Poemas de quem Deu um Fora

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Meu coração por vibra por você
Anos que eu penso em você
eu fui fraco, não tive coragem de dizer oque sentia
talvez seja isso a sua total desconfiança
mas como pode alguém que ama ?

ser tão corajoso ? o amor nos deixa bobo
tão fraco, pensando que somos o pior de todos
todos os dias me arrependo de ter adormecido você
todos os dias eu queria ter você
todos os dias eu sou para você !

eu não sou a melhor pessoa do mundo
nem a pessoa mais perfeita
eu sou o cara que não lhe deseja pela beleza
eu sou o cara que lhe deseja pelo fogo da paixão
que arde em mim desde que possuía 15 anos

o cara que sempre te zuou na escola era porque não tinha
coragem de dizer o quanto lhe amava
eu sou o cara que está digitando esse mero poema para você !
o cara que tem um lado que você não conhece que está disposto
a lhe mostrar !!

você é meu poço de confusão, então eu quero ser a luz da sua escuridão
eu sou disposto a mudar por você, eu sou disposto a mudar o mundo por você
é estranho ler palavras de alguém que sempre esteve na sua vida como o vento
alguém que sempre como vento passa em sua vida e depois some
mas dessa vez eu estou aqui !!!

eu cresci, mudei, apanhei, vivi, sobrevivi, tudo para ser preparado para você
eu anseio pelo seu amor !!
Bom hoje você saberá oque 1.500 pessoas que curte uma pagina não sabe
escrevi isso para você

Inserida por Wesleymendes52

Minha mente cria várias confusões
Mas como pode eu disermir quais decisões?
Entre o certo e o certo eu encontro o erro
Pois será oque nos achamos certo é um acerto?
Me levo dentro de várias parábolas
Como pode um homem tão falho levar nessa vida de fábulas aonde ele pensa que suas falhas são acertos
Meu deus do céu me ajude a pensar direito.

Inserida por Wesleymendes52

Como podes uma mãe um beijo o filho negar
As vezes sou ignorante só para me aliviar
Meus pensamentos vai além da minha própria imaginação
Me sinto um filho excluído até então
As vezes não consigo nem pensar somente ignorar
Queria que as pessoas tivesse mais visão
Como posso eu esconder o meu próprio eu em meio a população?
Queria ser liberto para dizer e fazer oque penso
Mas todas as vezes acabo libertando meu ódio intenso
Queria saber me expressar sem brigar
Mas infelizmente enquanto meu eu me dominar só me resta digitar
Escrevo poemas não por que sou " viado " e sim porque sou apenas mais um homem frágil
Queria eu poder falar oque penso sem ser julgado
Mas oque me resta é escrever poemas no anonimato !

Inserida por Wesleymendes52

[VAIDADE]

No teu verso
Em miúdos alfanuméricos
O prazo de validade.

Nos meus versos
Em graúdos suspiros
A saudade.

Inserida por FabricioHundou

[DESAPONTADO]

.O mundo acabará da luz que emana dos rios e mares que, juntos, se fazem represa dentro de lâmpadas. Muitas. Lâmpadas, muito acima da nuca, próximas ao nunca, leva ao útero a luz. Luz que amarela o caminho das minhas reticências, das ciências. Eis a minha fria preferência aos pontos finais. Pontos finais são amarrados, feito laço bonito, pelos dedos mais bonitos que jamais vi. Bonitos dedos entrelaçados, perfumados por alcalinos terrosos como se, estes, tivessem bonito cheiro. Cheiro veste todo o corpo de agulha e carne, carne fluida de sangue cor dos fins de tardes. Do céu cai chuvas e chaves – e nenhuma de fenda – que pra eu apertar o balé dos meus parafusos que dançam livres e soltos no eixo do desleixo da minha cabeça. Cabeça, cesto fundo para guardar os nexos sujos, todos carcomidos de repetição, sem nenhuma palavra nova, pois – tal como as lâmpadas – na minha cabeça o mundo acaba em luz – e não em pontos finais.

