Poemas sobre o Silêncio
Algumas lições para vida toda: ficar calmo
e em silêncio quando alguém está nervoso,
e não esperar muito
de ninguém!!!
Desejos.
Aqui no meu silêncio....
Quieto em minha varanda...
Na janela...
Apenas uma grade de ferro que me faz prisioneiro...
E um portão com cadeados que me segura....
Na calada da tarde...
O Sol se faz presente...
Raios coloridos espalham ao além...
E eu....
Mesmo quieto...
Sinto o perfume doce no ar....
Embriagado....
Deito em minha Rede....
E sinto a paz exalar...
Algo muito doce me faz salivar....
Deitado em meu ninho...
E me ponho a chorar...
Calor aquecido do sol...
Mas nada adianta...
Se não tenho aquilo que sonho...
A Alma fica trêmula desejando um horizonte...
Desejo que invade meus instintos e me faz até adoecer...
Coração ferido...
Maltratado segue em seu pulsar...
O que me enlouquece eu não sei...
No balcão...
Ou no chão....
Cheio de erros e razões...
E assim sofro eu...
Querendo escrever...
A próxima inspiração...
Enlouquecido....
Com o coração na mão...
Fico ocioso...
Querendo terminar uma escrita...
Para começar outra de imediato...
E fico Jogado....
Como lixo no chão....
Autor: Ricardo Melo.
O Poeta que Voa
Saudade em silêncio
Surge devagar, nas ruas e lugares
Momentos que nem posso contar
Tempo de entrega, devoção
Tempo de intensidade
Ventre, Coração
Não poderia durar
Anos, nossa paixão
Estranheza é não te ouvir mais falar
Um luto forçado
Igual o silêncio que insisti em quebrar
O tempo apaga a realidade
Não apaga o que insisto lembrar
No fundinho, ali naquele cantinho
Somos nós, no confessionário da vida
Conversando coisas que ninguém imaginaria
Juro que para ninguém vou contar
Nem deixei ainda de sentir
Ainda está longe de não te amar
Coisas que preciso não falar
Mas sigo, noutro lugar, outro alguém
O tempo passou, as intensidades também
Ficou somente o silêncio
O silêncio da saudade
Absorvendo
Cheirando o ambiente,
em silêncio, em paz e perfumes...
No 'murmurejo' das cores,
as pétalas da Magnólia
abraçam a relva
e embriagam os sentidos
dos eternos sonhadores !
-- josecerejeirafontes
as folhas...
o vento sopra frio
neste silêncio fecundo,
quando elas chegam ao chão
caem em sono profundo...!
-- josecerejeirafontes
Momentos, expectativas, futuro
Silencio e barulho
Perto e longe
Antagonismo palavra que nem sei direito o que é
Tudo num lugar de uma vez
Uma vontade de gritar não se cale
De sair correndo ir te abraçar
Bem apertadinho
Daqueles gostoso sabe de ficar quietinho só abraçando
De fechar os olhos e achar que é um sonho
Abraços longos e gostosos
Que parecem eternos naqueles poucos momentos
E que fazem diferença
Como fazem
Parecem que espreme da alma tudo que é ruim
Tudo que tá difícil de entender
De sentir
De não calar
Nesse nosso abraço só cabe nosso amor, nosso carinho nossa vontade de estar junto
Nesse nosso abraço nunca há duvida
Afasta o medo
Alivia a alma
Esse abraço que esta aqui guardado para você
Queria que ele fosse um cão
Sabe, daqueles vira lata que ficam vadiando o dia todo
Que somem
Mas ai a gente sai no portão e da um grito
Abraçooooooo e ele aparece
Virando a esquina para te ver
Queria te jogar meu abraço daqui
Queria que você sentisse a saudade dele que eu estou sentindo agora de você
Nosso abraço
Que só cabe eu e você e nosso cuidado
As vezes no silêncio mortal e doloroso da noite
Penso se aquelas palavras foram reais
Digitadas pelos dedos que tremiam
Pela batida desregulada do coração
Ou se foram pela pressão
E ao ler as minhas,
As mais sinceras palavras digitadas
Pelos dedos molhados de lágrimas
Que tremiam pela batida desregulada do coração
Uma, duas, três vezes partido
Se arrependeu
Mas o receio de voltar atrás era maior
Por que as palavras são o trem
O trem que leva pra felicidade
Mas não entrega as chaves
Da porta que se abre com a verdade
E o amor
Amor aquele que sentia
Mas que parecia sumir em meio à poeira
De tudo que me falou
Era mesmo tudo verdade?
Certos dias de sol intenso..
Certas noites abafadas
Em silêncio..
São dias pra recomeçar..
O recomeço.
Natal
No silêncio das palavras, na ternura que aquece meu coração, nessa noite de natal minha amiga estrela sabe que você é especial, e prometeu-me, que na noite de natal quando o vento te soprar será os meus braços a te abraçar, e quando os seus olhos para o céu olhar e as estrelas brilhar, serei eu a te contemplar, e quando o sol raiar serei eu a te beijar.
Perdido 59
Em silêncio
Ao silêncio de um ser, tento percorrer em um labirinto do desenho incomum, lagrimas ao tentar marcar um princípio de uma marcação sem limites ser, em um labirinto do desejo á percorrer sem limites a ser um ser em delírio em um sertão sem agua e sem lagrimas a marcar... (rsm) 07/12/2019
Silêncio
Coisa boa é o silêncio.
