Poemas de Ternura
Esquece
O que mais me tocaria
Se não esta saudade
Em vaidade desmedida,
Longe vejo minha flor
E tão de perto esta dor,
De quem vive uma vida
Por metade nela só.
O que hoje em mim é parte
Já foi um tudo de nós dois,
Agora vento de um riso
Ou rio em lágrimas perdida.
Um coração que se entrega
Não retorna o seu caminho,
Sabe bem que entre flores
Sobressaem alguns espinhos...
Quem sabe um dia
Seja ela como eu,
Que desse amor nunca se esquece
Nem mesmo por um dia...
Edney Valentim Araújo
1994...
Presente
Os ipês apagam as tristezas do inverno.
Renovam suas cores ao vento.
Desmancham o cinza sem graça e lento
em tons que afagam a tardinha.
Os ipês esbanjam ternura.
Roubam os olhares de quem está triste à toa.
Porque tristeza não foi feita pra gente boa.
Tristeza não foi feita pra ninguém.
Perdido
O que fez de mim esse amor?
Eu que me vejo perdido...
Já me quis encontrar assim,
Onde outrora só éramos nós.
Lembres um dia de nós,
De tudo que eu era contigo...
Vívidos olhares cativos,
Prendíamo-nos sonhos infindos
De andarmos em um só caminho.
Entre cartas e flores,
Pouca coisa te disse
Desse amor
Que me tem afligido...
Mas nada ficou em oculto
Que meus olhos
Não tenha te dito...
Edney Valentim Araújo
1994...
Vem
À noite ela vem,
E vem o dia eu passo lá.
Os caminhos dela são os meus caminhos...
Vou aonde vão meus pensamentos...
Vou aonde eu posso te encontrar.
Essa lua prateada
Que vejo num relance de eclipse,
E muito mais eu passo a amar.
O sol poente no horizonte
Tão distante vai ficar,
Mas de perto vejo o amor
Que nos possa encontrar...
Edney Valentim Araújo
1994...
ANOS 80
Era fraco e franzino
Menino de rua descobrindo sentimentos
Anos oitenta era assim:
Liberdade no peito
Meio sem jeito ele abraçara a esperança
Bonança em meio às tempestades
E os dias vieram melhores
Saltitante como as flores
Espalhando saudades...
Moça sapeca
Esse teu jeito
De menina bonita...
Moça sapeca.
Deixa comigo teu coração,
Porque o meu
Já não te deixa mais...
Como eu quero
O brilho dos teus olhos
Iluminando os caminhos meus...
Se te afastas por um pouco,
A saudade me castiga
Ansiando teus abraços
Ah... esse teu jeito,
De menina bonita...
Moça sapeca do meu coração.
Edney Valentim Araújo
1994...
a luz é boa. Nada se esconde frente ela, tudo esta patente, clarividente, tudo esta, distante dos nossos olhos, não há segredo diante deles, não há coisa alguma a não ser aquilo que as mentes deixam por debaixo dos panos.
enquanto que a luz da voz a alegria e a vida, a escuridão nos leva muitas das vezes às sombras dos passado, nos leva as recamaras que um dia tivemos que passar, não por quer gostaríamos, mais por que a vida levantou o seu calcanhar contra nós e nos pegou em nosso contrapé.
enquanto a luz nos da esperança, para um novo despertar, a escuridão nos lança na cama para nos extenuarmos, abatendo os nossos corpos com uma utopia viciante.
a luz é irmã da razão, ela traz ate você o que lhe cabe vê e escolhe, a escuridão é falsidade em pessoa: ela te induz, ela faz que a sua alma se encante comas estrelas, faz que a lua cegue o seu entendimento e como uma serpente, ela lhe persuadi, ate que estejas em seu emaranhado, pronto para se capturado, quando isso acontece, o que se ouve é....
Era uma vez,,,
O resto é historia.
