Poemas de um Solitário
O que mais machuca um homem solitário, não é o contundente fato de estar sozinho no marasmo da solidão, mas sim, quando se vê como um mero espectador das carícias mútuas dos amores aficionados.
30122022
''Voltei pro modo lobo solitário
porque as pessoas te deixam sequelas,
E pra mudar o mundo é melhor trabalhar por elas do que com elas.''
Soneto de um solitário
Permanece como réu, imoto
a respiração sem equação
em silêncio o ego e emoção
como em oração fiel devoto
O lamento que acolhido na mão
chora suor do quesito remoto
a lágrima se imerge num arroto
dos soluços surdos do coração
Como centro de tudo, a solidão
que desorienta e se faz ignoto
o olhar, largado na escuridão
Seja breve e renovado broto
que renasça após a oblação
o abraço que se fez semoto
(traga convívio pro ermitão)
Luciano Spagnol
Na noite solitário já chorei
Naquela música emocionei
Na solidão eu já fui peão
Da dor eu fui escravidão
Tentei no vasto e no pouco
Odiei um momento ou outro
Já fui magoado e magoei
Amei, fui amado, e não amei...
Parece tão estranho,
tão sozinho e solitário,
esse amor
tento esconder,
como uma idéia que não se expressa.
Acho tão louco e ao mesmo
tempo tão bonito.
tem a menor palavra pra falar
Alegria que me dá,
fraqueza que se vem.
que seja então.
O GUERREIRO SOLITÁRIO
Devo dizer que a batalha está apenas começando. Desta vez, além de um novo objetivo, haverá apenas um guerreiro solitário. Os companheiros não são capazes de acreditar que, ao fim, haverá vitoria.
Mas, o guerreiro se fortalece. De onde vem a sua força? Nem mesmo ele sabe. No entanto, a simples infelicidade do hoje o faz crer que o amanhã só poderá ser ainda mais difícil, caso ele não vá à luta.
Inexistência...
Vazio...
Solitário...
Saudoso...
Mesmo com o conhecimento adquirido sinto-me vazio
Na presença de muitos reunidos, me sinto solitário
Longe de você, sem ver-te ou ouvir-te, sinto-me saudoso
Solitário
Nessa noite fria,meu coração se despedaça mais uma vez
é uma dor um vazio e um pensamento por que isso aconteceu tava tudo indo tão bem,lembro de tudo que vivemos e dói tanto tanto nem adianta tentar dormir por que não consigo toda vez que tento lembro das brincadeiras e de quanto você faz falta e de quanto dói esse medo essa angústia maldita que eu to sentindo uma dor uma dor uma dor...Por que essa vontade de chorar por que eu já perdi tantas pessoas que amei tanto e siceramente não queria que você fosse uma delas você faz parte do meu presente não do meu passado dói dói dói! eu amo você minha amiga minha irmã e eu sinceramente não queria te perder ...Se eu pudesse deixar de ser tolinha tanto assim eu bem eu deixaria só não queria perder você...Não queria que você fosse uma lembrança não queria nem que você ficasse diferente comigo ta sendo dificil sem você minha amiga muito dificil e dói dói e eu aqui solitária nessa noite fria...
O gondoleiro acena do lagoUm solitário pato selvagem mergulha nas águasEu repouso minha mão sobre as delaAbaixo do caramanchão de limas
O vento nas árvores está sussurrandoSussurrando silenciosamente que eu a amoEla coloca sua mão sobre a minhaAbaixo do caramanchão de limas
A cada passo que eu dêE a cada lugar que eu váHá uma mão que me protegeE que eu amo tanto
Sempre haverá sofrimentoEle flui através da vida como a águaEu repouso minha mão sobre as delasAbaixo do caramanchão de limas
O gondoleiro está indoOs patos voaram para protegerEla coloca sua mão sobre a minhaAbaixo do caramanchão de limas
De cada palavra que eu faloE de tudo que eu seiÉ que há uma mão que me protegeE a eu amo tanto
Sou belo como a noite,
triste como a tempestade,
solitário como o mar,
obscuro como a maldade.
Sou eterno como o amor,
indefinido como o vento,
simples como uma flor e
dominador como o tormento...
