Poemas de Saudades
Só quero que você seja feliz
Com ou sem mim
E quando der saudade e for dormir
Com ou sem mim
E quando perceber que eu não tô
E que não vai achar um novo amor
Vai ter que aceitar que é assim
Com ou sem mim
Muitas vezes, os filhos vão embora,
no exercício de suas profissões...
As mães trocam a saudade pelo
orgulho, aquele orgulho bom, bonito...
Por ter tido a grandeza de apoiá-los
na busca pelos seus sonhos.
Saudade
Saudade,
É bigorna forjada
No canto da aorta.
É âncora enferrujada;
Veleiro à deriva
Nas brumas do passado.
É cílio empedernido
Na frente da córnea.
Cisco no olho,
Adaga no peito;
É lamento de guitarra
Que chora, quando tocada.
Ausência do que já foi,
Crepúsculo de um dia ensolarado.
Saudade, é o que restou.
É o que sinto de mim,
É o que sinto de nós!
Aí você sente saudades
Mas não procura
Sente falta mas não procura
E acha que assim você está se mantendo firme
Que orgulho é esse que faz você se afastar de quem quer tanto ter perto.
Aproveita por que é efêmera a vida
enquanto seu orgulho te alimenta o
EGO
esse mesmo orgulho
Está te matando a alma.
te deixando
Cego
Para ver que a mudança da sua vida
Depende de você
Enquanto você sofre a distância
Pra não ser o primeiro a dizer
Entenda que é sua escolha de continuar a sofrer
A vida não espera você decidir
Enquanto você fica entre sentir ou não sentir
Acabou a vida
Você deixou de existir...
Fim .
Pamela Pacheco @sobreapam
Cantiga de adeus
Quando fores embora
ó saudade, seja breve
na tua hora, não me leve
Se acaso não possa
deixar-me no prazer
vista a tua saragoça
e saia sem nada dizer
Não me puxe pela mão
nem tão pouco no pensar
me deixe na agridoce ilusão
melhor do que te acompanhar
E, se ainda não queira
deixar-me sem os teus
argumentos, a tua asneira
então, me diga logo adeus
e vá sem qualquer besteira
Me deixe no esquecimento!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
29/ 02/ 2020 - Cerrado goiano
De saudade podemos chorar
trazendo de volta o passado
mas não conseguiremos tocar
o que no coração foi guardado
INCONTENTADO (soneto)
Saudade sem dor, amor sem fantasia,
Que aperta o suspiro dentro do peito,
Que no sim perpetuado, assim queria,
Que nada mais se sente tão satisfeito.
Emoção, que o doce sossego repudia,
Na palavra rude dita sem o respeito,
E, tirando dos sorrisos toda a alegria,
Fica ferido, e sem qualquer proveito.
Que viva sempre a sede e a tua fome,
Paixão sem queixa, e sem lamento,
E que ebule o amor em suas rimas.
Sempre tenha, o nome que consome,
Que eu tenha sempre, contentamento,
No incontentado amar e suas pinimas.
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
2018, setembro
Cerrado goiano
Olavobilaquiando
MADRUGADA DE JULHO DE 2015
Nesta madrugada, o seu silêncio escreveu saudades e com ele sua morte trazia...
Acordaste do sonho da vida, e tuas lembranças, nos acolhia...
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
13 de julho, 2015
Cerrado goiano
Falecimento do meu velho pai.
(José Lino Spagnol)
carnívora
a saudade não nos engana
sua chegada
faminta e soberana
só traz dores gigantes
no vinho carraspana
amantes mais que antes
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Cerrado goiano
SONETO SAUDOSO
Choro, ao pé do leito da saudade
Que invade o corpo sem descanso
Se fazendo de fiel cordeiro manso
E a agrura numa brutal velocidade
E vem me trazer recordações, afeto
Tão apetecida em tempos outrora
Agora na ausência, lerda é a hora
E cruel a minha emoção sem teto
Chorei, choro por esta separação
Neste fado dessa longa despedida
Que partiu a vida daquela posição
Se eu, tenho na sorte malferidos
Aqui sinceramente peço perdão
Movidos nos desfastios vividos
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
06/04/2016, 21'00" – Cerrado goiano
Desfolhos
Do outono no cerrado e seus desfolhos
Minha saudade caia ao chão fragoso
Do meus ásperos e mirrado tristes olhos
Em tal lira de verso aflito e rancoroso
Nos ventos secos e enrugados chiavam
Os gritos da noite numa solitária canção
Onde lembranças aos astros clamavam
Esmolando do silêncio alguma atenção
Só um olhar neste brado de compaixão
Um olhar, um eco, uma mão...
