Poemas sobre o Silêncio
O SILÊNCIO
Quantas palavras ele pode dizer
Quantas verdades ele pode expressar
Também pode cometer enganos
Depende de quem vai interpretar
O silêncio é torturador
As vezes ...
Outras vezes , é consolador
É também intrigante
Ou desolador
O silêncio pode ser maquiavélico
O silêncio pode ser tendencioso
Pode ser desnecessário o silêncio
Mas pode também ser precioso
O silencio pode gerar conflitos
Mas também pode evitar
O silêncio pode afastar pessoas
Mas também pode aproximar
O silêncio pode ser timidez
Outras vezes sensatez
O silêncio pode ser covardia
Mas também pode ser empatia
Não se deve apressar no julgamento
Na verdade não se deve julgar
Tudo depende do momento
O importante é observar
No meu silêncio eu reflito
Sobre pensamentos meus
Só no silêncio é que eu consigo
Ouvir a voz de Deus
Cigano Romani Em 10/04/17
Fb RomaniPoesias
Sol
Pela manhã
Olho para o lado
Me encontro em um Divã
Estava só eu
Parecia haver mais alguém
Mas só ouvia o silêncio
E um brilho
que ofuscava os meus olhos
Parecia você
O seu sorriso
Me levantei da cama
Bateu a saudade
Lágrimas...
Era apenas o sol...
... que eu morra como um corpo
dentro do coração da luz do silêncio
que me cale que não viva nem esteja morto
Às vezes falo de coisas determinadas
afasto-me irremediavelmente do silêncio do horror das cosas
Está tudo a acabar e a começar no entanto o peso da memória instala-se em todas as coisas de dentro para fora
O silêncio
Antes das palavras , dos idiomas e da tecnologia havia o silêncio , nele ( o silêncio ) era possível ouvir tudo e nada , Mas depois que surgiu a voz todo o som que se ouvia tornou-se mudo, inexistente e as diversas formas de comunicação tornam o silêncio como forma acabada , finda e imperceptível.
Sou de uma época que o silêncio era mais audível que o som , que sua mensagem continha mais reflexões que os textos de hoje e que suas consequências aconteciam em um tempo curto de reação e longo nos seus efeitos . Tenho pena daqueles que não ouvem o silêncio , me preocupa a dependência de quem tem que se pautar ou dirigir pelo som das palavras e são analfabetos do que não se diz . Confúcio afirmava que " o silêncio é um amigo que nunca trai " enquanto Oscar Wilde ponderava que " Se soubéssemos quantas e quantas vezes as nossas palavras são mal interpretadas, haveria muito mais silêncio neste mundo" .
“A VOZ DO SILÊNCIO”
Eu sou o reflexo dela
Da minha eterna solidão
E gosto de Ser com ela
Essência da minha Paixão...
A solidão do apaixonado
Que alguns julgam conhecer
É o eterno, reiterado
Como a se autoreconhecer...
Solidão é a voz do silêncio
O refúgio da saudade
Mas é também o prenúncio
De um belo amanhecer
Se fazendo renascer
Em um instante de eternidade...
Por isso revolvo a alma
Até reencontrá-la, enfim
E regando-a com calma
Eu prossigo nesta estrada
Sozinha ou acompanhada
Mas com ela dentro de mim...
___(Nazaré Ribeiro – 10.06.2019)____
No Silêncio
Num instante, o silêncio pode se tornar a melhor melodia no quesito, respostas;
No silêncio, a um encontro com o consolo, um bate papo ao pé do ouvido com a sabedoria e uma dança de corpo a corpo com as soluções;
No silêncio, quando a um esforço, as fraquezas viram fumaça e os problemas são transformados em pó;
No silêncio, absorver, repensar, refazer, trilhar e viver, são verbos que ganham uma força poderosa quando escutamos o nosso verdadeiro eu.
Silêncio
Sinto a tristeza
Nesse deserto
Às vezes bate uma falta
Quem sabe melancolia
Mas é preciso adaptar
As mudanças e conduzir o caminho
De um vasto silêncio e suas direções solitárias
Um terrível silêncio...
Ninguém me ligou...
