Poemas de Romance

Cerca de 3927 poemas de Romance

Estar apaixonado é diferente. Um diferente bom, mas estranho.
Tudo parece ser uma indireta: um documentário no televisor; uma cena de um filme ou até seu próprio pensamento.
É estranho para um adolescente de poucos anos estar escrevendo sobre amor – O que ele sabe sobre amar? – E eu te respondo com toda a polidez possível; Estou mais perdido do que uma lágrima na chuva, um sopro numa ventania ou um adolescente num site de escritores e leitores.

Inserida por Jairo

Dois meses...

Somente que nos conhecemos, meramente um detalhe momentâneo rs;
Você é uma pessoa incrível e merece alguém incrivelmente incrível (EU) kkk
Se tornou alguém muito importante em minha vida e quero que dure, que dure muitoo tempo;
que seja nós,
que seja eu e você,
que seja a Larinha no meio,
que seja você até o dia em que Deus não permitir mais;
ter um sentimento assim é sempre memorável, até porque o amor é lindo e ele não deve ser desmerecido por dores anteriores;
O fato é: amo você.

Obs.: 22/04

Inserida por ketcunico

Insônia

Café amargo, sono escasso.
Mente sã, coração descompassado.

Resgato no silêncio da noite
O que resta das lembranças
Que com amor eu preservei.

As estrelas, que sem protesto
Observam a mente aquietar
São testemunhas da confissão
Que o sono não deixou eu proclamar.

Inserida por IcaroApoema

Uma guria como ti é difícil de se encontrar porém fácil de se perder.

Inspiração:Ana Gabi Fior❤

Inserida por EsquarciniVinicius

►Eu queria

Pequena, que alegria estou sentindo
Olhando suas fotos, sinto até um arrepio
Seu sorriso, vejo ele em todas elas
Parece até ser a sua marca registrada
Queria ser um artista, para desenhá-lo
Colocá-lo em minhas paredes, em pintura
Queria, pequena minha, queria.

Pequena, perdão a carta, me sinto sozinho
Com o celular em mãos, penso se te ligo,
E essa indecisão se transforma em uma novela
Se me perguntar, pedirei para que retorne para casa
Não aguento vê-la só em fotos, quero o seu abraço
Segunda a sexta sem estar contigo é uma tortura
Queria, pequena minha, queria.

Pequena, pensando bem, nossa história parece um livro
Nos encontramos pelo acaso e alcançamos o infinito
Sinto aqui o calor eterno de nossa pequena vela
E, suas fotos só comprovam que vivo um conto de fadas
Vontade não me falta, moreninha, de lhe dar vários amasso,
Enquanto, sob a areia, deixamos nossos passos, nossa assinatura
Queria, pequena minha, queria.

Inserida por AteopPensador

⁠Lagarteando
“Casei
Engrandeci
Achei que era eu
Dona de meu nariz
Agora
Senhora
Dona das minhas horas
Só eu não sabia
Que neste ensejo
Era outro fruto”
Aprontei-me, modifiquei o tom de voz para cara metade, dona do
mundo, de mim, dos outros em meu caminho.
Acima dos conselhos, arrastando outro sobrenome que nunca residiu em meu nome e escolhi:
– Qual carne, senhora!? Filé, contrafilé, alcatra, coxão-mole?
Pensando: ”coxão-mole jamais, nunca...”
– Que é isto aqui?
– Lagarto senhora.
– Tá bonito. Quanto pesa?
– Dois quilos.
– Pode cortar em bifes de um dedo de espessura (cara-metade gostava).
Pronto, dei ordem, criei coragem. E o pior, ele obedeceu,vendeu e eu comprei a idiotice.
Aprontei a mesa, taças com haste longas, toalhas de linho, porcelanas dos antepassados, purê de batatas com queijo roquefort à luz de velas.
Frigideira ao fogo, azeite espanhol para fritar e os bifes de lagarto, com um dedo de espessura enrolaram como orelhas.
Comemos só purê com vinho tinto, culpei o açougueiro e o cachorro passou bem.
As velas derreteram, me envolvi no calor de apaixonar.
Minha sogra não viu, e nesse andamento, não revirou meu lixo. Sucesso apaixonado e estendi minha receita com proveito.
E o dia alvoreceu em paz.
Livro Pó de Anjo
Autora: Rosana Fleury

