Poemas de um Solitário
Sou passarinho solitário
Cantando uma liberdade em tom maior
Nos galhos da vida, onde os ventos da saudade me leva...
Abraço uma sensação de presença solitário em minha cama...,
aperto meus olhos e vibro tentando perceber um carinho
insensível; repito milhões de vezes a visualização dessa
imagem procurando em minha memória a lembrança dessas
turvas expressões.
Me corrói saber que não posso ser suficiente para te alcançar,
sinto inveja dos que te têm tão pertinho e te vê em todos os
teus cotidianos. Vivo pelo desejo de te provocar
sorrisos, gargalhadas, alegria... Dividir tristezas.
Saber, viver, compartilhar teus sonhos... Delirar nossos
sonhos.
Nada de novo há em minhas palavras e me repito e repito o que
temo... E tão pobre e frágil me sinto como a ilusão de que
minha presença venha a tornar-se apenas um devaneio.
Insegurança...
Escolher... Escolhas.Intimidade... Cumplicidade
estendendo-se a todas as formas de expressão.
Te adivinhar com os olhos, te ler...
Te sentir ao ponto de te saber mesmo distante...
Quero que tua presença seja parte de mim.
Te quero em todo lugar, todo objeto de minha
vida, para mirar em qualquer direção e te reconhecer em
tudo.
~~EDEMILSON RIBAS~~
Solitário e Livre
Só quando o homem perde-se tudo é que ele se tornasse soberano e quando digo se “soberano” refiro-me soberano de si mesmo. Não mais escravo de si mesmo, não mais escravo de si próprio, como tal dos próprios impulsos. Por isso pode-se esse homem tornas se: vilão, herói, um deus ou um demônio. É um homem simplesmente livre do próprio ego e dono de si próprio.
O homem torna-se um vazio solitário, felizardo por estar livre ou ao mesmo tempo arrasado perseguido por seus traumas.
Quando o homem perde-se tudo deixa de ser escravo dos próprios impulsos, então com isso me refiro que o homem deixa de ser escravo de si mesmo. E se torna dono de si mesmo, dono dos próprios impulsos, por fim tudo isso é domado por ele próprio, por ele mesmo.
É um homem que inspira as alturas e nela se reflete a sua imagem de um homem livre e soberano.
O homem tolo permanece tolo, um escravo de si mesmo e a sim permanecerá domado pelos próprios impulsos, sem nada de grandioso a oferecer a si mesmo e nem para o mundo. Não pode ser então um: herói, vilão, demônio ou um deus ou simplesmente livre. É apenas um medíocre, um homem comum, preso na própria ignorância da sua própria mediocridade.
Dentro do útero dessa própria construção virtual criada pelo homem ele permanecerá e não nascerá e a sim viverá esse circulo virtual de nascimento, crescimento e morte dentro da sociedade.
O homem comum não presta para ser grande. O homem grande não serve para ser comum. O homem medíocre serve para ser comum. A sim como o grande homem não serve para ser medíocre. E isso é uma lei universal plenamente cósmica.
" Abismo do coração"
O maior abismo é o do meu coração!
O abismo solitário que faz o coração sangrar;
O abismo escuro que o rosto insiste em guardar;
O abismo chamado esquecimento que o meu coração persiste em contar...
O abismo tem nome, rosto e olhar;
Olhar que o meu coração no abismo escuro, frio e solitário esconde, apenas para não lembar!
A Liberdade pode torná-lo solitário
A Sabedoria pode torná-lo solitário
A Arrogância pode torná-lo solitário
A Vaidade pode torná-lo solitário
As Máscaras podem torná-lo solitário
Amizades de festa podem torná-lo solitário
Aliança errada pode torná-lo solitário
Desprezar alguém aos poucos você ficará solitário
Bens demais podem torná-lo solotário
Pobreza demais podem torná-lo solitário
Falta de educação podem torná-lo solitário
Querer ter sempre razão poderá torná-lo solitário
Burrice demais podem torná-lo solitário
Falta de caráter o tornará um solitário
A não aceitação de culpa pode torná-lo solitário
Falta de perdão o deixará solitário
Avareza o tornarão um solitário
A falta de atitudes o tornarão um solitário
A falta de oração tornará uma alma solitária.
