Poemas de Sol
Antítese
Ando sob este disco de fogo no céu,
Do qual os raios flamejantes,
Com todo o poderio e glória,
Espraiam-se pelas matérias todas.
Não fossem as preocupações,
Os temores e os anseios,
Talvez pudesse contemplar
O nascer e o pôr desse Sol perfeito!
Mais do que isso até,
Poderia sentir todo seu calor,
Não fosse levado a tremer
Com o ar frio da gente em volta.
E, de fato, fico quase indistinguível,
Enregelado de corpo e alma,
Com a maldade e a deturpação
De quem não se fez sob luz benigna.
Admiro minhas limitações,
no espelho, sou humano
ovelha que precisa de aprisco,
ainda que alguns versos transcendam,
O belo também é esquecido
.
o cotidiano é supremo lugar
a vírgula pontual de mudança
tudo que procuro,
propus e que sai de mim,
não há duração
mais que um dia,
depois do sol
-
"O viajante iluminado", in depois do sol...
Você é como o Sol,
Quando nasce clareia,
O Amor e as cores do mundo,
Quando passa transforma,
A tristeza em arco-íris,
Mas quando se põe,
Troca com a lua,
E brilha de saudade
Em cima do coreto da praça os pontos cardeais indicando o caminho a seguir...
Várias possibilidades: no leste o Sol nasce no esplendor de um novo dia.
No sul o cruzeiro de estrelas guia para o caminho da paz e tranquilidade.
Ao norte o vento forte mostra a lição da coragem, esperança e fé.
A oeste o Pôr do sol anuncia diariamente o encontro da luz com a noite, ensinando o sentido da vida.
O sol da tarde findando-se,
amanhã será um outro dia
da minha janela eu vejo as nuvens
em seu caminho de despedida
Eu era feliz - ah, porque sim!
Até você voltar dos mortos
Minha vida era sorver calor e luz - do sol
Mas você me levou de volta ao escuro - da noite
Onde você vive não posso viver
Porque nosso amor é contenda
É luta do bem contra o mal
E vice-versa!
Medir forças - medimos!
Jogar sujo - jogou!
Me libertar - tentei tanto!
Se libertar - você não quer!
No entanto eu preciso
Do ar que você não pode dar
Eu necessito,
Da luz que não habita em você
Enquanto vida eu tiver
Vou tentar me desvencilhar de tua sombra
Vou romper algemas, me rasgar inteira!
Até chegar o dia, o mais belo dos dias
Em que voltarei a ser feliz no sol - porque sim!
Isso é tudo.
Lori Damm (Luz e Sombra)
Do outro lado da sombra
Aguarda a vez a esperança
O avesso de tua tristeza
É um riso de luz sem par
A enfermidade afligente
É o outro lado da cura
Nunca esqueça que a chuva
É o outro lado do sol
E a face escura da noite
É o dia que adormeceu
Persevera em tua confiança
Por nada te abale ou sofra
Do outro lado da sombra
Deus vela por você.
Lori Damm Do Outro Lado da Sombra)
Brilha o sol nos meus olhos,
Brilha no meu coração.
Ele e a Vida são um só:
Consciência
Coração
Emoção.
Na direção do sol nascente
Olhava a Leste... na direção do Sol nascente... todas as manhãs.
Sua esperança?
Ver voltar seu bem que naquela direção um dia partiu.
Tinha andado léguas e léguas, e não o encontrara.
Sentia a solidão do tamanho do mundo em cada fim de tarde que retornava.
Não consegue fazer calar seu coração...
É sua alma gritante pedindo licença
Pra ecoar sua razão: ele não deveria ter partido... deveria tê-la ouvido... as terras à Leste são longes demais...
Retornar... não saberia ele mais?
Ondas 'Grãos d'Areia'
Aqui nesta praia...
onde as ondas de areia caminham,
e correm ao sabor das outras 'ondas',
... do mar !
-- josecerejeirafontes
↠ Via láctea ↞
Pó inválido
poeira reduzida,
do espaço galáctico
atmosfera produzida.
Hábitos sem nexo
ideia fora do contexto…
busca-se um eixo,
livrar-se ao reflexo
deste universo complexo.
Ohh Sol, grande estrela
o vigor do calor produz,
uma concepção se revela
sensível a sua fonte de luz.
↠ Expecta ↞
Espera,
chegar a clientela,
a vinda dele ou dela,
o escurecer da candela,
entre o trampo e o lar: a escapadela.
*
Em ter:
café novo no amanhecer,
chá ao entardecer,
insaliva até a primeira estrela aparecer,
beber o vinho do anoitecer…
…e, enfim, adormecer.
