Poemas de Solidão Amor Não Correspondido
Éden
Eu me rendi aos teus encantos
E subitamente você arrebatou o meu coração,
No teu paraíso
Provei do fruto do teu amor
E me perdi no pecado da tua beleza.
Longe do teu éden
E expulso do teu coração,
O fogo da paixão me consome
Nessa terra que se chama solidão,
Onde agora padece sozinho o meu coração.
Edney Valentim Araújo
Você entrou no meu coração
no momento em que me tirou do seu.
Vinte e três anos já se passaram,
sete anos são de saudades, dezesseis anos são de solidão,
mas tempo que se chama “hoje” ainda é de amor por você.
Vivo a esperança do dia que há por vir,
quando, quem sabe, um dia, possa eu dividi-lo com você.
Edney Valentim Araújo
13 de outubro de 2017
Pedi ao Criador
Pedi ao Criador para viver meus dias com você.
Ele tinha outros planos para você, e para mim disse não.
Renovei meu pedido, escutei um silêncio ensurdecedor.
Pedi então ao Criador que te arrancasse do meu coração,
Mas Ele lamentou o meu sofrer e a minha dor,
Disse-me que não poderia fazer isso.
Justificou-me dizendo que seria o mesmo que arrancar a nós dois do coração Dele.
Disse-me que se é amor o sentimento é eterno, por isso tanta dor, tanto sofrer.
O amor tudo sofre..., tudo suporta..., tudo crê...
Ele me consolou dizendo que você é mais feliz onde está.
Então, emudeceu a minha alma, calou-se a minha voz tomada por uma súbita paz.
Compreendi por amor a Ele que era melhor assim, parte de mim se alegrou por você.
Edney Valentim Araújo
Existência
Venha comigo, fique comigo, ó amada minha...
Se não fosse ela a minha dor
Seria por um instante meu grande amor,
Ela que chegou em minha vida já de partida.
Já não tenho tamanho e nem medida
E esse buraco que ficou, é negro na minha vida.
Se me tenho em mim mesmo sem você
Nada tenho em mim que já não seja de você.
E nessa existência inexistente
Não existe mais outra que seja existente.
Uma só existe, é você meu grande amor,
Amada da minha alma.
Edney Valentim Araújo
Hoje sou eu
Esse menino tão pequeno e inocente,
Que em um único olhar
Encantou-se pela menina dos teus olhos.
Esse menino que segurou as tuas mãos,
Mãos que seria a primeira e a única a segurar,
Mãos que segurariam eternamente o seu coração de guri.
Esse menino que te viu crescer
E que cresceu perto de você sem poder te merecer,
Ele que cresceu sonhando só com você.
Sou eu,
Um homem incompleto
Vivendo sem teu amor de menina moça mulher.
Edney Valentim Araújo
''As músicas que não escrevo''
A música flui como uma cordilheira...
Com os pensamentos longe
A serenata aparece
A lágrima, às vezes cai, mesmo segurando-a.
Coração dolorido e perpétuo destroça-me com estas lembranças
Saudades?!
Talvez... Más preferem dizer que está é apenas uma noite fria
Onde o músico se expressa
Sentimentos perdidos na calada da noite
Por que minha plateia e meu palco já não estão presentes
Ela?!
É mais uma das pessoas que não ouve minha voz
Longe,agora ela está...
Por que talvez...
Seu coração já não me pertence mais
Eu a perdi quando aquela música não foi entregue
Acho que não irei mais escrever músicas como aquela
O sentimento não é o mesmo...
O músico já não é o mesmo...
Menina moça mulher
Esse teu jeito de menina moça mulher,
Que me prende de jeito
E me faz te querer.
Se menina fosse
Só desse jeito eu te veria.
É Moça do meu encanto
E tristeza do meu desencanto,
Eu que te amo tanto não te tenho comigo.
Agora, que para mim, tornaste formosa e bela mulher,
Mui mais amada e deseja és.
Edney Valentim Araújo
Coração plebeu
Ó princesa do meu coração...
Tivesse eu toda riqueza que tu buscavas
De pronto eu as lançaria aos teus pés,
Mas o que eu tinha de mais precioso eu te dei, o meu coração.
Fosse eu o teu príncipe encantado
Faria do meu coração o teu castelo e a tua morada.
Juntos, construiríamos o reino que tu mereces,
E nele, faríamos ricos os nossos sentimentos.
Mas esse coração plebeu
Se fez vassalo de um amor real.