Inserida por FabricioHundou

O MENINO QUE O VALE LEVA

"Você nunca volta pelos mesmos caminhos. Você, o pequeno menino do vale, também é o grande adulto que leva. E se hoje vai embora - cheio de lentidão na marcha - é porque nunca perdeu o medo de voltar. Sempre soube que, o soluço, é o veredito pujante do perdão digerido. E eu, teimoso como sou, dou conversa ao desespero. Tenho calos por ainda ter cordas, na cabeça, para me pendurar em suas fugas. Corra ligeiro, na cidade que há em mim, com todas as suas coisas que vão perdendo o cheiro, exalando o melhor perfume da sua falta. Vale-me muito esse menino. Valei-me...volte! Pois as placas não têm nomes e, as ruas, não têm saídas. Nos fios da barba, há cama para a sua insônia. Riso também é choro. Cacto também se rega. Amor, não se nega".

Inserida por FabricioHundou

PÉTALA POR PÉTALA

"Aprendi a andar sobre à vida sem as mãos, sem nenhum apego ou reflexo de segurança mediante ao perigo. Em minha riqueza de aptidões, a que mais contemplam é a terrível maneira como os cadarços se comportam. Os que se importam: sintam-se importantes. Equilíbrios aos equilibristas. Pra eu que tanto me dou bem e mal - pétala por pétala - sob o papel de malabarista, resta rogar habilidade na dinâmica das instabilidades."

Inserida por FabricioHundou

CARECA DE SAUDADE

Há pouco esmero nesse texto. Há pouco ele cresceu. Crespos, lisos, ondulados: tantos são os caminhos para a saudade. Trançados em raiz, espetados, penteados em et ceteras. E, mesmo em caminhos calvos, é algo que cresce, aumenta, cai. Tal vez, saudade. Cabelo, talvez. Arrepia e embaraça. Saudade é capaz conceber sentimentos de arrepiar e embaraçar qualquer sensatez. Há quem peleje ao pentear os fios desse tempo com o credo latente de que a saudade irá passar. Esforços em vão. Cabelo se corta, saudade também. Saudade logo cresce. O cabelo? Também!

Inserida por FabricioHundou

AMAR - ATO I

"Desde que se tornou verdade, todo medo era apenas mentira, sem parcimônia de sentir a ausência do cais que me era, da imensidão de sorrisos igualmente divididos. Com aqueles braços - que atravessavam-me sutilmente os poros - tod'alma fluía, vestida de lençóis translúcidos, delicados, mas hígidos o suficiente a passar por qualquer espinho sem nem causar ferida, partos e partidas. Partilhas comigo a razão das mais belas canções e da cólera incurável, da falta do ar. Desde que se tornou verdade, tudo se torna...transforma no ato de amar".

Inserida por FabricioHundou

PÃO DE ILUSÃO

"Dona Maria vai à mesma padaria há 43 anos e alguns dias. Essa data traz a agonia inventada pela espontaneidade da vetustez. Alguns móveis da padaria, ao longo da modernidade, foram trocados por mármore gelado e mogno lustroso. Os donos do estabelecimento ainda não foram trocados. O padeiro continua com um semblante frio - tanto quanto o mármore - e a balconista, com a sua pele lustrada pela temperatura dos pães, estende dedos grossos para devolver o troco. Em todos esses anos, os formais comprimentos nunca foram trocados por nenhuma amizade com túnica mais interna. Dona Maria é apenas mais uma velha assídua que sempre compra o mesmo bolo de trigo. Os que estão na padaria, também são apenas os mesmos, apenas são, sem muitas túnicas internas, são superficialmente apenas duas almas sem recheio que Dona Maria vê ao longo de seus 43 anos. Por casualidade, há muitos calendários, Dona Maria vê os mesmos rostos, os mesmos objetos, come as mesmas comidas, veste os mesmos vestidos que cheiram a naftalina. Diga-nos, Dona Maria, diga como era o sol naquela década. Diga-nos, diga com dignidade como as pessoas se trajavam, nos diga sobre os programas televisivos, diga-nos se os corpos eram em preto e branco, diga se havia medo de ter esperança. Conte-nos, conte sobre hoje, conte sobre excesso de cores. Conte-nos como contas as moedas do cofre que guardas em cima da geladeira, qual valor tem a mudança. Para Dona Maria, a dinâmica do tempo não lhe foi muito generosa. Dona Maria aguarda, no cume de sua demência, que nada possa mudar, pois envelhecer é um fenômeno agudo, que esculpe pés de galinha e rugas sem muita cortesia estética. E ela inventa todos os dias mais um dia de monotonia, para que não alcance o desespero de um dia ter de que se reinventar. Dona Maria sabe que a eternidade não se vende em nenhuma padaria, mas que a alegria da ilusão lhe traz a sensação de poder ter desenhar a vida que se quer levar."

