Poemas sobre o Silêncio
Filho no mundo
O tal do grito mudo
aquele que tanto dizem existir.
O tamanho de seu agudo
só quem sente pode definir.
É uma constante peregrinação
a busca, pela corda de meu coração
É uma dose diária de amor e dor
tendo por companhia, muito clamor
Muito difícil ter um recomeço
o fim, ainda não cobrou seu preço
Ás vezes penso que não vou aguentar
mas a esperança, trata logo de me levantar
E no silêncio das noites
Sempre peço em oração
Para que Deus deixe-me saber
O que foi feito de você.
26/11/13
Eu sei que é difícil, mas não é impossível...
Criar um silêncio interior nesse mundo tumultuado é como remar contra a corrente...
Não desejar nada no meio de tantos painéis e bombardeios publicitários...
Não se apegar a nada nem ninguém e mesmo assim amá-los profundamente...
Ver o sagrado em cada gota de água, raio de sol, vegetal e animal, por mais simples que seja...
Mas só assim se acende a sua luz, se ouve a sua melodia e se descobre a sua mensagem interior que você veio transmitir!
O silêncio
Dos gritos ao peito negado
e a boca que as mãos cega
dos beijos que nunca mais beijaram os lábios
em tão arbitrária censura padece.
Monossilábicas falas se apresentam
desaparecem das frases os verbos
subitamente silenciadas, somem também as palavras
logo desistem de compor tão pobre repertório.
E as palavras antes tão docemente pronunciadas
ao serem censurados por seu algoz censor
para todo o sempre cessam.
Murcham o peito sem os gritos
murcham os lábios sem os beijos
e as mãos murcham em cólera.
Todos os dias nos levantamos de nossas camas, olhamos para todos os lados, afim de encontrar algo inesperado ou flagrar algo na hora certa e exata , sozinhos conseguimos escutar e pensar melhor nas coisas que fizemos ou deixamos de fazer em certos momentos de nossas vidas .
Ao andar pela rua deserta, pensamos no que fazer no próximo dia, pensamos em fazer tudo de novo, mais de uma forma diferente, de uma forma melhor e mais organizada, procuramos palavras novas para sabermos nos portar em ocasiões inusitada, ou procuramos mudar nosso vocabulário de uma hora para outra , isso tudo sem planejar data hora ou minuto, apenas ter as palavras certas na hora certa , até porque em um diálogo ou discussão isto será válido e avaliado por outros .
No trabalho novo conhecemos pessoas novas, mentes diferentes, vocabulários apropriados ao ambiente, esta é a hora de pensar no futuro e tentar mudar as coisas pensando sempre no melhor e nunca regredir, pensar no emprego anterior, em que não estava se adaptando ou até pensava “aqui não é o meu lugar, preciso procurar algo novo, que eu goste, que me faça bem, e com que eu fique de bem comigo mesmo, que eu tenha prazer de fazer todos os dias, ou até para sempre ”.Enfim oportunidades foram dadas, algumas aproveitamos outras não, mas sempre acreditando, correndo atrás delas para que elas apareçam, porque se você quer você vai conseguir, e não e um e outro que irão dizer que é impossível, até porque você sabe que não é, e sabe que está ali na sua frente, só basta subir mais alguns degraus para alcançá-lo, depois de chegar no “objetivo” a mão será estendida por muitos, até por quem você não imaginaria, você será “o cara “ e aqueles que desacreditavam em você irão lhe vangloriar a cada vez em que se depara com sua pessoa.
SILÊNCIO
Hoje quero estar em silêncio.
Simplesmente eu.....
Faz já tanto tempo que não converso....
Com a minha alma, com o meu coração
Com Deus.....
Hoje preciso de silêncio....
De recolhimento....
De paz....
De quietude....
Hoje quero ignorar o mundo lá fora....
Que chama-me aos gritos.....
Que me exige.....
Hoje só quero um momento para estar silêncio
para pensar....
refletir.......
rezar..
meditar....
Ter um tempo só meu...
Hoje não quero falar...só eu e Deus, no silêncio.!!
E que a dor
transforme-se em alegria
dentro de cada melodia
e transborde
aos ouvidos vazios
que de tanto chorar
ouve-se apenas o silêncio
da alma.
"... É ele... Só o silêncio! Todo o mais se cala. Tudo escuta! Tudo vai se reconstruindo.
É a hora do nada... A última hora.
Existir.
Contemplo o silêncio de ser eu mesmo.
Nada mais existe, só o recomeço.
Nada existe, só o silêncio.
Nada mais existe... só a certeza de que: se eu dissesse tudo o que penso, seria expulso do mundo..."
Sabe aquela lágrima fina e leve que escorre bem no cantinho do olho?! Pois é.
Lágrima de desabafo. De tormenta. De indecisões. De insegurança. Da pessoa se sentir um lixo por ser quem é.