Estar com você mesmo, apreciar a sua própria companhia, olhar para dentro e perceber o quão grande você é.
Gostaria de poder me sentir assim mais vezes, a sós, eu comigo mesmo, com toda essa percepção, todo esse entendimento.
É bom se sentir só, nos mostra a realidade, te faz perceber que você é imenso pra você e um nada pro resto do mundo.
Realidade.
A distância significa algo
Que grita o mais alto silêncio,
Pois deixou de ter significado
Ou importância,
Essas verdades ninguém nunca diz
Apesar de estarem explícitas ao fabuloso acaso.
"O sentimento era a decifração do mistério;
Entre jazer e silêncio,
Adjeção de dois verbos: ser é sentir
No arcabouço da poesia
Deixei escrito emoções,
Substanciadas nas entrelinhas..."
Dá próxima vez que
alguém for te dizer
que te ama, peça
silêncio e diga ao
pé do ouvido:
- Eu quero apenas
você aqui pra sempre!
ELA
Ela carrega um silêncio de lua
E as cores de um fim de tarde.
Por onde passa perfuma a rua
E a noite ilumina a cidade.
Ela carrega um brilho de sol
E as horas perdidas de um relógio sem ponteiros.
Ela me fisga com um sorriso anzol,
E me pesca e me prende por inteiro.
ENFADA DANÇA
Oh, meu melancólico sofrimento
Por que no silêncio recomeças
Ritmando o árduo sentimento
Numa agitada dança, as pressas
Eu vago sozinho pelo lamento
Na solidão, que queres?... Peças!
No dia, na noite, és só firmamento
Assim, sem que nada te impeças
Tu danças ao amuo do vento
Ao relento, trazendo o medo
E o pranto. Oh doce fomento
Um enredo... sou desesperança
Vago só e errante neste lajedo
E tu me leva nesta enfada dança
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
13/12/2019, cerrado goiano
MEU BATUQUE
Escuta o meu batuque! Vai até a madrugada.
Meu batuque é silêncio que me põe a vida pensá...
Deixa ele batucá... té que eu dance a ultima música
e alguém me põe pra niná.
É batuque com repiques dos sinos lá da aldeia
e dos sons das ondas do mar,
de cheiro de campos floridos,
e da areia branca da estrada...
Da canção dos violeros!
Tem gosto de céu estrelado e dos causos
que meu pai contava, à noite, lá no terrero.
Das roupas que mamãe lavava e secava
no varal da minha infância...
De quando levava a gente na cidade pra comprá
os tecidos boladinhos para ela costurá,
vestidos dos contos de fadas mais lindos daquele lugá.
Por isso, deixa meu silencio batucá.
A cada vez que ele batuca
põe-se minha alma a pensá.
Deixa ele batucá...
Té que eu dance a ultima música
e alguém me põe pra niná.
Dor dos meus Jejuns -
No branco silêncio de um depois
fica sempre um cheiro de vazio
porque esse alguém, p'ra onde foi,
não levou a saudade nem o frio.
E lá na rua onde morava
oiço ainda o eco dos seus passos
o cheiro a rosas que deixava
quando nos envolvia nos seus braços.
Às vezes, fechando os olhos, vejo ainda
aquele olhar que nos trespassava
e oiço aquela voz que nunca finda
dizendo o quanto nos amava.
Eram gestos, palavras incomuns
que ao fundo da infância davam paz
e fiquei livre da dor dos meus jejuns
minha alada e adorada Monsaraz!
Eu e nós outros
evangelista da silva
Recolho-me!......
Da janela vejo o silêncio mórbido das ruas.
Encontro-me frente a frente à tv.
Observo o carnaval.
Um surto psicótico explode!...
E as almas decaídas aprisionam os possessos
Endiabrando os corpos em estereótipos catatônicos
Que são conduzidos aos infernos.
É carnaval!...
A maioria dos mortais se desequilibram
Enquanto atentos outros usurpam o transe infernal.
E tudo acontece nesse instante:
Cenas macabras desfilam em sangue e mortes... Dessa forma a infelicidade aumenta:
Torturas, toxicodependência, e melancolia.
É carnaval!...
Das prisões às avenidas
Favelas e nobres bairros...
É um urro agonizante de desrealizações.
E, nesta fúria satânica e neutralizante,
Onde tudo se confunde,
Vê-se alegorias, fantasias, arte, circo e palhaçadas!...
Religião, zoada e perturbação musical.
Sim, é carnaval!...
Nesses instantes esquizofrênicos
Ninguém para nada serve
A não ser para lambuzar-se em merda.
Vai-se indo mais um carnaval!...
E neste frenesi torporizado
Entre o real e o imaginário,
Os manipuladores da emoção
Deformam a realidade.
Vendem felicidade e beleza.
Pregam em tudo, pureza e simplicidade
Enquanto a turba agitada e enlouquecida
Agita-se em movimentos bruscos
Ouvindo um som que vem dos infernos
Criando a sinfonia perturbadora das notas musicais.
Santo Antônio de Jesus, 27 de fevereiro de 2017.
Às 16h 03min.