Inserida por RosanaFleury

⁠A perversidade
Tinha ido ao mercado naquele dia para comprar balangandãns e trama para enfeitar-se no dia do casamento.
Andou,procurou,escolheu e se adornou das melhores peças. Chamaria mais atenção do que a prometida.
De volta para casa notou-se seguida por uma mulher vestida de cinza, de olhos devoradores.
Esgueirou-se pelas paredes curvilíneas da circunferência das ruas, onde as corujas já confabulavam com o anoitecer.
O medo apertou e, na soleira iluminada da porta de alguém desconhecido, parou dominada pelo receio.
O imaginar derramou e observou a rua pacata corcoveando solitária nas sombras do crepúsculo.
Apressou seu caminhar agarrada às suas compras.
A lua iluminou seus passos e avisava que as horas se passavam apressadamente.
Urgiam, latejava em sua aura o temor.
Avistou sua moradia e mesmo atrasada seu coração aquietou-se. Chegou, pôs a chave em casa, entrou e ela apareceu entre as grades do portão vestida de cinza, de olhos vorazes, se ofereceu com voz macia.
Sua presença imaginária anunciou:
– Esqueceu-se do perfume senhora.
– Não quero mais nada, já basta.
– Nada é falta, compre minha essência.
E ela comprou a profundeza dos cheiros.
No dia prometido perfumou-se de ausência e madrugou morta.
Livro Pó de Anjo
Autora: Rosana Fleury

Inserida por RosanaFleury

⁠Lorena


Preciso Sentir seu leve toque em meus lábios.
Como se não houvesse amanhã,
Acariciar seus cabelos numa fria manhã.

Preciso sentir seu abraço acolhedor.
Pois ele me ajuda a esquecer toda a dor.

Dor que me faz lembrar da minha infância.
Porém, só tu me faz ter confiança.

Confiança em querer continuar.
Esta minha vida sem hesitar.

Tú és um mulher tão plena.
Com o belo nome... Lorena.❤️

Inserida por GabrielIsel

⁠O medico e o escritor
Era uma vez, na perdida do tempo, se encontraram o médico e escritor.
E na lasca do destino sentaram-se juntos e formataram uma prosa.
E no dialogo, ao findar da noite, perguntaram-se:
– Me esqueci, o que você faz mesmo? O outro respondeu:
– Eu curo os defeitos do homem, sou médico.
– Você cura o quê?
– Os enfermos.
– Quais enfermos?
– Enfermos do corpo, os do espírito somente Deus cura. E você, o que faz?
– Eu escrevo o pensamento do espírito, a ilusão, palavras de sentimento, a percepção das pessoas perante a vida.
E o médico diagnosticou:
– Então, concluindo, somos todos enfermos! Eu vendo o diagnóstico e você atravessa com palavras de consolo.
– Não, doutor. Deus nos criou perfeitos, a concepção nos fez imperfeitos.
– Então, para ser medico também tem que ser escritor. O literato respondeu:
– Há várias formas de cura, a física e a espiritual.
– Então o que nos une no mais profundo?
– A dor é o que nos prende. Você, médico, acalma e silencia esta dor. O escritor roda no escrever sobre o caminho delineado do existir. De onde “derivou” a dor, as expressões enfermas, a “trajetória agonia” do quotidiano que gera toda a moléstia.
Livro Pó de Anjo
Autora: Rosana Fleury

Inserida por RosanaFleury

⁠ Morta

Eu sonhei com você
Mas você não existe
Tem sua cara quadrada
Mas
Possui minhas palavras
Tão sonhadas
Sonhei profundo
Desejei demorado
E os movimentos
Que articulou
Eu inventei
Para você fazer
É imaginário
Não existe
Resiste em meus pensamentos
Voa sobre eles
Mas você não existe
É ilusão
É minha invenção
Sobre o seu calor em meu corpo
Você não existe
Resiste
Mas agora vou desistir


Em sonhar
Sobre você
É só mentira
De um corpo vivo
Sem alma
Sem vida
Para viver
O que sinto por você.
Livro: Não Cortem Meus Cabelos
Autora: Rosana Fleury

Inserida por RosanaFleury

⁠Um brinde a esta noite bela
Cheia de velas e duas esbeltas taças de vinho
Uma garrafa na mesa e ao lado dela sentados dois bobinhos
Chamaste meu nome pelo alvorecer
Não consegui perceber
Você estava distante
E eu não pude evitar
Você gritou por amor
Eu não pude escutar
Assim seu socorro não chegou
E a segunda taça se quebrou
Junto com a ela você me levou
Com os cacos me feriu
E meu coração se partiu
Assim como aquela linda taça
Que se e stilhaçou
E dos reflexos o vi partir.

