Poemas sobre o Silêncio
Permita que eu seja o silêncio
que grita e te faz falar
que faz sala enquanto eu penso
que esse encanto não vai passar
Nessa noite de lua cheia
olho em volta:
solidão
meu espaço é uma cadeia
o silêncio me rodeia
quer calar meu coração
FIM
Não , não é tão simples falar o que sinto por isso escrevo..
É no silêncio que você descobre meu verdadeiro nome : MORTE ...
No final de tudo você vera em gavetas , folhas com juras de amor rasgadas....
E lembrarás de mim e descobrirás tudo o que eu estava sentindo ...
Nas tardes calmas lembrarás da gente , ouvirás a nossa música ..
E quando me procura você descobrirá que fui junto ao último arcode ...
No fim de tudo as tardes ficarão frias..
O sol aquecerá as folhas mortas ...
E secará a tua lágrima que cai no silêncio do meu túmulo .....
Ombros me consolavam quando antes a saudade batia
Hoje recolho-me no silêncio que outrora não fazia
Já não tenho a paz, o conforto e alegria
Que antes ela me dava com seu jeito e harmonia
Aguento tamanha voracidade em silêncio,
Pois se eu gritar nessa madrugada
Sou capaz de acordar o mundo inteiro.
Silêncio pra organizar os pensamentos
Paciência até as coisas se ajeitarem
Tempo de sossegar a alma
Renovar os sonhos e levar a vida com calma
Sonho...
Sonho com o seu eu
E no silencio do amanhecer o meu eu rouba-te.
Silêncio!
O seu eu em meu ser fazem juras!
A probabilidade
O grito silente
O silêncio impertinente
A palavra decaída
A palavra não ouvida
O medo de sair
A quem ama sem assistir
Diva Franco
23/12/2007 00:29:28
Vermelho como o sangue, branco como o osso.
Vermelho como a solitude, branco como o silêncio.
Vermelho como o instinto selvagem, branco como o coração de Deus.
Vermelho como o ódio degelado, branco como um frio e doloroso choro.
Vermelho como as sombras famintas da noite.
Como o sinal que dispara através da Lua
que brilha branco e dispersa vermelho.
...Lança teu grito no meu silêncio
descobre-me
dá-me um nome.
Quero olhar-te com
a última-face-oculta
emergida de mim.
Crava tua verdade em minha verdade.
Revela-me
ou destrói-me..."
Poema em Solidão nº6
E assim,
- tão de repente -
o silêncio habitou em nós.
Em solidão
Estou
(vestida de silêncio)
Meu silêncio,
eu o construirei como uma torre:
palpável e presente
o edificarei.
...
Entre ti e mim
construirei silêncio
e o silêncio é a ponte
por onde o amor caminha..."
Trago-te
uma face magoada
trago-te
a sombra de minha face.
A boca guarda em silêncio os gritos interiores
e os ocasos se sucedem
nos meus olhos.
Sinto meus dedos que rompem as grades
das janelas
e se ferem de azul.
Mas as mãos,
(que desejariam voar)
estão quietas..."
Todas as coisas estão realizadas
Nada acontece
no silêncio opaco das horas
Agora somos simples
- mas não felizes..."
Quando me encontro em desespero
Com meu silêncio e minha razão
O silêncio me faz pensar,
A razão me diz vai,
Meu corpo segue a voz da razão
E quando cai, se lembra do silêncio que vem lhe dar a mão.
Já não vou mais pedir um só sorriso seu…
Ainda estou acordada em quanto todos dormem, o silêncio que insiste em me acompanhar é extremamente absurdo, é um silêncio perturbador, que invade meus ouvidos como uma Canção sem fim.
A nostalgia vem como prato principal, acalentado-me a alma com sua bebida mais comum, a solidão. As vezes sinto-me oca/vazia, como se todo os sentimentos tivessem escorrido por um ralo, como se o coração parasse de pulsar por alguns instantes, e todo o meu ser para de funcionar, e a vida ao meu redor passasse tão depressa que eu não percebesse tal aceleramento por querer ficar atônita ao seu sorriso, seu olhar. Mais será isso possível? Como um ser mortal pode ter um avalanche de sentimentos em poucos instantes… Essa explosão de sentimentos é como dá voltas ao mundo no sofá da sala, é uma coisa inexplicável, os sentimentos vão se misturando se interligando, como as cores do arco-íris num dia nublado de frio, sentimento esse que não sei distinguir.
Do livro SER EM TRÂNSITO" (1979)
Amigo,
daí o meu silêncio
esse olhar ambíguo e um certo ar viajante de quem
não está-estando
a mão pendida numa mala ausente.
E daí esse soluço
que me trava a voz, se na flor da boca
um nome irrompe como um sol nascente.
...
Mas por que agora me dói teu nome
e ao ouvir teus passos me estremeço?"
Minha lágrima é uma gota que cai no teu silêncio
Tua ausência busca minha presença
Fraquejamos em nossos ultimatos
O oceano murmura na tempestade
Que invade com saudade,
Não importa a verdade vivida...
Teu tempo está sem tempo para meu tempo
A nitidez do horizonte desaparece aos poucos
Conflitos rotineiros,
Perpetuam a memória de quem precisa esquecer
À noite sem cobertor que sufoca o sono
Perigo distante, medo constante...
O vento frio embala o navio
Sem destino procura um cais
Por onde anda o farol?
Busco refúgio.
Adiou, falhou, partiu...
Sucumbiu a força
Emudecendo a alma que navega
No sigilo do teu amor,
Mais uma vez a lágrima jorrou
Preciso de alguém
Que me ame em silêncio
Que me necessite como
Uma droga...
Algo raro, especial de se encontrar.
Que droga da obediência!
O que quero é ser amada
Como toda Ciência.
Obra fixa, inusitada.
23/09/2008.
Por que de tudo isso?
Porque tá na hora de fazermos um minuto ou mais
de silêncio
e meditarmos nas nossas desgraças
Nos estupros nossos de cada dia
Nos nossos irmãos em Monte Belo
Nos que perderam suas casas depois da tempestade
e agora estão dentro de um bote
para lá e para cá
sem eira e nem beira
No sol que esta queimando
e matando
ocasionando câncer,
as cataratas, glaucomas,
artroses, diabetes
pressão alta
metrô lotado, trem atrasado
ladrões, assassinos
sindromes de pânico
depressão
AVC