Poemas de Saudades de quem Já Morreu
Houveram muitos momentos felizes e poucos tristes.
Tua doença só existe na terra e nossa maior cura foi a dos teus sorrisos sinceros em momentos complicados.
Eu te abracei faz muito tempo e nem sabia que era a despedida.
Tenho FÉ em Deus que você vai ser curada, mas Deus falou que em breve você precisa alegrar mais ainda o céu.
Paulo Gustavo é do tipo de pessoa que nos provoca sentimentos bons.
Difícil Falar no passado.
Já estamos com saudade!
ETERNO
Mergulhei nas duras pedras
E afoguei-me na escuridão
Todo o meu ser fez-se em guerra
Lutando contra minha razão
Desfrutei doçuras, esferas
A alegria era o motor
Libertei todas as feras
De uma paixão em ardor
Mas, o tempo sombreou a soleira
Amarelaram-se as verdes folhas
E a caminhada antes ligeira
Desacelerou todas as coisas
Vi as horas estampadas no rosto
E a minha força fraquejar
Senti o cansaço chegar a coice
E me lançar contra o mar
E na imensidão mergulhei
Perdi-me sem poder voltar
E tudo o que eu deixei
Foi o amor que puder
E a fila andou
A fila andou,
era assim que Fátima dizia,
só que ela estava na fila
e eu não sabia,
um dia, depois de muito sofrimento,
a morte tirou-lhe a vida.
foi embora para sempre
a minha esposa querida.
O que ficou foi tristeza
Amargura e muita dor,
um vazio indescritível
um angustia persistente
do meu amor ausente,
de tudo que fomos nós.
A fila andou, sim senhor
e me deixou de presente
um lar que um dia foi da’ gente
e que agora não tem nome,
vazio e só tem lembranças
de tudo aquilo que fomos.
Quando será a minha vez?
Tenho andado distraído procurando um motivo para amar
Perdido só as divindades sabem onde podem me encontrar
Aos gritos chamo um alguém mas sei que ele não vai me escutar
De lado finalmente me viro e dessa vez vou dormir sem parar.
Mãe
Catrina, Iku e Anúbis sempre se apressam
E enquanto o barqueiro se prepara
Alguns cantam e dançam
Outros rezam, clamam
Eu? choro, encolho...
Só lembro de nós.
Do tempo que tivemos
Aprendi o que é amor
No tempo, que passou,
Não tive nenhum pavor.
No lugar de apreço que fica,
Não sei se é jogo ou política
Dessas pessoas que nem ficam.
Mas também não sei se é amizade ou fé
Dessas outroras que me sorriem (guiam).
Você me deixou em hiato
Difícil de cicatrizar ou encher
Alma sem um naco,
Esmaecendo (mas tentando viver).
Ficou... tácito.
Nada é dito, só seguido
Paredes brancas à volta
Surdas, mudas; retóricas
Cicatrizes que nem este silêncio costura.
Vejo o pão que sobra no café
(A saudade sobe) “Aquele afago... faz falta”
O 'não' pra saber quando dá pé
Tua voz, minguando, que’inda exalta...
Você me recorda de amar enquanto puder.
Outro infinito curto demais;
Disseram que não volta, não mais.
Então, neste choro estendido,
Só posso pedir
algum sentido.
Para cada adeus, um olá.
Assim, em cada nova partida
(Que não posso impedir de chegar)
Vou te recordar.
O tempo provou
Que este 'vazio' é um porto
De abraços
(De adeus)
De esperanças
(e angústias)
De milagres
(Mil lágrimas)
De forças
(e fraquezas)
De felicidade
(e dor)
De celebração
(e luto)
Um porto de Encontros
e Despedidas.
Pereço forte,
Mas fico ouvindo seus áudios
Para não esquecer sua voz;
Pareço forte
Mas fico vendo seus vídeos,
Para não esquecer de cada detalhe do seu rosto...
Fico tentando lembrar cada número do seu CPF, pois parece que quando eu me esquecer, também me esquecerei de ti.
No início não foi tão doloroso como está sendo agora, pois me apeguei a memória de vc sempre viajar e voltar a cada 4,5, 7 dias...
Agora faz mais de um ano que não vejo se sorriso, não escuto suas piadas, e não vejo aquela pessoa cheia de sonhos e planos.
A dor da saudade é tão ruim...
Te amo hoje e eternamente, meu pai.
ÍNDIA
Como nós:
Índia,
incrivelmente apaixonante
Inexplicável
Na superfície, barulhenta, confusa e incoerente
Nas profundezas, quando atravessamos a superfície, às vezes sólida, encontramos o silêncio fluido, esclarecedor e coerente.
Alguns dias em silêncio, percebemos a vastidão de palavras desnecessárias e a imensidão de afetos clamando por uma voz que não verbaliza, mas que pulsa
Como a vida:
Índia,
indescritível, não vale ser só contada, é preciso ser vivida
Não dá pra deixar pra depois, ela te chama a todo momento para o agora
O medo de visitá-la retrata também o medo de visitarmos-nos
Com medo, não encaramos o mal, mas também abrimos mão do bem.
