Poemas de Sol
Criança Interior
Tenho medo da noite
quando me deixas só
e o sol vai se deitar.
Sinto frio quando acordo
procurando por você
e não encontro no olhar.
Quanto afago bastaria
a criança interior?
Ingênuo coração,
carências de homem feito.
Ama-me, te peço.
Te amar,
somente quero.
O sol tem a terra para aquecer e iluminar...
A lua tem o mar, que nas marés vive o amor a demonstrar...
E eu tenho você, para que em vida,
o sonho sempre poder te ofertar.
Ao amanhecer observe o lindo dia
Ao amanhecer, quem disse que não brilharia?
O sol para você olhar com bem mais alegria
É um lindo amanhecer,Amigo , por favor sorria.
E se nem tudo for festa?
E se nem tudo for sorrisos?
E se o sol não brilhar amanhã?
E se?
Será que tudo será festa?
Será que tudo será risadas?
Será que tudo será lindo?
Será?
E se o sol realmente brilhar?
E se os sorrisos prevalecerem?
E se tudo for motivos de festa
E se?
Enfermo mundo
O sol escondido entre as nuvens
Demonstra a nostalgia da natureza
Pequenas pinceladas, fuligens
Sobre um céu negro, beleza.
O ar gélido toca a face
Dos leitores dessa grande anedota,
Construtores de prédios como disfarce
Para amenizar o sofrimento do planteta.
De lúpus sofre o corpo
O homem, patogênica célula
Destrói a natureza com tanta sutileza
E esquece o quanto depende dela.
(V.H.S.C.)
Partida
Patrícia Neme
Agora... A vida já se perde no horizonte
finda a existência... O sol repousa... Calmaria...
La nave va, ao som do remo de Caronte,
< pra trás restaram ilusões e fantasia.
Recordo a vinda... Fomos Luz da mesma fonte,
centelhas gêmeas, gotas da infinda harmonia.
Mas o destino, num cruel ato de afronte,
nos relegou ao desamor da ventania.
E nos perdemos nos desvãos da caminhada,
nos esbarramos, por instantes... Só... Mais nada...
Outra vivência sem estar nos braços teus.
Mia nave va... Contemplo além deste momento...
Eu sei que, um dia, existirá merecimento...
E além do tempo, não diremos mais “adeus”!
Sol... Chuva!
Calor... Frio!
Brisa... Tempestade!
Inverno... Verão!
Branco... Preto!
Amor... ódio!
Sorriso... Lágrima!
Cruz... Espada!
Alegria... Tristeza!
Emoção... Razão!
Eu... Você!
Paixão... Solidão!
QUASE HERÓI
Um dia desses, sol forte, bom clima, cidade grande, euforia, passava eu em meio de uma pequena multidão de pessoas alegres e cantantes, que trovavam o hino do seu time, que saudavam umas as outras. Abraços, sorrisos, pareciam irmãs, íntimas apesar de nunca terem se visto antes. Era a explosão de ser campeão Brasileiro de futebol.
Mas o que realmente tomou minha atenção foi um objeto ambulante que vinha de qualquer lugar e parecia estar andando em direção à terra do nunca. Caminhava devagar, como quem espera pela morte, fazia ziguezagues como quem não tem pressa de chegar a lugar nenhum. Em sua cabeça uma peruca "Black Power" colorida como aquelas de palhaços parecia ser uma forma de gritar bem alto com a voz baixa "Eu ainda existo! Olhe, olhe, sou como você, sou um ser humano!" Vai ver decidira não mais gritar para poupar que o julgassem maluco, para evitar que corressem de sua presença. Em sua pele o cinza berrava o amargor da tristeza. Em seu ombro descaia uma bolsa da cor de sua pele que substituíra sua solidão até então. Seus olhos pareciam não ver ninguém, como quem aceita ser um poste, que nada interfere, que não encara, que não interage. Era um ser humano que nasceu como eu, que chorou como eu, que tentou ser como o seu super-herói da liga da justiça, mas que justiça não fora feita para com ele e lhe sobrara o cinza do mundo, a escuridão da noite fria. Sua peruca, vai ver, fosse um tentativa se tornar um quase super-herói. A vida sem piedade criara um autista forçado. Se bobear em sua mente haviam sonhos e ideias mirabolantes, que vazavam apenas colorindo sua frontal da cabeça.
