Poemas de Sol
Ausências suas
Hoje você não veio amor.
Vi o sol nascer
A tarde caiu sobre minha esperança
e o anoitecer trouxe mais cinzas sobre a minha saudade.
Vejo a porta abrir,
mas é apenas o vento
me lembrando de que você,
hoje, foi só meu pensamento pregando peças
em minha solidão.
Não
Você não veio,
e creio que o esquecimento
também não virá.
Uma pena.
Escrevi um poema prá você.
... Talvez o leia em um outro dia.
Hoje não.
Hoje você não veio.
Eu ja estive na praia ao amanhecer.
Já vi o sol se pôr e também nascer.
Já vi os dias de chuva, mas não por que peguei ela no caminho para casa, mas sim por que realmente estive nela!!
As gotas caindo sobre o chão, e no momento percebi o quão é lindo o brilho das gotas vindo ao meu encontro.
Em seguida o cheiro de terra molhada...mas não por que era apenas o efeito da chuva sobre ela, mas sim uma forma da terra agradecer a chuva por ter vindo.
A terra exala seu perfume para comemorar esse belo momento e novamente eu tive sorte, eu estava ali!!
Apenas Durma
Eu não ligo para os raios ardidos do sol,
Apenas penso na noite triste,
E sentir seus braços sobre o meu peito e assim nos tornarmos um,
Me sinto feliz neste dia pacato de inverno,
Eu juro menina,
Eu juro que não sei como será o amanhã,
Eu não faço a mínima ideia!
Mas não pense no amanhã menina, pelo menos hoje não...
Então durma no aconchego da cama,
E no escuro descanse os seus olhos,
Eu estarei lhe abraçando... eu estarei aqui.
Eu não sei como será o amanhã...
Por isto durma bem hoje.
Durma bem nos braços da Escuridão,
Descanse os olhos,
Descanse agora nos seios desse luar.
Gregory Ryan 18/09/2017
Interdição
Triste é o sol que não me aquece a pele;
O amor que não atravessa a ponte;
O olhar que só se vê ao longe;
O abraço que não chega na gente.
Triste é a alma que não sai nas palavras;
O sentimento encerrado em silêncios;
Triste é o não que não vira palavra;
A solidão em sonhos tão vazios.
Triste a devoção que domina os loucos;
Um Deus que dá a felicidade a poucos;
Triste a fantasia de dizer que se vive
quando, na verdade, sempre se esteve morto.
Bruno Ramos - Conceição da Barra, ES
28/05/2018
Não sou mais o sol que te aquece.
Não sou mais a luz que te ilumina.
Não sou mais a sombra que te refresca.
Não sou mais a água que te sacia.
Não sou mais a lua que te encanta.
Não sou mais o dia que te espera.
Não sou mais a manha que te brinda.
Não sou mais a madrugada que te agoniza.
Não sou mais o lado vazio da cama que te implora.
Não sou mais a ducha que te molha.
Não sou mais o sabonete que te ensaboa.
Não sou mais o pente que te penteia.
Não sou mais o caminho que te companha.
Não sou mais o poeta que te escreve.
Não sou mais as rimas que te explica.
Não sou mais a surpresa de cada encontro.
Sou apenas a despedida de tantos momentos bons.
Sou apenas o que sobrou de mim em você.
Sou apenas aquele abraço, que te faltou um dia.
Sou apenas, e nada mais...(Patife)
Enquanto os colchões de palha e as cobertas de lã de carneiro aqueciam ao sol, no fogão à lenha ferviam-se os panelões de água para o banho de bacia. Na agitação da manhã de inverno eram realizados trabalhos para minimizar o frio e o vento da noite que entrava pelas frestas do velho casebre.
Uma época onde absolutamente tudo o que se comia, bebia
e usava era "feito em casa". Os dias eram longos e todas as tarefas eram realizadas pelos membros da família. Do menor ao maior, todos tinham suas atribuições e de sua execução dependia o maior ou menor conforto de cada um. Legumes, frutas, leite, queijo, carne de frango e porco... quase tudo se produzia e muito poucas coisas, além de trigo e arroz, eram comprados .
Um calçado novo era o presente de Natal e tinha que "aguentar" o ano todo. Isso tudo estava muito longe de considerarmos um sofrimento e sequer nos sentíamos "pobres". Era a forma como a grande maioria vivia e achávamos natural auxiliarmos e colaboramos para mantermos tudo limpinho e funcionando.
