Poemas de Reflexão
Viver, viver e ser livre. Saber dar valor para as coisas mais simples. Só o amor constrói pontes indestrutíveis.
A maior pena que eu tenho, punhal de prata, não é de me ver morrendo, mas de saber quem me mata.
Ela queria saber o que naquele momento estava passando em sua mente, de que maneira ele pensava nela. e se, ao arrepio de tudo, ela ainda era querida por ele.
Nunca se pode saber de antemão de que são capazes as pessoas, é preciso esperar, dar tempo ao tempo, o tempo é que manda, o tempo é o parceiro que está a jogar do outro lado da mesa e tem na mão todas as cartas do baralho, a nós compete-nos inventar os encartes com a vida...
O importante não é dizer, é saber. Cartas coisas não se dizem, porque dizendo, deixam de ser ditas pelo não-dizer, que diz muito mais.
Se observarmos uma pessoa com suficiente atenção, acabaremos por saber mais a seu respeito do que a própria pessoa.
Pertencia àquela espécie de gente que mergulha nas coisas às vezes sem saber por quê, não sei se na esperança de decifrá-las ou se apenas pelo prazer de mergulhar…
Pensava que escrevia por timidez, por não saber falar, pelas dificuldades de encarar a verdade enquanto ardia, arvorava, arfava. Há muitos que ainda acreditam que começaram a escrever pela covardia de abrir a boca. Nas cartas de amor, por exemplo, eu me declarava para quem gostava pelo papel, e não pela pele, ainda que o caderno seja pele de um figo. O figo, assim como a literatura, é descascado com as unhas, dispensando facas e canivetes. Não sei descascar laranjas e olhos com as unhas, e sim com os dentes. Com as mãos, sei descascar a boca do figo e o figo da boca, mais nada. Acreditei mesmo que escrever era uma fuga, pedra ignorada, silêncio espalhado, um subterfúgio, que não estava assumindo uma atitude e buscava me esconder, me retrair, me diminuir. Mas não. Escrever é queimar o papel de qualquer forma. Desde o princípio, foi a maior coragem, nunca uma desistência, nunca um recuo, e sim avanço e aceitação. Deixar de falar de si para falar como se fosse o outro. Deixar a solidão da voz para fazer letra acompanhada, emendada, uma dependendo da próxima garfada para alongar a respiração. Baixa-se o rosto para levantar o verbo. É necessário mais coragem para escrever do que falar, porque a escrita não depende só de ti. Nasce no momento em que será lida.
Minha maior dor é não saber fazer a única coisa que me interessa no mundo que é amar alguém. Me perdoa por eu querer de uma forma tão intensa tocar em você que te maltrato. Minha mão acostumada com um mundo de chatices e coisas feias fica tão gigante quando pode tocar algo lindo e puro como você, que sufoca, esmaga e estraçalha. Me perdoe pela loucura que é algo tão pequeno precisando de amor e ao mesmo tempo algo tão grande que expulsa o amor o tempo todo. Eu sou uma sanfona de esperança. Eu tenho estria na alma.
As pessoas querem saber o segredo do meu sorriso, da minha força, da minha fé... E querem saber de onde eu tiro as palavras, de onde eu tiro tanto amor, onde que achei a receita pra aceitar os problemas com felicidade. Então eu respondo: em Deus!
Escrevo porque é uma necessidade. Preciso me entender, saber o que são esses milhões de sentimentos que sinto a cada minuto e me deixam confusa. Gosto de saber o que se passa dentro de mim, e nada melhor do que ver meus sentimentos transformados em palavras, para assim eu poder interpretá-los, e descobrir porque eles me deixam tão confusa.
"É-nos impossível saber com segurança se Deus existe ou não existe. Por isso, só nos resta apostar. Se apostarmos que Deus não existe e ele existir, adeus vida eterna, Alô, danação! Se apostarmos que Deus existe e ele não existir, não faz a menor diferença, ficamos num zero a zero metafísico"
Talvez amar seja outra coisa. É mais do que apenas se sentir leve e livre. É saber que o coração dos outros não é seu. Não lhe pertence, porque não é um contrato. A cada dia você deve merecer e dizer. E mais importante, deve fazer o outro sentir. E compreender pelas respostas que talvez seja necessário mudar. Talvez, amar seja abandonar quem você é para encontrar o caminho de quem você pode ser. Só talvez.