Poemas sobre o Silêncio
Sou Teu.
Não digas nada por favor,
que o silêncio e minhas mãos caminham juntas,
que minha boca ao te beijar não faz perguntas,
beije-me forte e com ternura,
e grite, grite a toda altura que me ama.
E se o amanhã o futuro tão incerto vier a nos separar,
lembre-se de tudo com ternura,
pois minha alma será tua,
e para sempre irei lhe amar.
SILÊNCIO
Se isolou, se fechou em sua concha protetora.
Se privou de tudo e de todos.
Estava convicta de que o silêncio a reconfortaria.
Largo da Palma
Tarde de sábado...
O silêncio mistura-se ao passado
Que ainda vive na simplicidade dos casarios
A mais pura e doce harmonia...
A preguiça das ladeiras...
O acanhamento das calçadas...
Tudo são marcas de outrora...
Por essas ladeiras negros subiram e desceram como burros maltratados...
No vai-e-vem de sofrer e cansaço, pisando nessas pedras em pés descalços,
Brotaram calos e mais calos - nos pés e alma. Doce injustiça...
Observe em sua volta. E observe com carinho...
De um lado, Roma ergue-se envergonhada;
D'outro, o Instituto de Letras caindo aos pedaços - entrega-se a velhice em desespero...
Além, lá no alto, lá em baixo, puteiros desmoronam-se em prantos...
É a antítese da vida: humanos abandonados; desamor, luxúrias, encantos, injustiça e desencantos...
Aqui, no barzinho da esquina, tudo se confunde:
Samba, cachaça, Roma, bichas, capitalistas, senhoras e Putas...
Busquei...Simples assim!
Busquei meu silêncio e encontrei meus sons...
Busquei seus sons e encontrei seu silêncio...
Continuo a buscar... Não desanimarei
Pois sei que vou encontrar
Meu som no seu silêncio,
Minha melodia no seu ritmo,
Minha letra na sua canção,
Minha música nas batidas do seu coração...
Busquei e encontrei!
Simples assim... Só isso...
Penso, logo escrevo.
Mato, logo recordo.
Choro, logo sofro.
Ando, logo caio.
Fico em silêncio, logo fico só.
Procuro, logo acho.
Amo, logo vivo.
Sonho, logo realizo.
Desencanto
No silêncio da noite
Traz lembranças tuas
Sinto pena do meu coração
Ele atrevido, maluco
Enfeitou-se com todo amor
Encantou-se em teu vento ligeiro
enamorou-se em teus grãos dispersos
E tu com poucas palavras
Levou embora o seu sonho
E com ele o teu tu que era o seu encanto
De um conto cheiro
De pequenos rastros de amar
Do meu coração
Sandra Mello flor
"Me abrace e me beije
Deixe o futuro pra pensar depois
não diga nada, deixe o silêncio
falar por nós dois..."
Silêncio que fala silêncio que grita
Silêncio que acalma silêncio que agita
Silêncio que cala silêncio que intriga.
O que queres dizer quando nada diz?
Meu grito, válvula de escape!
Meu silêncio arma perigosa!
Meu olhar, janelas indiscretas!
A DONA DA LONA- O Corpo- Claudia Murari
Déjà vu Piegas das Noites de sábado que Nos Toca no Volume Máximo do silêncio..."
..."Na vida tudo é uma questão de comunicar-se sim ou sim... Declare-se para si mesmo e faça o mundo ouvir seu tom de voz..."
...Chegou de mansinho como uma brisa.
Olhar doce que me conquistou.
No silencio que se fez, ouvi tua fala.
E nos versos do meu poema caminhou.
No contorno da tua boca me perdi.
esse sorriso tão verdadeiro me enlouquece.
Abandonei-me nesse abraço sem lembrar...
Que sempre vc se vai... parece que me esquece...
Escorrega e desaparece feito papel em ventania.
Então, pra mim sobram apenas entrecortadas falas.
Num silêncio doloroso , que se instala...
Espero por vc todos os dias.
Tua ausência provoca dilacerantes dores em mim....
Porem continuo a te esperar... mesmo assim...
Quando estou em silêncio, eu sempre estou inspirado;
Quando estou triste, sou reservado à esperança;
Quando estou enciumado, sou calculista para com o que é irônico;
Quando amo, sou corajoso e audacioso para com quem me permite amar;
Talvez minhas palavras não te machuque tanto
Como o meu silêncio.
Não, não tome como pirraça
É a minha filosofia...
Vista como sabedoria!
Um lindo sorriso escondido pelas lágrimas;
Sonhos sufocados pelo silêncio;
Um amor esfriado pela solidão;
Uma atitude enxugou as lagrimas;
Um olhar germinou os sonhos;
Um poema aqueceu o coração.
Fechei meus olhos, tudo em silencio
ouvia meu coração pulsar.
Hoje tão sofrido, dolorido com magoas
da pessoa que tanto chegou amar.
olho para o céu começo a rezar
esperando que tudo isso logo venha a passar.
Loucura de sonho naquele silêncio alheio!...
A nossa vida era toda a vida... O nosso amor era o perfume
do amor. . . Vivíamos horas impossíveis, cheias de sermos
nós. . . E isto porque sabíamos, com toda a carne da nossa
carne, que não éramos uma realidade. . .
Éramos impessoais, ocos de nós, outra coisa qualquer. . . Éramos
aquela paisagem esfumada em consciência de si própria. . .
E assim como ela era duas — de realidade que era, e ilusão
— assim éramos nós obscuramente dois, nenhum de nós sabendo
bem se o outro não era ele-próprio, se o incerto outro vivera.
. .
Quando emergimos de repente ante o estagnar dos lagos sentíamo-
nos a querer soluçar. . . Ali aquela paisagem tinha os
olhos rasos de água, olhos parados cheios de tédio inúmero de
ser. . . Cheios, sim, do tédio de ser qualquer coisa, realidade ou
ilusão — e esse tédio tinha a sua pátria e a sua voz na mudez e
no exílio dos lagos... E nós, caminhando sempre e sem o
saber ou querer, parecia ainda assim que nos demorávamos à
beira daqueles lagos, tanto de nós com eles ficava e morava, simbolizado
e absorto. . .