*
Espera,
o tempo recupera
a paciência considera,
a essência de quem não desespera
da neura que se supera.
*
Sair o resultado,
do Sol sepultado
os desonrados e aclamados,
antes, aguardados,
de um ciclo terminado.
O sol de cada dia!
É de manhã! No cume da serra o sol se descortina, abrindo a janela do tempo. Seus raios luminosos, calorosos e coloridos rejubilam de alegria. O orvalho se esvai, o clarão do sol vislumbra o renascimento. É o milagre da vida. É o despertar da manhã, acordando o dia.
Um ainda dorme, outro sai afobado e atabalhoado, outros caminham silenciosamente. Como formigas, num vai e vem frenético, passos apressados, ônibus lotados, carros espremidos e encaixotados no raivoso trânsito engarrafado, o recomeço…
Espaços vazios vão sendo ocupados, o burburinho transitório diminui. Cada um, nutrido de força, vontade e fé, ergue seu olhar aos céus, agradecendo. Ali é o seu sustento, o pão de cada dia; o renascer da esperança borbulhando gotas de contentamento.
O entardecer se aproxima no filme que se repete. Trabalhadores retornam ao seu sagrado lar, após o dever cumprido. A jornada cumpriu sua rotina costumeira. Nessa caminhada provisória, refez a repetição da realização da jornada. Não há paraíso, não há Adão, não há Eva!
O sol brilha porque assim é o seu feitio, assim Deus o fizera. A vida é um descortinar de desejos, sonhos, realizações, alegrias e tristezas.
O sol, antes irradiante, vai perdendo força. Faz sua preparação para o descanso merecido. É chegada a hora de enamorar sua dama, a donzela LUA. Ela, no que lhe concerne, também nos brindará com as belezas da meia luz.
Assim se completa o milagre da criação. É a obra divina representada no teatro da vida.
Há você
Há você.
Além de tudo há você.
O Sol a tudo aquecer.
E há você.
As flores a tudo perfumar.
E há você.
As borboletas a tudo leve tornar.
E há você.
Os sonhos a me embalar.
E há você.
A chuva a tudo refrescar.
E há você.
As estrelas... a Lua a tudo iluminar.
E há você.
Porque Posso Sonhar. Sonho.
Quisera, na ausência do cintilar das Estrelas, no negro céu, infinitas Borboletas encantassem o meu olhar na direção do firmamento.
Quisera, quando as pontiagudas policromáticas não pudessem me entorpecer de fascínio, as esbeltas e poderosas transformadoras de vida pudessem colorir a escuridão. Ocupando o universo com a majestosa liberdade para transitar sob leveza e maestria.
Quisera as Estrelas e as Borboletas, em festa, bailassem em torno da Lua.
Quisera, na Lua, tivesse um jardim e nele houvesse muitos girassois para reverenciar o Astro Rei, convidado especial para o encontro mágico dos mais belos símbolos de soberania, no salão nobre do breu.
Quisera eu também estivesse à altura de ser convidada para este encontro festivo de luz, brilho e imponência.
Quisera eu pudesse ser a fresta desta fantasia por onde os olhares nus dos que, na terra, creem no impossível, por serem dotados de uma alma sem as limitações da matéria, e à distância fossem espectadores deste momento singular. Seres que, assim como eu, são espíritos do Infinito conectados ao imaginário através do coração. Este abrigado no peito da carne escaldante de desejos, porém fria de delírios saudáveis e sustentáveis dentro das necessidades de um ser em trânsito. Um coração descolado do mundo real, sem se dispersar dos movimentos dos pés.
Poucos se identificarão. Poucos aceitariam o convite para o banquete do desprendimento e da paz. São apegados ao solo. E ao tudo do solo.
Não são viajantes das Estrelas como, assiduamente, eu sou.
Não era uma poesia
só de livros.
Era poesia que
tinha sorriso fácil
de olhos castanhos contra o sol,
às vezes pouco perdida,
mas ficava mais linda quando
encontrava o seu lugar na vida.
Sem percebermos, a madrugada chegou,
mas quem se importa com as horas
quando se está num momento bom
de boa conversa, troca de carícias
e um recíproco amor?
Venha, peguei mais uma garrafa de vinho,
sente-se ao meu lado,
daqui a pouco, o sol estará raiando,
vamos apreciar esta eternidade,
agora, o tempo deve ser ignorado,
não queremos que este momento acabe,
que o nosso sentimento seja eternizado
e que assim, um dia, tenhamos calorosas saudades.
Felizes os seres solares
que possuem luz interior a irradiar
em qualquer tempo
em qualquer estação
em qualquer lugar