Poemas de Saudades de quem Já Morreu
Saudade: O Reflexo do Inesquecível
A saudade é o reflexo de tudo o que foi inesquecível, uma marca indelével que o tempo não consegue apagar. Ela é uma presença silenciosa, que se instala em nosso peito e nos lembra constantemente daquilo que não conseguimos deixar para trás. O que foi vivido, o que foi amado, fica guardado de forma única, como se o próprio coração fosse um espelho refletindo o que mais tocou nossa alma.
A saudade não é simplesmente falta; ela é a demonstração de que algo foi tão profundo, tão verdadeiro, que ainda existe em nós, embora já tenha partido. Cada lembrança que ela traz à tona é como uma chama que aquece e ilumina o escuro, mas também nos lembra de que aquele momento não pode ser revivido.
É como olhar para o passado e perceber que, apesar da distância, a essência do que foi vivido permanece intacta. A saudade é o reflexo de uma história que ficou marcada, de uma presença que, mesmo ausente, nunca deixou de fazer parte de quem somos.
Ela é a certeza de que o inesquecível não se perde, mas se transforma em algo mais profundo, mais significativo. E, por mais que a dor da ausência seja presente, a saudade também nos ensina a valorizar o que realmente importa: o que foi vivido, o que foi sentido, e o que sempre será um reflexo no espelho do nosso coração.
A saudade que consome:
- Não ter saudade esquecer o que foi vivido no primeiro olhar,
perante esse primeiro olhar expressa o seu brilhar,
um brilhar afetuoso melancólico como risadas de um sonho eterno amoroso,
que nem mesmo víboras satânicas possam afastar,
aí mais que saudade sou de pensar como expressar,
será que a saudade ira se apagar.
-Ter saudade sofrer como se a morte estivesseperto de você,
dias como se fossem semana, semanas como se fossem anos,
ai que saudade morrer ou viver, morrer significa esquecer um remédio que pode te carecer,
viver sofrer enquanto estas em pé, como continuar se a saudade esta preste até consumir,
contar para que a maldição possa sumir, único risco que o lírico possa enfrentar dor ou morte, aceito ou não, é a resposta do consume perecera.
E no final, só o que restou foi uma saudade
Saudade de um tempo que não volta nunca mais
Que agora só existe na memória
Memória desses terríveis animais.
foi só delírio
Me vi chorando
por saudades
por inveja
por remorso
Pelo desnecessário
Mas que estava lá
Mas que aconteceu
Não posso fingir
Não posso negar
Me vi fazendo coisas
que eu nunca faria
tentando não ser mais eu
tentando não ser mais sua
engolindo meus princípios
engolindo meu amor
Me pego vendo molduras
vazias
assim como meu coração
eu não percebi
eu colaborei
eu me vesti de forte
Justo eu, a mais fraca
Me vi apagando fotos
mas não consigo apagar
não consigo te tirar da minha mente
E as lagrimas lentamente
Preenchem meu altar
Aparecem no seu lugar
me arrependo
me arrependo
me arrependo
Me arrependo...
te procuro em outros lugares
em outros corpos
em outros amores
em outros momentos
Eu não vou encontrar
Eu tenho certeza disso
Sei que vou me machucar
mas o que tenho a perder?
Sinto que nunca vou superar
E que posso fazer isso amanhã
Como eu fiz ontem
E desfiz hoje na manhã
E você sempre aparece
pertinho de mim
Me cruza o caminho
Sem nem me olhar
A indiferença
A angústia
Me conhece melhor do que niguém
Mas é um completo desconhecido
Sinto saudades
Do seu cheiro
Do seu toque
Do seu amor...
Eu sinto nada
E sinto tanto
Sei que é melhor assim
Mas por quê?
Queria que fosse meu
Pra sempre meu
Como você prometeu
Como você me enganou
Foi só plavras
Foi só momento
Foi só delírio
Foi só paixão
E assim do nada
Se tornou nada
Hoje faz uma semana que meu pai se foi... A tristeza da saudade guardada durante todo o dia me fez verter muitas lágrimas ao cair da noite. Parece óbvio pra quem já sentiu, mas o luto pesa, arde o peito, os olhos, é sufocante. Eu sigo em oração e às vezes me pergunto quando essa dor vai passar. Escrever ajuda, é como um processo terapêutico. A prece é um bálsamo que me cobre quando a dor parece insuportável. E é a Deus que entrego essa dor.
Saudade, paizinho. Te amo tanto. Vai com Deus, fica em paz...
Josy Maria
23/09/21
MINHA SAUDADE
"Ninguém é um saudosista da dor, a saudade só atesta o que foi bom.
A saudade é o território dos meus sentidos!
Ela é como escada rolante que me carrega imóvel, é a parte de mim que nunca será palavra."
Não quero ter saudades daquilo que
foi bom,quero viver novas experiências
para superar momentos bons.
NAS ASAS DA SAUDADE
Foi em vão os versos para me serenar
Na treva afiada do sombrio sentimento
Cada rima tentou, assim, desencontrar
De ti... e mais e mais, se fez momento
A prosa insisti em versos para te amar
Na poética somente pesar e tormento
Pois, cada estrofe escreve o teu olhar
E cada suspiro aquele sonoro lamento
Pranto, sussurros, sensação e agonia
Foi-se sonhos sonhados com paixão
E agora somente está sentida poesia
Que pronuncia, tão cheia de vontade
Em um momento referto de emoção
E, tudo, então, nas asas da saudade!
