Poemas de Saudade do Amor
A saudade bate na porta
O amor é lembrado
Amor de mãe
Igual não tem
É singelo
Carinhoso
Cuidadoso
Protetor
Tão poderoso
Que convém
O ser pensar
No profundo sentimento
Que envolve
O olhar atento
De se sentir percebido
E pertencer a alguém
Que nunca abandonará
E ama incondicionalmente
É assim o verdadeiro amor
Que vem de uma mãe
a saudade bate forte
nesse dia tantas lembranças
restou vazio
faltou amor
e a saudade me faz lembrar
que você não está mais aqui.
A solidão e a saudade, são intangíveis para aqueles que ainda não conheceram o verdadeiro amor!
020124
SONETO EM PRANTO
O amor que eu cantei ardentemente
Em uma saudade agora o improviso
Pois arranca-lo da poética foi preciso
Para não recuar, fiz-te contundente
Na sensação o sentido tão pendente
Nos versos, inconveniente, indeciso
Fazendo desta emoção algo preciso
Deixando na prosa suspiros somente
E peno. Restrito sinto toda a carência
Não há mais a trova que amava tanto
Zanzo. Um andante na sobrevivência
Assim, padece o meu amoroso canto
Em lágrimas um versar em sofrência
E, para chorá-lo o soneto em pranto.
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
16 maio, 2024, 19’37” – Araguari, MG
VÉU DE UMA SAUDADE
Ainda que casmurra a andar, a poesia
Desnuda daquele amor a lhe encantar
Com versos tristes e, com triste arrelia
Mesmo sabendo que tudo tem o lugar
A poesia romanceia, se põe a sonhar
Se abarca em uma sedutora sinfonia
Porque a poética faz o coração arfar
Vertendo em carismática harmonia
É a suave magia criando o momento
O trovador que mesmo de alma nua
Ainda, assim, busca o ritmo do vento
Então, tão cheio de uma pluralidade
Matiza as palavras, teima, continua
Embalado num véu de uma saudade.
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
26 fevereiro, 2024, 13’21” – Araguari, MG
MEDIDA DO AMOR (soneto)
Não se tem saudade, sem ter lembrança
Não se tem amor, sem que se tenha dor
A separação é a pétala de uma rara flor
Que se desgarra do fado em sua dança
A nossa existência é um bafo de vapor
Na emoção tem renúncia e esperança
É nos riscos que nos faz perseverança
De um olhar, um sonhar, de um clamor
Não se deixa os trilhos de ser criança
Sem paixão, afeto, calor a se interpor
Pois, na vida sempre há semelhança
A distância de um amor, vai onde for
Sua medida não se afere na balança
Viverá sempre conosco, no interior...
Luciano Spagnol
Cerrado goiano
SONETO DOS AUSENTES
O alvo do meu amor, vai além
Duma saudade na vida vivida
Da ação da chegada ou partida
Sou aquele que do amor advém
Sinto no coração e é sem medida
Até porque, ele que me mantém
No fado, sonhos que nele contém
Pois, são curas pra qualquer ferida
Se há tristura, há alegria também
Junto e misturado, n'alma perdida
Por isso, dele eu sou sempre refém
Vários são os ausentes, e na dor parida
Outros, lembranças, que o afeto detém
Porém, todos histórias de vida repartida...
Luciano Spagnol
Outubro, 2016
Cerrado goiano
Carta de amor
Amor, nestes rabiscos desenho só sentimento
Em cada linha a saudade nodoando o coração
Com seu cheiro, seu gosto, seu pensamento
Que me fazem nesta carta confessar paixão
Letra por letra, ponto por ponto, argumento
Que já não sei amar mais ninguém
Do que você! E neste meu firmamento
Está o meu rimar que me leva além
Dos sonhos sonhados, do chamamento
Nas noites solitárias, frias, porém,
O que mais importa neste momento
É saber que você também me ama
E que juntos estamos neste planejamento
De vida, de cumplicidade, afinidade, chama
Assim, assino com o meu poetar
Esta carta de afeição
Grifada com o seu doce olhar
E versada com a nossa paixão...
Amor nestes rabiscos desenho só sentimento
Em cada linha a saudade nodoando o coração
Com seu cheiro, seu gosto, seu afogueamento
Nestes versos de reconciliação
Cheiro das palavras
Garatujam saudade
Rabiscam felicidade
Desenham amor
Borram a dor
Traçam sorte
Riscam a morte
As palavras... Imortais palavras... Cheiro
Dando vida e aroma ao coração forasteiro.