Então... Reflita... Se você mesmo cheio de pessoas por perto não é um solitário que finge estar feliz...
Ame as pessoas, os animais e a natureza, seja verdadeiro, não queira levar vantagens, não queira ser superior, jamais despreze alguém, pois a solidão, normalmente é imposta por nós mesmos.
Viva, sorria, ore, tenha fé, faça acontecer, perdoe, mostre luz e Deus. Sempre responda olhando nos olhos, se faça presente e dificilmente estará solitário mesmo estando sozinho.
Talvez sim, talvez não!
Vou talvez envelhecer triste.
Solitário(a) e abandonado(a).
Envelheço num pais cheio de sol, rodeado pelo mar.
Vou envelhecer precocemente, sem dinheiro.
Para os remédios comprar.
Envelheço como um livro rasgado.
Velho(a) esquecido(a) e guardado.
Vou envelhecer, num país acidentado.
Onde tudo que é velho, deitado fora será.
Vou envelhecer neste inferno, nesta estação.
Seja ela outono, inverno, primavera ou verão.
Vou envelhecer , antes da hora marcada.
Sem destino, sem hora, seja dia ou noite.
Vou envelhecer e só para não morrer à fome.
Vou ter que ser ladrão, vigarista ou aldrabão.
E meus amigos, talvez tenha de mudar de nome.
Embora eu não tenha dinheiro para a luz, água e gás pagar.
Emigrar talvez seja o remédio, para pagar ao banco a casa que estou a morar.
Envelheço num país, muito mal governado por ladrões e abutres esfomeados.
Envelhecemos e vivemos todos neste inferno, neste lindo Portugal.
Envelhecemos com sol, mar e boa comida, com os santos populares
Sejamos velhos ou novos envelhecemos de certeza, neste pais acidentado e doente!
Ao Trovador Solitário
Quero ser mais do que sou
Mas não sei como, se consigo entender
Que os sonhos também passam
Por pessoas solitárias
Que discutem com paredes
A alegria de não serem mais vistas
Trabalhando dias, para recriar
A realidade que não participam
Escondendo os detalhes da imperfeição
E da confiança que não confia em ninguém
Que não confia em ninguém
Eu quase cai pra trás
Quando vi o ódio
Chorando por um pouco de amor
Batendo na porta do desespero
E quem abriu não viu
Que além da dor não há
Lugar pra se esconder
Que se possa achar
O Sofrer e suas águas.
O passo solitário do indivíduo o torna tão denso em sua "coletivização", que não observa os empecilhos, que as armadilhas da mente lhe impõe.
O sofrer para o humano,
É feito o olho d´água para o Rio
Nenhum vive sem o outro,
Do nascer ao caminhar
Sempre desafios.
Quando do sofrimento o humano supera,
Feito as curvas e obstáculos vencidos pelas águas,
Logo novos “sofrimentos” nos espera
E Impera,
E mesmo perante o Mar, o Rio não se apavora.
Isto, é Verdade anterior a própria verdade.
Isto, é anterior ao nascimento do próprio nascimento.
T.S.
Eu juro que imaginei eu e você
Na beira de um mar solitário
Eu te abraçava dizendo que te amava
Você também disse que me amava e também me abraçava
Me perguntando como foi que você não me descobriu antes
Estávamos numa vibe boa
Só eu, você e o mar solitário
Uma pena que isso tudo é imaginação
De uma mente solitária como o mar imaginário
Vivia assim
Solitário
Tão solitário quanto a lua num céu sem estrelas
Mudo
Calado
Porém feliz.
Tinha um travesseiro
Coberto de lembranças
E um cobertor
Feito de retalhos
Retalhos de sua própria alma.
O orvalho que caia do céu
Regava-lhe as esperanças
E as estrelas
Iluminavam – lhe o caminho
Quando todas as outras luzes se apagavam.
