Poemas de um Solitário
"Nesta manhã
O sol não despertou
Adormece SOLitário
entre nuvens
Sem sol
Com sol
A sós
SOlidão
Girassóis "
Viviane Andrade
“” Passará por ti
Num malmequer por perto
Lembrarás de mim
Quando o sol chiar solitário no deserto
Quando tuas noites, fores solidão.
Em su cama pedirdes minha mão
Haverá um sonho pra te lembrar
Que fostes o melhor que pude encontrar
Então chorarás
Lágrimas de pura saudade
Molharás seus lábios no desejo
Que tudo fosse realidade
Amanhecerá o dia
E pela janela verás o vôo solitário da esperança
No gesto que virá da lembrança
Que o coração teima em não deixar apagar...””
“” Talvez escrever seja isso
Desnudar a alma
E deixá-la voar
Num vôo às vezes solitário
Em busca da essência
Da grandeza de amar
Certamente as linhas
São traços de ilusão
Onde o sangue verte quente
Regando as verdades do coração...””
O homem solitário vive uma felicidade
construida pela sua imaginação que
funciona como mecanismo de defesa
com o propósito de mostrar o quanto
ele é infeliz.
Pedido em Acrópole
De doer
Que só
Solidão
Devorando
Tragédia
Comédia
Sempre
Juntos
O solitário
Caminho
De seres
Banais
Banalidade
De seres
Normais
Percepção
De
Desnecessário
Escuridão
Auto- imposta
Tudo
Tão
Naturalmente
Desnatural
Copo Sujo e Bar Qualquer
Um tempo
De
Se beber
Solitário
Num buteco
Lendo
Desinteressado
O jornal
De
Um dia
Qualquer
Seu
Precioso
Momento
De
Solidão
No labirinto da mente, solitário eu me encontro,
Entre risos de amigos e o afago de um amor terno.
Caminho entre sorrisos, abraços, cumplicidade,
Mas no silêncio da alma, habita a escuridão, a ansiedade.
Amo meus amigos, suas risadas me aquecem,
Compartilhamos sonhos, alegrias que florescem.
Na doçura dos momentos, encontro a felicidade,
Mas na quietude da noite, a solidão invade.
Minha amada, com seu toque de ternura e paixão,
Ilumina minha vida, acalma meu coração.
Seus beijos são como estrelas, brilhando no céu,
Mas mesmo em seus braços, a solidão se revela cruel.
Entre o calor dos abraços e a doçura dos beijos,
Persiste uma sombra que me faz prisioneiro dos meus desejos.
Em meio ao amor e à amizade, me sinto só,
Perdido em um labirinto onde o vazio é meu nó.
Busco a paz na agitação, o conforto na multidão,
Mas a solidão persiste, como uma maldição.
Amar amigos e namorada, é uma bênção e uma dor,
Em um mundo onde a mente solitária é o meu senhor.
Assim sigo, navegando nas águas turbulentas da mente,
À procura de um porto seguro, de um alívio envolvente.
Entre amigos e amores, encontro abrigo passageiro,
Mas é na solidão que descubro o verdadeiro companheiro.
NAMORADOS
Andei muito solitário
antes de te encontrar.
No frio da madrugada,
eu vivia a vagar.
Então você apareceu
de mansinho, amor meu,
me fazendo despertar.
REFLEXÕES DE UM ADEUS (soneto)
Calado, ouvindo o silêncio ranger
Imerso no pensamento solitário
Gritante no peito o medo a bater
Do adeus, e que no fado é vário
Agora, cá no quarto, a me deter
Angústias do cismar involuntário
Que o temor no vazio quer dizer
E a aflição querendo o contrário
São duas pontas do nosso viver
No paralelo do mesmo itinerário
De ir ou ficar moendo o querer
E neste tonto e rápido breviário
Que é o tempo, me resta varrer
Os espantos, pois imutar é diário
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Mês de maio, 2017
Cerrado goiano
O CONDENADO
O sentimento está triste. Tão calado
O pensamento solitário, num canto
Com agonia, ali, assim, compassado
E os olhos lacrimejando entretanto...
E no sofrimento de um crucificado
Pulsa na dor e chora árduo espanto
Se sentindo, um tal tão desgraçado
No drama e paixão, sem encanto...
Do algoz, cruento, e seco cerrado
O silêncio lasca o peito com tensão
Que suspira em pranto, fulminado
Tal um réu, um desafortunado, então
Largado na ilusão, e se vendo de lado
Soluça saudades o condenado coração!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
15 de agosto de 2020 – Araguari, MG
Natal nosso de cada ano
Se longe de nossos familiares
não se fica solitário no Natal
as lembranças lançam os seus olhares
de quão a família é fundamental...
Enfeito a árvore com afeição e alegria
trazendo ao coração natalina poesia
o Menino Jesus, José e Maria
as bençãos da Sagrada família!
em vigília
ofertando reluzentes guirlandas de amenidade
e assim, neste cenário a felicidade
Gratidão, ó Divina Bondade...
Entrelaçando toda a alma nesta generosidade
de união, amor e coloridas luzes de esperança
nem sempre almejar toda a bonança
e sim harmonia e fraternal paz
que convém aos que estão e aos que jaz...
Na lista de presente
o nome nunca se é ausente
de cada um... com:
ternura
meiguice
exemplo e bravura...
