Poemas de Reflexão
Foi na equação dificil e enigmática do amor
que te encontrei.
Entre parênteses negativos e resultados
positivos, és a minha fórmula de vida !
DEUS É BOM O TEMPO TODO
Sonhos são assim:
Descerra, renasce, enterra, nasce de novo e brilha.
Tudo que a fé em Deus, o trabalho e a paciência embala, cresce!
Estou pronta.
Para seguir, para sorrir, para me redescobrir, para recomeçar, para voltar a me reconhecer no espelho, para ser feliz.
O Canto do passarinho
Da minha varanda, ouço o cantar de um passarinho ao lado na floresta que borda a minha casa. Não posso vê-lo, mas posso ouvi-lo e o seu canto é como uma oração, um louvor que perfuma aquele meu instante com essências de serenidade, de paz.
Como o pássaro assim é o nosso coração : cada um tem a sua própria melodia espalhando-a sem saber até onde ela pode chegar ...
"Quem teve o privilégio de viver muito sabe que o tempo é um mestre muito caprichoso. Às vezes, as suas lições são tão repentinas que quase nos afogam. Outras vezes elas se depositam devagar, como a conta-gotas, diante da avidez de nossas perguntas.
E por isso, quem teve o privilégio de viver muito tempo, aprende a olhar com serenidade o turbilhão da vida. Amores ardentes se extinguem, urgências se acalmam, passos ágeis relentam.
Enfim, tudo muda. Muda o amor, mudam as pessoas, muda a família, só o tempo permanece do mesmo modo, sempre passando."
Um minuto eu detinha a chave
Depois as paredes se fechavam em mim
E percebi que meu castelo estava erguido
Sobre pilares de sal e pilares de areia..
DEUS É BOM O TEMPO TODO
No caminho pra ser brando e pacifico
existe uma longa via reta que se chama perdão e vias oblíquas que se chamam sacrifícios.
Tentar ver os motivos das dores
do outro é a placa do caminho
que resulta para nós em imensos benefícios
Ao rei a vida e os bens
devem ser dados, mas a honra
é património da alma,
que pertence apenas a Deus.
CANÇÃO
Viver não dói. O que dói
é a vida que se não vive.
Tanto mais bela sonhada,
quanto mais triste perdida.
Viver não dói. O que dói
é o tempo, essa força onírica
em que se criam os mitos
que o próprio tempo devora.
Viver não dói. O que dói
é essa estranha lucidez,
misto de fome e de sede
com que tudo devoramos.
Viver não dói. O que dói,
ferindo fundo, ferindo,
é a distância infinita
entre a vida que se pensa
e o pensamento vivido.
Que tudo o mais é perdido.
Trenzinho Caipira
Lá vai o trem com o menino
Lá vai a vida a rodar
Lá vai ciranda e destino
Cidade e noite a girar
Lá vai o trem sem destino
Pro dia novo encontrar
Correndo vai pela terra
Vai pela serra
Vai pelo mar
Cantando pela serra do luar
Correndo entre as estrelas a voar
No ar no ar no ar no ar no ar
Lá vai o trem com o menino
Lá vai a vida a rodar
Lá vai ciranda e destino
Cidade e noite a girar
Lá vai o trem sem destino
Pro dia novo encontrar
Correndo vai pela terra
Vai pela serra
Vai pelo mar
Cantando pela serra do luar
Correndo entre as estrelas a voar
No ar, no ar, no ar
Ao longo da muralha que habitamos
Há palavras de vida há palavras de morte
Há palavras imensas,que esperam por nós
E outras frágeis, que deixaram de esperar
Há palavras acesas como barcos
E há palavras homens, palavras que guardam
O seu segredo e a sua posição
Entre nós e as palavras,surdamente,
As mãos e as paredes de Elsenor
E há palavras e nocturnas palavras gemidos
Palavras que nos sobem ilegíveis À boca
Palavras diamantes palavras nunca escritas
Palavras impossíveis de escrever
Por não termos connosco cordas de violinos
Nem todo o sangue do mundo nem todo o amplexo do ar
E os braços dos amantes escrevem muito alto
Muito além da azul onde oxidados morrem
Palavras maternais só sombra só soluço
Só espasmos só amor só solidão desfeita
Entre nós e as palavras, os emparedados
E entre nós e as palavras, o nosso dever falar.
