Poemas sobre o Silêncio
Deus é sempre tão bom comigo !
Quando penso que nada tem mais jeito
ou estou correndo perigo ...
Ele chega em silêncio
me carrega em seu colo
e me aponta um novo caminho .
Enquanto as coisas
Mudam,
Eu fico aqui,
Muda.
... e, no silêncio
dessa minha voz,
a vontade de gritar:
Surda!
Nota sobre ela:
Gostava de ficar ali quietinha, sozinha, misturada aos elementos da paisagem, até que um dia tornou-se parte integrante dela.
Dizem que "QUEM CALA CONSENTE",
Mas a VERDADE é que na maioria das vezes,
o SILÊNCIO é a melhor resposta para pessoas INSIGNIFICANTES.
AMOR
Talvez a gente precise
de mais Silêncio
de mais brisa no rosto
de mais leveza
de mais lápis de cores
para colorir o que está
mesmo feio por dentro .
Talvez a gente precise
De mais livros
De mais músicas
De mais poemas
De mais Quintana , de mais Vinicius ,
de mais Cora Coralina,de mais Cecília Meireles ,
de mais Drummond ,de mais Camões , de
mais Álvares de Azevedo, de mais Fernando Coelho ...
E de mais e de mais poetas ...
Talvez a gente precise mesmo se
olhar mais no espelho
para tentarmos ver
e absorver o que há de mais
puro e lindo quando fechamos
os olhos .
Sim...
Nos enxergarmos por dentro!
Talvez a gente precise mesmo é
de delicadeza
de simplicidade
de humildade
de sensibilidade
de gentilezas
de verdade
de vida
de luz
de cor
Sim...
O mundo anda mesmo
carente é de mais AMOR !
Silêncio das palavras
Tenho de achar uma atenuante que aplaque
esta ânsia de te ver,de te ouvir.
Desses teus olhos beijar e em tuas mãos pegar.
No silêncio das palavras escritas, gritam e muito,
o meu amor por ti.
Pena que não possam ser ouvidas, o meu amor fica
junto a elas, e aí, além do silêncio, tenho que
contar com a sensibilidade de quem as lê, e entenda.
Roldão Aires
Membro Honorário da Academia Cabista de Letras Artes e Ciências
Membro Honorário da Academia de Letras do Brasil
Membro da U.B.E
Vejo o escuro.
Somente o escuro realmente enxergo,
sem ruídos multicoloridos.
Ouço o silêncio.
Somente o silêncio posso ouvir,
sem ruir em ruídos.
Quarto de espelhos
As vezes o silêncio toma conta
Até posso ouvir meu respirar
Ouço um som, o som do vento
Parece ser um outro lugar
Fecho os meus olhos
Na escuridão enxergo a luz
Os pensamentos surgem
Já não estou mais sozinho
Sou rodeado por lembranças
Momentos, e mais momentos
É estranho esse lugar
É calmo, vazio, mas é cheio
Sou leve como uma poeira
Tudo parece flutuar, lentamente
Calmaria constante
Mas meu coração bate forte
Sou visitante nesse lugar
Tenho motivos pra gostar, ficar
Mas não posso permanecer
Não precisa compreender
É um lugar, um reflexo
Mesmos móveis, cheiros
Onde me deito, e levanto
Meu quarto de espelhos
Eis que reflete, agora o presente
Mas diferente és o momento
Agora, e nesse instante
Sou habitante em um espelho
Amizade deriva de amor e não de amargor.
Quando lhe der meu silêncio e segredo, para não causar dúvidas nem medos, aquieto, assim, serena, minha alma pasmaceira.
Não temo o divino, a dor ou a morte.
Sentimento de amizade é consorte, vínculo de união, que poupamos com seriedade, para que transpasse seguro na eternidade.
Você jamais conseguirá somar, às vezes em que dormiria feliz, sorrindo.
Você jamais vai imaginar, quantos sonhos teria acordado.
Você não consegue prever, quantas lágrimas de emoção cairiam no silêncio, juntos você e eu...
Será impossível calcular quantos beijos te daria por ano, pois seriam além do que pudesses imaginar... Não poderias jamais saber o quanto eu te faria feliz!
Pois no meio de tantos números, nunca me destes um segundo, para que eu te mostrasse quem sou. Você nem faz ideia, de como um segundo mudarias nossas vidas... Olhe para o céu todas as noites, e veja o que deixei de te dar...