Não... Eu não liguei para ninguém,
Buscar compensação no meu ostracismo...
Na lembrança de seus olhos me perdi em meu próprio tempo,
E as lembranças na ausência de seu corpo vem a memória o gosto do beijo, como quem sente o prazer absoluto, insanidade é sentir este seu perfume que mesmo na ausência deste seu gostoso corpo desperta um gigantesco ciúmes, o telefone não vibrou...
Este manchado com seu suor ou suas lágrimas junto com batom me despertou lembranças de momentos onde você estava embriagado de absoluto prazer...
Me perdi dentro do seu tempo, e agora me perco dentro de sua ausência, no telefone um terrível silêncio.
EXERCÍCIO DIÁRIO
Neste instante, te vejo
Descarto palavras
Escuto o silêncio
Um olhar basta
Não te julgo
Nem te degrado
Te aceito, imperfeito
Sem preconceito
Estou tentando
Nem sempre é fácil
Mas cada dia que passa
É o meu exercício diário
Se "acaso" fui fria
Exalando rebeldia
Desculpa o meu jeito
Também não sou perfeito
(20/04/2019)
É muito mais fácil arriscar o silêncio do que se responsabilizar por suas palavras .
Mas entenda...As palavras são claras,e quando ditas com sabedoria,aliviam.
O silêncio intriga...Faz a mente do outro criar suposições sem parar,enquanto um simples esclarecimento pode ajustar tudo.
O silêncio que te protege é o mesmo que agride alguém.
Dizem que "para um bom entendedor um vácuo basta",mas arrisco dizer que: Para um bom entendedor,um vácuo,é uma lista de porquês.
O silêncio e a solidão nos assustam porque a gente não tem uma ideia se sentem a nossa falta ou simplesmente estão nos esquecendo.
Aprendam sobre eles, pois nenhum de nós
escapará da hora de conhecê-los.
“Ah, se eu fosse
rio que passa
ora em silêncio,
ora cantando,
trazendo esperança...
Flor pequenina
que nasce
nas manhãs douradas
para enfeitar o dia de alguém...”
Escolha sempre o silêncio.
Não faça das redes sociais, muro de lamentações.
Dispense a plateia, problemas não precisam de palco.
“O silêncio é quebrado por suspiro, quando a tenho em meus braços...
Suspiros meus e teus, que se entranham e enlaçam assim como nossos corpos e dedos.
Mãos que percorrem teu corpo, como se amanhã não houvesse... e na verdade, não há.”
Certa vez
Certa vez não houve o toque.
Certa vez não houve o silêncio.
Certa vez não houve a lágrima.
Certa vez não houve o devir.
O que houve
A imensidão do não vivido.
A quimera desejada.
A beleza esperada.
A pureza do olhar.
Na vastidão do silêncio,
As memórias,
Os desejos,
O real.
Outrora,
Vividos, sentidos.
Remoídos,
Por vezes, mansidão.
Escuridão.
No fim,
A luz,
O túnel,
O trem,
EU.
Encontro-me,
Abraço-me,
Sinto-me,
Olho-me,
E percebo
O quão infinito sou.
O quão incrível fui.
O quão ainda posso ser.
Do quão, o quão ainda será.
Será?
Não. Quanto ao sim... Ah, eu espero!
Paciência, eu tenho. Espero florescer. Espero ser. Ser.
Eu juro que
Eu deixaria tudo se você ficasse
Meus sonhos, meu passado, minha religião
Depois de tudo, estás fugindo dos meus braços
Deixando o silêncio dessa solidão
Não sei mais o que eu faria
Desejos, loucuras, todas fantasias
Nada tenho a perder
Diz pra mim
O que mais você quer da minha vida?
Oh morte...
Oh morte que ronda as madrugadas,
busca em silêncio uma alma sofrida.
Não vês que em todos os planos,
não há salvação nem amor pela vida...
Oh morte que conhece o adeus
de páginas arrancadas de um diário,
comunga neste corpo insano,
envolvido nas contas de um perdido rosário...
Oh morte que ora fria e prisioneira,
ronda e espreita o infinito cansaço,
abraça e acolhe por fim, o desespero
de quem só conheceu o fracasso...
(13/03/06)