Inserida por savyo_aguiar

⁠Me diz, o que você precisa?
Tenho humor,café e aquela brisa.
Se faltar alguma coisa? Eu tô aqui! Você me ensina.

Podemos dividir vitórias e derrotas,futuro e presente.
O passado já me ensinou,vou fazer diferente!

Me aceita como sou e eu te aceito como é!
Amar tá difícil,mas na gente eu tenho fé!

Deixa minha intensidade bagunçar sua organização e eu deixo tua coragem desafiar meus medos!

Se você quiser já podemos entrelaçar os dedos!

Inserida por EvertonBarbosa


“A cidade dos Muros"

Na sua vida muros
Minha vida pontes
Ultrapassar
Indecisão
Te esperei
Aos pés das pontes
Você não apareceu
Ficou rente aos muros
Não me viu
Talvez estivesse
Me esperando
Assim
É mais romântico
Murros quero dar
Destruir estes muros
Para que me veja
Te esperando
Nas pontes
Interligando canais
Navegue entre eles
Como todo carma
Talvez algum dia
Nos vejamos em
Veneza
Nesta hora
Tenho certeza
Seremos carnais
Ou
Assim
Murros quero dar
Destruir muros
Ficar somente pontes
Interligando canais
Como todo carma
Te espero em Veneza
Ou
Assim
Vou destruir muros
Para que me veja
Navegue nos canais
Carnais
Talvez algum dia
Nos vejamos em Veneza.

Livro: Não Cortem Meus Cabelos
Autora: Rosana Fleury

Inserida por RosanaFleury

⁠ Não Sei

Eu não sei se o que você sente
É tão intenso
Como eu sinto
...mas...
Você não quis sentir comigo
O quanto sinto por você
Virtual
Antigo
Metafórico
Platônico
Muito econômico
Talvez
Até impossível
...e você diz:
...você é rica!
Respondo:
Minha maior riqueza
Nesta hora
E você
Deixe-me
Me diz:
Não
Não
Não
Você discorda
De brincadeira
Diz:
Sim
Sim
Sim
Sou tão simples
Que lhe mete medo
Há certos sentimentos
Que não têm preço
Mas tem
Um apreço enorme.
Livro: Não Cortem Meus Cabelos
Autora: Rosana Fleury

Inserida por RosanaFleury

⁠ Fale

Se você não quer falar comigo
Não tem problema
Eu falo por você
Nesta hora sua mudez
Vira conto.
Verso,
Metáfora
Aí tenho as rédeas
Sou dono de suas palavras
Impero e domino seus movimentos
Eu olho para você
Você olha em mim
E em versos
Dialogamos
E nos amamos para sempre.
Livro: Não Cortem Meus Cabelos
Autora: Rosana Fleury

Inserida por RosanaFleury

⁠Substantivo imperfeito

O Diabo resolveu ser contemporâneo e fez uma plástica capilar em suas madeixas revoltas. Nada difícil para quem estava acostumado ao cheiro de enxofre. Inalar formol, domar cachos era fácil, somente para ficar plano e formoso.
Decidiu ir ao salão e modificar.
Horas, mais badaladas e promessas do “deus penteador” o irritavam. Para distrair... fez as unhas.
As suas “manicures vampiras”, famintas de “bifes” com o oráculo
edificado na “Romênia” o espetavam.
Paciência sempre foi qualidade infernal e se deitou com ela.
Após seco, o comentado cabelo deslumbrou ao espelho como “Narciso”.
Retificação espelhada em todas as direções, o espetáculo estava nas
ruas.
Era só esperar as considerações.
Cabelos mais escorregadios do que asas de anjos encharcadas. Dormir suspendido como morcego e não amassar o pelo era o único dever de casa.
Mas a vaidade era o pecado que o Diabo mais apreciava.
Exibir a sua tentação achatada e lisa comeria de cobiça os desavisados ao inferno.
A inveja faria sucesso junto aos discípulos mais crédulos. E o Diabo matou alguém por impaciência.
No dia do enterro, só para se exibir, apareceu seguro de seu penteado pensando no sucesso.
Somente o defunto o reconheceu tão falso.
E partiram do planeta, enterrados e irreconhecíveis por instantes naquele dia.
Com todos os diabos universais atrás tocando viola.


