Poemas de Ternura
Mãe tem três letras e um acento. Não seria grave, porque não combina com ternura; não seria agudo, porque fere. É um til, em forma das ondas suaves do mar, a reproduzir o gesto da mulher que embala o filho com amor.
Sua amizade é um doce de sabor suave, onde aquece meu coração, pois sua ternura é pura, tem uma linda alma.
Todas as riquezas disponíveis em um só coração, expressas por finos afetos de ternura, solidariedade, perdão, compreensão e amor às criaturas, a mais linda definição de uma vocação abençoada e feliz, é o fato de uma mulher ser mãe.
É lindo o avivamento da chuva na sutileza de um linda flor com sua essência de ternura e austeridade, uma demonstração de amor, um ato de bondade de um grande resplendor.
Para algumas pessoas pequenos gestos de ternura não significa nada. Mais já para outras são atitudes valiosas e jamais esquecidas.
Assim como a ternura se oculta no fundo de todas as pétalas, a felicidade nasce para tocar os abismos e fazer com que todos os olhares amanheçam.
A voz dela e a ternura nem se compara a mais linda peça de teatro e as belas sinfonias de Beethoven.
Todos os dias a lua se despe ao beijar o mar, enquanto o sol se veste de ternura ao aquecer os corações
A vida embala vosso coração com o sopro divino. Há momentos de brisa calma que acalanta com ternura os dias de fragilidade, até que chega o vento de renovar, desalinha teus cabelos e joga pétalas de flores diante de ti e diz: vai, Eu sou contigo. Anima-te
Quando os teus lábios tocam os meus, eu me derramo toda em ternura e na taça do desejo desse beijo bebo demoradamente esse destilado de prazer.
Apenas um sorriso
Entro adentro da madrugada fria junto com meus pensamentos lembro réplicas de um sorriso. Trago no peito as lembranças das carícias das mãos do vento Mergulho na saudade do olhar em dor. Junto com a flor caem as pétalas sobre meu colo úmido de solidão. Vem buscar minha alma para provar de teu doce amargo silencio dos sonhos Contigo provei o mais puro mel entre sorriso e lágrimas Despedi de teus encantos e alimentei o amargo da saudade No silêncio da noite relembro o respirar de teus sonhos Meu sono vagueia a procurar o que não perdi, mas o tempo encarregou de levar para longe o alimento chamado amor.
Delírio
No delírio de um sonho pedia a consciência pura de um ser fragilizado da dor O encontro inesperado na busca de um amor calado Entre olhos na noite silenciosa vejo lágrimas caírem ao vento na esperança, rubra de uma saudade Recebi com calma o meu destino, contemplei os vales até onde meus olhos poderiam buscar Senti ao longe o trepidar das curvas de uma elevação formada em gotas de orvalho Vou buscar a imagem pintada pelas forças iluminadas da alma No declive das dificuldades busquei a vibração para o aclive de uma eterna paz em mim.