Poemas de Saudades de quem Morreu
"Amor, não teve festa.
Não houve gingado, não houve seresta.
Não teve festa.
Houve mazela.
Saudade intrínseca, pensamento nela.
Mas, não teve festa.
Houve uma longínqua lembrança, de lágrimas nos olhos e um beijo na testa.
Teve tudo, menos festa.
Teve falsas juras de amor, ilusões de eternidade e de uma vida contigo, falsas promessas.
Sorrisos falsos, para mascarar a minha dor, um todo de infelicidade, de certo, houvera.
Mas, não houve festa.
Você ouviu os boatos, mas não lera a verdade em meus olhos, imperava em meu peito, o seu nome, mal sabia ela.
Vá, pode ir, amargarei em meu âmago, sua ida, a sua ausência.
Na tentativa de matar você em meu ser, me afogarei, aos prantos, faltará adega.
Logo amanhecerei, com um copo vazio, de coração ferido, entorpecido com uma boa bucela.
Mas, lhe garanto, meu amor; não houve, não há e nunca haverá, acerca do seu abandono, festa..."
"Graças a Deus, eu consegui te esquecer.
Já não me recordo mais, quando em nossas brincadeiras, você fazia aquele seu olhar, blasé.
Eu consegui te esquecer.
Já não me lembro mais do seu perfume, meu olfato olvida aquele creme, que presenteei você.
Obrigado Pai, pois consegui esquecer.
Já não lembro mais do nosso primeiro beijo, o primeiro cheiro, me esqueci dos detalhes, que me fez amar você.
Deus, consegui esquecer.
Já não te escrevo mais na madrugada, meu peito já não palpita, ao te ver.
Eu consegui te esquecer.
Ainda bem que já me esqueci, o enlace de nossos corpos, o aveludar da sua tez e o dela em minha boca, o derreter.
Consegui esquecer.
Se foi da minha mente, o negror de cada fio do cabelo, o castanho dos olhos, o sorriso sem jeito e o meu viver.
Arranquei meu próprio coração, pois, cada batida do meu algoz, me lembrava você.
Mas hoje, graças a Deus, cada face, cada farfalhar das folhas, cada brisa do vento, faz com que eu consiga, te esquecer..."
"Nosso beijo fervoroso e o corpo suado.
Nossas roupas espalhadas pela casa e suas lágrimas, se desfazendo, no chão daquele quarto.
Lágrimas de emoção, prazer, arrependimento? Não sei. O que sei? Sua indiferença, tem um gosto amargo.
Saudades, de lhe ter em meus braços.
Lembro-me, dos seus abraços.
Onde eu era Rei e escravo;
Pecador; perdoado;
Amante e odiado;
Deus e o próprio diabo;
Curador de lágrimas e motivo do pranto, derramado.
Levanto na madrugada, vislumbro o seu corpo nu e não entendo o motivo do chão encharcado.
Será o suor de nossos corpos? O prazer causado?
Ou as lágrimas, o seu pranto, derramado?"
Olhos pretos, voz suave
Sorriso que me invade
Beijo pela metade
no meio da escada
no fim de uma tarde
Se ao menos por um instante fosse permitido
Tudo faria muito mais sentido
Se nesse momento o relógio marcasse mais lento
O tempo ficasse mais frio
E a nossa distância fosse por um fio
Eu iria matar toda essa vontade de ti
Que senti e não vivi
Mar, maresia,
vento, areia...
linda sereia!
a gaivota enche
o peito de ar
e voa
ela
sabe amar
― à beira-mar.
Mar tão
nobre
quanto
ardil
havia aqui
um barco
a maré
o levou
sentado na
areia
fico a me
perguntar
se ainda
navegarás.
ou estarás
ancorado
na ilusão
de um marinheiro.
Meu peito,
― feito ilha ―
aperta
de saudades!
Será que tive que cruzar o oceano para encontrar você?
Será que fui tolo de me declarar sabendo que não poderia te ter?
Sera que nosso fio vermelho é tão forte ao ponto de não se romper?
Queria querer estar com você, mas me impede a certeza pois tão grande é a dureza de ter que sofrer.
"Hoje, vai chover, eu sei; pois o vento, me lembrou seu cheiro.
Hoje, vai chover, eu sei; pois o gelado do vento, arrepiou-me a pele e me fez lembrar seu beijo.
Hoje, vai chover, eu sei; pois roguei aos céus que chovesse, para mascarar as águas do meu rosto.
