Poemas sobre o Silêncio
Catedral dos Alhures.
Tine nos alhures um sino de papel.
Corpos vãos, vão para uma missa silenciosa,
De um padre etéreo...
Um bispo morto também não está lá.
Ladainhas inauditas são ouvidas...
Rangidos distantes assombram o momento litúrgico:
“quem é injusto, seja injusto ainda....”
“quem é justo, seja justificado ainda...”
São como protestos febris de dor e desespero.
Distribui-se uma hóstia que não há,
Bebe-se o vinho da vinha sem videira.
Todos os ninguéns caminham taciturnos,
Saindo da missa...
Por um portal aberto para o vazio.
Ainda que, do lado de fora,
Lindas crianças mutiladas que não nasceram,
Correm e brincam,
Entoando em voz alta e surda,
Uma ciranda inusitada.
Bomba H, Bomba H.
#PLATÔNICO
Eu escolho amar-te em silêncio...
Lançar a ti meus beijos ao vento...
A ti entrego meu coração...
Sendo assim não encontro rejeição...
Eu escolho amar-te a distância...
Que me protege da dor...
Te abraço em meus sonhos...
Onde sei o que é o amor...
Eu escolho amar-te na solidão...
De outra forma não conseguiria...
Amando-te tanto assim...
Serei feliz em meus dias...
Eu escolho amar-te tanto e tanto...
Que este amor tanto tenho medo...
E esse medo que tanto tenho...
Tanto aperta o meu peito...
Minha prisão é minha liberdade...
De outra forma não sei ser...
Amando-te mais que a mim...
Vivendo por sofrer...
Entrego a ti...
E a tudo me abandono...
A tudo quanto espero...
E a tudo que me dedico...
Escolho amar-te assim...
É o que sinto...
Minha vida...
Meu destino...
Sandro Paschoal Nogueira
facebook.com/conservatoria.poemas
POR QUE
Por que, em vez do silêncio, não me arraste?
Por que foste tu alvo, a emoção enamorada?
Por que sempre, na lembrança, és tu citada
E em cada verso o teu doce cheiro deixaste?
Por que no olhar aquele olhar com desgaste
Do desejo? por que, ó minha singular amada
Poeto, e suspira uma sensação tão desolada
De uma solidão, ó tomento, amargoso traste
Foste, e no perder não sabia o que perdia
Hoje chora no peito está resistente certeza
Que não teve intuição no que o amor dizia
Agora, vazio e poética sóbria, uma tristeza
Imaginado em que parte estás de cada dia
E, tenho a saudade numa nostálgica dureza
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
Araguari, MG - 29/07/2021, 19’06”
Escrita e Meditação
Silencio os pensamentos, inspiro ideias e expiro palavras que acalmam esse coração.
O #ACENDEDOR DE #LAMPIÕES
No silêncio do ontem...
Entre ventos a soprar...
Saudoso de tempo que não volta mais...
O acendedor de lampiões vem lá...
Em namoro com a lua...
Em vielas e ruas...
Nos becos mais escuros...
Junto as tabernas ou cafés...
Casarões antigos...
Cabarés...
Em cantos silenciosos...
Entre alguém e ninguém...
Um a um acende...
Tão cedo no céu a fornalha se aurora...
Retorna lentamente...
Vagando entre as sombras...
Que espreitam insatisfeitas...
O adormecer das estrelas...
No baile das horas...
Não sabe ele...
Nada pode testemunhar...
Da vida pulsante oculta...
De madrugadas de luar...
Muitas vezes o tormento...
Incendeia a paixão do tempo...
Quando a alma precisa de um momento...
Em caminho tantas vezes percorrido...
O acendedor sente saudades de abrir a janela do coração...
Bendita, malvada vida...
Em acender e apagar o lampião...
Suas imensas lembranças...
Silenciosamente dentro dele começam a ecoar...
Algumas oprimem seus sonhos...
Outras o fazem sonhar...
Na rotina dos dias, meses e anos...
Deseja prender o tempo...
E do que lhe resta tão pouco...
Sem perceber muito dá...
Em seu passeio noturno...
Ele faz tudo brilhar...
Sandro Paschoal Nogueira
facebook.com/conservatoria.poemas
PELO CAMINHO
Eu queria ver no silêncio do escuro
O amor puro, o mais que você quer
Que te agrada, em tudo que quiser
Este o prazimento que eu procuro
Te querer, quero! no olhar seguro
De doce paixão. Poesia a lhe dizer
Ser, estar, para enamorado te ter
Assim, que penso em nós, te juro!
Às vezes eu deixo de pensar em ti
E por aí o pensamento vai sozinho
Pensando se ainda está por aqui...
Neste segundo, você é só carinho
Só satisfação, uma sensação rubi
E, então, levo você pelo caminho!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
04, agosto, 2021, 15’47” – Araguari, MG
Dias nublados
Sem chuva
Apenas cinza
Escuridão dentro
E fora de casa
Silêncio nas ruas
Nem sempre precisamos
Da chuva.
Mas necessitamos de dias nublados dentro e fora da alma
Existe uma voz que não usa palavras. Ouço.
Ouça o silêncio, ele tem muito a dizer.
Deixe o silêncio levá-lo ao âmago da vida.