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
23 fevereiro, 2024, 18’35” – Araguari, MG
SONETO SONHADO
Sonhei que saudade de ti sonhava
Aqui pelas bandas do meu cerrado
Foi tão bom, uma pena ter acabado
Pois nele, sonho, contigo eu estava
Que pena... era um sonho sonhado
De lembranças em que a alma lava
Onde a tua falta na minha ali ficava
Em um silêncio d'um afeto amado
Sonhei hoje contigo, nem imaginava
Ter-ti tão manifesto ali ao meu lado
Num sonho, que nostalgia passava
Queria de ti, não estar desamparado
E sonhar-ti, onde só amor anunciava
Eterno sonho, eternamente no fado...
Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Janeiro, 2017
Cerrado goiano
Ser criança
Na magia de ser criança
Pouco foi o tempo
Calça curta na lembrança
Saudade ao vento...
(Traz à alma alento!)...
Pés no chão jogando biloca
Banho na chuva, diversão
Finca, guaraná com pipoca
Queimada, nas mãos o pião...
(Eita! Como é bão!)...
O simples da ingenuidade
O complexo da pureza
Faz da infância felicidade
E da recordação certeza...
(Que não volta mais!)...
Tempos nunca demais
Com gostinho de querer
Outros iguais
Acompanha o nosso viver...
(Ser criança nosso primeiro aprender!)...
HOJE EU CHOREI (soneto)
Hoje eu chorei porque tive vontade
Se foi saudade, aflição, eu não sei
Apenas chorei, e o peito desabafei
Chorei quem sabe duma felicidade
Se separou, se a vida amargou, ei
Apenas chorei. Choro de verdade
Não o sufoquei n'alma, liberdade
Num grito com lágrima, então dei
E neste pranto sem ter valeidade
Choro... Chorei... e sempre darei
Pois eu não sou no todo, metade
E se chorei, não é porque afazei
Um choro de qualquer fatuidade
Onde eu chorando, hoje chorei!
© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
2017, julho
Cerrado goiano p
boiada
não deixe nada para depois.
pois, o ontem já foi
o agora está sendo
e a saudade cobra os bois...
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Cerrado goiano
ALANCEADO (soneto)
Chorei, quando te perdi. Mas sentir
Saudades... foi o maior do sofrer
E do céu cinzento ali a emudecer
Você, te vi de minha alma partir!
Talvez foi o fado, no seu querer
Ou as falhas que nos fez desistir
Competir? Com o desafeto, ir
pela contramão, não sei ser...
Porém te digo: - por ti fui vigor!
E se nesta dor, se aqui eu choro
É porque um dia eu pude sonhar
Talvez sonhei demais, fui sonhador
Mas, tal qual um certeiro meteoro
Alanceou quem a você quis amar!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
Março de 2020 - Cerrado goiano
É, tentei de novo
acreditei,
vi em teus olhos saudades
me enganei.
Foi mais um dos meus devaneios
um sonho a mais errado,
louco, torto...engano !
Saudade de Um olhar
Um olhar que não foi meu
Saudade de uma boca
Boca que não me pertenceu
Uma voz que me cantou
Voz de encanto
Embriagou meus poros
Me levou pra dança
Tirou a roupa nos meus delírios
Tocou meus olhos
Me tomou beijos
Alucinação
Saudade do menino
Que me deu sonhos
Seduziu !
23/03/2019
Através da SOLIDÃO
Foi necessário o meu CORAÇÃO
Fazer amizade
Com a tal SAUDADE
E também pedir ajuda
Ao SILÊNCIO...
Cursei a faculdade
Da Reflexão e encontrei pOeSiA,
E junto com ela o ALFABETO
Inteiro pra interagir
E passei a RIR e interagir
E daí fiquei curada...
SOLIDÃO hoje é ótima companhia.
***
Que saudades daquele antigo parque irmão,
onde escrevi a minha primeira poesia,
foi desde da ai que disse não ão crack,
porque tudo o que queria era alcançar a alegria.
SAUDADES?
S'eu a tenho saudades? Claro que sim!
Foi tanto que eu a amei, tanto que eu a quis...
E, eu sei que, por nós, ela já foi feliz
E, eu sei que, à vida, a levou de mim.
Eu não queria do nosso amor o fim.
Que, por tanto, o meu silêncio n'alma me diz:
Foi tanto os meus sonhos, tanto a fiz!
Que a sonhando tanto, eu a tenho assim:
Nos meus pensamentos ficará para sempre!
Já no meu coração, um chorar descontente
Por tudo que eu a fui sem ela me ver gratidão.
Saudades? Não! ...D'o meu amor rejeitado!
De não ser em seu peito o riso sonhado,
De m'enganar por ela, d'suas misérias em vão!
Saudade de um amor...
Que se foi...
Nunca mais voltou...
Mas em mim ficou...
Guardado...
Eternizado...
Sempre lembrado...
Com amor!
☆Haredita Angel
14.06.2018