Poemas de Pessoas Fortes
Pedido em Acrópole
De doer
Que só
Solidão
Devorando
Tragédia
Comédia
Sempre
Juntos
O solitário
Caminho
De seres
Banais
Banalidade
De seres
Normais
Percepção
De
Desnecessário
Escuridão
Auto- imposta
Tudo
Tão
Naturalmente
Desnatural
Vai Minha Tristeza
Belo
Por si
Pela
Alegria
Por ser
Como é
A fantasia
Como
Pulsação
Fato
Ficção
Viver
De
Sonhos
Como
Gramado
Ao vento
Carteiros de Quadros
Não sei
Talvez sim
Talvez não
Saudades
Sim
Do carteiro
De outrora
A expectativa
Da esperada
Carta-resposta
Lá vem ele
Friozinho
Na barriga
Carteiro
De outrora
Condenado Espaço Confinado
No total
De sua
Plenitude
Ocupa
Todo
O tudo
Sem deixar
Por onde
Egoísta
Em tempo
Integral
Politicamente
Incorreto
Delicioso
Envolvente
O muito
É sempre
Pouco
Infernal
Em sua
Inquietude
Celestial
Na plenitude
De ser
Total
No Meu Passo
Caminha
Caminhano
Pois que deve
Caminhá
Lhe acompanha
Fielmente
Sua pedra
De assuntá
Vez por outra
Paradinha
Tamem tem
Que folegá
Puxa fundo
Pigarreia
Já pensano
Em levantá
Segue em frente
Passo lento
Sua sina
Caminhá
Houve um tempo
De corrê
De caminhá
Apressado
Hoje
Mais sussegado
Andando
Mais divagá
Ora caminha
Ora sussega
Sempre um tempo
De pensá
Capitão de Areia
Garoto abandonado na Bahia é capitão de areia. Capitão de areia, capitão na areia.
Por tanto ter sido deixado pra trás, aprendeu a dizer adeus antes de ser abandonado outra vez. O homem tem mãos para alcançar as estrelas, e não consegue alcançar o menino abandonado do outro lado da rua.
Pelo que Pode Vir
Como foi pensado e discuto como meio físico, o estudo em geral, a busca da verdade e da beleza são domínios em que nos é consentido ficar crianças toda a vida.Tudo o que dorme é criança de novo. Talvez porque no sono não se possa fazer mal, e se não se dá conta da vida, o maior criminoso, o mais fechado egoísta, é sagrado, por uma magia natural, enquanto dorme. Entre matar quem dorme e matar uma criança não conheço diferença que se sinta. No encaixe de sermos seres adequados e antiquados, quando vejo uma criança, ela inspira-me dois sentimentos: ternura, pelo que é, e respeito pelo que pode vir à ser.
O Texto.
Existe uma frase e ela é bem pertinente para àquele que sai para colecionar mulheres. Aquele que conheceu apenas a sua, sabe mais de mulheres do que aquele que conheceu mil. A companhia é algo que não nos faz sentirmos sós, e a companhia da multidão é nociva: há sempre alguém que nos ensina a gostar de um vício, ou que, sem que percebamos, transmite-nos esse vício por completo ou em parte.
Quanto mais numerosas forem as pessoas com as quais convivemos, maior é o perigo. A pobreza e a preguiça, andam sempre em companhia.
O meu passado é tudo quanto não consegui ser. Nem as sensações de momentos idos me são tão saudosas, o que se sente, exige o momento e, passado este, há um virar de página e a história continua, mas não o texto.
Chama & Fogão a Lenha
Pois é, assim como o fogo que consome e se consome e, some, ou do atrito de duas pedras chispam faíscas, das faíscas vem o fogo, do fogo brota a luz. Assim como a gula é uma fuga emocional, um sinal de que algo está nos comendo, assim como o fogo se consome, você continuará sofrendo se tiver uma reação emocional a tudo que é dito à você, seremos como o fogo que se queima sem se ver. O verdadeiro poder é sentar e observar tudo com lógica. Se as palavras controlam a sua essência, assim como o fogo controla a lenha e a lenha alimenta o fogo, isso significa que todos podem controlá-lo. Respire e permita que as coisas passem. Inteligência emocional não é segurar as emoções, é usar a razão e sentir a emoção, inteligência emocional é quando cérebro e coração são amigos, assim como a lenha e o fogo.
Entre Dor e Prazer
Entre a dor e o prazer, escolha a dor. Entre a verdade ou o falso, encolha a verdade. A verdade e a dor podem ser amargas com quem as procura, mas lembre-se: o amargo é o que realça o doce. O doce pode ter várias facetas, mas o amargo é sempre amargo.