O suor que lhe caia do rosto
Fazia brotar a semente
E os olhos
Quase fechados
Ainda viam quase o invisível.
Tinha os pés cansados
Empoeirados
Rachados de pisar o chão
Mas nada no mundo dava-lhe mais prazer
Que caminhar por cima da terra
Melhor que ser coberto por ela
Dizia ele.
Na cabeça
Um chapéu
Já gasto pelo tempo
Mas que ainda dava pro gasto.
Tinha em si o perfume do mato
E nas mãos
Calos
Pra mostrar que a gente se acostuma com tudo
Até mesmo com a dor
E ela passa
E vai embora
E de repente
Nem se sente.
O coração?
Bom
Esse ainda batia forte
Mais forte ainda
Quando se lembrava de sua amada.
Não tinha saudades da vida longe do campo
Só tinha saudades dela
E mesmo depois de tantos anos
Ainda a amava
Cuidava
Regava.
Em meio a imensidão árida
Podia-se ver um jardim
Pequeno
Bem cuidado
Repleto de rosas brancas.
Havia também uma placa
Que por distante estar
Não pude ler.
Perguntei-lhe sobre o jardim
E ele
Respondeu apenas:
Ali
Plantei minha rosa mais bela
E como prometi-lhe um dia
Regarei nosso amor para sempre
Quando me aproximei
Pude ler
O que com uma trêmula letra
Se havia escrito
“Te amarei para sempre, Maria.”
O amor transcende a lógica lúdica matemática... Um, número solitário, as vezes dramático, as vezes equivocado; se mal aplicado, põe sobre o presente uma película frenática, fosca e insípida que faz do passado um presente intangível, que torna turva e cinzenta as cores do prisma do brilhante diamante do amor... Portanto, faço minha as palavras do nosso grande poeta Vinícius de Moraes:
“Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.”
De que adianta eu insistir, se você não sentir?
Estamos assim,eu solitário,e você sozinha...
Tú és do tipo complicada e perfeitinha,
perfeita para chamar de minha...
Pense bem,quem sabe o poeta analfabeto
seja para você o cara certo,
aquele que pergunta todos os porquês
só pra te fazer feliz, da maneira que ele sempre quis..
Depoimento de um solitário
Hoje lendo suas lindas mensagens,
Bateu a saudade e eu chorei.
Meu amor eu nunca imaginei,
Que um dia nós estaríamos separados.
Me manter equilibrado
Foi o que eu mais tentei,
Mas quase me sufoquei.
Com lágrimas de um desesperado.
E se eu soubesse que as brigas te magoaria.
Eu nunca teria brigado.
se soubesse o quanto foi grave o meu erro.
Eu não teria errado,
e se a vida fosse só um pouco justa.
Você continuaria ao meu lado.
Fotos suas sobre a parede,
Todas que havia eu retirei
Pois as lembranças me deixaram doente.
A vida ao seu lado, era como eu sempre sonhei
Meu anjo eu juro que até tentei,
Mas não consegui te apagar de minha mente.
E se a vida fosse realmente justa,
Ela me daria outra chance.
E se eu fosse realmente esperto,
Eu teria me tocado antes.
E se para o amor não houvesse distancia,
Você não estaria tão distante.
É claro que a vida continua.
Mas ela segue assim,
Totalmente sem sentido.
É claro que sol irá nascer,
Mas quando estou sem você,
O sol nasce sem brilho.
E se essa vida fosse realmente justa,
Você estaria comigo,
E se amar é realmente viver,
Eu nem sei dizer se estou vivo.
E se eu tiver outra oportunidade,
Te darei o valor que for preciso.
Eu só queria cuspir no copo da solidão e da minha idolatria insana
Mas, como ser solitário? Com esses pássaros livres que voa sobre minha essência libertado dessa magoa.
Para o pássaro com espirito ruivo.