Era o tempo da escassez de luxos, mas da abundância de ensinamentos e, enquanto tratávamos de sobreviver, aprendíamos as lições de respeito, honestidade, organização, humildade...
Havia, sim, o desejo de prosperar, adquirir cultura e ter uma vida um pouco mais confortável... o que exigia um esforço redobrado
e uma extrema força de vontade para conquistá-las.
Tudo passa! E hoje são lembranças e orgulho do exemplo da coragem e da determinação de meus pais que enfrentaram o pós guerra numa terra nova e que recomeçaram, literalmente do zero,
no entanto venceram e criaram filhos idôneos e felizes.
Cika Parolin
PLANOS NEBULOSOS
Dorme a noite, enquanto isso....
O sol adormece sob o fulgor das suas chamas.
Nesse ínterim a lua 'Artesã dos sonhos',
rainha das saudades... Sobe ao trono de prata
para imperar sob as estrelas e os astros
físicos do infinito.
Nessa tempo, a calma da noite, desce sobre
a calada sombria, desfilando os olhos do medo
e o burburinho das fadas.
Tudo é nebuloso... Os sonhos misturam-se com
os pesadelos para de supetão, despertar os sono
absolto nos planos e os passos, galgam os
paralelepípedos das calçadas ouvindo o ladrar
da matilha e o pio do corujão, solto do nada.
A noite, continua em seu cochilo quando de
supetão é acordada pela cantiga do galo e o
clarão do alvorecer. Nessas hora, despertadores
tilinta aos ouvidos da preocupação e os
preocupados saem em carreiras traquinas como
se fossem formigas afobadas sob as águas dos
seus planos pequineses.
Antonio Montes
Necessito amar
Sinto falta
De emocionar
Quem sou eu
Sem amor?
O sol sem
Sua luz
As estrelas
Sem brilho
As linhas
De um caderno
Sem palavras escritas
Quem sou eu
Sem amor?
Como vivo
Sem amor?
Minha alma sofre
Sem afeto
Meu coração
Jorra sangue
Em lágrimas
Mas não é
Qualquer amor
Pelo qual necessito
Apreciar
Carol - meu sol,
Carol - meu Por-do-sol,
Carol - meu Céu polar,
Carol - meu Céu-iluminar,
Carol - meu amor, minha irmã!
Ê mundão véi sem porteira!! Todo dia uma nova chance, um novo horizonte, novas possibilidades. O Sol nasce para todos e vem fustigar as trevas, renovando as forças, aquecendo a Terra, mantendo a vida... A gente olha em volta e ainda encontra quem acredite no melhor, quem ainda tem olhos pra enxergar a grandeza da simplicidade, num mundo onde o capital é, pra muitos, a força motriz de todos os sonhos, graças a deus ainda conheço gente que carrega consigo a convicção de que somos o que somos e não o que temos. Tudo que se tem, tudo que se conquista e se guarda nesse mundo, nesse mundo mesmo fica, nada pertence a ninguém, o ego afasta o ser humano da humanidade propriamente dita, a ganância cega, a ambição corrompe. Bom seria, ou será, quando todos lembrarem que somos todos irmãos, que ganhamos esse mundo de presente pra nos servir de casa e que nessa casa vivemos pra compartilhar, encontrar a paz. Essa Paz, essa força pela qual o homem sonha desde o começo dos tempos e não está em outro lugar que não seja dentro dele mesmo, muito longe daquilo que se possa possuir, pôr no bolso, exibir, a PAZ reina firme na essência da vida, na justiça consigo mesmo e com o próximo, no amor que se dá e se recebe e é o maior tesouro que o tempo guarda aos homens de bem. Deus abençoe, abra as portas, ilumine os caminhos, encha os corações de toda energia positiva que alguém possa almejar.
"Talvez você diga que eu sou sonhador, mas eu não sou o único. Desejo que um dia você se junte a nós e o mundo será como um só"
- J. Lennon
Aprendendo a Essência
O sol sempre surge, para vermos até onde
apreciamos nossa própria sombra.
A lua, sempre nos mostra
que há mais mundos fora do nosso.
A chuva, quando cai,
é para limpar a alma e o pensamento.
O vento, nos sussurra
o que está em outro mundo,
e não somos os únicos
a presenciar os atos o tempo.
Se fecharmos os olhos,
olhamos para dentro;
e veremos as mais sublimes mentiras
contadas ao mundo.
