Poemas de um Solitário
Eu sei que eu sei muitas coisas.
Eu sei que sou meio solitário.
Mesmo assim não me interesso por muitas moças.
E não sou mto feliz desde meu último aniversário.
Eu sei que não vemos a realidade.
Do ponto de vista psicológico.
Dizem que sou mto imaturo pra minha idade.
Pra mim, isso é óbvio.
Poemas são mais que um desabafo.
Poemas são mais que observações.
Poemas são uns relatos.
De quem já viveu num mundo de ilusões.
Vou escrevendo no meu bloco de notas.
De diferentes formas.
E é engraçado como formas , não rima direito com formas.
De diferentes formas os bolos saem das formas.
Isso tem sido um pouco melhor que o meu pior.
Tem sido a falta de criatividade da minha sanidade.
Faz da loucura eu sentir saudade.
Já que enquanto louco eu escrevo melhor.
Sempre fui um errante lobo solitário...
Comigo mesmo, jamais me senti sozinho...
Mas, quando lhe conheci, fiquei seu presidiário...
Agora, já não consigo mais viver sem o seu carinho...
Juntos, num piscar de olhos, nós constituímos a nossa família...
Hoje, o “lobo solitário”, não consegue mais viver longe dessa matilha!
Pedro Marcos
Pássaro solitário.
Em silêncio profundo...
Uma voz que grita dentro de mim....
Mas ninguém...
É capaz de ouvir...
Uma razão...
Uma sombra...
Uma palavra....
Onde estranhas sensações....
A cada segundo...
Me refaz e me dilacera....
Um recordar....
Uma amar em poetisar...
Ou um tenebroso refúgiar...
Voando acima das nuvens...
Pássaro solitário...
Que nasceu debaixo deu um véu...
E agora voa rasgando os céus...
Ou será...
Que sou apenas uma alma que vagueia....
Isso...
Posso eu chamar de um simples passeio....
Ou pro meu mundo de solidão...
Nele eu me faço de galanteador do meu próprio vôo....
E me apaixono cada vez mais em meu mundo de Voar...
Sei lá....
Vejo pétalas coloridas...
Onde no exalar das flores...
Me fazem sentir...
Odores pros beija flores....
Pairando no ar...
Estações navegantes onde porta aviões carregam seu caças...
Me vejo no infinito...
Junto aos aviões da força aérea...
Educado...
Paro e me identifico...
Eu...
Sou o Pássaro voador....
Sinto que eles querem me fazer companhia no infinito...
E cálculo....
Uma distância exata pra não me machucar...
Nesse momento...
Sinto um toque único...
Vindo das mãos do Supremo...
Um par de Mãos...
Quente que arde como fogo...
Que em min'alma adentro vai torrando e ardendo...
Em um simples cálculo matemático...
Entre eu e ele...
Sou mais que grão de areia...
E ele...
É o todo Poderoso....
Que me permite voar em alvoroço...
Abro as asas....
E sigo meu vôo...
De repente...
Chego perto do Luar que Prateia...
Olhos e pupilas delatadas....
Visão que ultrapassa os vizinhos planetas....
Lábios famintos...
Uma sede que não se saceia....
Boca de fogo....
Que não consigo descrever...
E também não me calo...
Esse grito em voar....
É um mundo em mim...
Que me tritura e me desnorteia....
Aquilo que quero....
E muito mais do que ser...
Um simples Pássaro no céu á Voar.....
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.
A DUALIDADE DO AMOR...
Duro e solitário é o prazer
Doce e saboroso é o amor
Quem iria em sã consciência escolher a solidão?
Quem poderia não provar do doce sabor?
Puro e verdadeiro é o prazer
Falso e dolorido é o amor.
As paredes brancas
me encaram enquanto
observo solitário
o ambiente que vem
me acolhendo a muito
tempo.
A máquina,
com suas marcas,
sua cor uma vez amarela,
agora reflete as marcas
do tempo,
as mesmas marcas que
ele deixa em nós.
Caminho só
entre segundos, minutos
e horas,
entre altos e baixos,
entre amarelos e brancos.
A fumaça sobe,
o líquido acaba,
as cores não se misturam,
a combinação de todos
esses fatores resultam em
uma só forma,
a sombra negra e vazia
refletida pelo sol que entra
pela brecha entre
as cortinas vermelhas.
O lobo solitário
Esquecido, encontre-me;
a mercê do vento;
ecoando no silêncio;
o sussurro ao pé do ouvido.