Como a morte:
Índia,
não importa o tempo que convivemos, sempre foi pouco tempo
Um susto, um salto, uma surpresa
Nunca se sabe quando e o que está por vir
Como o amor:
Índia,
inspiradora
Dá asas à nossa imaginação
O belo gruda nos nossos ossos
Só ficar olhando, já expande o coração
Tem o dom de nos fazer sorrir e nos fazer chorar numa fração de segundos
É única a cada olhar do mesmo
Como a saudade:
Índia,
vai doer ficar longe
Se houver reencontro, nos abraçamos na alegria
Mas se não houver, abraçamos as lembranças que vão dando lugar ao carinho e à referência
Gratidão infinita pelo aprendizado eterno já banhada de muita saudade
Um dia depois já estou aqui
Ontem te vi pela última vez
E agora já tenho que continuar minha vida
Me pego lembrando e tento não chorar
Eu não sei quanto tempo vai ter que passar
Mas sei que eu vou te ver de novo um dia
Enquanto isso
Eu deixo em mim a saudade
Tuas brincadeiras e piadas
Tua rabugice
Teu carinho e amor
Tudo isso vai ficar na minha memória
Obrigado por ter escolhido ser da minha família
E nos veremos em breve Vô
“Todo dia, morre um romântico na cidade.
A sua grande maioria, morre pela indiferença, uns de amor, outros de saudade.
Sinto, que aos poucos estou morrendo, morro pelas mãos da ausência, daquela beldade.
Rogo aos céus, para que ela não me mate.
Já não existe em mim, o pujar de outrora, aquele sentimento da puberdade.
O amor é como fogo, e quem não o alimenta, vai perdendo seu calor, a sua claridade.
Talvez, já não exista mais o brilho no olhar, talvez nossos corpos, já não mais baile ao som da valsa, da intensidade.
Sei que sangro, e ao coração que ama, fazer sofrê-lo, é maldade.
Aquele beijo, que a tempos me ressuscitaria, hoje, parece-me, rouba a minha vivacidade.
Hoje, encontraram meu corpo, frio, sem alma, sem ela, normalidade.
Hoje, estou morto, pois todo dia, morre um romântico na cidade…”
Me lembro de um grupo de amigos
que ficou vinte anos se reunindo e sempre faltava alguém.
Toda vez que estavam juntos era só:
– Ué? Hoje o fulano não vem?
Se ia um não ia outro,
quando não cancelavam o encontro também.
Mas no dia que o marcão morreu
No velório não faltou ninguém....
E aí tem aquela histórinha assim:
– Vamos marcar algo?
– Ah, não… Semana que vem, talvez!?
– Pô cara, eu tô com saudade tua!
– Eu também! Um dia desse ligo pra vocês…
– Faz tempo que a gente não se vê, né!?
– Ah, verdade, é que a minha vida agora tá uma correria!
– Pô, então aparece lá em casa!
– Claro… Logo, logo eu te aviso o dia…
Isso me lembrou de um grupo de amigos
Que ficou vinte anos se reunindo e sempre faltava alguém
Toda vez que estavam juntos era só:
– Ué, hoje o fulano não vem?
Se ia um não ia outro
Quando não cancelavam o encontro também
Mas no dia que o Marcão morreu
No velório não faltou ninguém
Nós vamos para tantos lugares e voltamos pra casa,.
Encontramos pessoas.
Experienciamos lugares, e voltamos para casa.
Mas num dia indesejado, inesperado e inacabado, não voltaremos...
E pensar nisso só vai doer um pouco menos quando lembrarmos de agradecer e contemplar tudo e todos (como se não houvesse amanhã, porque na verdade não há).
Que Deus me dê sabedoria pra viver mais e melhor, para plantar sementes, para facilitar a vida das pessoas que me cercam, para praticar o amor, a compaixão e para renascer naquEle que sabe o que é melhor pra gente e nos encontrarmos (todos) na fé.
Sentirei saudades dos poucos momentos, mesmo que pequenos, que nos fizeram sorrir ou até chorar de rir, espero te encontrar um dia na beleza deste paraíso, com este belo sorriso.
Poderia ter sido eu, poderia ter sido você, poderia ter sido qualquer coisa, poderia ter sido até o bater de uma borboleta, Mas o fato é que estávamos perdidos para sempre, o fato é que nosso amor veio a sua morte.
Só se tem saudade do que é bom, se chorei de saudade não foi por fraqueza mais foi porque eu amei...
Saudades! Tenho-as até do que me não foi nada, por uma angústia de fuga do tempo e uma doença do mistério da vida. Caras que via habitualmente nas minhas ruas habituais - se deixo de vê-las entristeço; e não me foram nada, a não ser o símbolo de toda a vida.
Sempre penso em você, não como uma saudade que se foi, mas como uma saudade presente, ao qual preenche a sua ausência em mim de sentimentos bons. Se você realmente me conheceu, nem que seja um taquinho de quase nada, então, carrega no peito a certeza do quanto eu te guardo no coração e do quanto o seu sorriso ainda perfuma os meus dias. E quando, por algum pequeno deslize do tempo, você se lembrar de mim, traga para si as verdades que tantas vezes eu te falei, sobretudo quando o meu silêncio ganhava ares de suspense, pairando no ar a doce sensação de um amor imenso, que não soube se expressar, sufocado por tanto querer.
Saudade... é a solidão acompanhada, é quando o amor ainda não foi embora, mas o amado já.
Saudade é amar um passado que ainda não passou, é recusar um presente que nos machuca, é não ver o futuro que nos convida! Saudade é sentir que existe o que não existe mais!
Nota: Trecho de fala de um personagem da novela Fera Ferida, de Aguinaldo Silva. Muitas vezes atribuído de forma errônea a Pablo Neruda.
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