Hoje, vai chover, eu sei; pois mesmo quando as lágrimas do céu, não recaem sobre mim, em sua ausência, será tempestade em meu eu, nada de novo.
Hoje, vai chover, eu sei; pois o rugir do trovão, não foi capaz de tirar da minha mente, o seu choro.
Erro, erro, erro sim, de amarguras, meu peito roto.
Avido, escritor, vívido, parvo, o tolo.
Penso em ti, o relâmpago acende o escuro do meu quarto e em um súbito luzir, vejo seu rosto.
O brilho do castanho dos olhos, me paralisa o corpo.
Sinto que estou morto.
Novamente, perdi jogando o seu jogo.
Odeio a chuva, por fazer-me lembrar de quem, destruira o meu todo.
Eu já sabia, hoje choveu; para o meu desalento, amanhã, eu sei; vai chover, de novo..."
"Eu tento encontrar palavras para descrevê-la e fico perdido.
Talvez, não existam palavras que possam narrar a magnitude de tal mulher, agora acredito.
Se houvessem palavras para descrever o verde dos olhos, o doce do beijo, o macio da tez, eu não ousaria tê-las dito.
Quem diria que eu seria tocado pela própria perfeição, a mais bela, uma divina criação; eu, ser maldito.
Naquele momento, a única imperfeição que existia naquela mulher, era eu, em seus brilhantes olhos, refletido.
Desejo meu, ali mesmo, embalado em seus braços, ter morrido.
Para quando em morte, poder ressuscitar, só para uma vez mais, morrer no olhar do meu mais belo delírio.
Venerá-la é paz, mulher, é caminhar sobre verdes pastos, é perder-se no mais belo campo de lírios.
Delicada, de inenarrável beleza, de presença extremamente aprazível.
O aveludar do toque, o perfume dela, me lembram a mais bela rosa e para tê-la, de bom grado, eu me atiraria em seus espinhos.
Mas, infelizmente, paixão de um só é martírio.
Deus, perdoe meu parvo coração e faça com que eu não me perca em seus olhos de mata, que eles não sejam o meu labirinto.
Vê-la ao acordar, acordar só para vê-la; venho sonhando com isso.
Deus, deixara a mais bela de suas criações, dar um passeio comigo.
Eu, que não acreditava em milagres, após vê-la tão perto da minha face, sentir o calor dos lábios, agora acredito.
No fim, tento me encontrar em cada beijo mais lento, que ela desenha em minha boca e não consigo.
Mesmo com o léxico tão vasto, seria impossível; eu tento encontrar palavras para descrevê-la e fico perdido.
Que ela possa me encontrar, em meio ao caos e a solidão, dos meus escritos..."
Lembranças: como é bom observar a chuva pela janela.
A chuva cai suavemente, desenhando linhas líquidas na janela. O aroma fresco que ela trás invade o ambiente, um cheiro de terra molhada que purificava e renovava o clima. Observar a chuva pela janela é um prazer simples, mas profundo de reflexão.
Cada gota que caí no chão parece lavar não só a terra, mas também a alma, trazendo uma sensação de paz e renovação.
Uma chuva boa, daquelas que podem durar o dia inteiro, ou ser apenas uma visita rápida pela manhã ou ao entardecer. Às vezes, ela vêm de madrugada, embalando o sono com seu som ritmado.
Mas o melhor mesmo é quando a chuva dura o dia todo, permitindo que a janela fique aberta, deixando o vento fresco entrar e trazendo consigo a melodia das gotas caindo.
Ver a chuva pela janela trás boas lembranças. Do tempo de saborear um chimarrão ou mate ao redor do fogo de chão, fogão a lenha ou da lareira, se fosse na varanda, melhor ainda. Conversar, prosear, tomando um chá ou saboreando uma sopa paraguaia ou um chipa, enquanto a chuva caía lá fora, era um prazer inigualável.
A chuva na janela faz o tempo passar devagarinho, lembrando dos tempos de criança, correndo na rua e brincando na chuva.
Observar a chuva pela janela faz bem para a alma. Um momento de introspecção, de memórias felizes, de um tempo em que a vida parecia mais simples.
A chuva caindo lá fora é um lembrete constante de que, mesmo nos dias mais cinzentos, existe beleza e serenidade a serem encontradas.
E assim, a chuva pela janela se torna um espetáculo silencioso, mas profundamente reconfortante.
Eterna saudade,
Lembrar de você e não poder te abraçar mais.
Lembrar do teu cheiro e não poder te sentir mais.
