Poemas sobre o Silêncio
Não quero ter mais dor. Bani o sofrimento e a tristeza. Matei o choro no silêncio.
Doctorstrangelove
VIVER EM SILÊNCIO
Viver em silêncio é o mesmo que estarmos sempre atentos a tudo que ocorre ao nosso redor. O retiro espiritual é essencial para que consigamos perceber melhor o que ocorre no nosso interior. Ficar no remanso colabora para que consigamos ouvir o próximo e deixar que ele se expresse conosco sem que o questionemos, fato esse que poderá interferir em seu equilíbrio mental, conduzindo-o ao desentendimento conosco. Do mesmo modo, silenciar é preciso, para que consigamos ouvir a voz d'Aquele que nos concedeu a vida. Saiba que Ele, o Insondável, arquitetou todo o universo no silêncio. Portanto, uma boa recomendação e que sigamos nossa jornada silenciosamente e tenhamos em mente que somente o profundo silêncio será capaz de nos conduzir ao raciocínio lógico e essencial, para que possamos perceber melhor o que ocorre no nosso âmago e, se necessário, pacifiquemo-lo. Ficar no silêncio colabora para que consigamos ouvir a Voz Natural inserida em nossa alma, resultante da nossa Origem e é capaz de nos deixar repletos de sabedoria e conhecimentos capazes de iluminar nossa mente, dando-nos os esclarecimentos coerentes a respeito dos episódios inesperados que surgem em nossas vidas para testificar o nosso aprendizado rumo ao aperfeiçoamento.
Um plano pra salvar, um pacto pra selar
Silêncio no céu
Resgate e salvação encheu seu coração
Ele nem hesitou
No palco do amor, o autor anunciou
A vida e salvação
Tudo que Ele fez foi obedecer
O plano que Deus escreveu
SILÊNCIO
“Silêncio, estou ouvindo
Mas não sei se o que ouço
É de fato aquilo que sinto
Ainda não sei o que realmente sinto
Entre suspiros e sussurros
Estou na estrita observância
Da indigência mortal
Ando pelas vielas da cidade
Sem discernir o que o silêncio diz
Talvez, por onde passo,
Pessem as pessoas que estou desnorteado
Realmente estou sem um norte,
Sem uma estrela para me guiar
Fico, então, com a mente a luar
Vejo, atrás dos montes, o sol se pôr
Olho as planícies sendo tomadas pelas trevas
O vento, agora, sopra misteriosamente
Como se algo assustador fosse acontecer
Ouço estranhos ruídos, morcegos, sedentos,
Procuram uma vítima. Querem sangue
Com um mordaz medo
Sentei-me no chão sujo, como se eu nada fosse
Abracei meus joelhos, em lágrimas
Olhei para o céu estrelado
E, enfim, rodeado por trevas
Pude contemplar a esperança.”
MURMÚRIOS
Quantas frases buscadas e não ditas
As mais rebuscadas nem sempre as “benditas”
Palavras e desencontros por aí perdidos
No silêncio clamando como mendigo
Um abraço sincero em forma de abrigo
Apelo não dito que só pode escutar
Aqueles que amam sem nada falar
Sentimento profundo no infinito lançado
Quieto, calado, querendo bradar
Maturidade: abafa esse grito do peito
Bem desse jeito murmurando baixinho
Não perde a esperança de encontrar sem razão
Alguém lhe escute a voz do coração!
Incontáveis vezes apertei o play
Para ouvir a voz de quem não vem
Imaginando se com você me enganei
Doçura e carinhos excessivos, em silêncio desaparecidos
Ainda assim, despertam aquele desejo proibido
No delírio do ardor
Despercebi que morcego não beija flor
Sem pena, é apenas predador
Ingenuidade pensar ser verdade
Que você seria raridade
Igualmente a todos
Satisfez tua vontade
Somente mais um voo em minha paisagem
Só mais uma rima na minha viagem.
Enquanto a liberdade de pensamento é condicionada á discrição e ao silêncio (ou seja: pense á vontade mas fique na sua com o seu pensamento!),
a liberdade de expressão é prisioneira dessa atual censura
livre de condenar absolutamente tudo.
Se você não consegue
respeitar mais e criticar menos...
procure ignorar ou pelo menos...
fique em silêncio.
Meu ermo sagrado I
Procuro por tua presença e não me respondes.
Abrigo sob a sombra de um pinheiro
presumo um silêncio pleno de ti,
encontro meu ermo sagrado.
basta-me uma noite, porém, tudo se esvai.
