Poemas de Revolta
REVOLTA NA SOLIDÃO
quero chorar de tantas saudades
correr na rua gritos de solidão
xingar a vida de pedaços de fel
marcar com sangue este papel
quebrar a cara que se faz o olhar
cego finge cer quando perto de mim
a revolta antes chama agora é fogo
pronta pra fazer você queimar
se perguntar não tenho respostas
explicação dar quem é culpado
no seu lugar é melhor se preparar
que a dor da mente pode até matar
na loucura de um pensamento
você pode ser suspeito assassino
não maltrata-me solidão
sozinha estou em depressão
A revolta não é a solução para enxergar a saída e nem de se encontrar em qual quer parte;
A compreensão entrelaçada com a fidelidade é primordial aos princípios da dignidade;
Sou meu ponto forte para entender meus erros e também sou minhas certezas para escolher meus caminhos;
Revolta de Pierrot
Se faz ausente em noite fria,
Colombina foi atrás do arlequín,
Enquanto eu Pierrot, triste tadinho de mim,
Mas para ti colombina, deixo só uma violeta,
Recusou o meu amor, então fui atrás da Julieta.
Nos corações primatas ainda bate uma fagulha de revolta .Por deixar de ser macaquitos ?
Independência ou Morte
Às vezes a gente quer tanto da vida! Resignação é aceitar sem revolta quando não convém, quando não é a hora ou quando não pode ser.
... e a gente tenta aprender...
[Canção da Revolta]
...E se piedade vos sobrar,
tende piedade vossa
que não sois assim
tão poderoso.
Que vossos filhos
são degenerados, porque
não soubestes ser pai
e eles se perverteram.
Tende piedade vossa
que cometestes erro ainda maior:
Aprisionastes almas de poetas
em corpos de homens.
Tende piedade vossa
que os feitos à vossa semelhança
são vampiros insaciáveis.
Tende piedade vossa
que há gente com fome,
gente com medo,
gente com sede e frio,
e um dia essa fome se transforma em ódio,
esse medo vai se defender e atacar,
essa sede vai ser de vosso sagrado sangue,
esse frio vai querer se aquecer no calor da revolta.
E se mais piedade vos sobrar,
tende piedade vossa que não sois
o deus carinhoso com que eu sonhei
Que sois mal e vingativo,
que castigais quando devíeis perdoar.
E se piedade vos sobrar
tende piedade vossa,
que necessitais muito mais de pena
do que nós, míseros sofredores.
Má sorte
Nego a sorte, de não ter o que não tive;
Quanta revolta, do quanto que não vivi;
Sempre de mim, bendita dor se escondeu;
Arrasto o porte, plo chão onde não estive;
Findo da vida, porquanto não existi;
Achar tentando, o que nunca se perdeu.
Tédio
Acho que devo me recompor
E vestir-me com minha loucura
E revolta novamente
Ando acomodada de mais ultimamente.
Eu quero desafios,
Quero obstáculos,
Quero um novo combustivel
E alguém do meu lado
Para vencer comigo.
Quero gosto de sangue na boca
E medo de que tudo dê errado
Para que quando tudo finalmente der certo
Eu possa ter orgulho
De uma grande vitória
E não de apenas mais uma mediocre e tediosa
História onde "todos vivem felizes para sempre".
A realidade é amarga
E no fundo no fundo eu gosto disso
Porque quando em raros momentos
Experimentamos o doce
Ele se torna mais do que fantastico
Se torna perfeito.
ontem
Houve um dia em que eu quis parar, um dia onde minha revolta se voltou pra mim;
Houve um dia em que eu quis deixar de ser verdade, deixar de ser pro-ativa ,deixar de ser emoção;
Houve um dia que eu questionei meus princípios,onde eu abri mão;
Nesse dia em que o sentido se fez ausente,surgiram as palavras mais doces, e as poesias mais coerentes,surgiram também saudosas fantasias de um mundo paralelo e relatos irônicos sobre a autenticidade de meus desejos;
Nesse dia a dúvida se fez autoridade, o medo se fez amigo e a vontade obrigação;
Houve um dia em que eu quis parar de ser momento,parar de ser faísca,parar de ser tudo isso que sou;
Houve um dia em que eu quis ser a metade ,ser menos verdade e mais sorrisos ,ser somente solidão;
Houve um dia em que eu deixei o lápis, amassei o papel, apaguei as luzes e guardei tudo dentro de mim;
Nesse dia surgiram as palavras mais doces, nesse dia eu desisti.
Revolta
Terra de Deus
Cidade dos poetas ocultos,
das injustiças, calunias
e das desinformações
Sonho em tiver independente
Descaso, exploração, migalhas
Por que esta realidade imposta?
Isto não mim agrada canalhas!
As noites são encantadas
Pacata quando é necessário
Onde o justo não tem salários
Futuro de um bon vivant
Sonhar é perigoso demais
Esta ela tua realidade Ibitupã.
Revolta!!!
Como nos dizia o nosso querido e saudoso amigo, Zeca Afonso. -"Eles comem tudo e não deixam nada!"... Como ele estava enganado! Finou-se sem se ter apercebido da dimensão! dos COMILÕES! que vieram depois daqueles a que se referia! Que se revezam e ainda lá se encontram!!!
Um poeta se inspira na tristeza,
Na indignação de uma revolta
Na ausencia misteriosa de uma certeza
Quando se sente abrir uma porta
Quando se está feliz
Com o coração mordaz e acrescido
Não tortura sua cicatriz
Pois o amor o tem vencido
Ao acabar a inspiração
Pelo excesso de alegria
Sabemos que é rápida a empolgação
Pois não haverá constância todos os dias
Mas a falta de constância
Fomentará ainda mais a razão
Para darmos toda a importância
Aos sentimentos do coração
Quando se está triste
não hesitamos em usar o vc
Porém é interpretativo o sentido
E depende de quem vai ler
Mas levo comigo
O meu eu lírico
Demasiadamente angustiante
Mas no fim se aprenderá uma experiência
E não a nada mais estimulante.
