Poemas de uma Linda Moça

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Moça do nordeste.

Toda moça nordestina
anda de cabeça em pé
tem a beleza feminina
por não ser uma qualquer
tem a doçura da menina
e os encantos da mulher.

para uma doce desconhecida - parte I

você, moça
é do tipo que faz verso perder a rima
do tipo que inspira Tom Jobim
nas mais belas canções
do tipo que leva paz para uma guerra
com apenas um sorriso
você é o tipo de moça
que o Vinícius de Moraes faria questão
de eternizar em suas poesias
o tipo de moça
que deixa o homem à beira do céu e inferno

O amor é brega

viola uivando pra lua
vela pro santo
nome na macumba

beijo doce
de moça de quermesse
andar de cio
brincando um flerte

beliscão safado
no trem lotado
desejo invadindo
a próxima estação

rima pobre rica de malícia
verso infiltrado na lição

o amor é isso

uma canção do Roberto
um soneto do Vinícius

E então a moça abraçou seus sonhos e seguiu adiante.
Mesmo estando sozinha, não temeu. Seguiu em frente e deu asas naquilo que desejava.
Tentava entender seus atos impensados, suas loucuras e todas as decisões que cometia, e de nada se arrependia.
No fundo, ela era mesmo pequena demais aos olhos desse mundo, mas gigante aos olhos de Deus.
Tinha em seu coração certa convicção, ELE sempre a tiraria do chão. E aos tombos da vida, ela sempre sobreviveria.

Abre as janelas da tua alma
Convide a luz à tua nudez
Seca tuas lágrimas
Mais uma vez.

Moça, as curvas do seu corpo são maravilhosas,
Principalmente a curva que se forma
Quando teus olhos sorriem.

Será talvez
Que minha ilusão
Foi dar meu coração
Com toda força
Pra essa moça
Me fazer feliz
E o destino não quis
Me ver como raiz
De uma flor de lis

Preciso confessa-lhe moça, a princípio tive medo de amar.
Tive medo de não conseguir corresponder todo aquele carinho e amor que havia recebido desde o início por você.
Mas hoje, olhando pra gente e para os momentos inesquecíveis e surpreendentes que já vivemos em tão pouco tempo, percebo que foi bobeira ter todo aquele receio e não lhe entregar meu coração.
Foram tantas cicatrizes. Tantos amores que eu achava que era pra valer e não eram.
A vida me fez amadurecer. Me fechei para esse mundo.
Mas de repente veio você, com toda a sua ousadia e toda a sua magia e me fez sorrir novamente.
Hoje me vendo em seus olhos, percebo que já não sei mais viver sem você, sem te ver, sem o teu amor.
Perdoe-me se ainda não consigo demonstrar todo o carinho que mereces de mim. Mas acredite, o futuro não mais me assombra. Meu presente tem sido assustadoramente encantador ao seu lado.
E assim como entregaste teu coração a mim eu me entrego por inteiro à ti, minha pequena.

Moça! Não fique triste
Você é uma menina de coração bom
Que sabe cuidar e amar verdadeiramente.

Há uma sereia dentro de você.


Moça, há uma sereia dentro de você.
Eu consigo a ver, ela está dormindo num belo e prazeroso sono.
E, a qualquer momento, ela pode acordar e encantar o mundo.
Deixe-a livre.
Liberte-a desse sono e encante o mundo junto a ela.

Moça Nordestina.

A nordestina é faceira
bonita formosa e bela
se a menina for solteira
ainda é moça donzela
se bulir, fizer besteira
é na base da peixeira
Que o cabra casa com ela.

A Moça Do Sonho

Súbito me encantou
A moça em contraluz
Arrisquei perguntar: quem és?
Mas fraquejou a voz
Sem jeito eu lhe pegava as mãos
Como quem desatasse um nó
Toque seu rosto sem pensar
E o rosto se desfez em pó

Por encanto voltou
Cantando a meia voz
Súbito perguntei: quem és?
Mas oscilou a luz
Fugia devagar de mim
E quando a segurei, gemeu
O seu vestido se partiu
E o rosto já não era o seu

Há de haver algum lugar
Um confuso casarão
Onde os sonhos serão reais
E a vida não
Por ali reinaria meu bem
Com seus risos, seus ais, sua tez
E uma cama onde à noite
Sonhasse comigo
Talvez

Um lugar deve existir
Uma espécie de bazar
Onde os sonhos extraviados
Vão parar
Entre escadas que fogem dos pés
E relógios que rodam pra trás
Se eu pudesse encontrar meu amor
Não voltava
Jamais

Homi , cabra seu minino
Rapaiz dexe de besteira
Num permita a moça ir imbora
Que nem carne e macaxeira

Essa coisa de orgulho
De mostrar que não se importa
Pode acabá te fazendo
Batê com a cara na porta