Amigo,
É o anjo da guarda enviado por Deus.
É aquele nos entende mesmo no silêncio.
É quem nos ama do jeito que somos.
É quem compartilha a nossa felicidade.
Um irmão de essência e de alma.
Quem tem amigo tem tudo! Tem amor, tem carinho, reciprocidade, afetos, abraços e cumplicidade.
Obrigada amigo, por ser quem és e me aceitar por quem sou.
Feliz dia do Amigo!
Boa noite!
Quinta-feira:
Que o silêncio da noite traga tranquilidade pra você.
Que os bons sentimentos preencham seu coração de amor e afeto.
Que os mais belos sonhos, lhe tragam a esperança de que dias melhores virão. E que com sua fé, você tenha força para realizar cada um.
Durma bem e tenha um incrível amanhecer.
O silêncio é como o exílio, a sombria
noite escura que não tarda chegar, é a
clausura que nos provoca o espanto, e a
reflexão, dialogando com a solidão da alma.
Nostalgia.
Mar,
Quando ouço tua voz,
Sinto teu cheiro,
O barulho do silêncio,
Imensidão,
Vasto azul,
Oceano,
Nuvens rabiscadas,
Pincel rebuscado do Criador,
Aliás,
Lá não existe dor,
Prazer e brisa são comparsas,
Presença que marca,
Os pelos arrepiam ao calor como um abraço,
Sinto-me Tua,
Nada sou,,
Embora seja Tua,
Partícula,
Particularidade,
Tua.
Universo.
1 ago.21
no silêncio metamórfico das rochas
irrompendo do solo como um trovão
o tímido ladrar canino da alcateia
constitui o único vestígio humano
abandono absoluto no tempo presente.
homens íngremes de outrora ergueram
na imponente altura dos mistérios
cruzes dispersas como faróis acesos
liturgia imóvel dos mil cataventos
apontando ao destino o seu caminho.
(Pedro Rodrigues de Menezes, "aldeia dos cães")
SILÊNCIO
Lugar de descanso
Encontro secreto com quem
Somos no íntimo
Trabalho salutar
para auto conhecimento
Sonho em esculpir o silêncio à ignorância que me rodeia
Da fala mal interpretada e da expressão que me anseia
Pelo mal discernimento ou ação do pensamento
Ouvindo uma palavra que destrói, nesta hora o silêncio é nossa voz...
O incrédulo pinta o seu mundo, com violência agindo em conjunto!
Mas o amor desperta o meu sorriso e só há amor enquanto existirmos;
Se eu falasse o silêncio que me consome e não ouvisse o barulho que te envergonhe
Não seria tão eu, mas eu teria o meu coração todo seu;
E não me parecesse afetuoso, sendo verdadeiramente poeta ou um homem corajoso;
E tendo eu palavras inovadoras, tanto para te encantar com atitudes merecedoras
Buscando verdades na qual, lhe dê margens e com motivações para falar palavras de coragens...
"Conheço"
Observo atento em como as coisas são.
Coisas que sempre vão no silêncio.
Se desfazem sem querer se despedir
nem te ouvir, mas eu tento.
Como não as vê consumindo teu tempo?
Amenizas com a máscara do sorrir?
Cada pequeno pedaço desse pensamento
me deixa sem um argumento.
Quão louco para deixares eles ir.
Meu ódio pelo memorando de rótulos
sem parecer pouco então para crer
"Se envolver com cada momento"
Repito isso sempre que lembro sem querer.
Pois vejo o seu sofrimento
ir além do que você aguenta a muito tempo.
A leveza de ser sem entender
reaver o que não teve pra nunca esquecer.
Suporta a lembrança do que nunca vê.
Amassa a esperança na cláusula do querer.
Pois,
Ama-la cansa.
Não me repreendo por meu sorriso ser o mesmo motivo do meu sofrimento.
Então aguento.
Vejo que em um beijo por trás do olho que envolto a contornos há a pessoa que eu conheço e afirmo a mim mesmo:
Eu desejo.
O SILÊNCIO! -Autor: Paulo Silveira
O silêncio...
Mantém a sua mente quieta;
Sua concentração ativa...
Sua observação sempre alerta!
O silêncio mantém a discrição;
A sua estratégia em ação;
Sua paz e equilíbrio...
Através do trabalho e da sua intuição!
O silêncio te mantém em paz consigo;
Faz perseverar com otimismo;
Leal e perceptivo... Além de:
Preservar ideais, e amigos!
Autor: Paulo Silveira
@realpaulosilveira
....
Ouvindo agora o barulho do silêncio ....
A sensação do calor ultrapassa os 43 graus ....
Dou conta das horas que já não se fazem ....
Sinto o sopro de ar saindo da tua boca a tocar minha pele ....
....
Amor-próprio
Despida do medo
Ela acordou sol
Despida do silêncio
Acordou poema
Despida do deserto
Acordou asas
Despida do tormento
Acordou por dentro
Despida da chuva
Acordou arco-íris
Despida do mar
Acordou lua
Despida da noite
Acordou iluminada
Só assim, despida dos padrões
Acordou livre
Poema de autoria #Andrea_Domingues ©️
Todos os direitos autorais reservados 22/08/2021 às 22:00 hrs
Manter créditos de autoria original _ Andrea Domingues