H.S
O conselheiro Henrique Silva
Som do abalo
O som harmonioso me contamina
um som que foi amado por gerações e se apagou
um som onde existiu nas rádios e agora não existe mais
um som onde ficou nas mentes, e nos corações
foi um som variante que transformou gerações
mutações sofreu variando a cada década
do puro ao misturado abalando gerações
uma sinfonia a qual histórias mudou
seja da fantasia até mesmo a realidade triunfou
deu esperanças a aqueles que precisam
mudou pensamentos e atitudes
um abalo sísmico universal
uma força estranha que mudou gerações
um som que pega, e não se desgruda mais
um som harmonioso até seu fim que nunca chegará
O som e ninguém mais
abalando gerações.
Geração y2.0
Uma nova era está prestes a surgir,
Mas não vamos dizer era,
Mas sim fase!
Uma nova fase onde está a amizade,
A época de glória está chegando,
Pare e pense se for possível reflita,
Nossa alma está prestes a se elevar,
Nossas vidas vão ser ligadas uma a uma,
A válvula de escape voltou à ativa,
A fúria terminou, agora só existe ternura,
A falta para muitos dela já foi preenchida,
Ela é como a roda de samsara,
Sempre retorna forte e renovada,
O que era horripilante, agora é engraçado,
A morte só uma partida para um novo estado.
Agora!
Vamos nos juntar,
Vamos girar e cantar,
Ele entrou e fará o coro agora,
Sim, vamos lá!
ME RECONHEÇO
É nos teus olhos que me reconheço.
Sou puro sentimento, enraizado, tocante, fascinante, plasmado no silêncio.
Solta, alada, desenrolando a ternura que em brisas de carinho, a ondular ligeira voa, acordo à vida e num ato de plenitude e oração louvo o amor intenso e celebro este momento.
Deusa da felicidade, atenta às nuances do destino, e na ânsia de te dar o mundo, deixo-me levar, me renovo, me movo calma, serena, doce e, tocada de graça flutuo em divina paz.
'POEMA INACABADO'
Declamar-te minha
Cultivo poemas
Nas noites pratinas
Disperso no tom cristal
Mar glacial
Poemas sem teoremas
Gélidos sob as cores sintéticas
E a alma cética
Barco esquelético
Metamorfose insurgente
Cheiro neblina
Pedra atracada
Aduela alvejada
Noites lufadas
Garoa rapina
Recitarei-o inacabado
Vocábulos
Nos verdes disfarçados
Uma musica boa em qualquer lugar
Ontem foi um dia especial, ela estava numa roda de amigos, sem medo cheguei perto dela e a puxei pra dançar, seus cabelos loiros e cheirosos e seu perfume, fizeram com que me apaixona-se mais ainda na quele momento.
Estávamos nas nuvens seus olhos azuis penetravam dentro de minha alma fixos em mim, eles dizem mais do que apenas palavras. expressavam ternura paixão.foram apenas 3 musicas tocadas, mais que marcaram aquele encontro com essa bela mulher com que dancei na noite passada.
Faria tudo novamente, para sentir seu perfume com apenas com uma musica boa em qualquer lugar.
Mais importante que ser o primeiro,
é saber que você cruzou a linha de chegada
mesmo sendo o último, e arrancou calorosos
aplausos por não ter desistido no caminho.
O amor se encontra nas coisas simples,
Um sorriso, um singelo gesto, um toque,
O amor é um sentimento nobre, espontâneo e natural,
O amor pode até ser duro em alguns momentos,
porem jamais perde a ternura,
Sem amor a vida se torna violenta, vazia e sem graça.
Porto Alegre: Como não te amar?
Das ruas que me vestes asfaltos
Eu menino poeta...
Das árvores que me abraçam
com tanta ternura
Eu menino poeta...
Das casas que me observam por trás
dos pequenos muros
Eu menino poeta...
Das praças que perfumam o meu olfato
Eu menino poeta...
Das mulheres Gaúchas que embelezam
Tu cidade Porto Alegre
Eu menino poeta...
Das bombachas do chimarrão
do churrasco Gaúcho
Eu menino poeta...
Das águas do Guaíba com um dos
Por de sol mais lindo do Brasil.
Eu menino poeta...