O solitário surfista
Você foi uma onda que passou e eu me afoguei, um pesadelo que eu não consegui acordar, você foi uma carta que não chegou, um telefone que não tocou, uma palavra que não foi dita, uma confiança que foi perdida. O problema foi que você me encantou demais...
Cansei de estar cansada, cansei de esperar por quem não vem. Me decepcionei por quem já sabia que não valia a pena. Você é um lapso destorcido da ilusão, um alguém perdido nesse mundão. Solitário surfista causador das minhas insônias, meu amor por você é como a imensidão do mar, profundo e misterioso que insisto em desvendar, mas ao longo do tempo parece impossível desvendar seus mistérios. E a leveza das ondas é como meu pensamento, confuso e desordenado, mas ao mesmo tempo é carregado de lembranças impossíveis de serem apagadas. Teu olhar misterioso domina minha alma, sua loucura exagerada me assusta, e seu amor incondicional por quem não existe me deixa confusa, mas nada disso me faz te esquecer. Você não segue regras e não tem hora certa para nada, apenas segue o caminho do seu coração, mas cuidado para não deixar o mar da vida te engolir...
Descobrir que é necessário amar para se sentir vivo.
Sinto-me um solitário em meio a ramos secos, sem vida.
A vida sem amor é nada,
A minha vida se esvai entre os meus pensamentos,
O destino desdenhou de mim, se fez fogueira em meio aos meus sonhos.
Morri, morri na imaginação, no coração, na minha única salvação.
No amor que nunca terei a pessoa que um dia imaginei,
Na vida que um momento sonhou.
Sou sombra da vida.
Sem amor sou apenas uma folha seca caída no caminho,
Sou vento sem rumo, verbo sem função, amor só na imaginação.
Tu não vês teu mau
Do inocente toque e destrutivo
O respirar solitario em um quarto sobrio
E quando venho, é teu suspiro
Transeuntes demonstravam mais afeto
Falso, desgostoso e praticado
Ei de ser feliz com tuas migalhas
Que sem exigência as tomo em meus braços.
Ao se esvair leva os pedaços
Desse corpo sofrido violentado
Gerará dos calos de uma falta
Desprezo frio e doloroso
Palavras são ditas ao relento
Umedece a rara seda que fora dada
Recordam antigos sentimentos
Pondo-me ao desamparo de um sentimento
Eu me lembro bem
Do primeiro dia em que você chegou
Tão sozinho, sem amigos
Solitário
Eu fui teu único ombro amigo
Fui eu quem estive do teu lado
Quando ninguém mais estava
E depois eu tive que ir embora
Mas quando eu fui, você já tinha amigos
Que bom
Mas eu me lembro
Que eu ia todos os dias te buscar
Eu ia apé, por um atalho
Então nós voltávamos
Às vezes, de mãos dadas
Eu cuidava tão bem de ti
Ainda cuido, mas agora você nem sabe
Nós eramos amigos, irmãos
Eramos amigos de verdade
Agora, a gente mal se fala.
Não sei o que sou,
Não sei o que sinto,
Solitário estou,
Neste humilde recinto.
Não entendo o caminho
Por onde devo seguir
A espera de um carinho
Ou de alguém que me faça sorrir.
As pessoas se afastam
Quando menos esperamos
E nunca aparecem
Quando mais precisamos.
Felicidade é o que devo sentir
Mas tristeza vem quando não estás aqui,
Mas imagino seu ar sorridente
Me deixando totalmente impotente.
Rendo-me
Eu me rendo, eu me rendo a ti, amor
Controle meu solitário coração
Torno-me a ti um voluntario escravo
Sem nome apenas uma vida inocente
Meu destino conspira a meu favor
Afogo-me neste mar dos seus desejos
Desaba por terra minha voz e a razão
Acorrentados na perna do destino, esta.
Eu me rendo, já não sei o que fazer
Seu charme controla meu coração
Fazendo-me viajar as nuvens
E meus pés nunca mais tocarem o chão
Sou apenas um menino pequenino
Desabando minha inocência no seu destino
Sem defesa para com a minha própria emoção
Entrego minhas rédeas para ganhar teu coração