Poemas sobre o Silêncio

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⁠Te desejo...

Para cada obstáculo uma certeza
Para cada soluço um silêncio
Para cada queda um impulso
Para cada medo uma verdade
Para cada estrada um destino
Para cada desilusão uma confiança
Para cada conflito um entendimento
Para cada espada uma justiça
Para cada vitória um repouso
Para cada perda um recomeço
Para cada beijo um sorriso
Para cada paz um infinito
E para cada amor uma eternidade.

⁠Hoje choveu.
No silêncio do quarto choveu. Choveu como nunca havia chovido antes.
Apenas choveu.
As nuvens já estavam carregadas há um tempo.
Temporal.
Torrentes de água.
Levou-me.
Lavou-me.
Vendaval em meu quarto.
Enquanto o sol brilhava lá fora.

Prefiro o doce silêncio da minha mente barulhenta ao barulho de bocas cheias, mas de mentes completamente vazias.

ainda ontem
convidei um amigo
para ficar em silencio
comigo

ele veio
meio a esmo
praticamente não disse nada
e ficou por isso mesmo

Não se chora apenas
com a noite estendida sobre o sono dos homens,
com o silêncio pulsando em poros de imperceptíveis silvos
trêmulos, sussurrantes, urdindo a trama de inúmeros aléns.

Não se chora apenas
com a solidão concentrada em firmes bosques,
num chão de sombras por onde as lágrimas se embebam,
e nem a palidez das estrelas seja um breve indício de presença.

Não se chora sempre de cara virada para um tranquilo muro.
Nem sempre se pode dizer: é da ausência, é da noite,
é do silêncio, é do deserto...
da planície vazia, do mar fatigante, do assombro enorme da treva...

Chora-se em pleno dia, à luz do sol, diante do mundo povoado.
Caem lágrimas em pedras quentes, com borboletas, flores, gorjeios,
nuvens brancas, moças cantando, janelas abertas, ruas alegres.

Alguma coisa em nós é maior e mais grave que as expansões da vida,
alguma coisa é maior que o candelabro azul do dia
com flores, pássaros, canções entrelaçados nos seus doze braços.

Nem é de nós, nem nos pertence.
Sentimos que é da terra e dos homens,
da desordem do tempo,
da espada das paixões sobre o peito do sonho.

Outrora, essa rua era
um enorme e denso silêncio.
Muitas árvores. Poucas pessoas.
Porém, o rio do barulho urbano
invadiu a rua e as casas.
E o silêncio se foi na correnteza
para nunca mais ser escutado.

Mas o melhor do abraço não é a ideia dos braços facilitarem o encontro dos corpos. O melhor do abraço é a sutileza dele. A mística dele. A poesia. O segredo de literalmente aproximar um coração do outro para conversarem no silêncio que dá descanso à palavra. O silêncio onde tudo é dito sem que nenhuma letra precise se juntar à outra. O melhor do abraço é o charme de fazer com que a eternidade caiba em segundos. A mágica de possibilitar que duas pessoas visitem o céu no mesmo instante.

Por seco e calmo ódio, quero isso mesmo, este silêncio feito de calor que a cigarra rude torna sensível. Sensível? Não se sente nada.
Senão esta dura falta de ópio que amenize. Quero que isto que é intolerável continue porque quero a eternidade.

Clarice Lispector
Uma aprendizagem ou O livro dos prazeres. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

O silêncio as vezes é fundamental para admirarmos ainda mais aquele que é especial. Admiro você, cada dia mais e mais, mesmo no silêncio sei que estas aqui comigo.

Todo silêncio diz algo, mas nem todo mundo quer ter o trabalho de ler as legendas de uma alma.

Melhor te dar o meu silêncio do que te magoar com a minha sinceridade, já que não a tolera e a interpreta mal.

Ao longo da história, tem sido a inatividade daqueles que poderiam ter agido, a indiferença daqueles que deveriam ter procurado conhecer, o silêncio da voz da justiça quando ela era mais importante, que tornou possível para o mal triunfar.

Na conversa entre um homem e uma mulher, a falta do que dizer surge em dois distintos casos:
no triste silêncio de uma despedida ou no doce silêncio de um beijo.

Esse é o sentimento que tenho buscado minha vida inteira, desde sempre. Pois, de repente, o mundo ficou quieto. E me senti segura em minha própria cabeça.

Depois do silêncio, o que mais me deixa perto de explicar o inexplicável é andar de moto.

Os tímidos com sua característica silenciosa, são os mais sábios, pois no silêncio é dita a verdade.

Antes achava que meu silêncio era consequência da minha covardia, mas nada como o amadurecimento para me mostrar que na verdade o meu silêncio muitas vezes é fruto da minha sabedoria.

Acredito que haverá um choque entre os oprimidos e aqueles que oprimem. Acredito que haverá um choque entre aqueles que querem liberdade, justiça e igualdade para todos e aqueles que querem continuar os sistemas de exploração.

Aprendi que se aprende errando. Que crescer não significa fazer aniversário. Que o silêncio é a melhor resposta, quando se ouve uma bobagem. Que trabalhar não significa só ganhar dinheiro. Que amigos a gente conquista mostrando o que somos. Que os verdadeiros amigos sempre ficam com você até ao fim. Que a maldade se esconde atrás de uma bela face. Que não se espera a felicidade chegar, mas se procura por ela. Que quando penso saber de tudo, ainda não aprendi nada. Que a natureza é a coisa mais bela na vida. Que amar significa se dar por inteiro.

O silêncio também fala, fala e muito! O silêncio pode falar mesmo quando as palavras falham.