Luciano Spagnol
07'50", agosto, 2012
Amor com saudade
Nas reticências da vida perdi o meu amor
No evo. Privando nossa convivência a dois
Agora são caminhos difíceis de transpor
De lembranças. Que as deixo para depois
Se as procurei nas esquinas todas do destino
Foi pela urgência de querer sair da saudade
E assim, me vi em um oriundo peregrino
De olhar a olhar, em uma cabula eternidade
Quando na verdade só queria o seu sorriso
Gravados no seu desvelo, no seu carinho
Pois os meus foram seus, os seus ainda preciso
Neles pude aninhar, e agora privado, sozinho
E como lhe dar com está tão inopina nostalgia
Que me invade e me arrasta para um cantinho
Da dilação. Difícil é essa travessia...
Eu não tenho mais saudade
Tu trouxe vida na minha vida
Tu foste amor de verdade
Eu já estou de partida
E.mail
Escrevo-te este e.mail simples, amor meu
Porque hoje acordei com saudades tuas
Nas entrelinhas um pouco do poeta plebeu
E muito de minha alma em versos ingênuos
Para dizer-te de emoção
Cantar-te o quão forte continuas
Na minha vida, no meu coração
Que queria ouvir de ti novamente:
-meu bem
Mesmo que por ligação
Pois você é amor que detém
Que domina a razão
Só você faz o meu poetar ir além
Portanto seja novamente parte desta canção.
Assinado, este que do teu amor é refém.
gangorra
e nesta ciranda de querer e opor
num coração sulcado
se tem a saudade de amor
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Cerrado goiano
O amor persiste, tudo passa
O ciclo lunar
A saudade a apertar
O medo do obscuro
O pensamento descuro
A solidão a atormentar
A ofensa a machucar
A tempestade que amedronta
A ignorância que afronta
A felicidade em gomos
A diversidade que opomos
A ingenuidade que acredita
O xingamento que irrita
O ato que envergonha
A moral sem vergonha
O desamor que insiste
Tudo passa! O amor persiste…
Então, aos que desconfiaram
Revelo: amei e me amaram!
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
03/03/2009
Rio de Janeiro
E, Por Falar de Amor
Hoje acordei com o coração aos espinhos
De uma saudade
Sem os teus carinhos
Imensidade
Esta solidão
Que poeta pela metade
Versos de emoção...
Pelas lágrimas um aroma rijo
Do árido sertão
Um esconderijo
D’Alma na contramão
Do teu olhar...
Me agarrei no timão
E a navegar
No mar de suspiros
Pus-me a chorar!
Hoje acordei com o dia empanado
Escuro
Você não estava ao meu lado
Tudo era vazio, impuro
Coalhado
Duro
Propalado...
Desconjuro!
Eu só queria ser carregado
Dali
Pelo desejo imaculado
Que sempre tive de ti
E não essa dor
Que hoje senti
Ao falar de amor
Aqui!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
Cerrado goiano, 10 de dezembro, 2019
AMOR COM AMOR
Amor que tanto amei, amor que sofre tanto
Saudade no sentir, sentir de suspiro amoroso
A quem lacrimejas, a quem? O pranto choroso!
Um cheiro extraviado? Um perdido encanto?
Ó herege ilusão, que o fado toma de espanto
Cobiçais a sofrência e dor no que já foi gozo?
Deixando a solidão em um delirar tenebroso
Onde o haver tornou-se um algum portanto
Amor, seja qual for este tal juízo profundo
Das pérolas do desengano, pesado rosário
Pois, tudo passa, e tudo passa no segundo
Então, erguei a alma num doce santuário
De emoção, na aurora do sonhado mundo
Fruir amor com amor no ditoso itinerário
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
17/11/2020, 09’44” – Triângulo Mineiro
AMOR DESFEITO ....
No sentimento esquio e acre, a saudade pura
Suspirando, arfando, a procura de um talvez
Sente a emoção vagar e sem a fulcral ternura
Que larga a sensação numa silenciosa surdez
Enquanto o lacrimejar escorre pela fissura
Do olhar. Há aperto, dor no peito outra vez
São as lembranças tão cheias de amargura
Dum afeto que se vai e ali então se desfez
Quando surge, então, a poética derrocada
A quimera pela janela se afasta desfolhada
E o sentir se faz delicado igual a um cristal
E o sentimento desamparado, acre e esquio
É ante o querer: - apático, indiferente e frio
Então, no amor desfeito, o irrefreável final! ....
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
21/01/2021, 19’52” – Triângulo Mineiro
TORTURA ...
Aqui – um soneto de amor enrabichado
Torturado, com saudade, cheio de emoção
Lembrando cada olhar e cada beijo dado
Em ti, que fez de teu servo o meu coração
Aqui – um ritmo poético e compassado
De um sentimento tão pleno de paixão
Afeto e promessas dum desejo arrojado
Onde minh’alma teve mais que sensação
Aqui – é um soneto de minha sofrência
De um passado no cerrado de carência:
Da tua atenção, teu abraço, o teu calor
Vai, aqui, a minha poesia falar-te, então,
Do quão de te sinto falta, falta de vazão
Da dor, que sinto no vazio do teu amor! ...
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
29/03/2021, 05’05” – Araguari, MG
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