Poemas de Rosa
ECLIPSE INSÓLITO
O solo suntuoso do Astro Rei,
Ilustre absolutista.
Num fenômeno, jamais, antes visto,
Sobrepôs-se à lua.
Com seus raios pungentes, sempre em sol maior,
Travessando, entrevando as insolúveis trevas,
Movido por um narcísico intento:
Dissolver e devassar
As ilusões-solo onde persiste
Insólito, insular, insolente,
Bruno, como a bruma:
Branco, sombrio, silente.
Cabendo parcamente em seu vazio,
Que a humanidade quer colonizar,
E acima de tudo,
Pelo mais implacável dos algozes:
O mais argucioso e perigoso:
O que mais conhece seus pontos fracos.
Sim, o sol, por não tê-lo entre seus súditos,
Tirou de toda a humanidade, o sono
E o entregou ao pior dos inimigos:
Seu próprio Reflexo
Sou carioca da gema,
aqui se fala mermo,
o resto é tema, Adoro o Rio de Janeiro
lugar de pessoas acolhedoras,
são amigos de verdade
e não bajuladoras,
Aqui no rio é assim,
puxamos o s,
falamos cantado,
Mas o que não pode faltar na gente,
é o nosso rebolado,
todo canto tem diversidade,
pra todo lado tem uma prosa,
Mas o povo debochado,
diz que nossa cidade é a mais perigosa,
perigo tem em lugares
onde tem gente ruim,
mas o debochado insiste,
em falar mal mesmo assim,
Pra toda diversidade cultural ,
com certeza tem um jeito,
Ja na pessoa debochada,
não falta cultura falta respeito.
Sou carioca repito
estou muito orgulhosa,
não é atoa que a minha cidade é dada como maravilhosa,
No Rio de Janeiro cresci,
o Rio me viu nascer,
quer saber se é verdade o que digo?
Vem a minha cidade conhecer!!
Em meio a tantas riquezas,
montanha fauna e flora,
como não lembrar,
dessa encantada cidade
querida Juiz de Fora,
linda e acolhedora
E que tem fama de carioca,
por ser pertinho do rio de Janeiro,
é chamada Mineiroca,
quem conhece sabe bem,
a beleza da região inteira,
é cheia de industria e ferrovias
nessa cidade mineira,
antiga bela riqueza,
Um mirante muito belo,
temos parque de exposições
e também um lindo castelo,
gente bonita é mato,
que cresce na beira do rio,
um clima bem temperado,
as vezes quente as vezes frio,
tenho orgulho de ser daqui,
e repito a qualquer hora,
amo a minha cidade
e sou de juiz de fora.
Vou contar a minha historia,
que com poesia eu fiz,
minha família é grande,
isso me faz feliz,
tenho tres irmãos de sangue,
e duas de coração,
é o vicente e o Francisco,
e outro chama joão,
de coração são as cunhadas,
que torna meus irmãos felizes
a Neusa de Juiz de fora,
e a Graça de Marataízes,
irmãs eu tenho quatro,
lindas belas e cheirosas,
Tem Selmi e Margarida,
Esmeralda, pedra preciosa,
Delas eu não esqueço,
vou me lembrar pelo resto da vida,
A outra tem nome de santa,
é a minha irmã Aparecida,
Cidinha como é chamada,
em um momento solene,
me deu três sobrinhos
Rafael Sabrina e Sirlene,
e por falar em sobrinhos,
não esqueço dessa nação,
da Esmeralda veio o Igor e o Leonardo,
quase numa gestação,
Da Selmi tenho o Filipe,
que até hoje me lembro,
Da Margarida tem o Diogo,
que faz aniversário em dezembro,
Tem Thamires, Juninho e Karlinha,
que é mãe da Kamile que me lembro de pequena,
Ela ficava la em casa enquanto a mãe ia ao cinema,
Tem a Ana Luíza, que gosta de canto ora pois,
Matheus e Herbert São da Sirlene,
e Barbara veio depois,
Tem Marcio, Monica, Josi e Andreia,
que são filhos do meu irmão,
A Barbara e a Nilzinha, que moram no meu coração,
Eita que filharada, muitos filhos tem o Vicente,
Uns da primeira ninhada,
Outras foi mais pra frente,
Quando sai da minha casa,
achando vida amor que delicia,
nessa ida tive tres hijos,
Newite Juan E allycia,
lindos como a Luz do sol,
como dizia,
Alberto Morales,
Para de xingar Sabrina,
Não esqueci a Laura e o Thales,
O restante que não conheço,
mais sobrinhos sei que tem,
La no espirito Santo,
Tatá num teve neném,
Lindos lindos lindos,
beleza tem a toda hora,
os culpados disso eu amava,
Era meu papai e minha mamãe que foram embora,
No céu estão morando é certo,
assim é o bem que mereço,
São minhas raízes, na vida,
e deles veio o começo.
