Poemas sobre o Silêncio

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A verdade advém confiança;
A verdade detêm intenções;
A verdade causa o silêncio quando não o convém;

O GRITO DOS MAUS E O SILÊNCIO DOS BONS

Meu querido Martin você disse que o que te preocupava não era tanto o grito dos maus, mas o silêncio dos bons... Permita-me discordar de você, Martin. Os bons não ficam em silêncio. Aqueles a quem você chama de bons não passam de maus travestidos de bons e se estão em silêncio é porque são coniventes com aqueles maus que assumem que são maus. Esses maus travestidos de bons, Martin são piores que os outros que assumem que são maus. Parecem estar em silêncio, mas não estão. Eles estão gritando como os outros nos bastidores de todo e qualquer tipo de poder. Têm em seu poder uma leva de fracos que fazem o que eles mandam. Tudo no silêncio. Já os bons de fato vão para a rua e gritam sem medo da morte. E não raro são mortos. E os bons de fato, Martin, assim como você, são muito poucos. É na verdade uma minoria da sociedade.

O silêncio fala quando as palavras já não dizem mais nada.
Olhares também são palavras, quando os gritos já não são ouvidos.
Existem palavras para serem faladas, palavras para serem ouvidas.
Existem palavras, simplesmente para serem sentidas,
Silêncios a serem compreendidos.
Existe cumplicidade fortalecida, sem uma palavra proferida.

Sempre que me obrigo a ficar em silêncio,
Sinto como se, houvesse uma lâmina afiando espadas dentro de mim.
E toda vez que me permitem falar sinceramente sobre algo,
elas saem pra rasgar profundo.
Isso tem ficado mais constante conforme engulo de tudo um pouco todos os dias.

Teu Silêncio

Vives em silêncio.
Não silênco de palavras,
mas silêncio de gestos
de sentimentos, de amor
Um silêncio de ar sombrio
uma verdadeira melancolia
Por que? Dê-me motivo?
Sei que não podes ser tão insensivel,
me fazendo parecer invisivel
dando-me sumiço agora e a toda hora.
Se me desse ao menos um sinal,
um piscar de olhos,
um sorriso ainda timido
me farias ter vivido
ainda que fosse uma ilusão,
eu não perderia a esperança
e não mataria meu sonho
pois terias feito feliz meu coração.

Não fale demais.
Não fale.
Faça tudo ou quase tudo
em silêncio.
Barulho demais
desperta a atenção
e a inveja alheia.

Vazio

O silêncio da lua?
O vazio da rua?
Para onde olho
Que tudo não seja
Ausência?

Essa noite
O pouco de mim
Cabe dentro do nada.

A utopia de um viajante.

No silêncio do que me vem há lembrar, só você está!
Na beira da roda querendo dançar, só você está!
Na exatidão de todas as coisas, só você está!
O beijo amargo que ninguém vai gostar só você me dará!
Com as frases românticas que nenhuma mulher pode recitar você que me recitará!
Os dias jamais esquecidos, serão ao seu lado, e ao seu lado você vai encontrar a mais bela utopia!
A mais bela saudade será da beleza do que me veio a imaginar, a moça perfeita que jamais vou encontrar, até mesmo porque ela jamais se encontrou.
Então, no encontro da beleza e da música, atrás das nuvens...
Com sorriso poente você está!


E por você... estou!

Quando o silêncio do seu olhar,
fazer a minha voz se calar,
É a conclusão,
de todas as palavras que queria te falar.

QUIETUDE

Tem instantes em que nada me é mais adequado,
que os rumores de um silêncio,acordando certos
sentidos,como um clarão,no obscuro de dentro.
É uma sutileza que me amansa,essa pausa de
nada ouvir,onde tudo me ordena.

Medo

A morte em seus olhos
Em suas veias sangue frio
Silencio amedrontado
E seu quarto está vazio
Sozinha em pensamentos
Lhe provocam arrepios

Olhos arregalados
Criança assustada
De baixo das cobertas
A porta está trancada

Encontra uma lanterna
Mais está sem bateria
Respirava profundo
e nada ouvia

Ainda a procura
Ascende uma vela
Vê sombras no escuro
Atrás da janela


Medo real?
Engano ou ilusão?
Chorava na cama
Em meio a escuridão

Lagrimas inevitáveis
Pingavam no chão
O barulho ecoava
Piorando a sensação


Criança fraca
Não era nenhum exemplo
A janela rangia, batia
Com o vento


O escuro a prendia
Em noites condenadas
Lhe perseguia lhe encolhia
Fazia ameaças


Cobria a cabeça
Com lençóis encharcados
De lagrimas de medo
Pesadelos, assombrados


Mantia a cabeça coberta
Com medo do que podia ver
Não sabia se gritava
Não há nada que podia fazer

Criança medrosa
Não é o que queria ser
Mas continuava imóvel
Esperando amanhecer


A noite ia passando
E a criança cansada
Agora via a luz do dia
Pois amanhecia acordada


Falça felicidade
Era só o que podia ter
Acabava com o noite
Após escurecer

Só queria sair correndo
De lá poder fugir
Para onde não houvesse medo
Nenhum medo pudesse sentir


Mais em parte alguma
havia lugar seguro
Era um mundo de fantasmas
De terror
Um mundo escuro


Escuro imortal
Onde não existe vida bela
Não estava no quarto
Estava dentro dela


Medo cruel
Que a acompanharia
Pois se o medo não vencesse
Ele jamais a deixaria.

