Poemas de Sorte
Ela faz aniversário,
mas eu sou o felizardo,
porque ela é o presente,
e eu, o presenteado.
Tenho que comemorar
pela sorte de achar
esse diamante raro.
O Mundo é de tal forma
Que para ter sucesso na vida
Não basta querer
Não basta ser capaz
Não basta, se esforçar, lutar, persistir.
É preciso ter sorte.
Os ricos precisam
Menos dessas coisas que
Os pobres.
CATIVO
Ao que a poesia verseja, e teia
Sussurrante, trivial, num clamar
Num amargor do que a perreia
Imersa em um profundo pesar
Com inquietude que devaneia
Um falho sentir, o pouco estar
No qual a insatisfação a enleia
No âmago de um triste poetar
Enturvo nesta aflição tão aflita
De sofredor que na dor orbita
Se limito, então, dizer não sei...
Sei que é danoso, penetrante
Sentimento avarento, pedante
E cativo desta sorte me tornei.
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
11 abril, 2024, 19’18” – Araguari, MG
SONETO AO ACASO
Estou atrasado para nova direção
Dar ao destino uma nova fantasia
E ao espírito possa ter novo guia
Além dos afligir que fere o coração
Agora é tarde, entardeceu o dia
A alma está enrugada de emoção
Sonho entrajou-se de recordação
E o querer já não mais me alumia
Tenho ido empós do bom ideal
Nem sei qual será este tal final
Deste declínio que me barbaria
Afinal, pouca sorte foi meu ritual
Já o amor, o preservei bem jovial
Pra na lápide tê-lo como honraria...
© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
2017, junho
Cerrado goiano
A UM TRISTE (soneto)
O meu destino é talvez a do azar
Jurando as venturas... de maneira
Que com o acaso se possa sonhar.
Vidas de má sorte várias, herdeira!
Outros êxitos talvez já pude gastar
Fui, um aventureiro na tranqueira
Do fado. E infausto agora a chorar
Ou pesado no sortilégio, na beira...
É brado num temor sem tamanho
Num luto da felicidade: permitidos
Mártir na dor, um desígnio estranho
Por isso, lamento aflição e pranto
Sentimentos dos heróis vencidos.
E com a alma cartada no recanto...
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Outubro, 2018
Cerrado goiano
Olavobilaquiando
picadeiro
estou num picadeiro
na arena sou mágico
trapezista, Brasileiro (até no sobrenome)
de compasso trágico
poeta por inteiro...
eu sou equilibrista
no desequilíbrio...
nas horas vagas pipoqueiro
dum circo de ludíbrio
corriqueiro!
sobrevivente!
paralelamente um sonhador
na arte dum eterno amador
vivo num suspense
neste bio circense!
© Luciano Segantini Brasileiro Spagnol
poeta do cerrado
26 de setembro de 2019
quinta feita, 05’55”
Araguari, Triângulo Mineiro
INFORTUNO
Falas de solidão, eu ouço tudo e calo
Ó saudade! Rude e regateira caipira
É. E é por isto que o vazio me imbuíra
A alma, no silêncio, infortuno vassalo
Viver! Quando virei por ter intervalo
Entre a dor e o sofrer que não espira
No tempo, e me põe nesta mentira
Da esperança dum amor para amá-lo
Pois é agridoce sentimento sagrado
Que leva a noite insone no cerrado
Messalina sensação, refutado fulcro
Falas de amor, e eu me desalento
Paixão na minha sorte é tormento
Intento para eu levar pro sepulcro
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
09/09/2020, 13’43” – Triângulo Mineiro
MÁS SORTES
Minha saudade é uma casa abandonada
por cujos solitários e vastos corredores
volteia o silêncio por toda madrugada
das lembranças e questões dos amores
Certa vez a essa estada mal ajambrada
varrendo o ar pesado e seus horrores
adentraste sorrateira quimera alada
num devaneio aos desejos pecadores
E, então, tão cruento e insistente
querer um afeto cheio de poesia
nessas incertezas, só perguntas!
Ah! o vazio no carma eternamente
na desilusão da paixão erma e fria
a verdade de más sortes conjuntas!
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
10/09/2020, 04’47” – Triângulo Mineiro
PARALELO
Incultos sentimentos ditos pela metade
manifesto a vossa fiel leitura, ó leitores
e em cada trova a vossos olhos, piedade
lhes digo apenas piedade, não louvores
E neste orgulho, este que é inanidade
os suspiros, lamúrias e minhas dores
lágrimas de amores e sua imensidade
suportando por uns míseros favores
Se entre minha sorte de nascimento
encontrardes traços cujo o engano
indique que divaguei com portento
Crede, ledores, que foi do profano
versado com a mão do fingimento
em um paralelo ao o acaso insano
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
Outubro, 14/2020, 16’54” – Triângulo Mineiro
GORJETA
Eu sou aquele que no amor é perdido
eu sou o que no fado me falta aporte
sou esse da desdita, e nesta tal sorte
sou a contramão, a solidão desmedida
A sombra no meio fio da cara vida
e que no devaneio perdeu o norte
que fica no vagar num choro forte
rascunhando a chaga tão dolorida
Sou aquele que no silêncio habita
Sou pôr do sol sumido, desprovido
Sou aquele que na ilusão orbita
Sou talvez o ideal de alguma dita
Quiçá a que o rumo me é devido
Quem sabe uma gorjeta merecida
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
15/10/2020, 16’19” – Triângulo Mineiro
ORÁCULO
Horas breves da ventura em portento
E tão vazias no empenhar se as tinha
Que na ilusão se demoliu tão asinha
Atando acaso ao rumoroso tormento
Aqueles anseios que fundei ao vento
Que a sorte levou, que mas sustinha
Do incoerente que restou, é minha
Causa, pois, não predispus provento
Juízo, que bom se prudência tivesse
Tudo é possível, e não só brandura
Aparece e logo adiante desaparece
Ó oráculo pesado, ó acre amargura
Serventia sem valia, e sem benesse
Tudo é fugaz, voraz, e pouco dura!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
10/11/2020, 07’24” – Triângulo Mineiro
paráfrase Diogo Bernardes
INCISIVO
Enfim: hora de partir
Bem assim cortar ao meio
Afiar um novo norte
Chega de pra si mentir
Destemido e sem receio
Arriscar a própria sorte
Não há como consentir
Sempre os mesmos aperreios
Ir com fé chega de açoite!