Ela tá é te querendo
Tú viu aquele sorriso?
Se isso num bulí contigo
Outro cabra pode achar
A porta do paraíso

Homi, a moça é jeitosinha
E vocês já cunversaram
Dexe di enrolação
Peça logo a sua mão
E se acerte com o vigário.
Urbano Sertão

Sabe meu caro, a moça já se iludiu tantas vezes, já criou expectativas aonde não deveria criar, já depositou confiança em quem não merecia um crédito da praça, já se frustrou em relações, já se enganou com pessoas que achava que conhecia, já amou sem ser amada, já chorou baixinho em seu quarto porque não queria dividir a sua dor com ninguém, já gritou de raiva enquanto a música estava às alturas, pra que assim ninguém pudesse perceber esse momento de extravaso. Era o que ela precisava fazer no momento, para não deixar o desespero e a loucura falar mais alto.
Mas agora meu caro, com ela é diferente. Ignorou, ela manda embora. Tratou com indiferença ela te deleta da agenda e do coração. Aprendeu a usar bem o seu tempo. Hoje ela sabe que nada nesse mundo vale uma lágrima se quer.
E por fim, decidiu guardar todo amor que existe em tua doce alma para quem realmente merece de verdade.

É uma moça sem definições,
com suas próprias opiniões.
Muitas vezes chamada de anarquista,
noutras, feminista.
Mas, na verdade,
essa moça é uma infinidade de ideias,
de controversas
e de intitulações.

Ela é modelo universitária
Vai cursar agronomia
Alem de ser prendada
É uma moça de boa familia
Aowww trem baooo

Moça, "eu te avisei" seria um tanto óbvio para você.
Vamos dispersar os clichês da vida, a sua dor já é um deles.
Cá estamos nós de novo, nesse velho dilema entre poesia e solidão.
Eu sempre apareço quando você se esconde, sabemos bem...
Alguém tem que segurar a barra, eu uso as letras, você as lágrimas.
Ninguém precisa saber, vou te desfaçar de pedra outra vez.
Pegarei alguns papeis velhos, apontarei seus lápis antigos, e não se preocupe comigo...
Sobre estar só, eu sei.

-Monólogos com o Eu Lírico

Manifesto do amor.

Morena valente, égua bravia.
Moça simpática, corpo febril.
Donzela faceira, menina manhosa.
Gata indomada, pele macia.
Moleca sapeca, corpo no cio.
Mulher dengosa, cabrita cheirosa.

Moça sorridente, olhar de felina.
Botão de rosa, estrada do pecado.
Caminho do paraiso, destino do inferno.
Cabocla inquieta, pecado é tua cina.
Manifesto do prazer, sofrimento anunciado.
Enigma do amor, gata felina.

Moreana radiante, onça pintada.
Nega estérica, tem dó de mim.
Estou a sofrer, vivo chorando.
Quero teu corpo nu, sem nada.
Nojenta, antipática, não vivo sem ti.
Morro sem te, vivo te amando.

Amor em caixa


- Está procurando por algo especial, moça?

“Estou. Sabe um amor daqueles que a gente só vê em filme? Pronto, era por um desses que eu tava procurando... Você vende dele aqui? É que eu queria um desses pra mim... Queria um amor pra ter saudade, pra fazer os olhos rirem, pra fazer o coração pular de alegria quando o ver. Um amor pra amar. Mas acho que isso é só coisa da minha cabeça, né? O último que eu vi tava numa estante. Parado, acabado. Morreu. Eram dois, um colado no outro, como um quebra-cabeça de sentimentos... Só que um morreu, e quando isso aconteceu, o outro sentiu-se vazio. Era vazio por dentro e por fora; era vazio porque não existia mais ninguém que ele pudesse amar; era um vazio que tinha nome: tristeza. Cheio de tanto vazio, fez-se morto. Morreu junto, porque sua metade não estava mais com ele. Morreu de tanto amar. Era um amor desses que eu queria pra mim. Assim, especial. Era isso que eu tava procurando, mas deixa pra lá... Um amor assim não existe mais, não... O último desses que eu vi, acabou guardado numa caixa de lembranças”


- Não, não... Só uma blusa pra frio. Você tem?

⁠Ela veio
Moça formosa

Me trouxe o presente
Cuidou de mim
Remendou minhas partes
Lustrou minhas asas
Queimou as correntes
Levou as desculpas
Iluminou meu caminho

Ela veio
Moça formosa

Disseram que pareço patricinha
Tenho cara de menina mimada
Que nada,
Minha cara é de moça
Moleca barbada
Rio de tudo
Faço nada.
Pois é,
Sou criança espevita
Roubo doces, cafunés
Ataco pães e bananadas
Viu,
Quando menos esperam
Tou na escada
Subo, desço
Pulo...
Tou nem ai
Se não gostam
E eu,
Sabe ?
Nem ai pra isso !