Um descaso. Um grande descaso. O coração grita. A boca fala. Os olhos dizem. E as lágrimas revelam aquilo que ninguém pode dizer. O indecifrável. O sonho surreal.
As lágrimas, sim as lágrimas. São elas que gritam mais que o silêncio. São elas que dizem o que a boca não consegue dizer. São elas que sentem o que o coração não consegue sentir. Sim, sim. São elas.
À cada espectador ao silêncio tornando
Àos assobios em ecos distanciando
As cortinas de rubro vivo irei fechar
O show acabou...
- O que é uma verdadeira oração?
- Imagino que seja como num primeiro amor: não há o que dizer, só o olhar diz tudo, o ser amante ama o ser amado com tudo o que é e sem esforço algum; é algo natural. O olhar é o limite do que se possa fazer e é o que basta, tudo se fala no silêncio, o toque não se faz mais necessário pois a certeza do outro fazer parte de você é mais que física. E assim, se vai.
Orar é Amar.
É preciso aprender ser só
É preciso aprender
Ser só
Estar só
Não é o que queremos
Não é o que sonhamos
Mas se temos que passar por isso
Então façamos ser da melhor forma possível.
Em meus dias de ilha
Em tempos repletos de abismos
Visto a minha fragilidade do avesso
Para que a vida retorne aos meus olhos
Isso com muita sutileza
Para não ferir meu silêncio.
Careço também dele
Mas demarco fronteiras
Enclausuro a dor em lembranças.
E na brusquidão destes dias
Dou-me o direito de ser imensidão
Dou-me o direito der ser fenda
Para que escoe de mim
A aversão que sinto pela solidão.
Enide Santos 01/01/15
Sem Voz
Eu ouço o som do seu sumiço
Do seu adeus
Da falta do som dos seus passos
Do som silencioso dos nossos abraços
Dos nossos corações batendo em compasso
Há uma música feita dos silêncios da sua voz
Uma música que toca o tempo todo dentro de mim
Essa música que me deixa assim,
Sem fala, sem voz...
Lembre-se que você deixou pegadas
Que sigo cego onde quer que vá
Não vou te encontrar,
Mas é só o que restou: acreditar
Que você ainda vai voltar a me olhar com aquele olhar
Que volta a me falar,
Que ainda dirá, mesmo mentindo, que vai sempre me amar
Há uma música feita dos silêncios da sua voz
Uma música que toca o tempo todo dentro de mim
Essa música que me deixa assim,
Sem fala, sem voz...
Se um dia o som dos gritos silenciosos que dei chegarem até você
E seu coração bater de novo daquela maneira de antes
Saberá que estou muito perto de você
No lugar que sempre estive
Mesmo sem você entender
A barreira do som da nossa voz
É esse tempo e essa distância que vive entre nós
Há uma música feita dos silêncios da sua voz
Uma música que toca o tempo todo dentro de mim
Essa música que me deixa assim,
Sem fala, sem voz,
Sem voz...
Tempestade....turbilhão de sentimentos....
Abismos traçados.....noites de insônia...
Com negros buracos....explosão do momento....
Gestos perdidos...rasgadas num sonho...
Na pele de um sorriso.....atiradas ao tempo...
Tempo de lutas...feitas num momento....
Frágil como uma criança.....
Rostos iluminados...doces angelicais....
Dá-me o brilho para tirar estas máscaras...
Onde as palavras gritam..
No silêncio da alma..
Noite fechada......à procura da verdade..
Sangram de dores....dores antigas...
Alojadas nas trinchas das paredes de casa...
Regaço branco...de uma palidez...no corpo...
Doente...sem paz.....sem coração..
Num turbilhão de sentimentos...rasgado pela tempestade...
Tempestade....de abismos traçados...com negros buracos.!!!
De olhos abertos
Olho para o teto,
Reflito, penso, e nada.
É como olhar para o vazio
E não encontrar uma só resposta.
É ficar de frente consigo mesmo,
E descobrir que o silêncio
Fala, instrui, ensina.
É perceber que existem pessoas
Que conseguem ser mais vazias que o próprio teto.
Saber fazer de tudo um aprendizado,
E tirar proveito de coisas simples,
Ver que um simples olhar para o teto,
Já quer dizer muita coisa, e assim
Descobrimos que não estamos vazios.
Não é que o outro o incomode, é que tu se incomodas com o outro;
Não é que o outro seja mau, é que teus olhos não veem a bondade;
Não é que o outro não o ame, é que te falta amor por si;
Não é que o mundo seja sombrio, é que é essa a tua disposição em enxergá-lo;
Não é que não haja luz, é que tua visão ainda é turva;
Não é que te falte o suprimento, é que ainda não observaste a riqueza ao teu redor;
Não é que tu sejas solitário, é que ainda não olhaste para dentro;
Não é que tu não tenhas paz, é que não compreendeste a bênção do silêncio;
Não é que tu não tenhas conhecimento, é que não se permitiste a observação;
Não é que tu não sejas sábio, é que não sabes o que é ser vácuo.