Em plena era nova
Há criaturas que deixaram, na Terra, como único rastro da vida robusta que usufruíram na carne, o mausoléu esquecido num canto ermo de cemitério.
Nenhuma lembrança útil.
Nenhuma reminiscência em bases de fraternidade.
Nenhum ato que lhes recorde atitudes como padrões de fé.
Nenhum exemplo edificante nos currículos da existência.
Nenhuma idéia que vencesse a barreira da mediocridade.
Nenhum gesto de amor que lhes granjeasse sobre o nome o orvalho da gratidão.
A terra conservou-lhe, à força, apenas o cadáver – retalho de matéria gasta que lhes vestira o espírito e que passa a ajudar, sem querer, no adubo às ervas bravas.
Usaram os empréstimos do Pai Magnânimo exclusivamente para si mesmos, olvidando estendê-los aos companheiros de evolução e ignorando que a verdadeira alegria não vive isolada numa só alma, pois que somente viceja com reciprocidade de vibrações entre vários grupos de seres amigos.
Espíritas, muitos de nós já vivemos assim!
Entretanto, agora, os tempos são outros e as responsabilidades surgem maiores.
O Espiritismo, a rasgar-nos nas mentes acanhadas e entorpecidas largos horizontes de ideal superior, nos impele para a frente, rumo aos Cimos da Perfectibilidade.
A humanidade ativa e necessitada, a construir seu porvir de triunfos, nos conclama ao trabalho.
O espírito é um monumento vivo de Deus – o Criador Amorável. Honremos a nossa origem divina, criando o bem como chuva de bênçãos ao longo de nossas próprias pegadas.
Irmãos, sede os vencedores da rotina escravizante.
Em cada dia renasce a luz de uma nova vida e com a morte somente morrem as ilusões.
O espírito deve ser conhecido por suas obras.
É necessário viver e servir.
É necessário viver, meus irmãos, e ser mais do que pó!
(Psicografada por WALDO VIEIRA. Sobre o CAP. XVIII – Item 9 do ESE)
É preciso afugentar com ímpeto esse medo do Inferno
que perturba profundamente a vida do homem,
estendendo sobre tudo a lúgubre sombra de morte
e não deixando existir nenhuma alegria serena e inteira.
Uma vida é só uma vida
só uma vida é vivida
melhor se for dividida
e tudo mais é só
e tudo mais é
e tudo mais
e tudo
e
Você negro, eu branca
E ainda tem o pardo, amarelo, índio
Você homem e eu mulher
E ainda tem o trans, o gay e a lésbica
Você doméstica e eu escritora
E ainda tem os médicos, professores e dona de casa
Você com depressão e eu com ansiedade
E ainda tem os bipolares e esquizofrênicos
Você mãe e eu filha
E ainda tem os irmãos, primos e pais
Você de aparelho e eu de óculos
E ainda tem os cegos, surdos e paralíticos
Independente de quem somos, todos fazemos parte de uma mesma sociedade.
Se lembra quando a gente chegou um dia acreditar que tudo era pra sempre sem saber, que o pra sempre sempre acaba....
Mas nada vai conseguir mudar o que ficou
Quando penso em alguém só penso em você e aí então estamos bem...
Queria realmente ser um anjo,
Ter a bondade nas faces,
A sabedoria no olhar,
Saber sorrir, saber confortar,
Saber entender os aflitos, saber ensinar.
Ir ao encontro de todos, e a todos amar...
Queria realmente ser um anjo
Sorrir ao ver a ventura do vencedor,
Se emocionar com o desespero do perdedor.
Beijar a face daquele que suplica
E aplacar a raiva do inimigo cruel.
Por fim, queria realmente ser um anjo
E poder quebrar todas as regras celestiais
Sentir o amor único, e exclusivo,
E chorar por todos os demais
Queria somente ser um anjo
Que ama você e nada mais.
Como é difícil descobrir que ser muito bom não é ser bom o bastante.
Difícil de saber o porque de dar tudo errado quando faz-se tudo certo.
Ou ainda saber que seu conceito de certo estava errado, e que é preciso uma mudança... mais uma mudança.
Como é ruim sentir-se perdido quando pensou ter se encontrado.
Contudo, como é bom chegar a conclusão de que não existe bom o bastante,
de que nada precisa mudar,
e de que os conceitos certos é que estão perdidos.