Poemas de Voltaire

Cerca de 182 poemas de Voltaire

De todas as doenças do espírito humano, a fúria de dominar é a mais terrível.

Se os homens estivessem satisfeitos consigo mesmos, estariam menos insatisfeitos com as suas mulheres.

Todo o divórcio começa mais ou menos ao mesmo tempo que o casamento. O casamento talvez comece algumas semanas mais cedo.

Um dia tudo será excelente, eis a nossa esperança; hoje tudo corre pelo melhor, eis a nossa ilusão.

Teria maior confiança no desempenho de um homem que espera ter uma grande recompensa do que no daquele que já a recebeu.

Só se servem do pensamento para autorizar as suas injustiças e só empregam as palavras para disfarçar os pensamentos.

Voltaire
Dialogue du chapon et de la poularde (1763).

Só fui à falência duas vezes. A primeira, quando perdi uma causa. A segunda, quando a ganhei.

A alma é uma fogueira que convém alimentar, e que se apaga dado que não se aumente.

Deixaremos este mundo tão tolo e tão malvado como o encontrámos quando chegámos a ele.

Quanto mais envelhecemos, mais precisamos ter o que fazer. Mais vale morrer do que arrastarmos na ociosidade uma velhice insípida: trabalhar é viver.

Se o homem nasceu livre, deve governar-se; se ele tem tiranos, deve destroná-los.

(...) esse monstro enorme a que se chama público, e que tem tantos ouvidos e tantas línguas, mas ao qual faltam os olhos.

Há muito poucas repúblicas no mundo, e mesmo assim elas devem a liberdade aos seus rochedos ou ao mar que as defende. Os homens só raramente são os dignos de se governar a si mesmos.

Nunca a natureza é tão aviltada como quando a ignorância supersticiosa tem a arma do poder.

Os caluniadores são como o fogo que enegrece a madeira verde, não podendo queimá-la.

Para se ter alguma autoridade sobre os homens, é preciso distinguir-se deles. É por isso que os magistrados e os padres têm gorros quadrados.

Um general vitorioso nunca cometeu erros aos olhos do público, ao passo que um general vencido só fez asneiras, por mais sensato que tenha sido o seu procedimento.

Os maus só têm cúmplices; os libertinos têm sócios de devassidão; o comum dos homens ociosos tem relações. Os homens virtuosos têm amigos.

Quem pretende destruir as paixões, em vez de as regular, quer fingir-se inocente.

A via pela qual se ensinou durante largo tempo a arte de pensar, de certeza que é oposta ao dom de pensar.