Um uivo de um lobo;
faminto de afeto;
na companhia da solidão;
vagando sob a luz do luar.
Deslocado do mundo;
excluído da alcatéia;
caminhando sozinho;
na estepe vazia da amargura.
Na caverna do seu quarto;
encontra o seu refugio;
na escuridão, seus pensamentos;
nas palavras, sentimento.
Uma nova era vai surgir;
um brilho de esperança;
de novo amanhecer;
para o coração deste lobo.
Você pode pensar que eu sou um romântico solitário;
Mas quem diria, eu não sou o único;
São cinco vezes sete;
Cinco dias de alegria e sete dias de solidão;
Não têm nada além de um espaço em nossos pés;
Será que nós vamos viver para o certo?
Estou cansado, chefe. Cansado de estar na estrada, solitário como um pardal na chuva.
Cansado de nunca ter um amigo para me dizer aonde vai, de onde vem ou por quê.
Principalmente, estou cansado de às pessoas serem ruíns.
Estou cansado da dor que sinto e ouço no mundo todo dia.
É muita dor!
São pedaços de vidro na Minha cabeça o tempo todo...
SOLITÁRIO MORIBUNDO
Aquela data na agenda
Avisando um certo evento,
Já é passado, virou lenda.
Para as páginas em branco me atento.
Foi a vida que se passou,
Não lenta, passo a passo,
Pois tão rápida caminhou,
Que me perdi no seu compasso.
Já vi tanto e tão pouco vi,
Que a desilusão me devora.
O mundo não conheci,
É o que percebo agora.
Me vem esta epifania,
Desconheço cinco dos continentes,
A longínqua Oceania,
E mais quatro dos existentes.
Fiquei aqui nesta América,
Apenas num pedaço dela,
Travei uma guerra homérica,
Por uma mísera bagatela.
Deixei de amar quando podia,
Abandonei qualquer ilusão,
Segurar o que me pertencia,
Virou exclusiva paixão.
O riso me abandonou,
Tão só um sorriso cordial,
Pois a ambição que me devorou,
Consumiu o que era essencial.
Eliminei os meus afetos,
Os toques e o carinho,
Acumulei tantos desafetos,
Agora estou aqui sozinho.
No leito da minha morte,
Não há ninguém, só solidão.
E eu que pensava que tinha sorte,
Por não viver com a multidão!
Quisera no tempo voltar,
Quando meu coração era puro,
Exatamente naquele lugar,
Antes de tudo ficar obscuro.
Quando meus olhos se fecharam para o mundo,
E minha mente sufocou meu coração,
Foi nesse dia, infecundo,
Me transformei numa aberração.
Aos que vão ficar por mais um tempo,
Aconselho, por pura experiência,
Amem mais, evitem o sofrimento
De ficar só, de perder a essência.
Façam muitos e bons amigos,
Abracem seus pais, seu filho e irmão,
Para se livrarem dos castigos,
De quem preferiu a solidão.
A solidão é uma companheira fiel.
Em um mundo de lutas e divergências ser solitário é uma dádiva.
A solidão é a garantia da segurança e do conforto. O conforto de ter que enfrentar a si mesmo, e não o complexo dos outros...
Dói enfrentar as armaguras do próximo, os espinhos...
A solidão e a tristeza precedem a genialidade e a inteligência, a ausência de pessoas nos torna observadores cítricos de suas maldades...
O que me afasta do mundo e do social é a necessidade de agradar, de sempre estar sorrindo, particularmente eu odeio sorrir, na verdade é muito trabalhoso ter que viver em sociedade...
A beleza supera a essencia...
A tristeza e a solidão é o preço a se pagar pela grande mente...
Sempre que me sentia pequeno ou solitário, eu olhava para as estrelas.
Imaginava se havia vida lá em cima.
Mas eu estava olhando na direção errada...
no dilema sou apenas um pensador solitário ...
entre detalhes do resquício quem dera amar....
pois nunca amei tanto até deixar de viver.
embora seja parte de uma crônica repito cada sonho desejando voce.
parecendo um prólogo de paixão denoto cada entrelinha na minha vida.
sendo embrematico o senso de te amar...
deseje o encanto passageira dessa vida.
no descanso eterno tento achar os pedaços que deixei para trás e compreendo sempre vou te amar.