E todo ouro ou prata que um dia eu possa vir a ter, sem o seu amor,
Não passará de refugo sem nenhum valor.
Edney Valentim Araújo
Éden
De onde vem toda essa força,
Subitamente você arrebatou o meu coração,
Arrastou-me ao teu paraíso
E seduziu-me com o fruto do teu amor,
Sem saber de mim, me perdi no pecado da tua beleza.
E da pureza angelical vivida no teu éden
Fui expulso do paraíso do teu coração,
Agora o fogo da paixão me consome
Nessa terra que se chama solidão,
Onde hoje vaga e padece o meu coração.
Edney Valentim Araújo
Coração rebelde
Meu coração rebelde...
Quem poderá domá-lo senão você?
Ele saiu do meu peito na calada da noite,
Partiu ao teu encontro,
Escolheu você sem dizer nada para mim,
Abrigou-se no calor dos teus abraços.
Trocou o dia por passar a noite ao teu lado,
A segurança do meu peito por um instante do teu amor efêmero,
Embriagou-se do teu querer e afundou-se na ressaca da solidão,
E no dia que a dor chegou para machucar,
É nesse meu peito que ele veio se abrigar.
Sem você,
Sem teu amor,
Sem teu calor,
Só com essa dor.
Quem poderá domá-lo senão você?
Edney Valentim Araújo
Cartas e flores
Ah! Minha amada,
Se pudesse eu diria hoje mesmo ao teu coração
O que há tanto tempo já lhe falei com cartas e flores.
O quanto eu te amo... o quanto eu te adoro... o quanto eu te desejo,
Só não diria da tristeza e da solidão a que estou recluso há tanto tempo longe de você.
Mas a minha timidez fez das cartas e flores embaixador dos meus dizeres a você,
Palavras que hoje ecoam no eco do vazio da minha alma longe do seu amor,
Porque me privei por capricho da timidez de entrega-las quando pessoalmente lhe dei meu coração.
E nesse pranto de tristeza em que se faz meu coração,
Preso nas tuas mãos, mas longe dos teus sentimentos,
Não há um alento se quer que aplaque a imensidão da minha dor na solidão.
Vejo os meus dias passarem diante de mim
Preso ao passado do dia em que eu te conheci.
Olho para frente tentando seguir,
Mas não encontro outro caminho que não passe por ti.
Edney Valentim Araújo
Da falta
Do improvável nasce o perturbador
Tomou dimensões insuperáveis
Massacrou enquanto pôde
Com o calor da sua presença
Partiu massacrando o que restava
Com o frio da sua ausência
Deixe Voar
Das imaturas lembranças
Hoje noites mal dormidas
Sonhos que nada valem
Das cinzas, renascença
Mas como é difícil ser Fênix
Com o frio da sua ausência
Deixe voar
Efêmeros, incontestavelmente
Da linha tênue entre amor e ódio
Você fez abismo
Lamentável avença
Que fez de mim passageiro
No frio da sua ausência
As pessoas que mais nos ferem são os próprios de nossa casa.
Se você nesse momento precisa de um apoio, de um abraço amigo, somente Deus pode ser seu apoio.
Pois todos se afastam nesses momentos.
Momentos que tudo que você mais deseja é ter o aconchego de sua família.
Nos dias de hoje os lares tem se divido, tem se voltado um contra o outro, por coisas tão pequenas.
Pais que esquecem que tem seus filhos, que se preocupam com o próximo, mas esquecem de sua família. Afinal esse não foi o amor que Deus ensinou, amar uns e esquecer outros.
O mundo em que vivemos a violência e o ódio tem reinado.
A depressão tem levado famílias a perderem seus entes queridos, por falta de amor e companheirismo.
As pessoas se preocupam com tudo, menos uns com os outros, e isso tem levado muitos a atentarem contra sua própria vida.
Depois que a morte chega a pessoa vê a importância que a outra tinha em sua vida. Mas tarde demais.
Mais diálogo e mais amor de pais para filhos, de filhos para pais, o amor se inicia dentro de um lar.
Onde é demostrado o amor, a violência não reina, as drogas não são necessárias, pois o amor completa o vazio, pois Deus é o amor.
Em um mundo tão conturbado, distorcido, racista e preconceituoso, falta mais amor, falta mais Deus na vida das pessoas. Pois quem conhece a Deus, tem o próprio amor em sua vida.
Deus é amor, mas também é justiça.
Que Deus se manifeste na vida das pessoas com esse amor tão lindo, que Ele deu a própria vida por nós.