"O que não me mata, me faz mais forte.
O seu amor, me destruiu, saí mais fraco, era melhor ter encontrado a morte.
Achei em ti minha joia rara, uma paixão de novela, mas pergunto: pr'onde foi minha a sorte?
Azar no jogo, azar no amor, azar na vida, azar na sorte.
Azar na morte.
Azar meu, ter lhe beijado, ter entregado meu peito, à lâmina de sua faca, ainda hoje, sangra-me o corte.
Quem secará a lágrima que em meu olho escorre?
Amanhã eu paro, mas hoje, eu vou te esquecer, vê pra mim, só mais uma dose.
Me faz fraco, o que me fazia forte.
Que meu pranto, se misture com as águas da chuva e ninguém me note.
Sua ausência não me matou, é verdade, mas estou fraco como nunca, longe de estar forte..."
(In) Direta
Hey menino!
O que significa esse sorriso,
Esse tom de poesia que eu vejo
Em teu olhar?
Será que ganhei a sorte grande
E você hoje vai confessar
Que está querendo me amar?
Tenho plantado árvores
Tenho plantado árvores
sem saber o nome das mudas.
Algumas nascem tortas,
outras largam o caule no meio da tarde,
como quem desiste do dia
antes que a manhã termine.
Não escrevo placas,
não celebro datas.
Apenas volto, às vezes,
com um copo d’água e um silêncio,
como se ambos fossem sementes.
Plantar me parece um jeito
de conversar com o que virá depois de mim:
alimentar com frutos e sombra,
como quem deixa recados
em folhas verdes,
numa língua que ainda será inventada.
Às vezes, passo semanas sem voltar.
E, quando volto, há silêncio também nas raízes.
Outras vezes, encontro uma folha nova
que não me esperou para nascer.
As crio em pequenos vasos,
pensando protegê-las do mundo.
Mas elas anseiam pelo chão —
há raízes que não suportam cerâmica,
há vontades que só entendem o barro.
Tenho aprendido que a terra escuta melhor
quando não a interrompemos.
E que há gestos que não florescem
para nós.
Tenho plantado árvores
como quem aceita não entender tudo,
mas ainda assim insiste.
Como quem planta uma pergunta
e colhe, com sorte,
a sombra de uma resposta.
É muito agradável te conhecer,
transparente como águas cristalinas
com um jeito espontâneo de ser,
certamente, uma das minhas experiênciasmais lindas,
Fostes pela vida lapidada,
algumas situações sofridas,
mas tua essência foi preservada
fazendo de ti, uma mulher bela,
valiosa e forte
como pedra Esmeralda
graças a Deus e não sorte.
Olhar focado nos seus objetivos,
de quem não se deixa abater
pelos os enganos e imprevistos,
ciente que são necessários
para amadurecer,
que o caminho a se percorrer
não será sem obstáculos,
mas a cada um superado,
ficará mais forte,
ganhará mais aprendizado,
continuará seguindo
o norte dos seus sonhos
e se Deus quiser,
todo o esforço será compensado.
Ela tem um coração de manteiga,
uma alma doce,
sua intensidadeé apimentada,
sua essência é agridoce,
não é alguém fácil,
mas tem um gosto agradável de sorte,
uma receita rara e saudável,
um manjar de vida
que deixa-me mais forte.
Lua na noite
deixando-a mais bela,
mais nobre
acompanhada do brilho
das estrelas,
uma ocasião serena
de amor e sorte.
Rosa imensamente amada graças a sua vívida essência de tom vermelho, cor formosa e amável, que cedo aprendeu a amar e fez o amor florescer em vários momentos, portanto, sua existência é rara e o seu valor só tem aumentado com o passar do tempo.
Floresce com mais frequência à noite com uma felicidade incomparável, demonstrando uma satisfação apaixonante que divide felizmente espaço com o encanto da luas e das estrelas, deixando corações gratos a sua volta, uma benção verdadeira.
Por ser uma flor preciosa de tamanha amabilidade, seus sentimentos afloram com uma boa música afinada lindamente com o romantismo, uma declaração amorosa que vai além das palavras, que lhe proporcionam uma benesse imprescindível.
Na sua personalidade aprazível, a alegria de uma dança entusiasmante, o sabor edificante de uma comida saborosa que foi preparada gentilmente, é bem humorada, mas não é ingênua, se necessário, é séria e decidida, não é facilmente enganada.
São apenas algumas pétalas ou facetas de uma mulher maravilhosa, cuja história daria uma novela assim como as que ela gosta, vaidosa na medida certa, forte e religiosa, um exemplo de vida, em Deus, está a sua força, logo, sorte de quem a estima.
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