Se construirmos um castelo de areia,
Saberemos que ele vai desmoronar...
Se massagearmos nossa essência,
saberemos até onde poderemos aguentar.
Mas, se não olharmos nossa sombra,
a direção que a lua nos dá,
não adianta contar mentiras para mascarar,
A essência que nunca existiu.
Assim como o sol foi feito pra brilhar.
Passarinho feito pra voar.
Peixe pra nadar.
Água pra jorrrar.
O sentimento também foi feito pra ser sentido.
Ser valorizado e reconhecimento.
Não foi feito para ser repelido.
E nem para ser ignorado ou excluido.
É como digo, foi feito para ser sentido
03/06/15
Como eu te amo (...)
Te amo tanto, que meu coração,
bate de um jeito ...
Feliz!
Você é o sol que me ilumina
A estrela que brilha
O amor que me agita
O vento que sopra
És meu amor
Minha paixão
Razão do meu querer
Dia após dia
Com você eu me solto
Me perco
Me acho ...
Meu pouso seguro
Te beijo
Te quero
Te desejo
Te amo (...) infinitamente!
Você é o raio de sol que me acorda todas as manhãs
Você é a lua que me faz todo dia querer acreditar
Você é o vento que me leva pra perto do mar
Você é a brisa que me leva a delirar...
Ela.
Ela tanto bem me faz
Vê-la sempre satisfaz
Ela brilha mais que o sol
Me conduz,é meu farol.
Ela aguça sentimentos
Faz de mim mero instrumento
Ela toma a direção
E me tira da razão.
Ela eu vejo todo dia
Mas seus olhos não me vêem
Que ironia do destino
Ela e eu permanecerem.
Veja o céu
De dia ele abriga o sol
A noite ele conta as estrelas,
Sob a luz da lua...
Veja as flores
Dão cor a nossa vida
Alegria ao nosso olhar
Néctar ao beija flor...
É tudo tão perfeito
Tudo tão especial,
Flor, estrelas
Céu, lua... Tudo combina,
Só não combina
Eu pensar em você.
Os pássaros arrulham no telhado,
o sol brilha e aquece o domingo de inverno.
Da cozinha saem os aromas que prometem iguarias
vindas do caderno de receitas de Dona Marichen.
Impossível não lembrar, incansavelmente, seu jeito de zangada
que escondia um coração de pura generosidade. Seu prazer
não estava em comer, mas em ver os seus chegando com muita algazarra, rodeando o fogão, ansiosos por usufruir das gostosuras que só ela era capaz de preparar com coisas muito simples. Hoje cada um tenta, a seu modo, reproduzir suas delícias, mas qual nada! O sabor de Dona Marichen não vinha apenas de suas mãos mágicas, mas do seu coração pleno de amor que ela em vão, por timidez ou por força da genética, tentava disfarçar.
Cika Parolin 10 de junho de 2018!
Não te demores!
Te espero no mesmo lugar,
àquela hora em que o sol cai no mar.
Quando nossos olhos e nossas mãos se encontrarem,
saberemos que nosso Amor ainda vive no coração.
Não te demores!
É preciso, mais do que nunca,
reavivarmos a chama
e brindarmos ao que para sempre será,
em nosso existir, motivo e razão.
Não te demores!
Cika Parolin
LINHAS
Ontem, quando o sol terminava seu expediente, sentei em um banco de praça pra guardar na pele seus últimos raios. De frente pra mim havia uma senhora de cabelos cor de lã. Usava um vestido de tecido florido, um casaquinho preto e chinelinhos que só as avós usam.
Ela estava entretida fazendo um sapatinho de crochê, nem notou minha presença. Eu me perdi nas linhas do seu rosto tentando ler as histórias que o tempo escreveu. Noites mal dormidas, amores que se foram, marcas de sorrisos e o tanto de saudades guardadas naquelas covinhas.
Suas mãos já não tão ágeis continuavam a dar forma à linha, traçando caminhos, dando nós, modelando o fio. Acredito que provavelmente aquele sapatinho fosse pra presentear alguém que ainda viria ao mundo, uma pessoinha que como aquele fio ainda estava sendo modelada e um dia daria seu primeiro choro pra vida e quem sabe um dia, num futuro distante também sentaria ali naquela praça com um novelo de linha traçando seu caminho
Ou lendo as histórias nas linhas que o tempo escreveu no rosto de alguém.