Alguns homens perturbam-se com a verdade, por achá-la amarga e dolorosa. A verdade, no entanto, não é dolorosa, nem tampouco amarga, é que esses homens acostumaram-se com a mentira.
O divertimento seria o seguinte: você deseja o que você não tem, de repente você consegue o que você deseja e ai você não deseja mais e ai passa a desejar outra coisa. O divertimento seria assim trifásico: querer o que não se tem, conseguir o que desejava antes, e buscar agora outra coisa que agora deseja. Então você percebe que o divertimento é marcado por um pêndulo: ou você deseja e não tem, ou tem o que não deseja mais. Percebam que a lógica do divertimento é a lógica do saco sem fundo, é a lógica do invariavelmente faltando coisas e você estará invariavelmente buscando aquilo que te falta.
Martelo Comunista
O Homem se fez e se faz no trabalho, desde quando um aleijão virou o dedão de lado, pois resultou na pegada da pinça entre dois dedos. Pôde segurar mais bem a comida, pegar as frutas, arrancar as raízes, catar as sementes, os seixos, com o auxílio de uma alavanca em ponto de apoio deslocar as pedras e o mundo, e com o martelo quebrar. Com o cinzel e um pincel, com pigmentos orgânicos e minerais, pintar, e com as mãos levantar as casas.
Dominou o mundo e produziu, perdeu o controle da produção e se alienou, pois quem constrói a casa, faz o pão e a plantação, em geral, não tem teto e até passa fome se vendendo e se acabando no trabalho físico sem ficar com a mais-valia que se multiplica no capital com trabalho alheio.
É a vida, mais menos que bem vivida, mas em si o trabalho deveria dignificar o Homem, quando constrói até a cerca que delimita a propriedade privada que completa o domínio do capitalismo.
É isso que se faz no trabalho, ganham pouco, se exauri e aumenta o capital e garantia da propriedade privada que a delimita e impede o invasor.
O dinheiro e cerca são os símbolos do capitalismo. Assim como o martelo cruzado com a foice o símbolo do trabalho e da sua libertação.
Eleição
Novamente
De novo
Eleição
Tá no rádio
Jornal
Televisão
A escolha
É sua
Atenção
Sua arma
É
Seu voto
Tira Deus
Da
Confusão
Entre o Foco e a Distancia Objetiva
Democracia
Espelho
Assustador
Nos vemos
Nos políticos
Que elegemos
Quebrá-lo
É azar
Na certa
BR 116
Viajar
Viajou
E como
Por onde
Jamais
Ousou
Viajou
No tempo
Certo
Tempo
Certo
De viajar
Na mente
Muita
Memória
Memória
É bom
De lembrar
Memória
É vida
Que segue
Memória
É bom
De cuidar
Aguardente
Um executivo
Que elegemos
Um legislativo
Que elegemos
TAMBÉM TEMOS!
Um judiciário
Diversas polícias
Forças armadas
SÓ NÃO TEMOS!
As necessárias
Garantias
De segurança
E tranquilidade
Para tocarmos
Nossas vidas
Poisé
É horrível assistir à agonia de uma esperança. É preciso ter o caos dentro de si para gerar uma estrela dançante e, se a princípio, a ideia não é absurda, então não há esperança para ela. O desespero eu aguento, o que apavora é essa esperança.
A Tempestade e o Tênis Molhado
De sol
Que resiste
Em nascer
Irradiar
Luz
Calor
Esperança
Brilhar
Iluminar
Abrir
Caminhos
Em tempos
De estranha
Dança
Kantianamente
Kant, como Everest da filosofia. Tento ler, mas sou brutalmente humilhado, estou fazendo uma jornada para chegar aclimatização. Naturalmente que Kant, exija paciência, já que a repetição de palavras é devido à semiologia geográfica e às influências do pensamento local. As teorias tridimensionais vêm da semiótica do verbo alemão e poesia.
Assim como a kultur, que é cultura em alemão. Eu olho desde Friedrich Ratzel, para resolver o problema Estado-Prisão. Como sendo a Filosofia geográfica, ela por si só é essencialmente linguística e hermenêutica. Conheçamos e prossigamos
Areia Fria Sobre Pés
A cabeça enterrada nos ombros
Qual a escura rosa sem aste
Não há saudades mais dolorosas
Do que as das coisas que nunca foram
Foi tão bom, tão bonito, tão completo,
Que a gente nem fotografou
Nem localizou, nem postou,
Apenas viveu