No cartão da vida assim escrever:
doces palavras ao ser humano
fazendo acontecer...
- O Natal nosso de cada ano!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
dezembro - cerrado goinao
CONSELHOS....
Quando eu, solitário e inquieto, faço
Poesia de apelo, em um rogo intuindo
E busco palavras de um poético laço
É para adoçar o meu amargo infindo
Cada verso, conselheiro construindo
Indo o fado sem calma nem embaraço
Cheio de estrofe, rimas, vai seguindo
Erigindo o rumo no devido compasso
Passo a passo, aconselha: tudo passa!
No infortúnio, na leveza, cada graça
Pois, tem abrigo, e também o perigo
Aí, então, os conselhos, no concelho:
Se mais velhos, seremos mais fedelho
E eles, feliz e com dor choram comigo! ...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
28/01/2021, 08’25” – Triângulo Mineiro
Aniversário
No dia do aniversário
Com o passar dos anos
Pensa-se estar solitário
Então, a vida, frusta seus planos
Com beijos, palavras em cortejos e abraços
Tirando este dia do cotidiano
Reatando o viço dos laços
Para nos fazer soberanos
Unindo a felicidade em pedaços
Num todo, nos fazendo vários
Numa corrente de amor e regaço
De lembranças e gestos solidários
Nesta mais uma comemoração
Da vida, de um novo itinerário
De afago e olhares do coração
Em coro desejando Feliz Aniversário!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
Fevereiro, 27 – 2016 - Cerrado goiano
ENTÃO SOMENTE
Encontraste-me, e eu um verso triste
Um escrito solitário e amargo estava
Pela minha emoção a aflição passava
Com tristura que na teimosia insiste
Riste, meu semblante dor sussurrava
Como quem só no desengano existe
Sem gozo, e no próprio pesar fruíste
Aonde a minha alma se via escrava
Amei-te mais, quando tu não hesitou
Quando do amor era, então somente
Amor em minha carência, me amou...
Quando me deste presença, veemente
Quando junto a mim agruras suportou
misericordiosissimamente.
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
04/12/2021, 17’36” – Araguari, MG
paráfrase Guimaraens Passos
VAZIO,
No vasto vazio das estradas da vida, viajo solitário, residindo dentro de mim mesmo, derramando lágrimas ao lembrar que vivo distante de alguém que tanto amo. Já não possuo mais lágrimas para chorar, enquanto a saudade insiste em se solidificar em meu peito. Quando ouço um eco ecoando no infinito, penso que é o seu grito querendo se comunicar comigo. Porém, logo me acalmo e percebo que meu peito está vazio, já não existo dentro de mim, então não importa se é vazio ou eco, ninguém conseguirá preencher essa lacuna na minha alma, somente você poderia preencher esse vazio que reside dentro de mim.
Ando como quem busca encontrar pela vida um coração que possa me amar
Ando solitário por caminhos estes caminhos por onde ando caminhos da vida
Acreditado no amor com esperança quem sabe a sorte por pena me leve aos braços de quem possa me amar
Eu caminho como peregrino
Pela vida em busca de um amor verdadeiro que possa me amar
Sigo só até que pela estrada da vida
A minha amada eu possa encontrar.
Ele é solitário e vago sem ânimo
Nostálgico
Sai pra beber e afogar-se entre goles e tragadas
pra esquece o que já se perdeu a muito tempo
Melancólico perambulando entre as ruas mortas da cidade adormecida ,ele anestesiado
Pela solidão se perdeu no tempo
Frio como a noite empurra sua alma escura e cadavérica
Sem medo sai todas as noites em busca da morte
Em goles e tragadas
O pensamento lhe abandonou
Vive por osmose
Inércia
A dor é seu vício
A droga uma prisão prazerosa
A solidão sua condição
Ele pede em seu fragmentado pensamento como uma prece que está seja sua última noite...
O vício
Soneto nostálgico
Solitário passei a falar com a solidão
A lua passou a me ver amanhecer
E o brilho do sol a me ver anoitecer
Então o repesar instalou no coração
Via a noite, as estrela e a escuridão
Na comitiva o ontem, hoje o porvir
Tentando comigo alvos para sentir
E nos cochichos nenhuma questão
As lágrimas não mais querem falar
Para que chorar, naquele momento
O vazio é quem veio em mim poetar
E neste total silêncio do pensamento
A viga do tempo e que veio escorar
A saudade, pois o fado é seguimento
Luciano Spagnol
Sozinho sim, solitário não
Ausência no amor
Escassez no sentir
Verso pleno de dor
Exiguidade no sorrir
Pouquidade no olhar
Privação no coração
Falta no se doar
Sozinho sim, solitário não
Essências outras têm o gostar
E abundante é a emoção...
Teoria de amor
Na noite solitário já chorei
Naquela música emocionei
O tom de tua voz lembrei
E vi que assim me apaixonei
Na solidão já fui peão
Da dor eu fui escravidão
Do sorriso apenas irmão
E vi que das falas fiz canção
No medo eu já me perdi
Por um alguém eu já sofri
Tal ligação eu não atendi
E vi que muito tinha por vir
Nas juras prometi eternidade
Me encontrei em falsidade
Dos beijos eu tive saudade
E vi que muito era brevidade
No vasto e pouco eu tentei
Alguns momentos eu odiei
Outros fui magoado e magoei
Amei, fui amado, e não amei...