"-Qual é? chega aí. Aí, vê se esse bagulho é bom, é só puxar, vai ficar nas nuvens que nem um super-herói!" - Está criado, mais um zumbi a vagar nas ruas do Rio.
"E como o sol, iluminou tudo..
Tornou as coisas mais bonitas
Sumiu com as sombras em mim.
E também como ele,
Jamais me pertenceu.."
A poeira sobe. Uma poeira escura, simplesmente cobriu todas as laterais da cena.O sol, por sua vez, focou a luz naquele sorriso mais sincero e lúcido de encontro com meu olhar tímido e insano.
A desanimação evaporou e ficou junta com o meu oxigênio, mas felizmente ia até meu pulmão e voltava com uma bolha em meu pensamento, dentro, aquela cena, meio que desfocada, mas ao mesmo tempo bem lúcida.
Quando minhas palavras saírem meio que perdidas, tente entendê-las de modo contrário... quem sabe você compreende o verdadeiro sentido ou o verdadeiro sentimento significativo e cientificamente comprovado: Meu amor por você...
Parede que desbota, o sol tem te castigado?
Meus filhos, meus frutos, meus amores, se foram;
construí essa cidade com meu suor,
a destruí por orgulho, e quem está destruído agora?
Leve-me contigo, faça-os barganhar por mim,
um rei chorão.
A parede desbota, a chuva a tem castigado,
em algum lugar, meu filho colhe o trigo,
não aqui comigo, em um outro lugar, onde não há paredes desbotando, onde não há dor, onde o orgulho morreu,
onde há um Deus, e eu não chegarei lá,
não porque estou cego e não acharei o caminho,não;
não porque estou preso e os ferrolhos seguram minh'alma, não;
não o verei porque o portão que leva aos céus é pequeno,
daqueles que só passaríamos curvados como o trigo colhido,
eu me fiz de joio-arrogante, eu destruí meus sonhos,
culpei Deus covardemente, verei a parede desbotar,
como um não-sábio que medita.
Seus olhos brilha como o luar
Seu sorriso me ilumina como o sol
da sua boca sai palavras que me acalma como o mar
Eu não sei como eu vou ficar
Sem seu amor pra me acalmar
O Sol partir:
Você está aqui e não é porque sei dizer coisas bonitas.
Mas é porque o amo muito.
Nós estávamos ali, parados olhando para o nada,
Esperando o sol partir, quando assim nos beijamos.
E tudo acaba.
Num instante, eu senti como estávamos bem.
Parece até patético, parece até burrice,
Ver o sol partir.
http://mylifeasmurilo.blogspot.com.br/
Natal, Cidade do Sol, no que te transformaste?
Seus filhos são bobos, alienados, não sabem o que fazem. Não sabem o poder que tem, não querem ver outra realidade, não querem viver outra cidade. Querem sofrimento, querem descaso, fracasso. Não querem mais uma Cidade do Sol, querem um cativeiro, um bueiro. Não querem ser filhos, não querem pensar.
Perdoem-me conterrâneos, mas vocês são espectros de gente, não são gente. Não é povo. Não há povo na cidade do sol. Não há luz. Só lamento...
Nova onda
Hoje eu acordei sem rumo,
Vou ver o sol de um outro cais...
Eu vou olhar pra outros amores,
Me apaixonar bem mais devagar...
Não tenho pressa pra desilusão
Vou me enganar com o meu melhor.
Os meus sonhos coloridos a chuva venho e estragou
Tentei salvar alguns , coloquei para secar ao sol
Mas como estava forte desbotou , as cores vivas enfraqueçeu Mas os desenhos ainda permaneceram intactos .
vou pintar de novo , são meus ...
Carrega dentro de si uma serenidade de sol quando acorda.