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
30/04/2016, 18'00" – cerrado goiano
Poeminha
Hoje te encontrei na saudade
Nas fotos no tempo amareladas
Que um dia se fez realidade
E as noites dores enrugadas
Eu te encontrei na saudade...
No varal do quintal pendurada
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
09 de maio, 2016 – Cerrado goiano
Eu, a poesia e o cerrado
Com os cascalhos do cerrado
e as saudades em entrelinhas
eu alicercei o meu versado
em sulcadas poesias minhas
e no horizonte além
deixei os meus sonhos
junto ao entardecer, porém,
não foram olhares tristonhos
nem sei bem se eram fados
ou lamentos do árido viver
só sei que eram suspiros calados
mas nas trovas tinha o querer
tinha poemas alados
tinha eu, tinha zelo, tinha o crer...
(também, tinha
o poeta mineiro do cerrado
em versos apaixonados.)
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
maio, 2016 – Cerrado goiano
oposição
agora,
que a distância virou saudade
os amigos viraram outrora
e o cerrado extremidade
das bandas do meu poetar
a solidão tornou-se traição
na enzima
na inspiração
da trova, sem estima
de uma rima menor...
Em opor,
pude encontrar na poesia
iguaria, suor, rubor
e companhia...
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
maio, 2016 – Cerrado goiano
Estrangulado pela saudade
Estrangulado pelo desejo do destino,
Sigo eu, nessa dura estrada da vida,
Oceanos repletos de desatinos,
Maremoto de dor e ferida.
Da vida eu nada sei,
O que sei é tão insignificante,
O que importa é que eu tentei,
Embora eu seja esse cara errante.
Difícil ser diferente,
Nesse mundo tão vazio de sentimentos,
Ser esse Intervalo, às vezes inocente,
Repleto de dor e sofrimento.
A vida é cheia de mistérios,
Onde passados ecoam nos pensamentos,
Tudo fica cinza como um cemitério,
Ao reviver sombras daqueles momentos.
Como viver sem o teu cheiro,
Impossível sem o teu sabor,
Vou embarcar no meu veleiro,
E sofrer as dores daquele amor.
Noites solitárias ao luar,
Navegando no silêncio da madrugada,
Ouvindo as batidas desse mar,
Seguindo em frente,encarando a jornada,
Não será fácil superar a saudade,
Se houvesse um remédio, eu beberia,
Caminhos escritos na letra da verdade,
Pagos com o sangue, nessa carta de alforria.
Lourival Alves
Saudade é:
O encontro sempre adiado
O gelo que não derrete
Um grito de dor inaudível
Uma partida sem chegada
Tristeza e alegria numa só lembrança
O coração batendo no passado...
SAUDADE
Saudade sinto da menina
que roubou meu coração
que deixo - me na tristeza
na imensa solidão.
Sofro tanto nessa vida
pelo canto enfadonho,
que saudade da manina
só a vejo em meus sonhos.
Foi embora sem avisar
não deu beijos nem abraço
não deixou nenhum bilete
nem uma foto 3x4.
Quem déra se voltasse
pra ficar junto a mim
menina que saudade,
porque maltrata assim?
Volta ainda é tempo
não me deixe desse jeito
saudade doi de mais,
saudade doi no peito.
o que mais me doí é a falta de notícias. é não saber se você pensa em mim ou se sente saudades. o que mais me doí é querer te ligar a uma da manhã porque o sono não veio. o que mais me doí é não saber como foi o teu dia, se alguém te fez sorrir ou até mesmo chorar. o que mais me doí é saber que enquanto eu escrevo esse texto, você pode está muito bem sem mim. ou não. e eu sinto, sinto dor pois o que eu mais quero é conversar com você. te ver. te sentir e tocar.
e a cada dia, infelizmente, me sinto mais ligado a ti. e isso machuca a alma, me leva a calma.
e apesar da dor, sigo fingindo que estou bem, que sou forte, que me recuperei. minto pra deus e o mundo pra ver se assim convenço a mim, que já deixei você ir.