Nessa viagem saí sem rumo
Viajei pra outro mundo
Solitário, fui pra frente, mas não para o futuro
Olhei pra frente e dei um pulo no escuro
Almejava um destino não só para descansar
Corria e pulava pra tentar alcançar
No caminho, percebi que descanso na verdade, é caminhar
Caminhar cada vez mais com a mente a pensar
Não sei por que decidi ir a pé, só quero chegar
chegar logo pra poder te encontrar
Com as malas desfeitas, resolvi ficar
Viagem boa, é aquela que rende histórias pra contar
Agora que cheguei, me acomodei, em seu coração vou morar
Solitude
Não é que eu seja solitário, não é isso. Eu só aprendi, com a vida, que de vez em quando é necessário estar a sós com minha mente, para que ela e meu coração apertem as mãos e percebam que se completam. Auto-conhecimento e equilíbrio são duas coisas que não se pode ensinar... É preciso que a razão e a emoção se abracem. Nem todo mundo precisa de companhia o tempo todo... Essa é a diferença entre solidão e solitude: a solidão é uma sensação de profunda tristeza e abandono, por achar que não tem com quem contar; já a solitude é se colocar em um estado de reflexão, aonde vc já entendeu que tem pessoas ao seu redor com quem pode contar, mas mesmo assim, prefere se aproximar daquela que é mais íntima de ti, minha flor. Você.
SOLIDÃO EM RÉ MENOR
A mente que sempre mente
Ao ser vazio
Triste cantador solitário
Viajante das estrelas
Visionário do caos
Carcaça arrastada
De rua em rua,
Bar em bar,
Cama em cama
Numa música única
Azul a insistir na mente
Deglutidora lenta
Do céu e do inferno
Solidão em ré menor
Eis a canção do cantador
Ainda sobrevivendo
É te vendo que te desvendo.
No teu silêncio escuto ecoar teu grito...
É amargurado, solitário, dolorido.
Não percebes a mão ali, pronta, ao teu lado, à espera.
Queres que alguém te puxe daí desse teu abismo.
Anseia por uma mão que possas chamar de amiga e reclamas:
_ Não há uma só!
Deveras, não há só uma mão a tua espera. São muitas!
E elas aí estão, frente ao véu de tua cegueira.
Por que não me puxam, então? _ perguntarás.
Porque teu abismo é um raso degrau;
Porque ao te puxarem não sairás do lugar;
Porque é de ti que deve partir o encontro das mãos.
Tantas vezes já tentaram e não te alcançaram!
Quando acreditavam te agarrar,
Atravessaram um espectro que não se deixa palpar.
Vejo-te clamar em silêncio sem aceitar resposta.
Sinto teu olhar suplicante fincado no chão.
Queres abrigo, mas enjeitas o amigo.
Alma em noite escura,
Espreito teu amanhecer.
Ao menor sinal de abertura,
Estarei aqui para te acolher.
Eu odeio os domingos!
Quando bate 18:30 as coisas começam a ficar diferentes, me sinto solitário.
Com vontade de nada, ou de alguma coisa que não sei o que é.
Talvez seja a lembrança de que amanhã é segunda, misturada com um embrulho no estômago.
Lembranças de Você
No canto solitário desta sala
ponho-me a chorar.
Lembrando o quanto poderíamos nos amar.
Na minha mente,
trago as lembranças do seu olhar
Do seu sorriso, da sua boca
Que me faziam enxergar
Como é bom te amar!
Lembro-me das nossas fugas atrás do pé de mangas
onde vivíamos a namorar.
Lembranças que para sempre quero ter
Jurei, nunca te abandonar
nunca te esquecer
sempre viver a sonhar
Com você!
O homem de conhecimento sabe que o gênio solitário está fadado ao esquecimento e que, para perpetuá-lo, deve difundir o seu saber aos mais jovens, mantendo ao mesmo tempo acesa a chama da curiosidade permanente. Os jovens, ao buscar experiência, trazem consigo, na inquietude de sua mocidade, toda a beleza de um destino a cumprir. E é necessário disponibilidade para o companheirismo e para o trabalho em conjunto, como fatores estimulantes do verdadeiro espírito de um acadêmico, que se recicla nas indagações, dando aos mestres o privilégio da renovação nesse confronto diário.
Nilo Deyson Monteiro Pessanha
O livramento
Dizes tu
Se não é a dor que faz o poeta
Se não um solitário
Com vocábulos vazios
Que preenchem o peso da alma
Em um suspiro
É com grande anseio
Que faço dos teus versos meu julgamento
Nestes olhos de poemas não lidos
Em seu purificamento quero dar
Meu último livramento.