Aqueles que partem jamais desaparecem, pois sua essência permanece eternamente nas memórias de quem os ama.
A vida nos ensina, de maneiras silenciosas e profundas, o valor do agora. Quando estamos diante da fragilidade da existência, tudo que parecia urgente se dissolve, e o peso da iminente despedida começa a pesar sobre o coração.
A dor que nos acompanha no silêncio das noites, quando os dias já não parecem ter o mesmo brilho, nos revela que não controlamos o tempo, mas apenas o vivemos. E, quanto mais aprendemos a aceitar a fugacidade de tudo, mais sentimos o vazio que a ausência deixa.
As grandes palavras perdem sua força, e é nos pequenos gestos que o amor se revela – um abraço apertado, um olhar que já diz tudo, um toque que se torna a nossa única segurança. Porque, no fim, é isso que permanece: a saudade que nasce antes mesmo da partida, o medo de esquecer o som da voz, o calor da presença.
A finitude nos ensina a durabilidade das lembranças, aquelas que ficam impregnadas na alma, mesmo quando os corpos já não estão mais aqui. E, no entanto, mesmo quando já sabemos o que virá, o coração se recusa a se despedir.
Amar é eterno, mas o que amamos vai embora. E a dor não está no fim, mas no intervalo silencioso que fica entre as partidas e as memórias.
Oh vida!!!
Não me faça rir.
Ontem eu estive ali
E hoje, estou aqui
Como o tempo passa...
E hoje, eu sem graça
A saudade me toma de novo
Para reforçar o quanto vale a pena viver
Viver..viver...e nunca esquecer de viver.
Hoje te vir passar.
Abraçada com outro em meu lugar.
Me escondi rápido para não me olhar.
As lágrimas caíam do meu rosto sem parar.
Você ainda com aquele jeito de ser.
A más bela sempre vai ser.
Que pena que perdi você.
A noite então chegou.
Lembrei de nós dois amor.
A saudade bateu e também a dor.
Tentei segurar mas as lágrimas então rolou.
Sinto que meu coração despedaçou.
Lembrei do teu beijo
Daquele teu jeito.
Aquele sorriso mas que perfeito........
O vento soprou.
O frio apertou.
Sentado em meio essa pedras, com essa dor.
Respingo de água caiem em meu corpo.
Já não sei mas o que fazer.
O medo se torna maior, pós talvez vou te perder.
Começo a me pergunta o que vou fazer.
Te amo
Era uma linda história de uma flor e um beija-flor.
Os dois até se casou.
Queriam viver uma história de amor.
O pequeno beija-flor se descuidou.
Não cuidou a flor então murchou.
Ela partiu esqueceu o que passou.
Seguiu sua vida com outro amor.
Meus olhos pararam sobre uma parede branca e de repente começou-se a desenhar suas linhas perfeitas
O transbordar dos seus cabelos sobre os seus ombros
Então percebi que o desenho não se formava na parede
Acuso você do roubo da minha paz, do roubo da tua presença, mais do que tudo da morte da minha existência
O teu desordenado abandono me fez sentir a brisa em um porto silencioso, onde ouço as minhas preces... estas que não são mais pedidos, mas o respirar da minha saudade
Afasta-se de mim medo, se transforme na paz que mereço, não mais poderá roubar de mim minha paz, porque a paz que eu tenho agora é a visão dos seus traços perfeitos.
Sintome-me saudosa, saudosa de uma menina que mora em mim, no mais profundo de meu ser.
Tenho o desejo de voltar a ser aquela que um dia se perdeu na imensa escuridão de meu viver.
sintome-me saudosa de sonhar, sonhos de menina, sonhos de amor, sonhos de vida, sonhos de felicidade, sonhos puros... sonhos de menina.
menina que a muito ficou para traz, presa em algum canto da imensidão das trevas do coração.
menina que um dia sonhou ser quem nunca foi e quem ainda deseja ser.
menina que amou com toda pureza de sua alma, menina que simplesmente sonhou.
sinto-me perdida em tudo o que foi criado, tudo o que foi formado, pela crueldade da vida e do mundo.
Perdida em meio a tanta guerra e tanta luta em vão, ou não...
Voltar atrás não é uma opção, é uma oração pronta a ser proferida em dias difíceis, uma súplica aos céus em dia de tempestade.
Ser feliz é o que importa, ser feliz como ela um dia foi, sem olhar para as dificuldades, olhando apena para a simplicidade de um dia de calmaria...
Saudosa estou, entretanto, esperançosa permaneço.