Livro Pó de Anjo
Autora: Rosana Fleury

Inserida por RosanaFleury

⁠A roupa dos dias

A elegância sempre aparecia silenciosa.
Não disputava com as cores dos dias nem com o brilho dos céus em tempos de proclamo.
A elegância é muda.
Modificava de estação e nunca de alinho.
Misteriosa e sem explicação.
Discreta e sabiamente sensacional, a elegância tinha seu espaço sem brigas no mundo interrogado.
Ardilosa era a verdade desvestida.
Sem medos e sustos desfilava com finura.
Era mágica, emblemática, sem artifícios.
Acordava faminta e dormia com todas as dúvidas sangrando.
Não, nunca, jamais queria ser reconhecida e seu caminho de fuga era desaparecer.
A elegância induz sem duelos.
O artifício era ser semelhante e macia, como um idêntico caçador. A elegância não era loura nem trigueira, transpirava calada e nos encontramos.
Meu coração não acelerou, a pressão permaneceu inalterável, o estômago não borbolhetou anseios, inalterou e persistiu no mesmo lugar.
Fiquei a olhar se aproximar toda emudecida, sucumbindo ao total silêncio.
E todos os ares emudeceram, a elegância estampou serena, densa e indissolúvel.
Tinha os olhos pequenos, obliculares, maquiados de preto.
No mimetismo que a escondia ela desfilou manchada por segundos,
com cuidado entre as burcas do capim cerrado. Tive inveja do ser bicho.
Onça.
E o animalesco da covardia em mim passa a permanecer e desafiar
a benevolência, somente aspirando bom gosto.


Livro Pó de Anjo
Autora: Rosana Fleury

Inserida por RosanaFleury

⁠Um lugar... Com aspiração

Quando o mês de Julho chegar, estarei com vocês.
Quando Setembro anunciar, verei as Cavalhadas de Corumbá de Goiás pela primeira vez.
Quando Dezembro espalhar, ficarei na praça debaixo do flamboyant, me escondendo das tardes em choro, das chuvas mornas encharcando meus cabelos.
Estarei submersa na terra. Sentirei seu cheiro.
Acalmando minha ansiedade. No fruto de minha gente.
E nas estações, meus pensamentos constroem pontes de uma viagem internacional ao Corumbá de Goiás, todos os dias, incessantemente. E não me canso, me frustro.
Verei Anita já crescida, dançando em sapatilhas de ponta. Victor apaixonado pela certeza das horas.
Amarei as minhas orações desnudas e farei promessas a Nossa Senhora da Penha.
Ela me ouve.
O ensaio das vozes do coral irá convidar retumbar em minhas janelas e de meus olhos trincados escorrerá balsamo.
Virarei histórias na voz de todas minhas tias.
Amarei o jiló da horta de minha casa, onde Sebastiana plantou e Narcisa aguou.
E tudo aparecerá novo e inconfundível em minha memória.
As corujas visitarão meu alpendre e ficarei admirada com sua
elegância reservada.
Acordarei cedo e irei contemplar a neblina do planalto central. Admirarei as mangueiras retorcidas, centenárias, os muros de adobe, e não me sentirei invadida, namoro a minha solidão.
Vou cozinhar esta ideia, servir a todos com guariroba e pequi na margem arborescida do Rio Corumbá no cerrado.
E dizer que amar é acolhedor, descansado no silencioso do Goiás. E minha saudade acordará do choro de mil dias.
Se navegar, acontecer, a Deus pertence, mas aluguei na vida, momentaneamente, de passagem, enquanto existir um lugar para amar.
Livro Pó de Anjo
Autora: Rosana Fleury

Inserida por RosanaFleury

⁠Identidade

Tem paixão
Pitadas de loucura
Com volúpia

É líquido
Intenso
Momo
Resoluto
Absoluto
Penetrante

Tem mais versos
Para você
Do que imagina
Você não imagina
Você voa perdido
Não tem magia

Vive fechado em si mesmo
Recolhido em egoísmo
Não revirou
minhas páginas
Não se interessou

Somente em si olhou
E não me admirou
Não viu minhas cores
E nem disse palavras mágicas

Sai de mim
Não sou seu encosto
Nem empresto minhas cores
A quem desbotado vive.


Livro: Não Cortem Meus Cabelos
Autora: Rosana Fleury

Inserida por RosanaFleury

⁠ Amanhã
Amanhã é outra história.
Amanhã é outro dia.
O descortinar é diferente.
Observe:
Difere dos outros dias
Das tardes
Dos céus cobertos
Ou encobertos
Simplesmente
É outro dia
Outra decisão
Outras palavras
E não foi tudo em vão
Não aconteceu nada
Mas é outro dia
Porque:
Nenhum dia pela manhã é igual
Nem você é igual
A todos os dias
E único.
Profundamente
Especial.
Livro: Não Cortem Meus Cabelos
Autora: Rosana Fleury

Inserida por RosanaFleury