Eu quero falar agora
dos homens que entraram nessa família,
Tem o Fernando marido da Esmeralda,
e o Jefferson é o meu de Brasilia,
o werllen com a Pithula,
e desse eu não esqueço,
ele agora é meu genro,
Tá bom eu sei que mereço,
Sergio marido da Sirlene,
que sorri o tempo inteiro,
Fabio é o da Sabrina,
que mora no Rio de Janeiro,
Augusto padrasto da karla
gente boa desde o inicio
a Karla também tem marido
e seu nome é Fabrycio,
Nilza filha do Vicente,
também faz parte da historia,
seu marido é o Marcelo,
se não me falha a memoria,
agora acabaram os homens
que entraram eu vos digo,
a não ser que eu volte
para um desses amores antigo,
Sou muito boa de rima,
e linda de coração,
mas falem isso para o jefferson
deixar de ser vacilão,
aos homens dessa família
um recado eu passo agora,
Brasilia, Marataízes, Rio
e Juiz de Fora,
respeito é bom e eu gosto,
ouça bem o que eu lhe digo
se maltratar essas mulheres,
não vai ser mais meu amigo,
peço a Deus que proteja,
essa família por inteiro,
de Minas ao Espirito Santo
Brasilia e Rio de Janeiro.
O DIA QUE EU PARTIR...
O dia que eu partir...
Lerão o que escrevi
Talvez até publiquem
Um livrinho, aqui e ali
Meus versos e minha história
Do jeito que eu vivi
Coisas que a ninguém importa
Agora que estou aqui.
O dia que eu partir...
Flores eu vou ganhar
Carinhos e elogios
Creiam, não vão faltar
Amigos, filhos e netos
Todos irão chorar
É sempre a mesma história
Só se muda o lugar.
O dia que eu partir...
Ás vezes serei lembrado
Esquecerão os meus erros
Serão coisas do passado
E virão os agradecimentos
Por uma vida ao meu lado
Haverá muitos suspiros
Por terem me machucado.
O dia que eu partir...
Não será fácil não
Para aqueles que tanto julgam
E vivem dando opinião
Criticam e esbravejam
E me negam afeição
Sentirão muita falta
Desse velho “amigão”.
O dia que eu partir...
Creio que vão lembrar
Quando necessitavam
E vinham me procurar
Eu ajudei a quem pude
Não é feio precisar
Feio é depois disso
Fingir e não se lembrar.
O dia que eu partir...
Não pensem que eu não sei
Pois durante a vida
Creiam, também errei
Queria pedir perdão
A quem eu magoei
E deixar o meu carinho
Àqueles que tanto amei.
Thiago Rosa Cézar
Sopro
O sopro atinge a criatura alada
Que cai de forma desfigurada
O impacto contra o solo a esmaga
E a morte sufraga
O sopro atinge a criatura rastejante
Que fica imóvel distendida
Somente o seu couro agora é valioso
E a morte contempla somente o que sobrou de proveitoso
O sopro atinge o corcel
Que tomba pesado para a direita
Suas patas ficam para o ar
E a morte apenas estar a escanear
O sopro atinge o rapaz
Que vibra em seu último suspiro
Sua mão cai quebrantada
E a morte somente olha desapontada
Decomposição
Sobrou apenas a carne empalidecida
Que já está desfalecida
Que em poucas horas estará hedionda
Não está só, pois tem companhia.