Sou suave como a brisa,
impetuoso como o furacão,
vivo para ser livre e a
liberdade é minha prisão.
Já escurece
neste canto solitário
do réu primário
que sustenta tanta dor
se o vencedor
se transforma em salafrário
põe no calvário
mais um Cristo Redentor.
Minhas lágrimas
me trouxeram à boca
um gosto de mar...
imenso...
distante...
solitário,
repleto de ausências.
Estou só.
SINAIS DE BELEZA
Solitário, meu modo,
No meio das multidões de faroleiros
Afasta-me, andando para qualquer canto
Que ali marcava o limite entre o que ouço
E o que não mais posso ver.
Um lugar ermo, uma parte da terra coberta
De gramíneas novas
Meus sonhos, minhas fantasias de qualquer dia.
Daí a vista dela por vezes incontáveis.
Ela estranha o povaréu
Fora como todos,
Largada à parte pelo mutirão.
Estava de pé recostada a um tronco morto
E olhava-me.
Era de uma beleza incomum
De olhos negros e um cabelo solto
Fino, puro negrume
O que facilitava a minha visão
Assentar-se sobre o brilho
Ponto feito pelo sol.
Eu era um animal de raça
Que a mirava intensas vezes
Como se figurasse uma bela
Mas perigosa efígie da beleza
Quente alentada, mas, ao mesmo tempo
Sublime e intensamente mulher.
Olhava-a como se a mim
Ela tivesse dado algum sinal
Comunicado algo de seu fulgor.
Já a reconhecera
Já a olhava por toda a minha vida.
Vi naquilo um sinal do meu destino.
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naenorocha*comreservas
Nas ruas onde passo,
ando triste e solitário...
vagando no mundo sozinho...
com um coração partido em mil pedaços...
Pensei que meus pensamentos eram meus amigos,
mas ate eles me abandonaram...
nesse mundo eu estava sozinho,
nesse mundo eu estava solitário...
Gritei desesperado...
mas ninguem me ouvia...
um corpo escuro e com trevas...
uma alma negra e sombria.
Perto do abismo vi uma luz a brilhar...
tentei saber o que era,mas era muito forte que não pude enxergar...
tentei chegar mais perto...
consegui me aproximar...
e vi que essa luz maravilhosa,
era o brilho do teu olhar.
MEUS
Meu destino eu tenho medo,
Meus ideais me faz solitário,
Meu sorriso de tão sinceros são poucos,
Minha dor quase não se nota,
Meus pés escondem feridas,
Meu olhar não controla a fúria,
Minhas lágrimas eu seguro,
Meu coração acelera e eu fico tremula,
Meu sangue agita e fico cega,
Meus cabelos escondem minhas fisionômias,
Minha boca seca e eu tenho sede,
Meus sentimentos são puros,
Minha esperança me anima,
Minha fé me ensina,
Minha vida eu perco o domínio.
Dia calmo estranho e solitário.
Ótimo!
Odeio movimentação.
Odeio fazer sala, companhia as pessoas.
Quero poder ficar quieto no meu canto.
Seja no quarto, seja onde for.
Detesto ter que fazer por fazer.
Quero fazer se me der vontade.
Senão não.
Recebi visita hoje.
Pessoas estavam preocupadas comigo
Pelo fim de semana que passei em crise.
Mal sabem elas que suas visitas
Agravam-me ainda mais.
Quero ficar só.
Ou não.
Mas quando não, quero poder
Escolher com quem ficar.
Não com estranhos.
E às vezes também não com a família.
Não sei.
E quero poder não saber. Sem problemas.
Também quero saber, às vezes.
Outras não to nem aí pra nada.
Nem pra vida, muito menos pra morte.
Não temo a morte.
Temo a quem ela possa levar ou tomar de mim.
Mas fora isso é minha velha amiga.
Encontramo-nos várias vezes.
Conhecemo-nos um pouco.
E mais nada.
Ela não me quer.
Ou ela não tem permissão para me levar.
Por que não pode me levar?
Seria isso ruim?
Penso que para mim seria bom.
Talvez a misericórdia que me mantém vivo
Não seja por preocupação e cuidados para comigo.
