Poemas de Perdão de Mãe para Filho
SAÚDE, PERDÃO E PROPÓSITO DE VIDA
Por Fernando Vieira Filho¹
Hoje, mais do que nunca, é preciso ter um olhar atento à saúde física, para que nosso corpo possa abrigar, com o devido cuidado, nossa bagagem mental e espiritual.
Não somos um corpo físico que tem uma mente e um espírito - somos um espírito eterno que temos, por algum tempo, um corpo para desenvolver nossa inteligência e mente.
As experiências emocionais e cognitivas vivenciadas, nesta atual existência, estarão para todo o sempre guardadas em nosso inconsciente espiritual, para nossa evolução sem fim.
E uma das maneiras mais eficazes para curar sentimentos que intoxicam nossas vidas é utilizar como ferramenta terapêutica o autoperdão e o perdão - a tudo e a todos.
E nesta jornada de autodesenvolvimento, é importante buscar um propósito de vida congruente com a Regra de Ouro (fazermos aos outros o que gostaríamos que fosse feito a nós), que é o caminho mais rápido e protegido para nosso crescimento espiritual.
Quando estamos alinhados com nosso propósito de vida, temos paz de espírito e a percepção, a certeza intuitiva de que estamos em fina sintonia com o Pai Maior.
¹ Fernando Vieira Filho – Psicoterapeuta Clínico, palestrante e escritor.
Autor do livro CURE SUAS MÁGOAS E SEJA FELIZ! – 2ª Ed. - Barany Editora - 2012.
E coautor do livro DIETA DOS SÍMBOLOS – 6ª Ed. - Melhoramentos - 2004.
É autor dos E-Books: PSICOFÁRMACOS - Uso e aplicações de forma simples e eficaz. PSICOPATOLOGIA - Apresentada de forma simples e objetiva - Incluindo psicopatologias infantis. SISTEMA DE TERAPIA FLORAL do Doutor Edward Bach (Portuguese Edition) – Amazon – 2013. E-book.
O PERDÃO E O CORTISOL
Quando reclamamos muito, ruminamos mágoas, ressentimentos e ódios (sentimentos tóxicos), geramos um estresse crônico, que estimula, exagerada e continuamente, a produção de cortisol em nosso organismo.
O excesso deste hormônio causa uma lesão no endotélio vascular (camada de revestimento dos vasos sanguíneos) podendo levar a uma hipertensão arterial e a outras lesões vasculares como AVC e enfarto.
O excesso de cortisol faz o organismo liberar mais insulina (aumenta o risco de diabetes) e interfere na liberação da serotonina e da dopamina, baixando seus níveis no sangue (levando a quadros de depressão e ansiedade). Interfere, também, de forma negativa no sistema imunológico, nos deixando mais suscetíveis aos mais diversos tipos de doenças, principalmente as infecções.
Outro problema é que o cortisol, em excesso, pode causar um aumento rápido do peso, com acúmulo de gordura abdominal (que gera uma série de problemas orgânicos). O que pode indicar uma doença chamada Síndrome de Cushing.
Assim, a prática metódica e sistemática do perdão atua como uma ferramenta terapêutica, tanto na prevenção e também como um poderoso auxiliar no tratamento dos sintomas acima, quando já instalados ou somatizados no paciente.
O perdão cura sentimentos tóxicos, lembrando que curar sentimentos é garantia de saúde e qualidade de vida.
Os adultos apaixonam-se ao acaso, ainda que façam um esforço para escolher muito ou com muita inteligência. Já aprendi. O amor é um sentimento que não obedece nem garante. Precisa de sorte e, depois, empenho. Precisa de respeito. Respeito é saber deixar que todos tenham vez. Ninguém pode ser esquecido.
O amor precisa ser uma solução, não um problema. Toda a gente me diz: o amor é um problema. Tudo bem. Posso dizer de outro modo: o amor é um problema mas a pessoa amada precisa ser uma solução.
O amor constrói. Gostarmos de alguém, mesmo quando estamos parados durante o tempo de dormir, é como fazer prédios ou cozinhar para mesas de mil lugares.
Todos nascemos filhos de mil pais e de mais mil mães, e a solidão é sobretudo a incapacidade de ver qualquer pessoa como nos pertencendo, para que nos pertença de verdade e se gere um cuidado mútuo. Como se os nossos mil pais e mais as nossas mil mães coincidissem em parte, como se fôssemos por aí irmãos, irmãos uns dos outros. Somos o resultado de tanta gente, de tanta história, tão grandes sonhos que vão passando de pessoa a pessoa, que nunca estaremos sós.
Descubro cada vez mais que o paraíso são os outros. Vi num livro para adultos. Li só isso: o paraíso são os outros. A nossa felicidade depende de alguém. Eu compreendo bem.
O toque de alguém, dizia ele, é o verdadeiro lado de cá da pele. Quem não é tocado não se cobre nunca, anda como nu. De ossos à mostra.
O amor era uma atitude. Uma predisposição natural para se ser a favor de outrem. É isso o amor. Uma predisposição natural para se favorecer alguém. Ser, sem sequer se pensar, por outra pessoa.
A companhia de verdade, achava ele, era aquela que não tinha por que ir embora e, se fosse, ir embora significaria ficar ali, junto.
Pensou que o rapaz tinha ido embora diferente dela. Não podia ser que o amor tornasse as pessoas diferentes assim, a menos que não fosse amor nenhum.
(…) o que me faz correr é sempre o mesmo, uma vontade de saber mais e o de deixar contado às pessoas, nos livros, sabe. Deixar nos livros aquilo que se descobre, porque um livro, com o que contém, pode ser uma fortuna eterna (…)
Os livros eram ladrões. Roubavam-nos do que nos acontecia. Mas também eram generosos. Ofereciam-nos o que não nos acontecia.
(...) Não ler, pensei, era como fechar os olhos, fechar os ouvidos, perder sentidos. As pessoas que não liam não tinham sentidos. Andavam como sem ver, sem ouvir, sem falar. Não sabiam sequer o sabor das batatas. Só os livros explicavam tudo. As pessoas que não leem apagam-se do mapa de Deus.
Minha alma engrandece ao Senhor, e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador, pois atentou para a humildade da sua serva.
Nota: Trecho de versículo da Bíblia, do evangelho de Lucas 1:46-55. Link
Eram, tanto quanto possível, os felizes. Porque a felicidade não se substituía ao resto, a felicidade acumulava-se. Era do acumulado do que se fez que se podia alcançá-la.
(…) deixar um livro cheio de poemas que fiquem para sempre a comunicar com quem lhes pegue é como deixar uma voz amiga de toda a gente, pense no que é hoje ler o Camões e como aquilo ainda nos diz respeito, pense como será deixar por sua mão algo que também chegue ao povo, para que o povo conheça e se enterneça consigo e com o nosso tempo (…)
Devia ser a poesia do meu pai que me mimava. Os livros. Eram os livros. Diziam-me coisas bonitas e eu sentia que a beleza passava a ser um direito.
De agora em diante, todas as gerações me chamarão bem-aventurada, pois o Poderoso fez grandes coisas em meu favor; santo é o seu nome.
Aprendi que o dinheiro tem valor em troca de muita coisa, mas uma coisa só tem valor se for de graça.