Celebra os pequenos instantes abençoados que a vida lhe proporciona.
Tem um coração que de tão grande, mal cabe dentro de si.
Enfeita o cabelo com flores, perfuma-se de amor, sorri de jeito espontâneo e tímido que é só dela. Cantarola suas canções favoritas, gosta de estrelas, livros e chá de erva-doce.
Seus amuletos são a fé e as palavras que sua mãe a ensinou desde cedo:
simplicidade, honestidade e humildade.
Gosta de andar descalça, é assim que sente-se leve.
Leveza de nuvem, borboleta, folha carregada ao vento...
Seu olhar, de tão profundo e intenso, transparece o oceano onde moram seus sonhos, e as sardas espelhadas pelo corpo, lembram pequenos grãos de areia, areia esta que ela gosta de desenhar seus pés enquanto caminha a beira mar.
Tem um cabelo que reflete a luz da lua em suas nuances, uma pele branca, clara, como a sua transparência de alma, porém por dentro, ela é de todas as cores.
Multicolorida, assim diria.
Gosta de mãos dadas, afagos e abraços quentes.
Acredita que o abraço é o beijo que um coração da no outro.
Gosta de azul, porque azul lembra o céu, mas suas cores preferidas são os tons que o entardecer traz, principalmente quando o sol esconde-se entre as nuvens enquanto despede-se de mais um dia, e colore tudo de cor-de-rosa.
Rosa também são as suas bochechas, quando fica tímida, ou quando sente frio.
Faz pedidos a estrelas cadentes, acredita em sonhos, sorte, e tem medo de pessoas que tem o coração doente.
Se quer faze-la feliz, basta um sorriso sincero, uma flor colorida, um doce talvez.
E assim ela vai seguindo, colorindo seus dias, sua vida, com pinceladas intensas de amor, de poesia e de Deus!
Ela acordou sorrindo...
Desses sorrisos de agradecimento e paz interior.
É que até o sol, que estava encondido neste céu cinza do outono resolveu aparecer pra iluminar o dia da menina.
E ela agradeceu por mais um dia de bênçãos.
Agradeceu por ter dentro de si um amor que, de tão grande, transborda.
Aquele moço do sorriso bonito, é o responsável pelos sorrisos que ela distribui por aí.
Há dois anos, sente-se completa, na essência, na totalidade.
Desde que eles juraram amor eterno e trocaram as alianças douradas para a mao esqueda. Naquelas alianças, escrito: “Para sempre tua(teu)”, estão gravadas, são somente as promessas, mas a história!
Não cabe no dia-a-dia deles, preocupações armazenadas em potes...
Os potes são apenas para guardar aquela doçura.
E ela gosta de sentir esse amor com leveza de nuvens.
Este amor branco, clarinho, como estrelas brilhantes em noite de céu claro.
Verdadeiro.
Puro.
Intenso.
Aquele sentimento que vem de dentro pra fora.
Que tem cheiro de baunilha e um por-do-sol de plano de fundo.
Voces talvez não entendam, mas desde que este moço lhe roubou o coração, a menina amarrou dois trevos de quatro folhas nos pés, vestiu-se de fé e carrega dentro de si, aquela paz de amanhecer.
Ela não sabe muito bem desde quando, mas sabe perfeitamente que não começaram do começo... porque já era amor, mesmo antes de ser!
Um beijo naquele lugar onde você não lava...
O sol não bate...
So vive escondido...
Poucos chegam a tocar...
E quando tocam , ficam um bom tempo dentro...
Sabe onde?
No seu coração!
Naquele dia o sol apontou
para a lua
Linda imagem se formou
A perfeita imagem sua
Obra perfeita
Do nosso Pai Criador
No coração a ser eleita
Consagração Divina de amor!
Tudo se esclarece
Quando procuramos a verdade
A ignorância dá lugar a luz e aparece
Expressão máxima da caridade
Mas na vida sempre tem um jeito
Aconchegar nossa união
Saber que sou eu o amor perfeito
Teu eterno coração!