O Silêncio


Ai aquelas frases que nunca forma ditas!
Aquele ensurdecedor silêncio.
Não o silêncio que sublima, é o silêncio que destrói, que maquina.
A forma mais clara de demonstrar o quanto não há importância,
O quanto não adiantará falar,
O quanto não quero ser ouvida, porque talvez a escuta leve à solução que não quero que chegue.
Quem cala não quer solução, não deseja expressar o que poderia resolver o conflito.
Na maioria das vezes o silêncio não é uma tentativa de apaziguar,
É um modo para afastar de nós tudo que não nos interessa.
Então fica claro que o não interesse se refere anão entrar em acordo, ao não querer.
Precisamos tomar muito cuidado com nosso silêncio.
Depois de algum tempo nem as mais doces e sinceras palavras serão capazes de curar as feridas que ele causa.
O silêncio dia a dia vai roendo um pouquinho de tudo que é bom na relação, seja de amizade, seja de amor, seja parental.
Policie-se para que seu silêncio não seja demonstração de indiferança.
Muitas vezes não percebemos para onde estamos guiando nosso destinos... mas nossas ações tem mais efeito que nossas intenções.

Filosofia: Pausa e Perplexidade

Gosto de pensar que a Filosofia começa na pausa, no silêncio. Vejo quanta gente na sala de aula, querendo demonstrar o que sabe, e não saboreia a Filosofia nos seus menores detalhes. A pressa de demonstrar conhecimento sufoca o espaço silencioso da reflexão construtiva, que acontece à conta-gotas. A reflexão começa com a perplexidade com a realidade, como diria o filósofo Gerd Bornheim. Não falo de um silêncio estático e torturante, mas de um silêncio inquieto que sobrevive de indagações escondidas. Parece que o homem de hoje, perdeu a capacidade de ficar perplexo, de não se conformar com as coisas que acontecem em sua volta. Parece que perdeu a capacidade de parar e ficar consigo mesmo, sem pressa de chegar. Por isso que uma aula de Filosofia não faz efeito em mim no mesmo dia em que ela foi dada, demora um certo tempo, o tempo que essa aula demora em mim. Sinto seus desdobramentos, suas nuances. Sou formado e ao mesmo tempo inacabado. Como diria Husserl, meu limite é o infinito, minha finalidade é a infinidade. Não vou sozinho, tenho companheiros que junto comigo, desbravam a aventura de ir até o limiar da razão e descobrirem os limites da razão e o que pode ir além dela. Por isso que a minha travessia, feita de pedras, é mais feliz...

"em meio a tanto som, sou teu silêncio...
sinta este silêncio neste mar de som,
em algum lugar você imaginou encontrar
"eu", nesta ilha, dentro de teu silencio?"

by Mel

"Absolutamente nada substitui o silêncio que deixei você deixar em mim."

by Mel

Porta Aberta

Muito tempo já passou
Todo silêncio desnecessário
A porta aberta que você deixou
Nossas lembranças guardei em meu relicário

Só agora entendo o que sinto
Pois tua ausência me ensinou
Amo-te, você sabe eu não minto
Reviva comigo o que não terminou

Para quê tantas conversas de amigo?
Por favor, eu preciso que fale
Diga agora se quer ficar comigo
Essa distância é só mais um grande detalhe

Não espere o ponteiro dar outra volta
Não faça disso uma despedida
Basta dizer: eu sinto sua falta
Desta vez pra sempre, fique em minha vida!

Nos gritos do silêncio denuncio a dor de existir em mim.
Me aproximo do que é o fim: o inaudível.
Pois se a morte proporciona algo, esse algo é o silêncio.

Os velórios são recobertos pelo som do inaudível.
E, os olhos são porta-vozes e as lágrimas os discursos ensurdecedores da finitude.

Por isso poucos suportam o silêncio...
e um minuto sem palavras
torna-se em momentos de angústia.

A angústia da morte que habita-nos
soa como brados arrebatadores no emudecer do mundo.

Eternidade...

Ser pai é mágico...
Em silêncio, aprecio teus traços.
Que são meus...

A verdade pode até machucar,
Mas a dor logo passa.
O silêncio é cruel.
Permanece machucando e a ferida não cicatriza.

No silêncio e solidão
escuto mesu pensamentos
e ele pede permissão
para recolhimento
e como lhe dei um sim
noites e dias na vida
algumas vezes em mim
faz-se a poesia sentida .