Mas sim pela minha família.
É isso! Descobri!
Ainda não morri não sei por quê.
Tenho uma missão e blá blá blá.
Mas porque minha esposa e filhas
Sofreriam demais com meu passamento.
Então elas são a razão de eu estar vivo.
E não eu especificamente.
Acho que matei a charada.
Ta! Mas então só morrerei
Quando elas quiserem ou deixarem?
Por que esse privilegio?
Tantas pessoas morrem
deixando familiares inconsolados?
Mas talvez minha família seja especial.
Escolhida para algo.
Ah! Nem sei! Não entendo.
Desisto!
Solitária alma, para um corpo isolado ao tudo
Solitário corpo, para uma esperança falha
Solidão intríseca á alma, cruel e viril canalha
E desta solidão, carregarás teu fardo ao mundo.
Como vento na costa e onda que, forte vem, e se desfaz
Apredeja tua virtude; vendo que nunca em vida terás paz
Persegues tua errônea paixão e te perguntas por que sofres?!
Ora, está no teu sangue à cicatriz deste amor, que agora vos é dor.
Solitária vida, para quem apedreja teu amigo
Solitária razão, para aquilo que jura santa, a mentira
Indigno de perdão! Além dessa fétida carreira, que trazes consigo?
Serás tu, pobre de alma ou bastardo sem pai; és sem saída.
Mas, ante as preces contra ti dos profundos signos
Continuarás a esperar milagre para fazê-lo, enfim, viver?
Verás se consumir ao fogo, também só, ou terás prazer?
Pois pertence aos impuros a solidão escassa de vida; indignos!
Nada retorna... nem mesmo as lembranças.
Eu aqui solitário... tu pelo mundo sem mim.
Percorro caminhos de caos e poesia
só caminhos já percorridos... conhecidos.
Tenho tanto medo de te perder...
que não quero nunca mais te ter.
Faço tudo sempre igual...
de tudo tenho o controle total.
Um ser opaco
Em meio à multidão, me sinto solitário
penso viver em um mundo imaginário,
aonde meus sonhos se tornem realidade,
aonde essa dor não seja de verdade,
Pode parecer drama, aos olhos de quem ta de fora,
mas um dia eu vou sumir, um dia eu vou embora,
as lágrimas já não medem esse sofrimento,
os medos já esmagaram meus pensamentos.
Por muito tempo eu escondi o que sentia,
mas em silêncio eu peço socorro todo dia,
me sinto opaco, um peso insignificante,
sempre que acordo, penso, não quero ir adiante.
Sempre que posso, disfarço com um sorriso,
mas preferia esta vivendo no "paraíso",
eu queria criar um escudo, dizer que sou forte,
mas a única solução que achei foi a morte.
Ausência
Aqui estou recluso em meu quarto envolto em meus
Pensamentos, solitário e saudoso do seu abraço.
O breu da noite açoita-me e abre à ferida aberta.
Dor maior não há, senão a que sinto ao lembrar seu nome.
Reviro-me de um lado ao outro a procura do seu corpo,
O que sinto é apenas um enorme vazio
Naquele espaço que era somente seu.
Ao fechar os olhos, seu sorriso vem
Como um raio de luz que emana do recôndito.
Cá estou inerte e indefeso, sem ação
Ante ao bombardeio que sofro da minha consciência
Que me culpa incessantemente pela sua ausência.
Em meio à madrugada bate a saudade
Daquele carinhoso afago, calor que invadia
O meu ser e me fazia mais feliz.
Ainda sinto o seu respirar ofegante que me despertava
Os mais ocultos e obscuros sentimentos.
Minha alma viajante da noite cantarolava
Alegremente por comigo compartilhar esse momento
Momento em que nossas almas se fundiam
E por algumas horas éramos uma só vida, um só coração.
Quisera o destino levar-lhe, tirar-lhe do meu convívio,
Sem maiores explicações, como um ladrão,
Seqüestrou-a e consigo á levou.
Cá estou à espera de uma ligação,
Um pedido de resgate, uma notícia sua.
Hoje sou esse ser sombrio sem brio
Preso ao passado que me foi cruel e impiedoso.
Saudades eternas meu amor!