Poemas sobre o Silêncio
Sinais
É verdade que as flores sobre a cama
Querem dizer alguma coisa.
Que atrás da chuva
Alguma coisa queima.
É verdade que o coração
Tem medo de ferir
Mas ainda pulsa.
Que as noites passadas em dias
E os dias perdidos em silêncio
Falam...
Cala-te
Das mais terríveis respostas que aprendi a suportar e compreender é o silêncio.
Na dúvida é o melhor conselheiro.
Na certeza não briga contigo.
Nos amores perdidos te consola.
Nas decepções como ar te invade.
Em silêncio tu pode na tua mente viajar imaginar lugares incríveis ou simplesmente o balançar silencioso da rede, chuva fininha e cafuné.
Fique em silêncio mas, não fique só.
"Às vezes o melhor remédio é o descanso.
Pois é no silêncio que Deus se manifesta em nós."
Natanael Bonifácio
No silêncio da noite
meus pensamentos acordam
e me levam pra longe,
pra onde te encontras,
minha vontade de ti é grande
não vejo a hora
de que nossos caminhos se cruzem,
talvez, isto não ocorra,
às vezes, os desejos confundem,
todavia, pulsam agora
até que o um dia mudem.
Julgar
Ouvir em silêncio, se colocar no lugar do outro, Compreender;
Ouvir em silêncio, aplicar seus ideais, julgar;
É difícil, para nós, sabermos oque é certo, e o que é errado;
É difícil, como pessoa, se colocar no lugar do outro e continuar acreditando ser bom;
Ser bom é o que importa?;
Falar é difícil;
Falar é fácil;
Não falar é difícil.
Ah, esse silêncio gritando em meus ouvidos, clamando pra eu me mexer...
E esse corpo dormente, doente, carente, querendo te ver...
Ah, tempo, negocia comigo, vai!?
Sabedoria.
O silêncio
Não conheço outra sabedoria melhor que o Silêncio.
Calar-se deixando ser levado pelo Espírito de Deus, é a melhor opção.
Até desafiaria alguém se quiser debater comigo sobre o tema,(SILÊNCIO).
Eu,
Continuarei de boca fechada.
Sou um eterno aprendiz.
Sou muito pequenino para debater com pugilistas que se dizem ser os melhores.
Sou muito pequenino para debater com os que dizem ser perfeitos.
Sou muito pequenino para debater com os que dizem ser bacharéis e na verdade são,
Apenas linhas de carretéis que ao desenrolarem se embolam e não sabem sair do emaranhado.
Pois até agora o que sei, é que a sabedoria está na mente,
Não na boca....
O inimigo que causa raiva,ódio e outros sentimentos ruins,
Pra mim, ele só é um derrotado perante o Deus que está vivo e ele nunca dormiu.
Mais se alguém insiste em alimenta-lo dentro de si,
O que podemos fazer é,
Orar...
Apenas orar....
Sem mais.....
Autor : Ricardo Melo
O Poeta que Voa
Num certo tempo,
um assobio do vento
quebra um pouco o silêncio
por eu estar só
com meus inquietos pensamentos
influenciados por meus sentimentos despertos,
às vezes, é angustiante o momento,
não é e não deve ser constante,
mas fazem parte os lamentos.
A única possibilidade do encontro com o Divino perceptível, é ficando em silêncio equânime.
E calarmos, ou cessarmos as discussões mentais pra ouvirmos Deus!
Porém requer treino e tempo.
me sinto como uma Terra desconhecida
como uma ilha que ainda não conseguiram encontrar
não escrevo pra tentar ser poeta ou algo do gênero, escrevo porquê dói
escrevo porque a vida me rasga o peito
eu preciso ser decifrada, alguém tem de saber caminhar e conseguir sair do labirinto que existe dentro de mim
não sou um conceito, sou o silêncio encontrado em um enorme grito
"Me reservo o direito de permanecer em silêncio, sobre assuntos que possam me incriminar!"
O SILÊNCIO NADA MAIS É DO QUE UMA PÁRVOA CONFISSÃO!
Dizem que saber fazer silêncio é sinônimo de sabedoria. Em alguns casos pode até ser que seja "um bom caminho", porém, nunca o melhor. Quando o silêncio é usado para ferir o outro, ele se torna uma das armas mais martirizantes. Uma forma de agressividade passiva que, muitas vezes, é pura "descortesia".
Adriribeiro/@adri.poesias
Orbe demente e aloprado
De profusa escuridão que nos acossa
Utopístico silêncio que rebuscamos malogradamente.
Que sapiência seja amor
E amor axioma
Garimpar o Olhar da Alma
O garimpeiro ora a jazida.
O jardineiro colhe a flor da terra.
O pescador se faz rede de enlaces.
O que você faz?
- Eu avisto tempos com a sagração das palavras.
E o que lhe dizem as mesmas?
- Me ensinam a pensar silêncios e a descosturar ausências.
Então te sente bem eu nada ver de concreto?
- Tudo o que eu pressinto me será nascido ou repartido.
Mas como é nascer após já ter vindo ao mundo?
- É colher-se revelação e não ter-se assombro da existência.
Pois bem, nada temes, presumo?
- Ao contrário, receio os seres que não vêem com a alma.
Mas para que servem os olhos?
- Para elaborar estéticas.
É na alma que o olhar depura as essências.
A casa de agora,
É mortiça, a lucidez faz dela inabitável,
Cada canto moribundo está sombreado,
Todo móvel tem lembranças fantasmas,
O silêncio não é inocente,
O sentimento é uma densa fumaça,
Que impregnou a estrutura da alma desta casa,
Que não é mais lar, mas pedras sem graça,
Dissonâncias,
Consonâncias,
Perfeitas ou Imperfeitas,
Bemóis ou Sustenidos,
Dobrados,
Bequadros,
Trocados,
Tanto faz a regra,
Que toque o som de alma,
Para acabar de vez,
Com este silêncio,
Céu pardacento,
Emoldurado pelas copas das árvores gris,
Deitado neste colchão de cimento,
Embatuco para amenizar parte da minha cicatriz,
Me debatendo, desesperadamente, busco chegar a superfície. Evitei mergulhar a fundo em mim mesmo por muito tempo, mas fui sugado, lentamente, até me ver completamente submerso.
Como num lago escuro e vazio, tomado por um silêncio ensurdecedor que me grita de volta de forma incansável, me puxando cada vez mais para baixo. Tirando-me a força e o vigor de tentar novamente.
Então afundo em silêncio enquanto vejo os últimos raios de luz desaparecerem na superfície. A única coisa que penso é que minha cabeça deveria estar acima de toda essa água.
#OS #AMANTES
Era uma vez...
E isso é só um detalhe...
Algumas palavras de amor...
Algumas palavras de ódio...
Entre casos e descasos...
Entregas e posses...
Um refúgio...
Um sussuro...
Mal nos conhecemos...
E me eu coração pronto a pulsar...
Depois de um sorriso...
Estava pronto a lhe entregar...
Estranha nossa história...
Não ao erro perseguido...
Sim a verdade partilhada...
Um trabalho sem fim...
Dessa fábula encantada...
Meu corpo ao seu desejo violento...
Tantas vezes por mim desejado...
Quando a noite perdia o rosto...
Quando vivi com mais gosto...
Mas toda história tem seu fim...
E o silêncio dos amantes então se fez...
E o tempo lancinante nos esgotou...
Já não dá mais...
Tudo terminou...
Sandro Paschoal Nogueira
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