Porto Alegre: Como não te amar?
"BOM DIA ANJO AMIGO"
Se eu fosse a lua,
realizaria todos os teus sonhos.
Se eu fosse o sol,
no inverno aqueceria o teu coração.
Se eu fosse um caminho,
te levaria para uma viagem fantástica.
Mas como sou apenas aprendiz de Anjo
vou flechar tudo a tua volta,
setas de felicidade
para que te amem de verdade,
e sua vida se torne repleta de felicidade!
Um dia de muitas alegrias
para você pessoa linda!
BEIJOS CIDIÑA FELIZ
'EU QUERIA UM SENTIDO...'
Eu apenas queria,
e chegaste mudo,
forçado.
Fitando as madrugadas insônias,
cervical.
Extravasando improbidade,
sadismo.
Trazendo frio,
calafrio,
noites febris.
Carregando obstinação,
permanecendo há períodos.
Empantufado,
vai dilatando,
no peito não cabe.
E o ar rarefeito,
já falido,
desorienta,
sinuoso,
sem abrigo.
És opaco,
no turvo teatro,
solitário.
Senhor de brasões,
porém medicante,
com seus díssonos.
Poucos te condenam,
ou conhecem.
Mas sempre aparece,
desnudo,
com natureza particular.
Sem se expor a contento,
vai deixando rastro,
lamento.
Eu queria um sentido,
sentido ridículo.
Entre aspas simples,
para deixar evidente.
Inequívoco,
como as nuvens,
que se transformam no vento.
Que fosse escasso,
nada retórico.
Pode vir sem aspas,
para deixar confuso,
mais intruso,
menos cênico.
Que me abraçasse,
aconchegante,
desesperado.
'EU FELICIDADE?'
Calor intenso,
puxada [...], telha baixa.
Criatura não conhece:
- Que sujidade!
Assembleia diária,
papos em dia:
cornagem, piadas, cachaças, religião, pescarias.
A roda é veemente,
ela sempre acontece, à tardinha,
quando se começa a ver a poeira da rua,
[feia e esquecida] abarrotando o cabelo.
Parcialmente esquecido,
o bairro todos admiram.
Ar de tranquilidade,
costume de 'sítio', todos se abraçam:
Vagabundos, padres, alcoólatras, senhoras, prostitutas!.
A vida congela,
o olhar fala[...], o mundo fala:
- Estou tracejado em dissabores!
Experiências peculiares,
vida empurrada no ombro.
Como anda a vida,
como a vida anda?
- Bem, graças a Deus, se melhorar estraga!
Fala-se de felicidade,
muitos acenam, apreciam a vida como ela é:
Orações,
fé.
Vida difícil!
Pitada de euforia.
Arco-íris nas nuvens,
temporais, chuvas.
A releitura é diária,
abraçar o primordial é primordial.
Facetas?
Nada tira o ar [felicidade],
mesmo que aparente.
Importante é levar a vida,
[atemporal].
Diagnosticada, risadas.
Aperto de mãos,
devorar o improvável.
E a vida,
ficando mais vida, a cada rodada.
'TALVEZ LINA'
Tento desnudar, a cada promessa não dita, os teus segredos mais profundos. Sem perceber, na serenidade das noites, ousei invadi teus sonhos para que eles se tornassem reais e os seus olhos Sirius: sumptuosos e sedutores! Porquê não traguei barreiras? Não sei! Talvez a flecha da paixão não estivesse pontiaguda. Talvez a força do meu olhar estivesse sem...
Viajo nuvens de anseios, abraços nos dias de calor, romaria além dos horizontes. Vejo-te segredos, clave harmônica, essência das minhas loucuras. Sinto fome de você, tradução da minha essência. Jeito menina. Tão pequenina e violentamente graciosa...
Devorar-te-ei nas minhas ficções diárias. Desde então, as noites são fantasmas. Fecho o mundo criado! Esbarro decididamente covarde. Estiveste tão perto e num sopro, distanciou-se. Deixou ausência, carência, mancha inspiração, bolha sabão...