Vieram somente os vermes
Que já estão famintos
A carne está acolhia
O fedor paira sobre o ar
O cheiro se tornou nauseante
A carne estar a desvanecer
Adrenalina
Medo Adrenalina
Guarda corpo, adrenalina
Pés descalços, adrenalina
Mãos tremendo, adrenalina
Gravidade puxando, adrenalina
Vento contra a face, adrenalina
Frio na barriga, adrenalina
Zumbindo na cabeça, adrenalina
Falta de ar, adrenalina
Estimulo cardíaco, adrenalina
Velocidade aumentando, adrenalina
Colisão, fim da adrenalina
Isqueiro
A ferrugem o desfaz
O botão ainda não é utilizado
A enrugada mão o pressiona
O combustível queima
A rodinha de aço gira
O deus fogo surge
Quanto mais leio as Escrituras Sagradas, mais compreendo a sua veracidade; mais cresce a minha intimidade com Deus.
osmarina rosa rodrigues
Vidro
O vento bate na janela e atinge os vidros
Uma sombra se projeta sobre os vidros
Dedos deslizam pelos vidros
Longas unhas arrebentam os vidros
Meus olhos não conseguem ver os vidros
Estou assombrada pela sombra no vidro
Gotas que distrai
A chuva cai
As gotas me distraem
O vento vai
Não consigo segurar o guarda-chuva
A água é forte
As gotas ainda me distraem
Olho para o céu
Caminho sem rumo
A chuva cai
As gotas me distraem
Ando em direção ao rio
Neste tempo sombrio
Amigo invisível
Vejo-te e te conheço
Mas ninguém sabe sobre você
O que será que acontece?
Vejo-te e converso com você
Mas ninguém sente a sua presença
Não entendo essa situação?
Vejo-te e te ouço
Mas ninguém escuta a sua voz
Não compreendo, estou louca?
Orquídeas negras
As orquídeas negras dançam
As margaridas somente olham
As rosas debocham
Os lírios cantam
As orquídeas negras dançam
As petúnias apontam
As begônias apontam
Os cravos falam
As orquídeas negras dançam
As flores do jardim não aceitam
Mas as orquídeas não ligam
Cadeira de aço
Ela esta presa a cadeira de aço
Suas mãos estão atadas
Suas pupilas estão dilatadas
Ela esta presa a cadeira de aço
Seus pés estão frios
Seu corpo está com calafrios
Ela está presa a cadeira de aço
Ela não sabe o que vai acontecer
A cadeira de aço é rígida
Eu e o mundo
Eu posso voar
O mundo não pode me travar
Eu posso correr
O mundo não pode me prender
Eu posso falar
O mundo não pode me calar
Eu posso fugir
O mundo não pode me deter.
Eu posso pular
O mundo não pode me alcançar.
Asas do pégaso
O cavalo branco cavalga
Sem rumo para o infinito
As criaturas o perseguem
O cavalo branco cavalga
O monte Olimpio somente contempla
As criaturas estão perto
O cavalo branco cavalga
Os deuses somente apostam
As criaturas se aproximam
O cavalo branco cavalga
Ele se esquece de suas asas
O problema é maior que sua habilidade
As criaturas o alcançam
O cavalo branco cai
As criaturas o devoram
E os deuses somente observam
A garota
A garota chega e o elogia
Ele somente agradece
A garota chega e lhe dá a mão
Ele somente a saúda
A garota chega e lhe dá boas vindas
Ele somente acena
A garota chega e se aproxima
Ele somente a escuta falar
A garota chega
Ele somente se levanta e saí
A garota chora
A maçã que desapareceu
A fome dilacera o estomago das pessoas
Existia dentro da cesta uma maça
A fome trás alucinações
Existia dentro da cesta uma maça
Eles afirmam que a maça estava lá
Existia dentro da cesta uma maça
Cinco dias de fome
Existia dentro da cesta uma maça
A maça desapareceu
Ninguém viu a maça
A fome e a loucura riem das pessoas
Cadê a maça?