Eu apelo à letra, a palavra dita;
elas me traem.
Tenho a mente turva e os afetos soberbos.
De ti, tenho um silêncio
longo e tortuoso
quando o que desejo hoje, somente,
é tê-lo por primeiro.
Meu ermo sagrado II
No silêncio de uma capela
quando ainda estende a noite a treva profunda
o espírito me diz:
“ele está em todo ser”.
E saio a procurá-lo nas matas,
escondo-me inteiro.
Caminho em veredas e trilheiros
e tu nada me diz,
todo ser aquieta,
ouço gotejar nas pedras águas mansas.
As horas passam, eu me apercebo em silêncio.
O silêncio me extasia naquela paz.
deixando cair palavras...
no silêncio do entardecer
todo o cair da tarde se transforma
o céu se veste em tons de melancolia
e faz a alma sonhar d'espavento
voando ao sabor da magia
e ao sabor do tempo.
ao fim da tarde
tudo vale a pena
se não virar amor
vira poema...
-- josecerejeirafontes
Eu, você, o silêncio.
O tempo correndo...
Você me olhando...
Eu vendo ele passar....
E o silêncio em silêncio...
*Porque um Silêncio diz Tudo?*
Sabe o *Verdadeiro sábio não fala que Sabe que Sabe*
Ser *Sábio* as vezes é manter-se Calado, ouvir mas e Agir quando *Necessário*
Palavras *Frouxas* são como Vidros soltos esperando o tempo para *Quebrar* um Silêncio!!!
O Silêncio está cantando.
Autor: Ederson Silva
O silêncio está sussurrando em meu ouvido,
ele busca contemplação, busca silêncio.
Em meio ao silêncio minha imagem refletida mostra a essência desviada,
os sonhos esquecidos e a criança que cresceu.
Silêncio emite sons que desconheço,
a sua memória remete as andanças e descobertas que fiz pelo mundo.
O silêncio está cantando,
melodias que nunca parei para escutar, ele me levou ao silêncio.
Parei e escutei o silêncio de minha voz, pois é preciso em alguns momentos parar;
O silêncio está cantando,
memórias infantis de uma criança que precisou ser silenciada em seu medo.
O silêncio me mostrava o medo que sentia, mas que me dava razões para pensar e sentir meu respirar.
O silêncio está cantando,
ouço sua voz a me acalmar e me fazer sentir o coração;
Ele me faz companhia e me faz ir ao meu encontro;
Percebi que o silêncio está em mim, e assim nos tornamos grandes amigos.
Do ruído ao silêncio
O ruído dos motores dá lugar aos sons das pisadas firmes, de quem tem pressa de chegar. A chave que abre e fecha rapidamente o portão; as portas entreabertas, e a família se reúne novamente.
A pressa acabou, mas acabaram também os abraços e beijos de fim de tarde, no cessar da correria.
Conversas não te graça, melhor não ter tempo de tê-las; lágrimas, preocupações e excessos de cuidados, agora ocupam o tão precioso tempo.
Agora o tempo sobra, não tem como ocupá-lo. O vazio, o inesperado, o medo, angústia em tempos sombrios.
O olhar perdido, não encontra o que procurava até o amanhecer. O mesmo vento que leva as boas lembranças, traz as incertezas do amanhã.
A cidade está em silêncio, não se ouve mais o barulho feroz de uma população apressada. Parece que finalmente descobrimos o quanto somos pequenos.
Nos imaginamos por muito tempo como os seres mais inteligentes, mais fortes, imune a qualquer coisa que tente nos atingir, hoje percebemos que o invisível nos mata, que estamos aqui de passagem e muitas vezes passamos sem aproveitar.
Descobrimos que sentimos falta, que lágrimas caem ao nos distanciarmos por obrigação daquele que amamos, mas passamos uma vida inteira adiando nossa presença.
São tempos de reflexão, de percebermos o quão insignificantes somos e que o amor e a gratidão são mais valorosos que uma conta bancária gorda.
Hoje estamos presos, amedrontados por incertezas e rezando pelo mundo, nessa hora lembramos de Deus né? Nessa hora nosso dinheiro não tem tanta importância.
Hoje ficará guardado na memória como o dia em que realmente precisamos de empatia, de demonstrar que amamos, de sermos agradecidos, de dizer aquilo que tínhamos vergonha, de expressar o nosso muito obrigado e gritar saudades.