Que Ele faça justiça onde há injustiça, a violência, maus tratos aos animais, onde o mal tem reinado e tomado o que pertence a Deus e não as trevas.
A família que deseja estar blindado desse mundo tão cruel, o segredo é estar unidas e alicerçada em Deus.
Vou
Vou me enganar no dia de hoje
E tentar viver sem você.
Como se eu pudesse viver sem te querer!...
Vou caminhar em outros caminhos
Onde eu não veja teus passos.
Como se não fosse eu sempre a ir procurá-los!...
Vou à busca de novos ventos
E respirar novos ares.
Como se nesses ares eu não sentisse a flagrância do teu cheiro!...
Vou me aquecer do frio da solidão
Caminhando na multidão.
Como se em meio a ela eu não buscasse o calor dos teus abraços!...
Vou seguir em frente
Sem desviar meu olhar.
Como se eu não precisasse procurá-la ao meu lado!...
Vou me afastar desse amor por você
Para tentar viver.
Como se eu pudesse viver sem amar você!...
Mas ao final de tudo, sou eu quem me vou sem você...
Edney Valentim Araújo
Conto de fadas
Todas as manhãs que meus olhos se abrem
E eu recebo uma nova página para escrever a minha história.
Mas essa folha que deveria vir em branco
Sempre traz o seu nome gravado,
Escrito com as cores do amor.
Cores tão forte e tão intensa que eu não posso apagar.
E na história que eu escrevo
A cada dia eu sinto esse amor que eu não posso viver.
Quisera eu, ao invés da história de amor que não vivo,
Poder escrever um “Conto de Fadas”,
Onde os finais são sempre felizes.
Eu viveria para sempre esse amor com você.
Edney Valentim Araújo
Eu vivi com você um curto período de tempo em que se ofereciam flores à “amada”, cuja flagrância do perfume não se substituía por uma mensagem digitada ao celular ou uma bela imagem digitalizada numa tela de vidro, imagens que hoje, na sua essência, não transmitem a magia dos sentimentos e nem a emoção da beleza perfumada das rosas.
Em minhas mãos sempre haverá flores para te oferecer. Rosas vermelhas, suas favoritas, e que se tornaram o símbolo do meu amor por você.
Edney Valentim Araújo
Ama-me
Banhe-se em fontes de águas cristalinas
E me mostre à transparência da sua alma.
Perfume-se na flagrância das flores
E me deixe sentir o cheiro do seu corpo.
Se vista de amor por mim
E me entregue todo o seu prazer.
Olhe para o céu
E reflita o brilho das estrelas em mim.
Sonha comigo
E me deixa realizar os nossos sonhos.
Seja autêntica
E revele-se você mesma junto a mim.
Ama-me com ternura
E me deixe te amar de corpo, alma e coração.
Faça de mim o teu querer
E meu amor será eternamente seu.
Edney Valentim Araújo
Prematura
Nos passos apressados dessa fuga
Onde não te encontro, não sinto teus abraços.
Corro da solidão.
Eu me visto das lembranças vividas,
De um tempo em que a troca de olhares
Já dizia tudo que sentíamos.
Nas palavras contidas pelo silêncio
Floresceram emoções de toda uma vida.
Vida não vivida, vida interrompida.
E dessa morte abrupta e prematura de sentimentos
Ao menos um sobreviveu,
O meu “amor” por você.
Edney Valentim Araújo
O tempo
Ah!...o tempo.
O tempo que não passa para quem ama.
Saudades, lembranças, sonhos e recordações,
Momentos vividos... momentos sofridos... Saldos de alegria.
O tempo que torna essa estrada longa e solitária sem você.
Só quem ama sabe que o tempo não passa,
Nem para esquecer, nem para ser esquecido.
Ah! O tempo nestes corpos amortecidos,
Se opondo ao amor rejuvenescente da alma vivente
Enquanto ele nos prepara o último sono.
Ah!...o tempo,
Que para o amor não é mais que uma fração momento.
Esse tempo que é sempre de amar você.
Edney Valentim Araújo
Em silêncio
Se não lhe digo o que sinto
É porque sinto em silêncio
Onde sobram sentimentos
Que me calam a alma.
Se falo o que penso
Já não penso mais no que falo
Levado pelo ímpeto deste sentimento,
Que me toma num suspiro contido no arrepio.
E como dizer o que sinto
Sem nunca dantes ter sentido este furor...
Só sei que é por você que eu sinto
Paixão e ternura transformada em “Amor”.
Edney Valentim Araújo