Inserida por FabricioHundou

BEM-ME-QUER(O)

De todos os pesares
O mais leve é saber
Que equilibro soluço e canto
Enquanto despenteio flores

bem-me-quer, mal-me-quer
bem-me-quer, mal-me-quer

De todos os panos
Torço e contorço os fios
Para que escorram em minha pálpebra
Encantos de mais uma história

bem-me-quer, mal-me-quer
bem-me-quer, mal-me-quer

Como posso despentear flores
Se em minhas palmas
Cheia de mapas desertos
Eu tenho é dente-de-leão?

bem-me-quer, mal-me-quer
bem-me-quer, mal-me-quer

Se bem me queres
Mal consegues saber
Que bem lhe peço
Ao orixá que tu tanto rogas
Que lhe perdoe
Por ser mais pedra
Do que mar

bem-me-quer, mal-me-quer
bem-me-quer, mal-me-quer

E as minhas pétalas
Que caem tanto quanto os teus fios
Mordem os endereços de nossos abraços
Desertando panos e lençóis de algodão

E as pedras são as mesmas
Ainda que vento só sopre o nunca e nucas
Só se basta o que foi bastante
Seguro em minhas aspas e grito:

bem-lhe-queira, bem-me-quero
bem-me-queira, bem-lhe-quero

Inserida por FabricioHundou

TRUCO

Troquei de roupa
Troquei os passos
Troquei figuras
Troquei os fatos
Troquei de olhos
Troquei de alma
Troquei de cores
Troquei de espelhos
Troquei de braços
Troquei palavras
Troquei de amores
Troquei de pecado
Troquei as bolas
Troquei
Truquei
Retruquei
Aos trocos e devoluções
Não me troco por nada

Inserida por FabricioHundou

Não há veneno que me mate
Não há remédio que me cure
Existem amores que sempre passam
Há, corriqueiramente, aquele que me segure

Inserida por FabricioHundou

FRUSTRAÇÃO

Não esperar muito;
esperar pouco ou
quase nada?

Quanto mais se espera
maior pode ser a sua
frustração.

Quanto menos se espera
menor pode ser a sua
paixão.

Prefiro mil vezes a dor de
me frustrar ao viver sem
me apaixonar.

Vou me frustrar todos os dias
da minha breve vida, mas não
viverei um só deles sem que
meu coração se apaixone.

Se apaixonar pela espera;
esperar pela paixão.

Se frustrar esperando;
esperar se frustrando.

Se apaixonar frustrado;
frustrar o apaixonado.

Seja qual for a escolha,
esperar, apaixonar ou
frustrar: sofrerás
sempre calado.

Inserida por sglima

FÉ NA CIDADE

A felicidade
Do meu povo
Está estampada
Em sacolas
De sorrisos
Biodegradáveis

Inserida por FabricioHundou

FUTURO DE ALUGUEL

Me diga qual é o preço
Para morar no futuro
Que é pra ver se eu parto
Ou continuo com tudo
Me diga quanto quanto é
Já faz tempo
Eu estou pronto
Se custar mais alguns dias
Vou nem que seja
Pra alugar

Inserida por FabricioHundou

BRINCO

"Meu bem, não conte pra ninguém: se eu brincar em sua orelha, viro brinco - ou refém".

Inserida por FabricioHundou

KAROKÊ

É normal pra você
Ter dias
Tão sem nexo
Quanto um clipe
De karokê

Inserida por FabricioHundou

LIVRO EM PELE

Em frente
Ou inversos
Leia
Da primeira
À última pele

Releia-se
Da primeira
À última
Pele
Frente
Verso

Inserida por FabricioHundou

CIDADES ONÍRICAS

"Gosto de tudo o que sou, enquanto caminho para o sono, naquele instante de repouso em que sou apenas mais um tom de vulto. Sou bom em ouvir vento varrendo ruas, em pensar na turbulência dos acasos e em fugir de insônias autorais. Refaço as costuras dos panos que me embrulham, em pensamentos desajuizados, desenfreados. Quando, por fim, durmo, acordo em cidades oníricas e tomo café da manhã com a minha bendita inconsciência."

Inserida por FabricioHundou