È difícil passar pra um poema, tudo que eu sinto
Até mesmo porquê,eu quero rimar
Mas espero que saiba que eu não minto
As palavras parecem pouco pra quem escuta
Mas nesse momento é a unica saída para o escritor
E a minha razão para escrever isso
È saber que você sentiu de novo sua alegria
E deixou de lado sua dor
Eu ainda não posso dizer daqueles nossos momentos
Que na integra ainda nem existiram
Mas posso falar de nossos diálogos
Que de maneira inesperada fluíram
Os dias passam e parece que aumenta mais
A expectativa e uma confiança
Que geram uma ansiedade angustiante
Porém é algo bom que trouxe mudança
E agora não sou a mesma de antes
Num ato de revolta e desespero,eu rasguei suas fotos,eu joguei fora o vidro vazio de perfume que eu guardava para quando eu estivesse louca de saudade,pudesse lembrar de você.Eu apaguei todos os emails,te exclui das redes sociais,exclui seu telefone.E olha só que ironia,depois de fazer tudo isso,sinto sua fata com a força mais certa e vibrante.
Fazer o que se eu sou uma idiota mesmo,lembro de você,desejo você,quero você a cada dia com mais força e intensidade.Mas é assim quando amamos né...?
Não há como se desligar quando achamos que é a hora certa,na realidade o amor sempre baterá fundo para nos lembrar mais uma vez que ele está ali,que ele sempre esteve ali e que provavelmente estará eternamente.
As memórias de tudo que vivemos ,tudo que compartilhamos estão intactas,estarão sempre intactas,guardadas a sete chaves no vazio da minha dor,da minha saudade,das minhas lembranças,do meu viver hoje sem você.E como não olhar pra trás...?Eu confesso que não há como seguir e conseguir não olhar pra trás.
E que tipo de coração consegue fazer isso?
Que tipo de coração esquece e deixa de se emocionar com todos os melhores momentos de sua vida,vividos com quem mais amou?
Que coração não bateria mais forte,acelerando e pulsando saudade quando a música que marcou uma história com momentos perfeitos tocasse?
Que coração resistiria antes de dormir não fechar os olhos e lembrar de um rosto?
Que coração não visitaria com os pensamentos aqueles lugares que protagonizou cenas tão perfeitas de amor?
É...realmente não consigo seguir essa regra,a regra de conseguir,de nunca mais lembrar,nunca mais sentir,nunca mais amar...de nunca mais amar você.
O PINTO REVOLUCIONÁRIO
Pinto que pia
Pia esse pinto revoltado
Pia e cria
Revolta quem manda no pecado
Pinto coitado!
Revolta quem manda no pecado
Pia safado!
Provoca piando e calado
Pinto cuidado!
Provoca piando e calado
Pia seu brado
Piando acaba ajaulado
Pinto calado
Piando acaba ajaulado
Foi alegado
Sumiu esse pinto, algemado
Poesia feita de pó de histeria,
com pitadas de revolta e anarquia,
duas colheres de insatisfação coletiva,
untada com distorções e microfonia
dissolvidos em um megafone que berra
contra o inerte e apático padrão de vida pseudo estético
e esta pronta a receita de um Vandalismo Poético...
TRANSLÚCIDA
Lágrima
Desce célere
Como um títere
Bélico.
Íntima
Revolta póstuma
De um esforço máximo,
Titânico.
Fátima,
Pode ser vítima
E Maria a última
Afrodisíaca.
Tétrica
Tentativa do décimo
Soluço de Eurídice,
Lúbrico.
Vértice,
Num eterno ósculo,
Intenso e místico,
Melódico.
Lástima,
Que dareis em dístico
Ao meu pranto satírico?
Fétida!
Música,
Aos ouvidos, mítica;
No Coração, apoteótica,
Ágape.
("Translúcida": http://wp.me/pwUpj-Jr)
E ser revolta
quando se quer um tantinho de mansidão...
ser passageira,
quando no fundo só quer ir ficando...
ficando
e ser rasa demais, quando, de verdade, se quer profundezas
profundidades aconchegantes,
profundidade mais tranquilizadora.
e no fim de tudo, invejar o barquinho,
ficar querendo só de deixar levar pela correnteza.
'relaxa e flui,
barquinho na correnteza'
Existe algo ainda preso dentro de mim.
iêiê ô
só me restaram as dores da revolta
eu mudo...
exerço a loucura, que ainda posso expressar
é um último suspiro
derradeiro gesto de uma vida.
Que minha revolta não vire "pedenga".
Que minha voz chegue ao espelho e retorne ao meu coração.
Ouça que quiser meu protesto.
Um jogo de futebol.
Uma moça.
Uma palavra.
Palavra que fere, palavra proibida e escondida pela vergonha e verdade de muitos.
Macaco.
Casa apedrejada, queimada, família exilada.
Menina grita macaco, borá lá mata a dita cuja.
Quem é o errado?
Eu né, em querer dizer que tá todo mundo errado.
A TV diz:
-Olha, chamar de macaco é errado.
Mas a cor da minha pele antes castigada pela indiferença se torna hoje bandeira para fazerem o que antes fizeram sem culpa e maldade, destruir, rotular e mostrar a verdadeira face do mal que habita no coração daqueles que não sabem amar....