Meu Silêncio
agora tece bonito .
É ledo incontido
É travessia infinda
É tilintar de calmaria
bem vestida
É canto de segredos
sem agonia
É repouso de anjos
in romaria
É bailado de cisne
numa tela de poesia
a me acarinhar
de calmaria .
O som do silêncio
Às vezes penso que o silêncio de quem para nós se cala tem som, um som agudo que incomoda a alma e o espírito nosso, que sentimos saudade. Se assim não fosse, dormiríamos tranquilos, logo no chegar da noite, e amanheceríamos relaxados, depois de brilhar os primeiros raios do dia.
O silêncio de quem para nós se cala incomoda.
O silêncio de quem para nós se cala não nos permite o sossego, a tranquilidade nem a paz interior, sensações que não são sentidas apenas mediante o som agudo de melodias gritantes.
O silêncio de quem para nós se cala tem som. Sim! É certo!
O silêncio de quem para nós se cala tem o som agudo de uma melodia sem notas.
BOCAS
Bocas em silêncio, depois de falar de amor;
bocas que se buscam, lábios que se tocam;
bocas que acendem o fogo da paixão,
para incendiar corpo e coração.
Bocas de crianças reclamando o abandono;
bocas que insistem em clamar por Deus;
bocas sempre abertas esperando o pão,
pois a fome dói como a solidão.
Ah!... Os homens se esquecem que as bocas existem
pra sorrir, contar, falar e não pra se calar.
Ah!... Bocas que calam,
que nada falam,
mas dizem tudo.
Bocas que se abrem num sorriso de alegria;
bocas que declamam versos poesias;
bocas que transformam, com o seu cantar,
sentimento em sons, pensamento em voz.
Bocas que ordenam a matança de milhões;
bocas que se calam ante o mais forte;
boca de um arma pode ser capaz
de calar a voz e ferir a paz.
(Livro “Arcos e Frestas”, página 22)
- O poema é letra de música composta em parceria
A Lua...
Ela está aqui...
Ela está aí ...
Ela está em vários lugares...
Ela é confidente de muitos, e sabe segredos que jamais serão revelados...Sua beleza encanta! Seu silêncio às vezes incomoda...
Ela seduz, é amiga! Trás recados imaginários... trás luz e brilho para a escuridão...
Olhando atentamente para o céu, fechei os olhos, respirei fundo, como um suspiro eternizado pelo momento, e fui conduzido pelo silêncio da imensidão do céu.
Uma imensidão alva como a neve, onde pisava com meus pés descalços, e era tomado por uma paz inexplicável.
Flutuava, o silêncio balançava meu corpo como ondas no mar, sem direção certa fui levado pelo silêncio, traçando um caminho de calmaria constante.
De olhos fechados, o tempo se eternizava naquele lugar, meu refúgio em dias de tempestade.
Deus é assim, é essa imensidão, essa paz, calmaria constante, refúgio bem presente, luz que resplandece.
Aquele momento que você não para de pensar naquela voz que te encantou,é a melhor sensação que já senti.
Eu enfrentaria o mundo todo por você,mas o seu silêncio está me deixando confusa,acho que não valeria a pena lutar por um amor não correspondido,não é mesmo?
Mas Deus planeja pra acontecer tudo na hora certa,então vou descansar o meu coração e só lembrar dos momentos bons que tive com você.
Não espere que eu te procure, nem mesmo na calada;
Minhas declarações ficam no silêncio, numa caixa encantada;
Só esse meu olhar teimoso que não esconde quase nada;
Revela os meus medos devastadores e até minha paixão engasgada.
O silêncio é a arma predileta de dois tipos de pessoas:
as sábias e as covardes. É usada pelo sábio para construir,
edificar, criar ou preservar a paz própria e dos demais. É usada pelo covarde
para omitir, fugir, confundir, destruir, manipular ou humilhar.
O SILÊNCIO QUE INCOMODA
O silêncio meu
está em erupção
e escorreu
pela ilusão
Matou os sonhos
matou a quimera
jorrou dias tristonhos
e vida, em espera
Hoje, um vazio
solidão
tácito e frio
Num silêncio
que incomoda
a mansidão...
Luciano Spagnol
Dezembro, 10 de 2016
Cerrado goiano
Poeta simplista do cerrado