.
Visto isso, tens mais força para amar
E amar muito o que em breve vais deixar.

Inserida por deysokah

HAMLET
CONSELHOS DE POLÔNIO PARA SEU FILHO LAERTES:
“Vai com a minha bênção, e grava na memória estes preceitos: 'Não dês língua aos teus próprios pensamentos, nem corpo aos que não forem convenientes'. 'Sê lhano, mas evita abastardares-te'. 'O amigo comprovado, prende-o firme no coração com vínculos de ferro, mas a mão não calejes com saudares a todo instante amigos novos'. 'Foge de entrar em briga; mas, brigando, acaso, faze o competidor temer-te sempre'. 'A todos, teu ouvido; a voz a poucos; ouve opiniões, mas forma juízo próprio'. 'Conforme a bolsa, assim tenhas a roupa: sem fantasia; rica, mas discreta, que o traje às vezes o homem denuncia. Nisso, principalmente, são pichosas as pessoas de classe e prol na França'. 'Não emprestes nem peças emprestado; que emprestar é perder dinheiro e amigo, e o oposto embota o fio à economia'. 'Mas, sobretudo, sê a ti próprio fiel; segue-se disso, como o dia à noite, que a ninguém poderás jamais ser falso'. Adeus; que minha bênção tais conselhos faça frutificar”.

O homem que não possui a música em si mesmo,
Aquele a quem não emociona a suave harmonia dos sons,
Está maduro para a traição, o roubo, a perfídia.
Sua inteligência é morna como a noite,
Suas aspirações sombrias como Erebo.
Desconfia de tal homem! Escuta a música.